quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Fantin-Latour

Museo Thyssen-Bornemisza

Sus retratos de grupo, concebidos casi como manifiestos, harían pensar en un ferviente defensor de la renovación pictórica; sus bodegones, en un realista; y sus escenas mitológicas y alegóricas, en un hombre cercano al simbolismo academicista, como en Un rincón de mesa, 1872.

Fantin-Latour 'impresiona' en el Thyssen
El Museo Thyssen-Bornemisza de Madrid abre hasta enero Fantin-Latour (1836-1904), la primera gran exposición monográfica que se dedica en España al pintor francés, organizada en colaboración con la Fundaçao Calouste Gulbenkian de Lisboa, donde ha podido verse durante el verano.

Fotogramas

Memoria en fotogramas
La exposición 'Escenografías'casa quinto y séptimo arte, pintura y cine, en los 31 bocetos de Fernando Sáenz.

Glamour

Jay forma parte del colectivo The Plug, de Atlanta (EE UU), que comenzó en los años noventa con un fanzine y ahora publica cada mes una revista on line.
http://www.20minutos.es/noticia/525445/0/fotografia/camaras/atadas/

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

domingo, 27 de setembro de 2009

O verdadeiro líder

O que faz Paulo Rangel "fora" do PSD?

A festa!

Assistimos hoje a uma coisa extraordinária: o mundo rosa a festejar a perda da maioria absoluta!

Degelo


H. Pritchard / EFE

Los satélites dotados de sensores láser han mostrado la imagen más precisa del rápido adelgazamiento que experimentan las capas de hielo de las costas de Groenlandia y de la Antártida. Este hecho permitirá hacer predicciones más precisas en el futuro sobre el aumento del nivel del mar.

Las mejores fotos de la semana

A inércia dos Sindicatos

Colegas,

Neste pequeno texto quero expressar a minha indignação face à inércia dos sindicatos ao defenderem os direitos dos professores do 1º ciclo.

Os sindicatos fazem comunicações generalistas e esquecem-se de "pormenores" que distinguem e MUUUUUIIITO os professores.
Os professores não estão a ser tratados da mesma forma, e não estou a falar da divisão da carreira!!!
Os professores do 1º ciclo têm horários e obrigações diferentes dos outros. Não precisam de completar horários com projectos do Agrupamento, pois o seu horário já é completo.(25h lectivas + 45mX2 de apoio ao estudo)

Ora pensem comigo:

  1. Com o novo estatuto têm de trabalhar até aos 65 anos, 5 horas por dia, todos os dias, pois não têm direito a dia de folga, nem a redução do horário lectivo (por idade, por tempo de serviço, como nos outros ciclos);
  2. São directores de turma e não têm direito a ter tempo para dedicar a essa tarefa. A qualquer hora e momento os EE contactam com o professor para esclarecer situações;
  3. Supervisionam as AEC, fazem reuniões com os professores das AEC e não é considerado conselho de turma, (pois há o Conselho de Docentes);
  4. Tudo o que o aluno aprende em termos académicos é da sua responsabilidade e não do Conselho de turma, por isso quando há insucesso o "culpado" é só um (o professor, este professor!), não há outros que venham corroborar a evidência; se o aluno é mal comportado, preguiçoso, ... é só uma voz a levantar-se, não há a "força" de 10 ou 15...
  5. SOZINHO, diariamente, o professor do 1º ciclo, pensa, planifica, organiza, decide, ... e reflecte (ou melhor devia reflectir,mas não há tempo)
  6. o tempo que devíamos ter para trabalho individual é preciso (???!!!!) para reuniões:

  • com os professores das AEC;
  • conselho de docentes (em alguns agrupamentos faz-se uma por mês de 2 horas, noutros fazem-se três de 3 ou 4 horas cada uma!!!);
  • planificação e para preparação (em grupos de anos de escolaridade) de fichas diagnósticas, formativas, sumativas, de recuperação, e respectivos critérios, matrizes ...;
  • participar em vários conselhos criados pelos agrupamentos (ACND, AEC, PES, projectos de autonomia da escola, projectos de avaliação da escola, projectos de ..., projectos de ...)
  • solicitar, à psicóloga, o acompanhamento de alguns alunos e reunir com ela;
  • vigiar as faltas dos alunos e elaborar as fichas de recuperação (que não servem de nada, a não ser para justificar as faltas dos alunos - uma obrigação dos pais!!!);
  • organizar o PCT;
  • fazer o atendimento aos EE (que, no 1º ciclo, alguns EE solicitam amiúde - quando estão atentos ou são responsáveis, claro!)
  • preencher documentos para pedir o "Magalhães" de cada aluno;
  • preencher documentos de matrícula e pedido de subsídio de cada aluno( mesmo que a secretaria da escola fique ao lado da sala do professor);
  • participar em "mil e um" projectos propostos pelos vários departamentos do agrupamento, ...
  • preencher inquéritos para avaliar cada actividade (realizada por iniciativa própria ou por convite) e fazer o tratamento estatístico;( no mínimo 15 por ano)
  • Vigiar almoços e mapas de almoços, leite e mapas de leite...
  • Preencher mapas e mapas e grelhas e grelhas e sumários e planificações...
  • Fazer requisição de materiais, de livros, de equipamentos...
  • Escrever, ler, responder e elaborar ofícios para a administração da escola.
  • Arquitectar, construir, pesquisar, pensar, elaborar, planificar, registar, analisar, concluir : actividades, estratégias, cartazes, livros, jornais, desdobráveis, panfletos, poesias, concursos, ...sobre TODAS AS ÀREAS CURRICULARES( Não damos só uma nem duas nem três)...
  • Interacções com outros professores, alunos, enc. de Ed, Junta de Freguesia, Centro de Saúde, empresas, padre, técnicos de toda a gama...
  • Fazer relatórios para psicólogos, terapeutas da fala, médico de família, psiquiatras..Sem nunca ou raras vezes termos o diagnóstico do problema ou resposa sequer.
  • Responder a Inquéritos e escalas enviados pelos psicólogos, terapeutas da fala, médico de família, psiquiatras...Sem nunca ou raras vezes termos o diagnóstico do problema ou resposa sequer.
  • E tantas mas tantas toneladas de carga que caem no professor do 1º Ciclo!

Todos sabemos as horas que demoramos diariamante a: preparar aulas e corrigir trabalhos, a pensar em estratégias e a reflectir sobre a prática diária (é verdade, ao fim do dia é necessário reflectir para perspectivar, corrigir ou melhorar situações propiciadoras de aprendizagem).
Ninguém ouse pensar que é fácil ensinar a ler e a escrever um menino do 1º ano. ( Preferia ensinar na universidade onde os meninos já sabem ler) Está muito enganado quem pensa que é fácil. E que os professores do 1º ciclo são preguiçosos, pois o que eles ensinam é o mais fácil.

O professor do 1º ciclo é um MESTRE da Pedagogia e da Psicologia. Foi sempre professor, aprendeu para ser professor (não foi para professor!!!)

Durante muitos anos um dos únicos cursos em que era OBRIGATÓRIO ter a vertente pedagógica (teoria e prática), era o do 1º ciclo. Havia muitas pessoas que estavam a trabalhar em escolas, eram profissionais no ensino, mas não estavam habilitadas para leccionar e, por isso, não eram professores. Só depois de começarem a leccionar é que pediram o estágio.


Concluindo:

Com este estatuto, o professor do 1º ciclo não terá os mesmos direitos que os outros professores.

Este estado de coisas tem de mudar. Colegas, unamo-nos por uma causa nossa. Não se trata de estarmos contra os outros, só queremos que nos tratem de igual modo, tal como prevê a Constituição da República. Perdemos o direito a ter reduzido o ñº de anos de trabalho em relação a outros porque trabalhamos mais horas lectivas (dão trabalho antes e depois, isto é, as horas de estabelecimento não se reflectem em outros trabalhos inerentes, está feito, está feito. O trabalho lectivo implica preparar, corrigir, pensar, ...)




Se começarmos a dizer as razões, hão-de pensar em nós.




ESTÁ NA HORA DE AGIRMOS. OS SINDICATOS NÃO PODEM CONTINUAR A IGNORAR-NOS.


terça-feira, 22 de setembro de 2009

da sua própria militância comunista na luta antifascista

Para a Zita Seabra

Foi Assim

"AQUELE fora um mês de más notícias. O deputado Artur Carneiro Macedo da Rocha, descendente da velha estirpe paulista, pensava com alegria que dentro em poucas horas aquele fatídico mês de outubro do ano de 1937 estaria terminado, talvez novembro se iniciasse sob melhores auspícios.
Vinha de trocar de roupa e, ao esvaziar os bolsos do paletó que usara durante a tarde, encontrou o telegrama de Paulo. Mais uma vez o releu e logo o jogou sobre a cama num gesto irritado. Afinal quando êle chegaria? Por que se demorava em Buenos Aires? Nenhuma precisão no telegrama. Paulo poderia desembarcar de um avião a qualquer momento e se encontraria, com certeza, cercado de repórteres ávidos. Fez um esforço para não pensar no filho, na sua próxima chegada, no escândalo que o cercava.
Olhou-se novamente no espelho, antes de sair, e encontrou-se elegante no “smoking” bem talhado, um formoso homem ainda, apesar dos seus cinqüenta anos. Quem lhe daria essa idade? Soubera conservar-se jovem e os raros fios de cabelos brancos emprestavam-lhe um certo ar de distinção que ia a calhar num político da sua responsabilidade. Ajustou a gravata, agora pensava em Marieta Vale.
Na rua, o chofer curvou-se um pouco ao abrir a portinhola do grande automóvel negro. Artur ordenou:
– Vamos à casa do Costa Vale.
Chovera no principio da noite e o automóvel atravessava uma cidade molhada e semideserta nas ruas silenciosas do barro elegante. Através dos vidros, Artur enxergava os postes elétricos derramando uma luz baça sobre gotas d’água no passeio, dando-lhes um brilho de pedra preciosa. À proporção que avançavam para o centro da cidade o movimento aumentava e a marcha se fazia lenta. Uma longa fila de autos atulhava o viaduto do Anhangabaú, dirigindo-se ao Teatro Municipal. Enquanto esperava o descongestionamento do trânsito, Artur leu, quase soletrando através dos cristais úmidos, a inscrição em piche que mãos desconheci das haviam traçado sobre os sólidos muros do edifício monumental da Light & Power, monopólio americano da energia elétrica:
ABAIXO O IMPERIALISMO IANQUE VIVA O P.C.B.
E de novo foi lançado em turvos pensamentos sobre o mês de outubro e suas desagradáveis lembranças. O automóvel marchava outra vez mas Artur continuava a enxergar a inscrição subversiva. E ela relembrava-lhe a entrevista com o dirigente comunista, a precisão das palavras do moço, suas propostas de união e a perspectiva dramática que êle traçara no caso que os políticos democráticos continuassem “de olhos fechados”. Uma estranha mistura de sentimentos dominava Artur ao recordar a entrevista: um certo despeito – aquele homem ainda moço, mal vestido, saído sem dúvida dos meios operários, querendo lhe ensinar política – e uma certa admiração pela severa figura do revolucionário.
Pensou na outra entrevista que tivera naquele mês: com o Ministro do Exterior, gordo e pegajoso diplomata, a propósito do caso de Paulo. Fora igualmente desagradável, não lhe deixara tampouco uma lembrança amável. Mas tinha sido diferente: com o Ministro ele se encontrara dono da situação em todos os momentos, dirigira o desenrolar da entrevista como melhor lhe parecera. Em todo caso, muito desagradável.
Gostaria de pensar em coisas alegres, de arrancar-se das recordações daquele outubro exasperante. Por que não pensar em Marieta Vale que ia rever após longos meses de ausência – o colar de pérolas brilharia sem dúvida mais sobre a brancura do seu colo que as gotas d’água cortadas pela luz – por que não pensar em seus olhos e em seu sorriso que dentro de momentos reencontraria, por que amargurar-se com a boataria política, com o telegrama anunciando a próxima chegada de Paulo, com o escândalo que cercara a bebedeira do rapaz, com a entrevista com o Ministro, com o recente encontro com o dirigente comunista? Parecia-lhe ouvir ainda as últimas palavras pronunciadas, com uma gravidade quase solene, pelo revolucionário:
– A culpa caberá inteiramente aos senhores. Quanto a nós, saberemos como agir...
Fitando o pavimento molhado, tentava enxergar, sob a luz derramada pelos postes, o rosto moreno e melancólico de Marieta, tantos anos inutilmente desejado. E o que via era a face magra, de uma extrema magreza, do homem jovem que Cícero d’Almeida lhe apresentara simplesmente como “João”. A testa larga onde começavam a rarear os cabelos, uns profundos olhos curiosos, as mãos nervosas em contraste com a voz grave e tranqüila, pausada como a de um professor. A certeza mais absoluta que a entrevista deixara a Artur é que sua comentada habilidade política – “aquilo é sutil com um gato”, dizia dele o líder da maio ria na Câmara – de nada lhe servira ao conversar com o comunista. O homem sabia o que queria e o dizia tranqüilamente, sem escolher palavras, sem frases dúbias, de uma forma direta e clara à qual Artur não estava habituado. E quando êle tentava envolvê-lo nos meandros das suas sutilezas, o rapaz apenas sorria e o deixava falar para depois voltar aos seus argumentos precisos, à citação dos fatos concretos, à proposta de união de todas as forças democráticas contra Getúlio Varias e os integralistas. Em nenhum momento, durante hora e meia em que conversaram, Artur se sentiu senhor da situação.
Sim, outubro fora um mês de más notícias, de indesejáveis acontecimentos. Um clima nervoso de incerteza andava pelo ar, dominava os políticos e dele se despendia um indefinível sentimento de medo, medo de qualquer coisa que iria fatalmente acontecer de um momento para outro sem que nenhuma pessoa pudesse evitar. Ninguém precisava o que mas por que diabo ninguém acreditava tampouco que as eleições se realizassem? Por que essa quase certeza de um imprevisto cortando a marcha regular da campanha eleitoral, que parecia estar no conhecimento de todos quando na realidade nada de positivo se sabia, nada de concreto se provava? No entanto, era tão forte aquela atmosfera de expectativa que Artur podia sentir o medo como uma coisa quase palpável quando conversava com os colegas nos corre dores da Câmara, com os correligionários pelas cidades do interior. Terminara por dominá-lo a êle também, apesar da sua longa experiência política que o situava como um dos mais hábeis parlamentares do país e um dos chefes antigetulistas de maior prestígio.
A verdade é que o comunista “João” (como se chamaria ele em realidade?, perguntava-se Artur. João não era certamente o seu nome) precisara essa coisa que andava no ar, falara concretamente do golpe de Estado que Getúlio Vargas preparava em aliança com os integralistas e, ao contrário de todos os demais políticos, êle afirmava, em nome do seu Partido, desse misterioso e amedrontador Partido, que nunca se contava na relação dos partidos políticos do país, que o golpe poderia ser evitado, as eleições poder-se-iam realizar se as forças dos dois candidatos à presidência da República se quisessem unir, fazendo uma trégua na campanha eleitoral, para impedir as manobras de Vargas e dos fascistas. Uma declaração pública, afirmada pelos dois candidatos e pelos governadores que os apoiavam, senhores da situação nos Estados mais importantes, seria o bastante para alertar a opinião pública e pôr um paradeiro ao golpe em preparação. O comunista mostrava um perfeito conhecimento da situação:
– Não me refiro ao governador de Minas. Esse é um homem de Getúlio, cem por cento. Falo dos Estados que apóiam realmente os dois candidatos: São Paulo, Bahia, Rio Grande do Sul e Pernambuco. Bem, o comunismo falara de coisas concretas. Da viagem do agente de Vargas, o avião parando em cada capital de Estado para consultar – para avisar, dissera o rapaz – os governadores sobre o golpe, cuja data já estava marcada. Uma constituição fascista linha sido redigida por um jurista mineiro e aprovada pelos integralistas. Um general fascista seria nomeado comandante militar da cidade do Rio de Janeiro. Não eram boatos, o rapaz estava perfeitamente bem informado. Artur já antes tivera notícia da viagem do emissário de Getúlio, mas o comunista dera-lhe detalhes novos, irrefutáveis, trechos de conversas, a certeza de que o golpe se estava gestando e não tardaria a liquidar a campanha eleitoral, a liquidar também as mais caras esperanças do deputado Artur Carneiro Macedo da Rocha, cuja designação para Ministro da Justiça era considerada coisa assentada no caso de Armando Sales ser eleito presidente da República."/...
Jorge Amado, Os Subterrâneos da Liberdade I – Os Ásperos Tempos
pp1-5

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A quem vai servir o TGV?

Este é o pensamento político que temos , está em todas:

· Estádios de futebol, hoje às moscas,
· TGV,
· novo aeroporto,
· nova ponte,
· auto-estradas onde bastavam estradas com bom piso,
· etc. etc.

A quem na verdade serve tudo isto?

1. AOS FABRICANTES DE MATERIAL FERROVIÁRIO,
2. ÀS CONSTRUTORAS DE OBRAS PÚBLICAS E ...CLARO,
3. AOS BANCOS QUE VÃO FINANCIAR A OBRA ...
OS PORTUGUESES FICARÃO - UMA VEZ MAIS - ENDIVIDADOS DURANTE DÉCADAS POR CAUSA DE MAIS UMA OBRA MEGALÓMANA !

Experimente ir de Copenhaga a Estocolmo de comboio. Comprado o bilhete, dá consigo num comboio que só se diferencia dos nossos 'Alfa' por não ser tão luxuoso e ter menos serviços de apoio aos passageiros.
A viagem, através de florestas geladas e planícies brancas a perder de vista, demorou cerca de cinco horas.
Não fora conhecer a realidade económica e social desses países,
Daria comigo a pensar que os nórdicos, emblemáticos pelos superavites orçamentais, seriam mesmo uns tontos.
Se não os conhecesse bem perguntaria onde gastam eles os abundantes
recursos resultantes da substantiva criação de riqueza.

A resposta está na excelência das suas escolas,
· na qualidade do seu Ensino Superior,
· nos seus museus e escolas de arte,
· nas creches e jardins-de-infância em cada esquina,
· nas políticas pró-activas de apoio à terceira idade.

Percebe-se bem porque não
· construíram estádios de futebol desnecessários,
· constroem aeroportos em cima de pântanos,
· nem optam por ter comboios supersónicos que só agradam a meia dúzia de multinacionais.

O TGV é um transporte adequado a países de dimensão continental, extensos, onde o comboio rápido é, numa perspectiva de tempo de viagem/custo por passageiro, competitivo com o transporte aéreo.
É por isso que, para além da já referida pressão de certos grupos que fornecem essas tecnologias, só existe TGV em França ou Espanha (com pequenas extensões a países vizinhos).
É por razões de sensatez que não o encontramos
· na Noruega,
· na Suécia,
· na Holanda
· e em muitos outros países ricos.

Tirar 20 ou 30 minutos ao 'Alfa' Lisboa-Porto à custa de um investimento de cerca de 7,5 mil milhões de euros não trará qualquer benefício à economia do País.
Para além de que, dado ser um projecto praticamente não financiado pela União Europeia, ser um presente envenenado para várias gerações de portugueses que, com mais ou menos engenharia financeira, o vão ter de pagar.


Com 7,5 mil milhões de euros podem construir-se:

- 1000 (mil) Escolas Básicas e Secundárias de primeiríssimo mundo que substituam as mais de cinco mil obsoletas e subdimensionadas existentes (a 2,5 milhões de euros cada uma);
- mais 1.000 (mil) creches (a 1 milhão de euros cada uma);
- mais 1.000 (mil) centros de dia para os nossos idosos (a 1milhão de euros cada um).
E ainda sobrariam cerca de 3,5 mil milhões de euros para aplicar em muitas outras
carências como, por exemplo, na urgente reabilitação de toda a degradada rede viária secundária.

Cabe ao Governo reflectir.
Cabe à Oposição contrapor.
Cabe-lhe a si participar. Se concordar, reencaminhe esta mensagem.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

M.E. LEVA A INCOMPETÊNCIA ATÉ AO ÚLTIMO DIA DO SEU MANDATO!

NOTA À COMUNICAÇÃO SOCIAL

CONCURSO SEM TRANSPARÊNCIA NEM RIGOR CRIA GRANDES
DIFICULDADES ÀS ESCOLAS:

M.E. LEVA A INCOMPETÊNCIA ATÉ AO ÚLTIMO DIA DO SEU MANDATO
!

-“Ainda faltam milhares de professores nas escolas!”
- “As escolas têm um número muito elevado de professores contratados, colocados tardiamente, que, para além de viverem uma situação de grande instabilidade, não puderam, sequer, participar nas actividades de preparação do ano lectivo!”
- “É completamente opaca a forma como estão a ser colocados os professores que se encontram na bolsa de recrutamento. Se funciona o critério da graduação profissional ou a cunha, ninguém sabe, porque não existe transparência no processo de colocação!”
- “Há um desperdício enorme de recursos qualificados para a Educação Especial. Os professores especializados estão nos seus grupos de origem e às escolas faltam docentes para aquele grupo de recrutamento!”
- “Faltam professores de Informática (grupo 550) um pouco por todo o lado. Já esta semana, a lista de lugares por preencher aproximava-se do milhar!”
- “Os Agrupamentos TEIP (Territórios Educativos de Intervenção Prioritária) foram (e, em muitos casos, são) os que apresentam maior dificuldade para preencher todos os horários ainda sem professor!”
- “Surgem, no site da DGRHE, colocações administrativas, publicitadas a 10, 11 e 15 de Setembro, de professores contratados que já haviam sido colocados em Agosto para todo o ano, e que agora surgem “recolocados” em outra escola, com horário completo, em vagas que deveriam ser destinadas aos professores da bolsa de recrutamento ainda por colocar. O ME não justifica o que motiva estas colocações…”
- “Há escolas que depois de terem os seus horários quase todos preenchidos, ficam sem alguns professores, pois estes, legitimamente, decidem deslocar-se para outras escolas, independentemente de terem sido colocados por oferta ou através da bolsa de recrutamento!”
Estas são as principais queixas das escolas – e são muitas! – que, já depois de ter terminado o período estabelecido para se iniciarem as aulas, continuam sem ver estabilizado o seu quadro de pessoal docente.
Indo um pouco mais fundo, verifica-se que:

- FALTA DE PROFESSORES
Um pouco por todo o lado, são milhares os lugares que estão ainda por preencher com prejuízos para os alunos que continuam sem aulas a algumas disciplinas. Só no distrito de Faro, continua a faltar mais de meio milhar de professores e educadores, em Coimbra são mais de duas centenas e meia e em Leiria ultrapassa as duas centenas.

- SITUAÇÃO AINDA MAIS GRAVE NOS “TEIP”
Quanto aos TEIP que, segundo o ME, mereceriam um tratamento privilegiado, são dos que continuam com maiores dificuldades para preencher os seus horários e a responsabilidade foi de se terem retirado estes agrupamentos do concurso nacional. Curiosamente, o ME impediu professores contratados de concorrerem a estes agrupamentos, mas agora as escolas vêem-se obrigadas a preencher os lugares em falta, precisamente com os contratados que têm menor tempo de serviço e menos experiência profissional, através da chamada “oferta de escola”. Por exemplo, só no TEIP da Pedrulha, em Coimbra, faltam ainda 21 docentes; em Idanha-a-Nova, no distrito de Castelo Branco, faltam ainda 28 docentes, ou seja, cerca de 1/3 do total do seu corpo docente.

- FALTA DE TRANSPARÊNCIA NAS COLOCAÇÕES
Os professores que se encontram a aguardar colocação através da bolsa de recrutamento desconhecem as listas de colocação. Tudo é feito no escuro e só quando são colocados têm acesso às restantes colocações, mas, ainda assim, sem saberem se foram, ou não, ultrapassados nas suas preferências, pois não são revelados quaisquer dados que permitam estabelecer comparações e verificar se há ou não ultrapassagens. Assim, tudo é possível neste mundo da colocação de professores via DGRHE… Em nome da transparência, a FENPROF exige que a lista de colocações seja actualizada em tempo real, sabendo-se, a cada momento, quem foi e onde foi colocado, bem como os indispensáveis dados referentes à sua graduação profissional. A FENPROF não pode deixar de referir que este foi um dos problemas que levantou antes de ter sido aprovada esta nova legislação de concursos, tendo sido mais um dos aspectos que contribuiu para que não tivesse dado o seu acordo a esse quadro legal.

- É GRAVE A FALTA DE DOCENTES DE EDUCAÇÃO ESPECIAL
A forma como o ME está a tentar superar a falta de docentes especializados para a Educação Especial é, a todos os títulos, condenável. O ME abriu um número muito reduzido de vagas e muitos dos docentes especializados não obtiveram transição do seu grupo de origem (Pré-Escolar ou Básico) para a Educação Especial. Estes docentes estão agora a ser convidados pelas escolas ou pelas equipas de apoio das direcções regionais de educação e a serem colocados pela via do destacamento. Agrava a situação, o facto de a sua saída do lugar de origem abrir um novo problema à escola em que se encontravam colocados.
Mas há outros processos, por exemplo, no Algarve, a respectiva direcção regional enviou a seguinte mensagem aos directores das escolas: “Tendo em conta que importa colocar docentes especializados a trabalhar com os alunos na área de educação especial, o mais rapidamente possível, solicito os bons ofícios de V/ Ex.ª, para que nos informe se na sua unidade de gestão há docentes naquela situação, interessados em leccionar no ensino especial. Se houver, devem os mesmos manifestar vontade em desempenhar aquelas funções, assim como indicar-nos as suas escolas de preferência, para que esta Direcção Regional possa fazer a sua deslocação para a escola desejada e que, naturalmente, possua horários de educação especial.”. Isto é, a administração impediu a colocação destes docentes em tempo oportuno e, agora, vai retirá-los das escolas e dos grupos de recrutamento em que os obrigou a ficarem colocados…
Confirma-se, assim, que os cortes impostos pelo ME em relação ao número de docentes da Educação Especial, no momento de abertura do concurso para preenchimento das vagas de quadro, não deveriam ter acontecido. Como estes professores são necessários, adoptam-se, agora, procedimentos que provocam instabilidade nas escolas de onde são retirados e registam-se atrasos no início da actividade nas escolas para onde serão deslocados, prejudicando os alunos com necessidades educativas especiais que estão sem apoio.

- FALTAM CENTENAS DE DOCENTES DE INFORMÁTICA
O grupo 550 (Informática) há muito que deixou de ter professores para colocar através da bolsa de recrutamento. A culpa do que aconteceu foi do ME que, pela primeira vez, impediu os professores de habilitação própria (não profissionalizados) de se apresentarem ao concurso, mesmo que em segunda prioridade. Agora, a alternativa é a colocação desses mesmos professores, só que já depois de as aulas terem começado, com claros prejuízos para os alunos e para a organização das escolas.

- ESCOLAS PREENCHEM HORÁRIOS E, A SEGUIR, FICAM SEM PROFESSORES
Pelo facto de o ME não ter autorizado a abertura do número de lugares de quadro adequado às necessidades das escolas, estas são obrigadas a recorrer à contratação. Muitos docentes colocados, por contrato, em determinada escola, são levados a optar por outra, mais próxima da sua residência e com maior número de horas lectivas, pois muitos horários completos só agora estão a ser postos a concurso. Esta situação cria, às escolas, uma situação nova: depois de terem preenchido todos os seus horários, ficam sujeitas, de um dia para o outro, a perderem diversos professores. Este é um problema cuja solução passa, inquestionavelmente, pela adequação dos quadros das escolas às suas necessidades reais, mas que, por razões estritamente economicistas, não é prática autorizada.
Perante esta confusão lançada nas escolas e no sistema, mais uma vez, pela equipa ministerial ainda em funções, pode afirmar-se que este é um dos anos mais negros no que respeita aos atrasos e à falta de transparência na colocação de professores. De facto, são as dinâmicas de recrutamento escola a escola e as novas regras impostas no âmbito da legislação aprovada pelo governo, para cujas consequências a FENPROF alertou atempadamente, que estão na origem de todos estes problemas.

Há, por isso, razões para que a FENPROF exija, ainda, do actual governo que sejam criadas condições de transparência e regularizadas rapidamente todas estas situações, tendo-se disponibilizado, junto da Ministra da Educação para a realização de uma reunião em que se identifiquem os problemas e encontrem soluções para os mesmos. Ao próximo Governo, será proposta a realização de novo concurso, já no próximo ano, e a aprovação de novas regras, que sejam justas, adequadas e exequíveis para que não se repita o que acontece este ano.

Todas estas situações comprovam, ainda, a razão da FENPROF e dos professores e educadores portugueses em considerarem que a contratação directa dos professores pelas escolas não é a forma correcta de resolver problemas nas colocações, antes levando ao surgimento de novos problemas e que os concursos nacionais, respeitando a graduação profissional dos candidatos, constituem uma solução melhor e mais transparente.

A FENPROF acusa a actual equipa ministerial, que está a cerca de 15 dias de abandonar o lugar, de estar a levar a incompetência política e a incapacidade técnica até ao limite do seu mandato. Foram quatro anos e meio de instabilidade e intranquilidade na Educação, que prejudicaram escolas, professores e alunos, quase sempre introduzidas por uma equipa ministerial que nunca fez parte de qualquer solução, antes foi sempre uma parte dos problemas que, com a sua actuação, por norma, se agravaram! Felizmente, aproxima-se o momento da sua saída…


O Secretariado Nacional

Marcha de Média Montanha (Vale Glaciar de Loriga)