«I cobble together a verse comedy about the customs of the harem, assuming that, as a Spanish writer, I can say what I like about Mohammed without drawing hostile fire. Next thing, some envoy from God knows where turns up and complains that in my play I have offended the Ottoman empire, Persia, a large slice of the Indian peninsula, the whole of Egypt, and the kingdoms of Barca {Ethiopia}, Tripoli, Tunisi, Algeria, and Morocco. And so my play sinks without trace, all to placate a bunch of Muslim princes, not one of whom, as far as I know, can read but who beat the living daylights out of us and say we are 'Christian dogs.' Since they can't stop a man thinking, they take it out on his hide instead...»
Pierre Augustin Caron de Beaumarchais, As Bodas de Fígaro*
*As Bodas de Fígaro, com libreto de Lorenzo da Ponte, foi criada por Wolfgang Amadeus Mozart a partir de uma comédia escrita em 1784 por Pierre Augustin Caron de Beaumarchais, o mesmo autor de «O Barbeiro de Sevilha», escrita em 1775 e transformada em ópera por Rossini, e de «A mãe culpada», escrita em 1792.
Diário Ateísta
“Se um dia disserem que o seu trabalho não é de um profissional, lembre-se: A Arca de Noé foi construída por amadores; profissionais construíram o Titanic…“
quinta-feira, 30 de novembro de 2006
quarta-feira, 29 de novembro de 2006
terça-feira, 28 de novembro de 2006
A Agricultura na Serra do Açor
"A difícil subsistência das populações serranas esteve sempre dependente da relação estreita entre uma agricultura pobre, de cômbaros e pequenos lameiros, e a criação de gado. De tal modo tudo estava tão intimamente ligado, que a criação do porco ou das cabras se cruzava e confundia a todo o momento com as fainas do milho e do centeio ou com o cultivo da batata, do feijão e das botelhas (abóboras). O milho era o principal sustento: quando faltava o milho faltava tudo. A ele se juntava o feijão, a couve, a batata, o azeite, o vinho, a castanha, o porco, a cabra e pouco mais. O estrume das lojas era essencial para o sucesso das sementeiras. Por isso, havia que ir ao mato para a cama das cabras, uma dura tarefa quotidiana que muitas vezes se realizava antes do sol nascer. Agora, com as serras despovoadas de gentes e de gado, há mato em excesso, mas antes, para se encontrar uma boa malha tinham de se percorrer grandes distâncias nos baldios. Um molho de mato pode ser uma obra de arte quando se sabe enfeixar e depois apertar bem, passando a corda pelo gancho do ervedeiro. Em Dezembro começava-se a tirar o esterco das lojas e a transportá-lo para os bocados - um trabalho pesado, feito à força de braços e às costas, nas cestas. Por vezes, quando os acessos o permitiam, os carros de bois davam uma ajuda no transporte. Depois de Fevereiro, as terras começavam a ser voltadas ao encino, de modo a serem preparadas para a sementeira. Como os solos eram magros e quase sempre inclinados, a cava exigia uma técnica especial - começava-se por tirar a terra, abrindo uma vala na parte mais baixa do terreno e acartando a terra às cestas (nas costas, claro) para a parte mais alta, onde era espalhada. Compensava-se, deste modo, o progressivo deslizamento dos solos devido às regas, à chuva e às próprias cavas. Cavada a terra, o esterco era então espalhado nos regos com um encino mais pequeno. Em Março semeava-se o milho, muitas vezes misturado com feijão, em regos pouco fundos. Depois, o milho era arralado. Com um metro era feito o empalhado com mato, para conservar a humidade do solo. Estava-se então em Junho - era a altura da primeira rega. Seguidamente escanava-se (ou tirava-se a bandeira), quando a barba da espiga estava praticamente seca e desfolhava-se a planta quando a espiga começava a aloirar. As folhas e as bandeiras, depois de secas, eram guardadas como alimento de inverno para as cabras, assim se pagando com boa forragem o bom estrume antes recebido. A rega realizava-se com regularidade até a espiga estar quase madura. Finalmente, em Setembro, as espigas já secas eram cortadas do canoco e transportadas para casa. Aí, ao serão, eram descamisadas (ou escalpeladas e depois debulhadas. As descamisadas e as degulhas, em que os grãos de milho eram descasulados (retirados do casulo), eram uma ocasião de entreajuda e convívio: à luz das candeias de azeite desfolhavam-se as maçarocas e depois os homens malhavam, com paus curtos ou manguais, o grande monte de espigas - uma, duas, três vezes, até a maior parte do grão se soltar do casulo. Sentadas em semi-círculo, as mulheres retiravam dos casulos, com as mãos, os grãos que ainda restavam. Cantava-se, falava-se da vida deste e daquele e, quer encontrassem ou não o "milho-rei" os rapazes e raparigas solteiros arranjavam um pretexto para namoriscarem. Depois, vieram as debulhadoras manuais, a seguir as debulhadoras mecânicas, novas qualidades de milho híbrido (já sem "milho-rei") e, por fim, até a mocidade casadoira começou a debandar para as cidades, à cata de outro grão para o seu sustento."
Dr. Paulo Ramalho - Tempos Difíceis - Tradição e Mudança na Serra do Açor
Dr. Paulo Ramalho - Tempos Difíceis - Tradição e Mudança na Serra do Açor
segunda-feira, 27 de novembro de 2006
O sanguinário corso ( Napoleão)
Em Fevereiro e Março de 1811, os franceses de Massena deixaram um rasto de morte e pilhagem no concelho de Arganil, a ponto deste ser considerado um dos que em Portugal mais sofreu com as invasões que «o sanguinário corso (Napoleão) fez vomitar na Peninsula Hispânica».
De uma lista oficial, publicada depois da «expulsão destes salteadores», vê-se que só na vila de Arganil e seu termo, roubaram nos dois meses referidos: 5.769$240 réis em dinheiro; 9.874$000 réis em diferentes objectos de ouro e prata; 18.633$800 réis em roupas de seda, lã e linho; 13.944$000 réis de vasos de prata, navetas, turíbulos, castiçais, cruzes e alfaias da Igreja (Matriz) de Arganil; 1.030$000 réis de pratas e alfaias de outras igrejas; 2.400$000 réis de pratas da Igreja de Secarias; estragaram 30.607 alqueires (cada alqueire eram 15 litros) de trigo, centeio, cevada, feijão e milho; roubaram 3.523 almudes (cada almude eram 40 litros) de vinho, vinagre, azeite e aguardente, 584 arrobas (cada arroba eram 15 quilos) de carne de porco e banha, 314 cabeças de gado grosso, 10.642 cabeças de gado miúdo, 11 bestas, 191 porcos, 2.254 galinhas, 612 colmeias e 53 alqueires de mel; destruiram e cortaram 3.302 oliveiras, 422 castanheiros, 1.478 carros de pinheiros; incendiaram um templo e 13 casas particulares; mataram 3 eclesiásticos, 23 seculares e 7 mulheres e ultrajaram e aprisionaram 96 mulheres.
Arganil - Concelho verde
De uma lista oficial, publicada depois da «expulsão destes salteadores», vê-se que só na vila de Arganil e seu termo, roubaram nos dois meses referidos: 5.769$240 réis em dinheiro; 9.874$000 réis em diferentes objectos de ouro e prata; 18.633$800 réis em roupas de seda, lã e linho; 13.944$000 réis de vasos de prata, navetas, turíbulos, castiçais, cruzes e alfaias da Igreja (Matriz) de Arganil; 1.030$000 réis de pratas e alfaias de outras igrejas; 2.400$000 réis de pratas da Igreja de Secarias; estragaram 30.607 alqueires (cada alqueire eram 15 litros) de trigo, centeio, cevada, feijão e milho; roubaram 3.523 almudes (cada almude eram 40 litros) de vinho, vinagre, azeite e aguardente, 584 arrobas (cada arroba eram 15 quilos) de carne de porco e banha, 314 cabeças de gado grosso, 10.642 cabeças de gado miúdo, 11 bestas, 191 porcos, 2.254 galinhas, 612 colmeias e 53 alqueires de mel; destruiram e cortaram 3.302 oliveiras, 422 castanheiros, 1.478 carros de pinheiros; incendiaram um templo e 13 casas particulares; mataram 3 eclesiásticos, 23 seculares e 7 mulheres e ultrajaram e aprisionaram 96 mulheres.
Arganil - Concelho verde
domingo, 26 de novembro de 2006
sábado, 25 de novembro de 2006
o vírus do TLEBS
"E depois fui pesquisar o que queriam ao certo fazer à minha velha gramática, companheira de tantos milhares e milhares de páginas produzidas não sei bem para quê. E declaro que descobri coisas fantásticas, sem dúvida impressionantes, todavia incompreensíveis, pelo menos sem uma acção de formação radical. Descobri que o simples artigo, o velho artigo definido, é promovido a “determinante artigo”: não percebo a vantagem, mas até aí ainda vou. O pior é quando me propõem designações como a “coerência pragmática ou funcional”, o “modificador”, o “designador rígido”, o “anafórico”, a “catáfora”, a “meronímia”, o “ataque da sílaba”, a “coda da sílaba”, o “agentivo”, ou uma coisa entre todas misteriosa chamada “ordem OVS”. Isto para já não falar do “género epiceno”, que tem a particularidade de se poder dividir em “variantes comuns” ou “comuns de dois”. Caramba, importam-se de falar português?"
Miguel Sousa Tavares - Reflexões sobre o futuro do meu cão - Jornal EXPRESSO, edição online paga
Miguel Sousa Tavares - Reflexões sobre o futuro do meu cão - Jornal EXPRESSO, edição online paga
sexta-feira, 24 de novembro de 2006
Os novos bárbaros
»"Paralelamente ao imenso, devastador e pavoroso currículo oficial ministrado pelos agentes educativos, irrompe subrepticiamente um outro "currículo oculto" que interpreta, altera, subverte, distorce os objectivos do primeiro de acordo com a focalização dos professores, muitos deles desprovidos de tecnologia adequada, sem capacidade de excentração ou transcendência em relação ao âmbito teórico, processos metodológicos e instrumentos do seu próprio trabalho: imersos inconscientemente nos condicionamentos que operam sobre a sua competência e performance, tornan-se ingenuamente a "carne para canhão" e ao mesmo tempo e paradoxalmente, os agentes secretos do sistema oculto - vítimas desprovidas e simultaneamente carrascos desprevenidos e desavisados.
Existem pois dois sistemas... Duas escolas... Dois tipo de objectivos... Dois tipos de currículos... Dois tipos de professores: os primeiros explícitos; os segundos ocultos. Os agentes educativos lúcidos vivem uma situação trágica e paradoxal porque não podem sobreviver moralmente sem acreditar na Educação, mas porque são lúcidos, também não podem acreditar neste Sistema Educativo.
A escola actual esquizofrenizou-se em isotopias horizontais e verticais irredutíveis..."»
Educação, uma doença crónica
António M. Correia / Terras da Beira
Existem pois dois sistemas... Duas escolas... Dois tipo de objectivos... Dois tipos de currículos... Dois tipos de professores: os primeiros explícitos; os segundos ocultos. Os agentes educativos lúcidos vivem uma situação trágica e paradoxal porque não podem sobreviver moralmente sem acreditar na Educação, mas porque são lúcidos, também não podem acreditar neste Sistema Educativo.
A escola actual esquizofrenizou-se em isotopias horizontais e verticais irredutíveis..."»
Educação, uma doença crónica
António M. Correia / Terras da Beira
quinta-feira, 23 de novembro de 2006
Isto está bonito
»"O novo sistema de avaliação será rigoroso e consequente, estando centrado na actividade docente. Representa um estímulo às boas práticas lectivas", advogou Maria de Lurdes Rodrigues", dizendo que serão professores titulares "os mais experientes e mais competentes".»
Jornal Público
Jornal Público
Um Poeta Beirão
UM POETA BEIRÃO: Simões Dias
Beatriz Alcântara
Em 1863, aos dezenove anos, publicou, em Coimbra, seu primeiro livro de poesia, Mundo Interior, ao qual seguiu-se, um ano depois, a publicação do poema Sol à Sombra. Ainda no mesmo período de estudos universitários, publicou um livro de contos intitulado Coroa de Amores e, com registro incerto, outro livro de contos, Figuras de Gesso.
Lecionando para sustentar seus estudos e permitir-lhe a independência, o poeta foi cristalizando uma experiência didática, que viria a acompanha-lo pelo resto da vida, mas que não lhe vetava uma existência plural, rica em acontecimentos, amores e desamores, cujos registros podem ser exemplificados com o poema “Na Praia”, quadras de um ingênuo amor:
Formoso pôr de sol! Formosa tela!
É como um resplendor,
Em pé sobre uma rocha a visão bela
Do meu primeiro amor!
Cinge-lhe o sol a fronte alabastrina,
Aureola de santa!
Beija-lhe o rosto a vaga tremulina
Que do mar se levanta!
Dois meses após a formatura acadêmica, Simões Dias casou-se na Sé de Coimbra - a 3 de setembro de 1868 - com Guilhermina Simões da Conceição, jovem de “formosura rara”, numa prestigiada cerimônia, segundo relato dos contemporâneos.
Os estudos universitários concluídos com invulgar brilhantismo, surgiu o convite para integrar o corpo docente da Universidade de Coimbra, mas o poeta resolveu descortinar outros horizontes e concorreu à carreira de ensino público, sendo nomeado para a cidade alentejana de Elvas, em 1969.
A cidade acolheu bem o jovem professor, que já possuía um certo nome literário, e ensejou-lhe a criação e a edição de novas obras.
Mas uma infelicidade esperava o escritor, a morte da esposa, aos 24 anos. com menos de um ano de casamento.
Grande desgosto, expresso no poema “A hera e o olmeiro”:
Perpassa o vendaval com brava sanha
No cume da montanha,
E o ramo de hera que o olmeiro abraça
Arranca e despedaça!
Tu eras, meu amor, qual ramo de hera
Da minha primavera;
Eu era, linda flor, qual triste olmeiro,
O teu amor primeiro!
Mas veio sobre nós a dura sanha
Do vento da montanha,
E tu mimoso arbusto que eu amara,
Tombaste, ó sorte avara!
Agora, em pó desfeita a planta linda,
Por que é que espero ainda?
Que a mesma ventania, quando passe,
Me tombe e despedace!
Da permanência em Elvas resultaram definitivas vertentes na vida literário de Simões Dias.
A proximidade com as terras de Espanha ensejou a publicação de Espanha Moderna, estudos sobre a Literatura espanhola contemporânea, que lhe propiciaram a Comenda de Isabel a Católica, do Governo espanhol, e que, simultaneamente, inauguraram e direcionaram o autor para a escrita de cunho didático.
Em Elvas, no ano de 1870, surgiu a primeira edição das Peninsulares, canções meridionais que consagraram definitivamente o poeta.
Pesaroso com a viuvez, Simões Dias pediu transferência para Lisboa. Curta foi a estada, menos de um ano, de agosto de 1870 a abril de 1871.
Porém, ainda que rápida a passagem, ela ensejou a freqüência e a participação nos saraus literários de António Feliciano de Castilho, tão ao gosto da época.
Desse convívio ficou o registro no poema “Musa Nova”, versos de procedimento quase precioso:
A musa da nossa idade
É um ser extravagante,
Com igual jovialidade
Sorri ao Bocaccio e ao Dante
Ora solta sobre ruínas
O grito das maldições,
Ora do alto das colinas
Faz discurso às multidões.
...........................................
Divina sacerdotisa,
Quando a topo no caminho,
Tapeto-lhe o chão que pisa
De palmas e rosmaninho!
Já distante de Elvas, foi ainda nessa cidade que veio a lume novo livro de poesia, Ruínas, posteriormente incluído em outra edição das Peninsulares.
O poeta retornou à Beira. Fixou residência na cidade de Viseu, para onde foi nomeado professor do Liceu com regência da cadeira de Oratória, Poética e Literatura. Em Viseu, de 1871 a 1886, Dr. José Simões Dias viveu a maior, a mais diversificada e a mais profícua fase da idade adulta.
Em setembro de 1872, contraiu novo matrimônio com Maria Henriqueta de Menezes e Albuquerque de quem veio a ter uma filha, Judith, que lhe proporcionou uma descendência legitimada, o neto, o músico Mário Simões Dias. Os versos, por amor, elevavam-se:
Todo o meu ser se evola em doces êxtases,
Como se fora em ascensão divina
Arrebatado ao céu! Da gota rubra
Do sangue do Calvário sobre a rocha
Escorre a fé e o amor! A caridade
Sorri na cruz a distender os braços,
E a meiga esperança, reluzindo no alto,
Brilha formosa como à tarde um íris!
Em terras de Viseu, Simões Dias firmou-se como escritor e professor, enquanto ampliava e diversificava seus interesses e atuação.
Consolidou-se como um proficiente e atualizado escritor pedagógico, iniciou e afirmou-se na política, como Deputado às Cortes, em várias legislaturas – 1879, 1884, 1887 e 1890, por Mangualde, Pombal e Mértola – tendo evidenciado-se grande orador, erudito e frontal.
Figura eminente do Partido Progressista, proferia discursos polêmicos, defendia, em jornais e em comícios de rua, causas por tal modo inflamadas que, certa vez, foi vítima de uma cena pública de violência física protagonizada por um opositor.
Os registros da época apontam-lhe uma firme, proveitosa e democrática atuação política, devendo-se à sua natural inclinação para o mundo das letras, defesa e propositura da instituição de feriado nacional, no dia do tricentenário de morte de Camões, 10 de junho de 1879.
Ao participar de debates tão acesos, Simões Dias descobriu-se também jornalista, chegando a fundar três periódicos: o jornal Observador em 1878, liberal e patriótico; no ano seguinte, o Distrito de Viseu, voz do Partido Progressista, que ele dirigiu por oito anos; o inovador diário, O Globo, que circulou de 1888 a 1891; além de ter colaborado e dirigido, de 1887 a 88, o jornal progressista Correio da Noite.
Eram novos os tempos e outras as verdades. O poeta Simões Dias cantava,
Quando caiu exangue a velha sociedade,
Alguém que nos guiava os passos mal seguros
Nos disse, olhar em chamas: “Ó filhos d’outra idade,
O largo mundo é vosso, apóstolos futuros!
e na louvação ao progresso e ao nacionalismo, em outras estrofes enalteceu o Marquês de Pombal:
No pedestal da glória,
Que o pátrio amor sustenta,
Perfeitamente assenta
A estatua do marquês,
Pois que ninguém na história,
De pulso tão ousado,
Ergueu mais alto o brado
Do nome português!
......................................
Exangue morre a pátria?
Exausto anda o erário?
O reino, um proletário?
O ensino, uma irrisão?
Pois bem! Do vasto cérebro
Do herói do luso povo
Virá um mundo novo:
A luz, a escola, o pão!
Ao longo do período visiense, várias publicações didáticas de sua lavra surgiram: em 1972, Compêndio de História Pátria e Compêndio de Poética e Estilo, posteriormente denominada Teoria da Composição Literária; em 1875, História da Literatura Portuguesa; em 1881, Elementos de Oratória e Versificação Portuguesa, depois refundida na História da Composição; em 1880 a 1ª edição/Porto e em 1883 a 2ª edição/Coimbra, de A Instrução Secundária e colaborou com o Manual de Leitura e Análise, editado no Porto em 1883.
A Literatura, um pouco relegada, como se pode supor numa existência tão repleta e diversificada, tomou uma feição diferente, o romance.
Beatriz Alcântara
Em 1863, aos dezenove anos, publicou, em Coimbra, seu primeiro livro de poesia, Mundo Interior, ao qual seguiu-se, um ano depois, a publicação do poema Sol à Sombra. Ainda no mesmo período de estudos universitários, publicou um livro de contos intitulado Coroa de Amores e, com registro incerto, outro livro de contos, Figuras de Gesso.
Lecionando para sustentar seus estudos e permitir-lhe a independência, o poeta foi cristalizando uma experiência didática, que viria a acompanha-lo pelo resto da vida, mas que não lhe vetava uma existência plural, rica em acontecimentos, amores e desamores, cujos registros podem ser exemplificados com o poema “Na Praia”, quadras de um ingênuo amor:
Formoso pôr de sol! Formosa tela!
É como um resplendor,
Em pé sobre uma rocha a visão bela
Do meu primeiro amor!
Cinge-lhe o sol a fronte alabastrina,
Aureola de santa!
Beija-lhe o rosto a vaga tremulina
Que do mar se levanta!
Dois meses após a formatura acadêmica, Simões Dias casou-se na Sé de Coimbra - a 3 de setembro de 1868 - com Guilhermina Simões da Conceição, jovem de “formosura rara”, numa prestigiada cerimônia, segundo relato dos contemporâneos.
Os estudos universitários concluídos com invulgar brilhantismo, surgiu o convite para integrar o corpo docente da Universidade de Coimbra, mas o poeta resolveu descortinar outros horizontes e concorreu à carreira de ensino público, sendo nomeado para a cidade alentejana de Elvas, em 1969.
A cidade acolheu bem o jovem professor, que já possuía um certo nome literário, e ensejou-lhe a criação e a edição de novas obras.
Mas uma infelicidade esperava o escritor, a morte da esposa, aos 24 anos. com menos de um ano de casamento.
Grande desgosto, expresso no poema “A hera e o olmeiro”:
Perpassa o vendaval com brava sanha
No cume da montanha,
E o ramo de hera que o olmeiro abraça
Arranca e despedaça!
Tu eras, meu amor, qual ramo de hera
Da minha primavera;
Eu era, linda flor, qual triste olmeiro,
O teu amor primeiro!
Mas veio sobre nós a dura sanha
Do vento da montanha,
E tu mimoso arbusto que eu amara,
Tombaste, ó sorte avara!
Agora, em pó desfeita a planta linda,
Por que é que espero ainda?
Que a mesma ventania, quando passe,
Me tombe e despedace!
Da permanência em Elvas resultaram definitivas vertentes na vida literário de Simões Dias.
A proximidade com as terras de Espanha ensejou a publicação de Espanha Moderna, estudos sobre a Literatura espanhola contemporânea, que lhe propiciaram a Comenda de Isabel a Católica, do Governo espanhol, e que, simultaneamente, inauguraram e direcionaram o autor para a escrita de cunho didático.
Em Elvas, no ano de 1870, surgiu a primeira edição das Peninsulares, canções meridionais que consagraram definitivamente o poeta.
Pesaroso com a viuvez, Simões Dias pediu transferência para Lisboa. Curta foi a estada, menos de um ano, de agosto de 1870 a abril de 1871.
Porém, ainda que rápida a passagem, ela ensejou a freqüência e a participação nos saraus literários de António Feliciano de Castilho, tão ao gosto da época.
Desse convívio ficou o registro no poema “Musa Nova”, versos de procedimento quase precioso:
A musa da nossa idade
É um ser extravagante,
Com igual jovialidade
Sorri ao Bocaccio e ao Dante
Ora solta sobre ruínas
O grito das maldições,
Ora do alto das colinas
Faz discurso às multidões.
...........................................
Divina sacerdotisa,
Quando a topo no caminho,
Tapeto-lhe o chão que pisa
De palmas e rosmaninho!
Já distante de Elvas, foi ainda nessa cidade que veio a lume novo livro de poesia, Ruínas, posteriormente incluído em outra edição das Peninsulares.
O poeta retornou à Beira. Fixou residência na cidade de Viseu, para onde foi nomeado professor do Liceu com regência da cadeira de Oratória, Poética e Literatura. Em Viseu, de 1871 a 1886, Dr. José Simões Dias viveu a maior, a mais diversificada e a mais profícua fase da idade adulta.
Em setembro de 1872, contraiu novo matrimônio com Maria Henriqueta de Menezes e Albuquerque de quem veio a ter uma filha, Judith, que lhe proporcionou uma descendência legitimada, o neto, o músico Mário Simões Dias. Os versos, por amor, elevavam-se:
Todo o meu ser se evola em doces êxtases,
Como se fora em ascensão divina
Arrebatado ao céu! Da gota rubra
Do sangue do Calvário sobre a rocha
Escorre a fé e o amor! A caridade
Sorri na cruz a distender os braços,
E a meiga esperança, reluzindo no alto,
Brilha formosa como à tarde um íris!
Em terras de Viseu, Simões Dias firmou-se como escritor e professor, enquanto ampliava e diversificava seus interesses e atuação.
Consolidou-se como um proficiente e atualizado escritor pedagógico, iniciou e afirmou-se na política, como Deputado às Cortes, em várias legislaturas – 1879, 1884, 1887 e 1890, por Mangualde, Pombal e Mértola – tendo evidenciado-se grande orador, erudito e frontal.
Figura eminente do Partido Progressista, proferia discursos polêmicos, defendia, em jornais e em comícios de rua, causas por tal modo inflamadas que, certa vez, foi vítima de uma cena pública de violência física protagonizada por um opositor.
Os registros da época apontam-lhe uma firme, proveitosa e democrática atuação política, devendo-se à sua natural inclinação para o mundo das letras, defesa e propositura da instituição de feriado nacional, no dia do tricentenário de morte de Camões, 10 de junho de 1879.
Ao participar de debates tão acesos, Simões Dias descobriu-se também jornalista, chegando a fundar três periódicos: o jornal Observador em 1878, liberal e patriótico; no ano seguinte, o Distrito de Viseu, voz do Partido Progressista, que ele dirigiu por oito anos; o inovador diário, O Globo, que circulou de 1888 a 1891; além de ter colaborado e dirigido, de 1887 a 88, o jornal progressista Correio da Noite.
Eram novos os tempos e outras as verdades. O poeta Simões Dias cantava,
Quando caiu exangue a velha sociedade,
Alguém que nos guiava os passos mal seguros
Nos disse, olhar em chamas: “Ó filhos d’outra idade,
O largo mundo é vosso, apóstolos futuros!
e na louvação ao progresso e ao nacionalismo, em outras estrofes enalteceu o Marquês de Pombal:
No pedestal da glória,
Que o pátrio amor sustenta,
Perfeitamente assenta
A estatua do marquês,
Pois que ninguém na história,
De pulso tão ousado,
Ergueu mais alto o brado
Do nome português!
......................................
Exangue morre a pátria?
Exausto anda o erário?
O reino, um proletário?
O ensino, uma irrisão?
Pois bem! Do vasto cérebro
Do herói do luso povo
Virá um mundo novo:
A luz, a escola, o pão!
Ao longo do período visiense, várias publicações didáticas de sua lavra surgiram: em 1972, Compêndio de História Pátria e Compêndio de Poética e Estilo, posteriormente denominada Teoria da Composição Literária; em 1875, História da Literatura Portuguesa; em 1881, Elementos de Oratória e Versificação Portuguesa, depois refundida na História da Composição; em 1880 a 1ª edição/Porto e em 1883 a 2ª edição/Coimbra, de A Instrução Secundária e colaborou com o Manual de Leitura e Análise, editado no Porto em 1883.
A Literatura, um pouco relegada, como se pode supor numa existência tão repleta e diversificada, tomou uma feição diferente, o romance.
quarta-feira, 22 de novembro de 2006
A afinidade com um escritor
UM POETA BEIRÃO: Simões Dias
Beatriz Alcântara
A afinidade com um escritor constrói-se, via de regra, a partir da identificação que o leitor estabelece com sua obra. Por esse modo lembro-me de terem-se iniciado minhas preferências literárias e, a devoção que nutro por certos escritores como, Luís Vaz de Camões, Marcel Proust, Fernando Pessoa, Florbela Espanca, Clarice Lispector e Josué Montelo.
Todavia, para cada regra formulada, logo surge um fato contrário, e assim, numa contra-regra, aconteceu a ligação que estabeleci com um dos mais ilustres beirões de todos os tempos, o benfeitense Dr. José Simões Dias.
Fala-se que a aldeia da Benfeita, no concelho de Arganil, distrito de Coimbra, tem a forma de um lenço de três pontas. Numa das pontas desse lenço, no pequeno largo da capela de Nossa Senhora da Assunção, ficava a casa de meus bisavós Fonseca, onde, nos tempos em que minha avó Augusta e tia Laura viviam, eu passava boa parte das férias “grandes”.
Tanto quanto lembro das águas frias nos meus pés a chapinharem sobre os seixos na ribeira estival, recordo, e ainda repito, algumas quadras de Simões Dias recitadas durante os serões familiares da meninice. Uma dessas quadras, de sabor popular, é quase proverbial na minha pequena família, na outra banda do Atlântico:
Quem tem filhos, tem cadilhos
Quem não os tem, antes os tivesse
Porque quem tem filhos a vida
não finda, mesmo depois de morrer.
Mas atenção! Há um engano. Como poderia um poeta de tão grande arte como o Dr. José Simões Dias, de competente e sábio domínio literário a ponto de ter compilado os conhecimentos em duas obras valorosas, Compêndio de Poética e Estilo e Teoria da Composição Literária, ter construído uma quadra tão alheia à métrica normativa da redondilha maior?
Compare-se a anterior à quadra original do poeta:
Quem tem filhos tem cadilhos
Diz o rifão, mas é ver
Se alguém há que tendo filhos
Deseje vê-los morrer!
Peninsulares: odes,
A modificação das quadras toca num ponto nevrálgico, raramente abordado na relação autor e fruidor da obra de arte.
Uma obra literária, cinqüenta anos passados da morte do escritor, passa a ser, por lei, de domínio publico, livre de direitos autorais, e portanto, patrimônio popular, desde que ao povo assim lhe apeteça.
Antes desse prazo regulamentar, no entanto, nas quadras em questão, o senso comum interiorano português achou-se por tal modo identificado no sentir com o brilho setissílabo de Simões Dias que essas quadras modificaram-se ao sabor das vontades, numa literatura, digamos, quase oral, percorrendo um sinuoso trajeto de casa para casa, a ecoar de uma aldeia para outra, entoada por cantadores ambulantes, jograis e cegos de feira em feira das entre-beiras até os “algarves”, pois foi no sul peninsular que Estácio da Veiga ouviu o canto popular das trovas de “O Teu Lenço”, poema aqui reproduzido, em parte:
O lenço que tu me deste
Trago-o sempre no meu seio,
Com medo que desconfiem
D’onde este lenço me veio.
As letras que lá bordaste
São feitas do teu cabelo;
Por mais que o veja e reveja,
Nunca me farto de vê-lo.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
A cismar neste bordado
Não sei até no que penso;
Os olhos trago-os já gastos
De tanto olhar para o lenço.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Quanto mais me ponho a vê-lo,
Mais este amor se renova;
No dia do meu enterro
Quero levá-lo p’ra cova.
Peninsulares: canções, 5ª ed. Comemorativa
I Centenário da Morte de J. Simões Dias, Porto, 1999.
Se alguns versos do autor das Peninsulares - a obra mais renomada – converteram-se quase ao anonimato, talvez o fato se deva a que o poeta - o homem, o cidadão - ascendeu social e culturalmente, mas a sua poesia jamais perdeu a feição, o tom e a sabedoria da gente simples da sua aldeia - Benfeita. Simplicidade essa, tão marcante que, ainda hoje, decorridos mais de cem anos da morte do escritor, acha-se a povoação natal de Simões Dias tão distante da regência capitalista e do seu poder predatório, que sequer possui um comércio estruturado de portas abertas.
Não é difícil reconstruir, pela visão e mente, a terra que moldou a natureza, o imaginário, a emoção e o modo de estar no mundo de Simões Dias, pois a Benfeita preservou uma feição própria, pouco se alterou, avizinhando-se graciosamente do passado.
Na aldeia, as ruas permanecem de uma estreiteza afoita e raro permitem a circulação de um veículo no seu interior. Mesmo a via de circulação pública e o pequeno largo que conduzem à casa onde o poeta nasceu, sequer possuem uma denominação própria. Tudo permaneceria como então, não fossem o acesso que a construção da estrada permitiu, a eletrificação, algumas reduzidas comodidades tecnológicas e a rara presença de crianças.
Na Benfeita contemporânea, o ilustre poeta achar-se-ia próximo ao seu tempo, tempo no qual ela denominava-se Santa Cecília.
Das Peninsulares reproduzimos versos de saudade, evocações de folguedos, rumores de uma infância distante:
NOITE DE LUAR
. . . . . . . . . . . . . . . .
E aquela fresca ribeira
Onde à tarde ao pôr do sol
Vem cantar o rouxinol
Na copa da romãzeira;
E o toque da Ave-Maria,
Lamento de mãe aflita,
Tão doce que nem o imita
Uma rola ao fim do dia;
E os domingos de folgança,
Em que ao pé da ermida se arma,
Em festiva e doida alarma,
Uma fogueira e uma dança;
E aquelas tardes no rio,
Tardes e tardes inteiras,
Escutando as lavadeiras
A cantar ao desafio;
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
São invocações recorrentes das quais Simões Dias ficou para sempre refém, não se cansando de louva-las, como neste outro poema:
A VOLTA DO PEREGRINO
A ver-vos torno, ó grutas,
Ó côncavos penedos,
Onde hei depositado
Meus infantis segredos!
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Montanhas arrelvadas,
Vergéis do meu país,
Vendo-vos torno aos dias
D’essa idade feliz!
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Por isso eu vos saúdo,
Por isso eu vos bendigo,
Lugares que me fostes
Berço, consolo e abrigo!
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Um não sei quê de vago,
Um tão suave encanto,
Que involuntário acode
A borbulhar meu pranto!
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Além campeia a torre
Da solitária igreja,
E ao pé triste cruzeiro
No cemitério alveja!
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Ai! Quem me dera agora
A cândida ignorância
Dos tempos que sorriram
À minha alegre infância!
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Então um cemitério,
A recender a flores,
Era um breve canteiro
Falando-me de amores!
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Bendita seja a hora
Em que te torno a ver,
Ó terra abençoada,
Que és parte do meu ser!
Quando te piso e apalpo,
Que sonho e que ilusão!
Penso que vive ainda
Meu pobre coração!
A infância benfeitense e as alegrias pueris, contudo, foram cedo abandonadas. O jovem Simões Dias despertou a atenção do mestre-escola que, reconhecendo-lhe uma inteligência incomum, recomendou aos pais a continuação dos estudos.
Logo, ficaram para trás a aldeia de Santa Cecília – como a Benfeita chamava-se ao tempo - que o vira nascer a 05 de fevereiro de 1944, e os socalcos verdejantes entre os contrafortes da Serra da Estrela.
Uma educação formal e religiosa iniciou-se em Pedrógão Grande (1854-57), continuando no Seminário de Coimbra, onde concluiu o Curso Teológico em 1861, terminando os estudos superiores com a Formatura em 1968.
A vida acadêmica coimbrã fomentou-lhe o gosto pelas letras e ensejou a colaboração em variadas periódicos.
No dizer do seu biógrafo autorizado, Visconde de Sanches de Frias, no Bosquêjo da sua vida e obras, ficou registrado: “...num período de 9 anos, de 1861 a 1870, não houve em Coimbra publicação literária, que não tivesse a sua colaboração.”
Da época de estudos superiores, datam seus primeiros versos, o cantar da idade verde:
Gentis namoradas, tal sou como o vento
Que em brandos suspiros se expraia no ar,
As notas que tiro do alegre instrumento,
São vozes que gemem d’amor, ao luar!
....................................................................
Arcanjos dormentes, ó pálidas moças,
Correi às janelas a ouvir descantar;
As trovas que solto são minhas, são vossas,
Ouvi lindas trovas d’amor, ao luar!
"Canção ao Luar"
Beatriz Alcântara
A afinidade com um escritor constrói-se, via de regra, a partir da identificação que o leitor estabelece com sua obra. Por esse modo lembro-me de terem-se iniciado minhas preferências literárias e, a devoção que nutro por certos escritores como, Luís Vaz de Camões, Marcel Proust, Fernando Pessoa, Florbela Espanca, Clarice Lispector e Josué Montelo.
Todavia, para cada regra formulada, logo surge um fato contrário, e assim, numa contra-regra, aconteceu a ligação que estabeleci com um dos mais ilustres beirões de todos os tempos, o benfeitense Dr. José Simões Dias.
Fala-se que a aldeia da Benfeita, no concelho de Arganil, distrito de Coimbra, tem a forma de um lenço de três pontas. Numa das pontas desse lenço, no pequeno largo da capela de Nossa Senhora da Assunção, ficava a casa de meus bisavós Fonseca, onde, nos tempos em que minha avó Augusta e tia Laura viviam, eu passava boa parte das férias “grandes”.
Tanto quanto lembro das águas frias nos meus pés a chapinharem sobre os seixos na ribeira estival, recordo, e ainda repito, algumas quadras de Simões Dias recitadas durante os serões familiares da meninice. Uma dessas quadras, de sabor popular, é quase proverbial na minha pequena família, na outra banda do Atlântico:
Quem tem filhos, tem cadilhos
Quem não os tem, antes os tivesse
Porque quem tem filhos a vida
não finda, mesmo depois de morrer.
Mas atenção! Há um engano. Como poderia um poeta de tão grande arte como o Dr. José Simões Dias, de competente e sábio domínio literário a ponto de ter compilado os conhecimentos em duas obras valorosas, Compêndio de Poética e Estilo e Teoria da Composição Literária, ter construído uma quadra tão alheia à métrica normativa da redondilha maior?
Compare-se a anterior à quadra original do poeta:
Quem tem filhos tem cadilhos
Diz o rifão, mas é ver
Se alguém há que tendo filhos
Deseje vê-los morrer!
Peninsulares: odes,
A modificação das quadras toca num ponto nevrálgico, raramente abordado na relação autor e fruidor da obra de arte.
Uma obra literária, cinqüenta anos passados da morte do escritor, passa a ser, por lei, de domínio publico, livre de direitos autorais, e portanto, patrimônio popular, desde que ao povo assim lhe apeteça.
Antes desse prazo regulamentar, no entanto, nas quadras em questão, o senso comum interiorano português achou-se por tal modo identificado no sentir com o brilho setissílabo de Simões Dias que essas quadras modificaram-se ao sabor das vontades, numa literatura, digamos, quase oral, percorrendo um sinuoso trajeto de casa para casa, a ecoar de uma aldeia para outra, entoada por cantadores ambulantes, jograis e cegos de feira em feira das entre-beiras até os “algarves”, pois foi no sul peninsular que Estácio da Veiga ouviu o canto popular das trovas de “O Teu Lenço”, poema aqui reproduzido, em parte:
O lenço que tu me deste
Trago-o sempre no meu seio,
Com medo que desconfiem
D’onde este lenço me veio.
As letras que lá bordaste
São feitas do teu cabelo;
Por mais que o veja e reveja,
Nunca me farto de vê-lo.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
A cismar neste bordado
Não sei até no que penso;
Os olhos trago-os já gastos
De tanto olhar para o lenço.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Quanto mais me ponho a vê-lo,
Mais este amor se renova;
No dia do meu enterro
Quero levá-lo p’ra cova.
Peninsulares: canções, 5ª ed. Comemorativa
I Centenário da Morte de J. Simões Dias, Porto, 1999.
Se alguns versos do autor das Peninsulares - a obra mais renomada – converteram-se quase ao anonimato, talvez o fato se deva a que o poeta - o homem, o cidadão - ascendeu social e culturalmente, mas a sua poesia jamais perdeu a feição, o tom e a sabedoria da gente simples da sua aldeia - Benfeita. Simplicidade essa, tão marcante que, ainda hoje, decorridos mais de cem anos da morte do escritor, acha-se a povoação natal de Simões Dias tão distante da regência capitalista e do seu poder predatório, que sequer possui um comércio estruturado de portas abertas.
Não é difícil reconstruir, pela visão e mente, a terra que moldou a natureza, o imaginário, a emoção e o modo de estar no mundo de Simões Dias, pois a Benfeita preservou uma feição própria, pouco se alterou, avizinhando-se graciosamente do passado.
Na aldeia, as ruas permanecem de uma estreiteza afoita e raro permitem a circulação de um veículo no seu interior. Mesmo a via de circulação pública e o pequeno largo que conduzem à casa onde o poeta nasceu, sequer possuem uma denominação própria. Tudo permaneceria como então, não fossem o acesso que a construção da estrada permitiu, a eletrificação, algumas reduzidas comodidades tecnológicas e a rara presença de crianças.
Na Benfeita contemporânea, o ilustre poeta achar-se-ia próximo ao seu tempo, tempo no qual ela denominava-se Santa Cecília.
Das Peninsulares reproduzimos versos de saudade, evocações de folguedos, rumores de uma infância distante:
NOITE DE LUAR
. . . . . . . . . . . . . . . .
E aquela fresca ribeira
Onde à tarde ao pôr do sol
Vem cantar o rouxinol
Na copa da romãzeira;
E o toque da Ave-Maria,
Lamento de mãe aflita,
Tão doce que nem o imita
Uma rola ao fim do dia;
E os domingos de folgança,
Em que ao pé da ermida se arma,
Em festiva e doida alarma,
Uma fogueira e uma dança;
E aquelas tardes no rio,
Tardes e tardes inteiras,
Escutando as lavadeiras
A cantar ao desafio;
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
São invocações recorrentes das quais Simões Dias ficou para sempre refém, não se cansando de louva-las, como neste outro poema:
A VOLTA DO PEREGRINO
A ver-vos torno, ó grutas,
Ó côncavos penedos,
Onde hei depositado
Meus infantis segredos!
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Montanhas arrelvadas,
Vergéis do meu país,
Vendo-vos torno aos dias
D’essa idade feliz!
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Por isso eu vos saúdo,
Por isso eu vos bendigo,
Lugares que me fostes
Berço, consolo e abrigo!
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Um não sei quê de vago,
Um tão suave encanto,
Que involuntário acode
A borbulhar meu pranto!
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Além campeia a torre
Da solitária igreja,
E ao pé triste cruzeiro
No cemitério alveja!
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Ai! Quem me dera agora
A cândida ignorância
Dos tempos que sorriram
À minha alegre infância!
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Então um cemitério,
A recender a flores,
Era um breve canteiro
Falando-me de amores!
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Bendita seja a hora
Em que te torno a ver,
Ó terra abençoada,
Que és parte do meu ser!
Quando te piso e apalpo,
Que sonho e que ilusão!
Penso que vive ainda
Meu pobre coração!
A infância benfeitense e as alegrias pueris, contudo, foram cedo abandonadas. O jovem Simões Dias despertou a atenção do mestre-escola que, reconhecendo-lhe uma inteligência incomum, recomendou aos pais a continuação dos estudos.
Logo, ficaram para trás a aldeia de Santa Cecília – como a Benfeita chamava-se ao tempo - que o vira nascer a 05 de fevereiro de 1944, e os socalcos verdejantes entre os contrafortes da Serra da Estrela.
Uma educação formal e religiosa iniciou-se em Pedrógão Grande (1854-57), continuando no Seminário de Coimbra, onde concluiu o Curso Teológico em 1861, terminando os estudos superiores com a Formatura em 1968.
A vida acadêmica coimbrã fomentou-lhe o gosto pelas letras e ensejou a colaboração em variadas periódicos.
No dizer do seu biógrafo autorizado, Visconde de Sanches de Frias, no Bosquêjo da sua vida e obras, ficou registrado: “...num período de 9 anos, de 1861 a 1870, não houve em Coimbra publicação literária, que não tivesse a sua colaboração.”
Da época de estudos superiores, datam seus primeiros versos, o cantar da idade verde:
Gentis namoradas, tal sou como o vento
Que em brandos suspiros se expraia no ar,
As notas que tiro do alegre instrumento,
São vozes que gemem d’amor, ao luar!
....................................................................
Arcanjos dormentes, ó pálidas moças,
Correi às janelas a ouvir descantar;
As trovas que solto são minhas, são vossas,
Ouvi lindas trovas d’amor, ao luar!
"Canção ao Luar"
terça-feira, 21 de novembro de 2006
"el lenguaje y sus trampas"
"Durante milenios las palabras encerraban los secretos del nacimiento y de la muerte, del éxito y del fracaso, de la vida y de todas sus posibilidades. Los problemas, sin embargo, aparecen cuando comienza a cuestionarse la representación de los hechos desde el universo del lenguaje. Llegamos así a una primera e inquietante conclusión: las palabras nunca son inocentes o cristalinas, constituyen una realidad compleja. Están sumergidas en un conjunto de relaciones que si son guiadas por la mala fe o por una intención torcida desvían su sentido, alteran su contenido y pervierten su significado.
Surge así el lenguaje como arma política, que en vez de incluir, excluye; en vez de aglutinar, separa; en vez de sumar, resta; en vez de agrupar, dispersa; en vez de permitir, censura, y en vez de ayudar, traiciona.
El poder de las palabras, en su lado oscuro, se desarrolla a través de un entramado expansivo y totalitario que pretende imponer el dominio del significante sobre el significado. De esta manera, el primero, en manos de un poder interesado y corporativo, borra el sentido de lo real, deforma el orden social y político y facilita la manipulación y el engaño.
Si nos detenemos a observar esa realidad veremos con estupor de qué manera las palabras pronunciadas desde el poder, dueño del capital lingüístico y simbólico, traicionan y derriban lo que decimos y hasta lo que pensamos. El sentido de la responsabilidad y del compromiso, de la seriedad, de la firmeza, se han perdido irremediablemente.
En este mercado lingüístico, las reglas del discurso gobiernan lo que se dice y queda sin decir e identifican a los que pueden hablar con autoridad y a los que sólo deben escuchar y callar. El discurso verbal dominante en la clase política determina lo que cuenta como verdadero y relevante, lo que se debe hablar y lo que debe ser disimulado u ocultado. Así, el poder protege la forma de pensar y actuar de los ciudadanos al informar y modelar nuestra psique.
El truco es de sobra conocido: un ejército de lexicógrafos al servicio del poder nos vende, "desplazados" por deportados o expulsados, "daños colaterales" por víctimas civiles, "valla de seguridad" por muro de la vergüenza, "ayuda humanitaria" por ocupación militar en toda regla o "movimiento de liberación nacional" por terrorismo. Y esto ocurre para acomodar armoniosamente la realidad a la visión de cada una de las partes dentro de lo que se entiende como políticamente correcto. Las palabras, así utilizadas, esconden la realidad o en el peor de los casos consuman su muerte, y se convierten en mera incoherencia o sonido que ni siquiera llega a tener una clara articulación de significados. Con toda razón decía Adamov: "Gastadas, raídas, vacías, las palabras se han vuelto fantasmas en las que nadie cree".
Los nuevos lingüistas de la política se preparan para hacer del idioma un arma efectiva de dominio y para degradar con él la dignidad del habla humana y reducirla a retórica irresponsable. No debemos engañarnos. Las palabras no son ajenas al horror. Cuando se habla entre la niebla y la obscenidad, se favorece la vuelta de botas implacables de corte totalitario. Cuando el lenguaje se utiliza para entrar sin pudor y con impunidad en el infierno de los oprimidos, las palabras pierden su significado y adquieren tintes de pesadilla. Cuando la lluvia de mentiras verbales se convierte en estrepitoso diluvio, hemos de temer lo peor.
Que Hitler Y Goebbels hablaran en público con entusiasmo no fue pura casualidad. En su tratado Cinco dificultades con que se tropieza cuando se escribe la verdad, Bertolt Brecht soñaba con un nuevo idioma capaz de enfrentar vitalmente la palabra y el hecho, el hecho y la dignidad humana, de forma que ésta recuperara el lugar perdido por la degradación de los hombres en sus comportamientos y relaciones basadas en la mentira y la manipulación.
Devolver al lenguaje su musculatura moral, su pureza originaria, su condición de don supremo del hombre, rehabilitar el sentido y la verdad de las palabras debe ser nuestro compromiso. La mentira lingüística también es violencia, violencia simbólica. La más insidiosa de todas.
Retornar a las palabras esenciales significa decretar una guerra incruenta al lenguaje parasitario, frívolo y truculento, propio de algunos medios de comunicación, repleto de pontificaciones enlatadas y de lugares comunes que mantienen y propagan la bulimia consumista. Frente a éstos, la intransigencia ética debe ser la norma.
Frente a un lenguaje prostituido se debe luchar por otro que defienda los valores básicos de la dignidad, la libertad, la tolerancia y la democracia."
Baltasar Garzón - Juez español
Surge así el lenguaje como arma política, que en vez de incluir, excluye; en vez de aglutinar, separa; en vez de sumar, resta; en vez de agrupar, dispersa; en vez de permitir, censura, y en vez de ayudar, traiciona.
El poder de las palabras, en su lado oscuro, se desarrolla a través de un entramado expansivo y totalitario que pretende imponer el dominio del significante sobre el significado. De esta manera, el primero, en manos de un poder interesado y corporativo, borra el sentido de lo real, deforma el orden social y político y facilita la manipulación y el engaño.
Si nos detenemos a observar esa realidad veremos con estupor de qué manera las palabras pronunciadas desde el poder, dueño del capital lingüístico y simbólico, traicionan y derriban lo que decimos y hasta lo que pensamos. El sentido de la responsabilidad y del compromiso, de la seriedad, de la firmeza, se han perdido irremediablemente.
En este mercado lingüístico, las reglas del discurso gobiernan lo que se dice y queda sin decir e identifican a los que pueden hablar con autoridad y a los que sólo deben escuchar y callar. El discurso verbal dominante en la clase política determina lo que cuenta como verdadero y relevante, lo que se debe hablar y lo que debe ser disimulado u ocultado. Así, el poder protege la forma de pensar y actuar de los ciudadanos al informar y modelar nuestra psique.
El truco es de sobra conocido: un ejército de lexicógrafos al servicio del poder nos vende, "desplazados" por deportados o expulsados, "daños colaterales" por víctimas civiles, "valla de seguridad" por muro de la vergüenza, "ayuda humanitaria" por ocupación militar en toda regla o "movimiento de liberación nacional" por terrorismo. Y esto ocurre para acomodar armoniosamente la realidad a la visión de cada una de las partes dentro de lo que se entiende como políticamente correcto. Las palabras, así utilizadas, esconden la realidad o en el peor de los casos consuman su muerte, y se convierten en mera incoherencia o sonido que ni siquiera llega a tener una clara articulación de significados. Con toda razón decía Adamov: "Gastadas, raídas, vacías, las palabras se han vuelto fantasmas en las que nadie cree".
Los nuevos lingüistas de la política se preparan para hacer del idioma un arma efectiva de dominio y para degradar con él la dignidad del habla humana y reducirla a retórica irresponsable. No debemos engañarnos. Las palabras no son ajenas al horror. Cuando se habla entre la niebla y la obscenidad, se favorece la vuelta de botas implacables de corte totalitario. Cuando el lenguaje se utiliza para entrar sin pudor y con impunidad en el infierno de los oprimidos, las palabras pierden su significado y adquieren tintes de pesadilla. Cuando la lluvia de mentiras verbales se convierte en estrepitoso diluvio, hemos de temer lo peor.
Que Hitler Y Goebbels hablaran en público con entusiasmo no fue pura casualidad. En su tratado Cinco dificultades con que se tropieza cuando se escribe la verdad, Bertolt Brecht soñaba con un nuevo idioma capaz de enfrentar vitalmente la palabra y el hecho, el hecho y la dignidad humana, de forma que ésta recuperara el lugar perdido por la degradación de los hombres en sus comportamientos y relaciones basadas en la mentira y la manipulación.
Devolver al lenguaje su musculatura moral, su pureza originaria, su condición de don supremo del hombre, rehabilitar el sentido y la verdad de las palabras debe ser nuestro compromiso. La mentira lingüística también es violencia, violencia simbólica. La más insidiosa de todas.
Retornar a las palabras esenciales significa decretar una guerra incruenta al lenguaje parasitario, frívolo y truculento, propio de algunos medios de comunicación, repleto de pontificaciones enlatadas y de lugares comunes que mantienen y propagan la bulimia consumista. Frente a éstos, la intransigencia ética debe ser la norma.
Frente a un lenguaje prostituido se debe luchar por otro que defienda los valores básicos de la dignidad, la libertad, la tolerancia y la democracia."
Baltasar Garzón - Juez español
segunda-feira, 20 de novembro de 2006
A matança do porco
A matança significava fartura, boa disposição e entreajuda. Era feita com tempo frio, mas nunca em dia de vento suão, que atraía as varejeiras.Para matar um porco eram necessários no mínimo quatro homens. O bicho era deitado num banco e ajoujado com uma faca. As mulheres recolhiam imediatamente em gamelas ou bacias de barro o sangue para os enchidos.Uma vez morto, o porco era chamascudo com carquejas acesas e depois esfregado com bocados da mesma carqueija até a pele exterior sair quase completamente. Finalmente era barbeado com uma navalha afiada e lavado com minúcia.Chegava então a vez de ser preso pelas duas patas traseiras a um chambaril e pendurado num caibro ou trave de uma loja. Abria-se-lhe a barriga, retiravam-se as miudezas e separavam-se as carnes de acordo com as diferentes utilizações.Do porco, absolutamente nada se desperdiçava: As tripas, depois de lavadas, eram utilizadas nos enchidos;As costelas, o lombo e os torresmos (uma mistura de carne magra, fígado e outras miudezas), temperavam-se e conservavam-se em azeite, nas caçoilas de barro preto;As coleiras,as bandas e as orelhas eram guardadas na salgadeira;Os presuntos e as pás eram também conservados em sal um ou dois meses; depois de lavados penduravam-se ao fumeiro cerca de quinze dias; por fim, depois curados besuntavam-se com azeite e colorau;Os chouriços e chouriças (de carne, de sangue ou de bofes) começavam a fazer-se no dia seguinte ao da matança. As carnes temperavam durante alguns dias e depois, com o auxílio da enchedeira, eram colocadas nas tripas. Os enchidos secavam ao fumeiro oito a quinze dias e depois conservavam-se em azeite;As farinheiras eram feitas com farinha de milho e com ossadas do porco que, por serem muitas, se coziam (suprema ironia) na panela do porco.A vianda do porco (nabos, batatas, couves, botelhas) cozinhava-se na "panela do porco" - uma enorme panela de ferro com três pernas que quase todo o dia fervia e refervia ao lume, nas cozinhas. Esta vianda, misturada com água e farinha, era transportada para o curral nas ferradas, de madeira ou latão. Os porcos comiam-na em maceiras, escavadas em troncos de árvores, ou nas pias, de granito mais ou menos tosco, conforme as regiões e a pedra existente.
Dr. Paulo Ramalho, Tempos Difíceis - Tradição e Mudança na Serra do Açor
Dr. Paulo Ramalho, Tempos Difíceis - Tradição e Mudança na Serra do Açor
domingo, 19 de novembro de 2006
Finalmente a Broa!
A broa cozia-se de oito em oito ou de quinze em quinze dias. A cozedura era feita nos fornos individuais ou, no caso dos que os não possuíam, nos fornos comunitários.
Fazia-se o crescente no dia anterior, misturado no malgão as sobras da última cozedura com alguma farinha e água morna.
Para a amassadura utilizava-se uma gamela de madeira - o crescente era então misturado com farinha de milho, água morna, sal e alguma farinha triga ou centeia, para a broa não ficar tão arroliçada.
Feita a massadura, a broa ficava a fintar à fogueira, enquanto se aquecia o forno.
Depois de quente, o forno era limpo com o rodo e o vassoiro; as broas eram tendidas no malgão e uma a uma colocadas com a pá no forno.
Com a massa que sobrava na gamela fazia-se uma bola de crescente que se guardava no malgão até à próxima cozedura.
As broas, uma vez cozidas, eram guardadas numa loja fresca e arejada.
Havia quem fizesse a broa só com milho, de modo a fundir (render) para quinze dias - é que quanto mais pesada no estômago, menos se levava à boca...
Em certos casos, esta "poupança forçada" constituía o único modo de enganar a fome, pois em muitas aldeias metade das famílias não tinham sequer milho que lhes chegasse para o ano inteiro.
Eram os mais pobres entre os pobres; os que não tinham sequer uma côdea para acompanhar o caldo das couves. A estes bem se podia aplicar o ditado: "Poupa que comer, não guardes que fazer."
O mel era um dos poucos "luxos" alimentares ao alcance de quase todos. Bastava fazer alguns cortiços e adquirir conhecimentos práticos elementares sobre as técnicas da apicultura.
O equipamento utilizado era também rudimentar e de fácil fabrico caseiro.
Dr. Paulo Ramalho, Tempos Difíceis - Tradição e Mudança na Serra do Açor
Fazia-se o crescente no dia anterior, misturado no malgão as sobras da última cozedura com alguma farinha e água morna.
Para a amassadura utilizava-se uma gamela de madeira - o crescente era então misturado com farinha de milho, água morna, sal e alguma farinha triga ou centeia, para a broa não ficar tão arroliçada.
Feita a massadura, a broa ficava a fintar à fogueira, enquanto se aquecia o forno.
Depois de quente, o forno era limpo com o rodo e o vassoiro; as broas eram tendidas no malgão e uma a uma colocadas com a pá no forno.
Com a massa que sobrava na gamela fazia-se uma bola de crescente que se guardava no malgão até à próxima cozedura.
As broas, uma vez cozidas, eram guardadas numa loja fresca e arejada.
Havia quem fizesse a broa só com milho, de modo a fundir (render) para quinze dias - é que quanto mais pesada no estômago, menos se levava à boca...
Em certos casos, esta "poupança forçada" constituía o único modo de enganar a fome, pois em muitas aldeias metade das famílias não tinham sequer milho que lhes chegasse para o ano inteiro.
Eram os mais pobres entre os pobres; os que não tinham sequer uma côdea para acompanhar o caldo das couves. A estes bem se podia aplicar o ditado: "Poupa que comer, não guardes que fazer."
O mel era um dos poucos "luxos" alimentares ao alcance de quase todos. Bastava fazer alguns cortiços e adquirir conhecimentos práticos elementares sobre as técnicas da apicultura.
O equipamento utilizado era também rudimentar e de fácil fabrico caseiro.
Dr. Paulo Ramalho, Tempos Difíceis - Tradição e Mudança na Serra do Açor
sábado, 18 de novembro de 2006
O Azeite
Num contexto de grande pobreza e frugalidade alimentar, o azeite assumia particular importância. Com ele se contava para "adubar o conduto" e acender as candeias e alentemas. A azeitona apanhava-se nos meses de Dezembro e Janeiro. Constituía um trabalho arriscado, pois muitas das oliveiras estavam em penhascos e vertentes abruptas. Além disso, como as árvores só rararmente eram podadas (toda a rama era pouca para dar azeitonas) tinham que ser utilizadas escadas de doze e treze banços (degraus), com todos os riscos acrescidos de queda.
Para apanhar a azeitona saía-se de casa pela madrugada, de escada ao ombro. As escadas eram arrumadas às oliveiras e as azeitonas apanhadas à mão, para dentro de um cesto. Depois, chegava a vez de serem escolhidas (separadas das folhas) para dentro de uma saca.
O regresso a casa fazia-se já de noite, com a saca cheia às costas, e nas mãos enregeladas.
No Lagar
Os lagares só começavam a andar quando a azeitona estivesse quase toda apanhada. Funcionavam, da mesma forma que os moinhos da farinha, com a água de rios e ribeiros, conduzida por levadas.
O lagareiro, com os seus ajudantes (normalmente familiares), trabalhava ininterrupta e arduamente, dia após dia, até ao fim da campanha. Cada munho de azeitonas levava cerca de seis horas a moer e algumas mais se passavam até chegar, enfim o momento de benzer o azeite novo:
"Deus te acrescente agora e sempre pelas almas do Purgatório".
Depois eram esperadas medições: uma parte (a poia) para o "pote ladrão" do lagareiro, dez para os donos da azeitona; e assim sucessivamente.A safra do ano era levada para casa em bilhas de folha ou em odres.
Azeite Novo
Uma vez em casa, o azeite novo era cuidadosamente guardado numa loja fresca, em potes (ou talhas) de barro preto ou em talhas de pedra.
Administrado com parcimónia e bom senso, ele chegaria, num bom ano, para todas as necessidades - adubar a comida, acender a candeia, pagar promessas e favores, alumiar os mortos, conservar os chouriços e os queijos...E como nada do pouco que havia se podia desperdiçar, o bagaço da azeitona era também trazido do lagar, para servir de estrume ou dar como alimento aos porcos.
Ciclo de azeite e ciclo de porco, criação de gado e agricultura, vida familiar e subsistência económica - tudo se cruzava, tudo estava intimamente ligado na vida quotidiana.
Dr. Paulo Ramalho, Tempos Difíceis - Tradição e Mudança na Serra do Açor
Para apanhar a azeitona saía-se de casa pela madrugada, de escada ao ombro. As escadas eram arrumadas às oliveiras e as azeitonas apanhadas à mão, para dentro de um cesto. Depois, chegava a vez de serem escolhidas (separadas das folhas) para dentro de uma saca.
O regresso a casa fazia-se já de noite, com a saca cheia às costas, e nas mãos enregeladas.
No Lagar
Os lagares só começavam a andar quando a azeitona estivesse quase toda apanhada. Funcionavam, da mesma forma que os moinhos da farinha, com a água de rios e ribeiros, conduzida por levadas.
O lagareiro, com os seus ajudantes (normalmente familiares), trabalhava ininterrupta e arduamente, dia após dia, até ao fim da campanha. Cada munho de azeitonas levava cerca de seis horas a moer e algumas mais se passavam até chegar, enfim o momento de benzer o azeite novo:
"Deus te acrescente agora e sempre pelas almas do Purgatório".
Depois eram esperadas medições: uma parte (a poia) para o "pote ladrão" do lagareiro, dez para os donos da azeitona; e assim sucessivamente.A safra do ano era levada para casa em bilhas de folha ou em odres.
Azeite Novo
Uma vez em casa, o azeite novo era cuidadosamente guardado numa loja fresca, em potes (ou talhas) de barro preto ou em talhas de pedra.
Administrado com parcimónia e bom senso, ele chegaria, num bom ano, para todas as necessidades - adubar a comida, acender a candeia, pagar promessas e favores, alumiar os mortos, conservar os chouriços e os queijos...E como nada do pouco que havia se podia desperdiçar, o bagaço da azeitona era também trazido do lagar, para servir de estrume ou dar como alimento aos porcos.
Ciclo de azeite e ciclo de porco, criação de gado e agricultura, vida familiar e subsistência económica - tudo se cruzava, tudo estava intimamente ligado na vida quotidiana.
Dr. Paulo Ramalho, Tempos Difíceis - Tradição e Mudança na Serra do Açor
sexta-feira, 17 de novembro de 2006
mais TLEBS
Materiais didácticos elaborados pelas escolas da experiência pedagógica piloto da TLEBS
Seleccione o sub domínio que quer consultar em função do ciclo de ensino que pretende.
Domínios e Sub domínios da TLEBS
1CEB
B.1_2_3_4_5_6_7
D.1_2_3_4_5_6
2CEB
B.1_2_3_4_5_6_7
C.1_2_3_4_5
D.1_2_3_4_5_6
3CEB
A.1_2_3_4_5_6
B.1_2_3_4_5_6_7
C.1_2_3_4_5
D.1_2_3_4_5_6
Língua, Comunidade linguística, variação e mudança
1. Comunidade linguística 2. Língua e falante 3. Variação e normalização linguística 4. Tipologia linguística 5. Contacto entre línguas 6. Mudança linguística
Linguística descritiva
1. Fonética e Fonologia 2. Morfologia 3. Classes de palavras 4. Sintaxe 5. Semântica lexical
6. Semântica frásica 7. Pragmática e linguística textual
Lexicografia
1. Dicionário 2. Glossário 3. Enciclopédia 4. Terminologia 5. Thesaurus
Representação gráfica da linguagem oral
1. Grafia 2. Pontuação 3. Sinais auxiliares da escrita 4. Configuração gráfica 5. Formas de destaque 6. Transcrição fonética
Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular
Seleccione o sub domínio que quer consultar em função do ciclo de ensino que pretende.
Domínios e Sub domínios da TLEBS
1CEB
B.1_2_3_4_5_6_7
D.1_2_3_4_5_6
2CEB
B.1_2_3_4_5_6_7
C.1_2_3_4_5
D.1_2_3_4_5_6
3CEB
A.1_2_3_4_5_6
B.1_2_3_4_5_6_7
C.1_2_3_4_5
D.1_2_3_4_5_6
Língua, Comunidade linguística, variação e mudança
1. Comunidade linguística 2. Língua e falante 3. Variação e normalização linguística 4. Tipologia linguística 5. Contacto entre línguas 6. Mudança linguística
Linguística descritiva
1. Fonética e Fonologia 2. Morfologia 3. Classes de palavras 4. Sintaxe 5. Semântica lexical
6. Semântica frásica 7. Pragmática e linguística textual
Lexicografia
1. Dicionário 2. Glossário 3. Enciclopédia 4. Terminologia 5. Thesaurus
Representação gráfica da linguagem oral
1. Grafia 2. Pontuação 3. Sinais auxiliares da escrita 4. Configuração gráfica 5. Formas de destaque 6. Transcrição fonética
Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular
quinta-feira, 16 de novembro de 2006
Ciclo de Fotografia das Aldeias do Xisto
A empresa Curso de Água, Lda. encontra-se a realizar
a iniciativa FotoXisto, sob a coordenação
do fotógrafo João Margalha. Esta iniciativa que
se insere no âmbito do Programa de Animação das Aldeias
do Xisto, conta com o apoio da Pinus Verde - Associação de
Desenvolvimento Integrado da Floresta.
O FotoXisto, tem por objectivo documentar a vida quotidiana
de 10 aldeias abrangidas pela Rede das Aldeias do
Xisto, designadamente, Fajão, Janeiro de Cima, Martim
Branco, Foz do Cobrão, Gondramaz, Benfeita, Aigra Velha,
Comareira, Cerdeira e Talasnal.
Durante duas semanas os habitantes destes locais recolheram
imagens que reflectem a sua perspectiva da aldeia
e os aspectos considerados mais relevantes: pessoas, objectos,
locais, actividades, produtos, animais, paisagens.
Pretende-se com esta iniciativa contribuir para a preservação
da memória, afirmar a identidade das Aldeias do Xisto
e proporcionar o envolvimento da população, mostrando
como as aldeias se vêem a si próprias e mostrando as aldeias
umas às outras pelos olhos de quem lá vive.
A iniciativa culminará numa exposição no Centro Dinamizador
das Aldeias do Xisto, que inaugurará a 9 de Dezembro
de 2006, que depois circulará pelas aldeias envolvidas.
João Margalha
Contactos:
Curso de Água, Turismo e Animação em Espaço Rural:
968892233 / Casa de Janeiro
a iniciativa FotoXisto, sob a coordenação
do fotógrafo João Margalha. Esta iniciativa que
se insere no âmbito do Programa de Animação das Aldeias
do Xisto, conta com o apoio da Pinus Verde - Associação de
Desenvolvimento Integrado da Floresta.
O FotoXisto, tem por objectivo documentar a vida quotidiana
de 10 aldeias abrangidas pela Rede das Aldeias do
Xisto, designadamente, Fajão, Janeiro de Cima, Martim
Branco, Foz do Cobrão, Gondramaz, Benfeita, Aigra Velha,
Comareira, Cerdeira e Talasnal.
Durante duas semanas os habitantes destes locais recolheram
imagens que reflectem a sua perspectiva da aldeia
e os aspectos considerados mais relevantes: pessoas, objectos,
locais, actividades, produtos, animais, paisagens.
Pretende-se com esta iniciativa contribuir para a preservação
da memória, afirmar a identidade das Aldeias do Xisto
e proporcionar o envolvimento da população, mostrando
como as aldeias se vêem a si próprias e mostrando as aldeias
umas às outras pelos olhos de quem lá vive.
A iniciativa culminará numa exposição no Centro Dinamizador
das Aldeias do Xisto, que inaugurará a 9 de Dezembro
de 2006, que depois circulará pelas aldeias envolvidas.
João Margalha
Contactos:
Curso de Água, Turismo e Animação em Espaço Rural:
968892233 / Casa de Janeiro
quarta-feira, 15 de novembro de 2006
Moto Rali das Aldeias do Xisto
O Góis Moto Clube organizou o seu 3º Moto Rali -
“Na Rota das Aldeias do Xisto”, integrado no 10º
Troféu Nacional de Moto Ralis Turísticos da FNM.
Foram 45 equipas que tiveram oportunidade de conhecer a
região a partir das Aldeias do Xisto.
Com uma forte componente cultural centrada nas tradições
e cultura das aldeias, o Moto Rali incorporou no evento,
além da prova de condução propriamente dita com controlo
dos tempos, desafios que “obrigavam” os participantes a
conhecer melhor os locais por onde passavam.
A partida foi de Góis em direcção a Arganil, apreciando-se
a paisagem do Mont’Alto e passando por Folques. Nas Luadas
provou-se uma deliciosa “serradura” e, na Benfeita, as
curiosidades da Torre da Paz animaram a caravana. Depois
de visitada a maravilhosa Fraga da Pena atravessou-se a
Mata da Margaraça e seguiu-se para Fajão. Aí a brincadeira
chegou ao rubro, com os participantes a terem de fazer uma
reconstituição muito livre da eleição do Juiz, tal como é descrita
nos “Contos de Fajão”. O almoço foi no espectacular
parque de lazer do Cristo Operário, nas Minas da Panasqueira,
com a animação a cargo da Tocata das Minas e os
concorrentes a ajudar na batuca.
No dia seguinte o percurso passou por Aldeia Nova do
Cabo, Silvares, Barroca e, em Janeiro de Cima, visitou-se
a Casa das Tecedeiras. Atravessou-se o Rio Zêzere para o
concelho vizinho, passando por Janeiro de Baixo seguindose
o almoço final, em Pessegueiro.
Alguns dos participantes, vindos de diversos pontos do
país, confessavam-se surpreendidos com o bom estado de
preservação das Aldeias do Xisto e com a beleza da paisagem
natural envolvente. Todos referiram ser esta uma das
melhores formas de, fazendo o que gostam - andar de mota,
conhecerem zonas do país às quais, de outra forma, muito
provavelmente não viriam. No entanto, depois de feito o
percurso pelas Aldeias do Xisto, eram muitos os que falavam
em regressar “com mais calma”, agora de carro e trazendo
os filhos para um passeio mais prolongado.
“Na Rota das Aldeias do Xisto”, integrado no 10º
Troféu Nacional de Moto Ralis Turísticos da FNM.
Foram 45 equipas que tiveram oportunidade de conhecer a
região a partir das Aldeias do Xisto.
Com uma forte componente cultural centrada nas tradições
e cultura das aldeias, o Moto Rali incorporou no evento,
além da prova de condução propriamente dita com controlo
dos tempos, desafios que “obrigavam” os participantes a
conhecer melhor os locais por onde passavam.
A partida foi de Góis em direcção a Arganil, apreciando-se
a paisagem do Mont’Alto e passando por Folques. Nas Luadas
provou-se uma deliciosa “serradura” e, na Benfeita, as
curiosidades da Torre da Paz animaram a caravana. Depois
de visitada a maravilhosa Fraga da Pena atravessou-se a
Mata da Margaraça e seguiu-se para Fajão. Aí a brincadeira
chegou ao rubro, com os participantes a terem de fazer uma
reconstituição muito livre da eleição do Juiz, tal como é descrita
nos “Contos de Fajão”. O almoço foi no espectacular
parque de lazer do Cristo Operário, nas Minas da Panasqueira,
com a animação a cargo da Tocata das Minas e os
concorrentes a ajudar na batuca.
No dia seguinte o percurso passou por Aldeia Nova do
Cabo, Silvares, Barroca e, em Janeiro de Cima, visitou-se
a Casa das Tecedeiras. Atravessou-se o Rio Zêzere para o
concelho vizinho, passando por Janeiro de Baixo seguindose
o almoço final, em Pessegueiro.
Alguns dos participantes, vindos de diversos pontos do
país, confessavam-se surpreendidos com o bom estado de
preservação das Aldeias do Xisto e com a beleza da paisagem
natural envolvente. Todos referiram ser esta uma das
melhores formas de, fazendo o que gostam - andar de mota,
conhecerem zonas do país às quais, de outra forma, muito
provavelmente não viriam. No entanto, depois de feito o
percurso pelas Aldeias do Xisto, eram muitos os que falavam
em regressar “com mais calma”, agora de carro e trazendo
os filhos para um passeio mais prolongado.
terça-feira, 14 de novembro de 2006
segunda-feira, 13 de novembro de 2006
isto está bonito
»A maior parte dos casos denunciados ocorre no 1º ciclo (antiga primária), que registou 33,3 por cento das ocorrências, seguindo-se o ensino secundário, com 19,7 por cento de denúncias.Lisboa (33,3 por cento), Porto (18,2) e Setúbal (10,6) são os distritos onde se registaram mais casos, de acordo com os telefonemas dos professores.Mais de 90 por cento das pessoas que contactaram a linha telefónica são docentes, predominantemente mulheres (74,2 por cento), com 26 a 30 anos de serviço.»
Jornal Público
Jornal Público
domingo, 12 de novembro de 2006
Hoje deu-me para isto
King Crimson
Starless And Bible Black
In The Wake Of Poseidon
Sleepless
Este último é de ouvir e chorar por mais...Devo eu, sobrevivente desta terra, celebrar?
O meu lamento, a minha existência, alhures...
Starless And Bible Black
In The Wake Of Poseidon
Sleepless
Este último é de ouvir e chorar por mais...Devo eu, sobrevivente desta terra, celebrar?
O meu lamento, a minha existência, alhures...
Nós (professores) por cá...tudo bem!
Educación difunde una campaña para reconocer y prestigiar socialmente la profesión docente
GINÉS DONAIRE - Jaén
EL PAÍS - 10-10-2006
La Consejería de Educación pone en marcha desde hoy martes en prensa, radio y televisión una campaña de apoyo al profesorado con el objetivo primordial de "reconocer, valorar y prestigiar socialmente la profesión docente", según dijo ayer en Jaén la consejera Cándida Martínez. La campaña, que va dirigida a los 112.000 profesores que ejercen en la comunidad, lleva el lema Gracias profesorado, sin vosotros no sería posible, porque, a juicio de la consejera de Educación, el profesorado "es el elemento central del sistema educativo". Por eso, añadió, otro de los objetivos que se persiguen es "agradecer en nombre de toda la sociedad el trabajo que cada día realizan estos docentes en los colegios y en los institutos".
Martínez desvinculó la puesta en marcha de esta campaña con las agresiones a profesores y la conflictividad en las aulas durante el último curso. Tras recordar que hace algunos años ya se hizo otra campaña similar, la consejera precisó que se trata de dar cumplimiento a uno de los acuerdos suscritos en el llamado Acuerdo por la Educación en Andalucía, que la Junta rubricó con los sindicatos CC OO, UGT y la Confederación de Empresarios de Andalucía, un pacto que también trajo consigo el plan de salud laboral en el que se recogen medidas específicas orientadas a aquellos profesores que puedan tener algún problema en el aula.
Ahora bien, Cándida Martínez admitió que "se tiene que valorar más a los profesores" y se mostró satisfecha si esta campaña "sirve para aumentar la autoestima" de los docentes. La consejera destacó el interés de la Junta por "poner soluciones para erradicar la violencia en las aulas", para lo que demandó "la implicación de las familias y de toda la comunidad educativa en su conjunto".
En relación a las denuncias de los docentes por agresiones, Martínez aseguró que la Consejería de Educación "es la única que está registrando las incidencias que se producen en los centros escolares andaluces" -lo hace a través del programa Séneca- y destacó las medidas de apoyo jurídico al profesorado en el caso de que puedan ser objeto de agresiones en el ejercicio de su actividad docente.
La consejera sintonizó con la opinión de la ministra de Educación, Mercedes Cabrera, que, este domingo, en una entrevista en El PAÍS, decía que tendrá "mano dura" contra la violencia escolar. Cándida Martínez destacó las iniciativas puestas en marcha en este sentido por la Junta, como el decreto de derechos y deberes del alumnado, el Plan de Cultura de Paz, medidas de apoyo al profesorado, así como el incremento de 34 nuevos mediadores y orientadores sociales "para mejorar la convivencia en lo centros escolares", dijo.
GINÉS DONAIRE - Jaén
EL PAÍS - 10-10-2006
La Consejería de Educación pone en marcha desde hoy martes en prensa, radio y televisión una campaña de apoyo al profesorado con el objetivo primordial de "reconocer, valorar y prestigiar socialmente la profesión docente", según dijo ayer en Jaén la consejera Cándida Martínez. La campaña, que va dirigida a los 112.000 profesores que ejercen en la comunidad, lleva el lema Gracias profesorado, sin vosotros no sería posible, porque, a juicio de la consejera de Educación, el profesorado "es el elemento central del sistema educativo". Por eso, añadió, otro de los objetivos que se persiguen es "agradecer en nombre de toda la sociedad el trabajo que cada día realizan estos docentes en los colegios y en los institutos".
Martínez desvinculó la puesta en marcha de esta campaña con las agresiones a profesores y la conflictividad en las aulas durante el último curso. Tras recordar que hace algunos años ya se hizo otra campaña similar, la consejera precisó que se trata de dar cumplimiento a uno de los acuerdos suscritos en el llamado Acuerdo por la Educación en Andalucía, que la Junta rubricó con los sindicatos CC OO, UGT y la Confederación de Empresarios de Andalucía, un pacto que también trajo consigo el plan de salud laboral en el que se recogen medidas específicas orientadas a aquellos profesores que puedan tener algún problema en el aula.
Ahora bien, Cándida Martínez admitió que "se tiene que valorar más a los profesores" y se mostró satisfecha si esta campaña "sirve para aumentar la autoestima" de los docentes. La consejera destacó el interés de la Junta por "poner soluciones para erradicar la violencia en las aulas", para lo que demandó "la implicación de las familias y de toda la comunidad educativa en su conjunto".
En relación a las denuncias de los docentes por agresiones, Martínez aseguró que la Consejería de Educación "es la única que está registrando las incidencias que se producen en los centros escolares andaluces" -lo hace a través del programa Séneca- y destacó las medidas de apoyo jurídico al profesorado en el caso de que puedan ser objeto de agresiones en el ejercicio de su actividad docente.
La consejera sintonizó con la opinión de la ministra de Educación, Mercedes Cabrera, que, este domingo, en una entrevista en El PAÍS, decía que tendrá "mano dura" contra la violencia escolar. Cándida Martínez destacó las iniciativas puestas en marcha en este sentido por la Junta, como el decreto de derechos y deberes del alumnado, el Plan de Cultura de Paz, medidas de apoyo al profesorado, así como el incremento de 34 nuevos mediadores y orientadores sociales "para mejorar la convivencia en lo centros escolares", dijo.
"coisas vivas com vontade própria"
Em Itália é possível matar em legítima defesa.
Os legisladores aprovaram a nova lei.
O DIREITO À LEGITIMA DEFESA
INTRODUÇÃO :
Para os defensores do desarmamento, as armas são como coisas vivas com vontade própria. Eles descrevem armas como se elas tivessem braços, pernas e vontade própria. Eles falam sobre "armas roubando lojas "; e "armas matando pessoas". Para usar o "pensamento" dessa nova classe de defensores dos grupos anti-armas, e para usar as palavras como eles usam, deveríamos acreditar que carros vão a bares, ficam bêbados e então correm para matar pessoas. Como "motoristas bêbados não matam pessoas , carros matam pessoas"; Você deverá acreditar que martelos e madeiras constróem casas por vontade própria. Como "pessoas não constróem casas, martelos e madeiras constróem por vontade própria". Para essa classe, cada arma é realmente algum tipo de Exterminador, e quando ninguém está olhando, crescem braços e pernas nas armas e elas saem dos armários para matar pessoas.
Todos acham que o controle das armas será a solução para todos os problemas. Quando o "controle das armas" chegar, não haverá mais roubos de carros, acabarão os assaltos , não haverá mais crimes, cessarão os nascimentos ilegítimos, todos os traficantes desaparecerão e o mundo será bom.
Muitos deles pensam que animais são mais importantes que pessoas. Eles se preocupam mais em proteger animais do que proteger pessoas. ( 1 )
OBS: Mesmo no Brasil, matar animais silvestres é um crime inafiançável , enquanto que o agressor poderá responder em liberdade se matar uma pessoa.
Serão as armas a causa da violência? Menor numero de armas será igual a menor numero de crimes ?
Muitas opiniões tem surgido , a maioria movida por fatores pessoais na qual a pessoa coloca o seu próprio sofrimento ou histórias que ouviu contar.
REFERENCIAL TEÓRICO E ANÁLISE DO PROBLEMA
Automóveis matam mais do que qualquer outro meio violento . Atropelamentos matam 30 por dia.
No ano de 1995 , 25.513 brasileiros morreram por acidentes de transito.
Os alvos principais foram os pedestres ( 43,3% - 11052) seguidos por condutores ( 34.3% - 8754) e por passageiros ( 22,4% - 5.707) .Entre 1965 e 1973 , na Guerra do Vietnã, um dos mais encarniçados combates deste século , morreram 45.941 soldados americanos. A média foi de 5.104 baixas por ano - pouco menos da metade dos 11.052 brasileiros fulminados por atropelamentos. Não estamos falando dos que ficaram inválidos, e nem dos custos desses atropelamentos.
Em Porto Alegre, de janeiro a agosto de 1996 , 52 pedestres morreram atropelados. ( 2)
Na BR-386 com 445 Km de extensão, temos os seguintes dados:
- Uma pessoa morre a cada 3,5 dias ;
- Uma pessoa fica ferida a cada 10 horas ;
- A cada 6 horas ocorre um acidente ;
* O custo com atendimento médico - hospitalar a acidentados em estradas federais no país custa cerca de US$ 22 milhões por ano.( 19 )
Na BR-290 com 725,6 Km, temos os seguintes dados:
- Uma pessoa morre a cada 6 dias;
- Uma pessoa fica ferida a cada 11 horas ;
- A cada 5 horas ocorre um acidente ;
- Um acidente custa uma média de US$ 27 mil à União, incluídos neste valor gastos com patrulheiros e danos a carga, principalmente quando são toxicas. ( 20 )
Será que as causas foram os veículos ? Ou será que as causas foram as pessoas imprudentes, irresponsáveis ou as leis que não são cumpridas e que levam as pessoas a confiarem na impunidade; o desrespeito à vida dos outros ; a falta de educação e de princípios morais ; ou seja muitas podem ser as causas , mas certamente não foram os meios. Pois, qualquer automóvel parado na garagem , não sai sozinho para atropelar alguém.
Estatística Canadense :
O numero de mortes ocasionadas por carros no Canada em 1991 foi de 3882. O numero de mortes ocasionadas por armas de fogo em 1990 no Canada foi de 66.
O custo do seguro mostra que armas de fogo são consideravelmente menos perigosas que automóveis .
A National Firearms Association oferece um seguro de $2.000.000,00 por apenas $4,75 por ano. O seguro de um automóvel varia de $400 a $2000 por ano. Todos as taxas de seguro estão baseadas em estudos atuais sobre riscos e histórias de incidentes.
Carros versus Armas de fogo
- Você não necessita uma licença de motorista para comprar um carro (ou gasolina)
- Você não necessita referencias para comprar um carro .
- Você não necessita se submeter a uma ficha policial para comprar um carro.
- Você não necessita justificar a compra de um carro .
- Você não necessita ser membro de uma Associação ou Clube para ter um carro.
- Você não necessita guardar o seu carro trancado em uma garagem fechada.
- Você pode ter quantos carros você desejar. (32 )
Muitas manchetes de jornal nos chamam a atenção, demonstrando que o numero de mortes por outros meios, que não as armas de fogo, são em grande numero :
- "Preso o homem que matou com a pá " ( 21)
- "Bebeu e matou com faca... " ( 22)
- "Menor esfaqueia marceneiro " ( 23 )
- " Família é assassinada a facadas " ( 24)
" Mutatis mutantis" , com as armas de fogo ocorre o mesmo . Nenhuma arma por livre vontade mata alguém. Todos estão cansados de ouvir , mas poucos param para pensar numa frase que diz : Armas por si só não matam pessoas , pessoas matam pessoas. O Papa João Paulo II declarou: "Quem mata é o homen , não a sua espada ou seus mísseis" ).
O cardeal-arcebisbo , de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns, defendeu um maior numero de policiais nas ruas, com mais armas. ( 25)
Portanto não é tirando os meios que resolve o fato. Mesmo porque , o dia em que as "armas forem considerados fora da lei , somente os fora da lei terão armas ".
Desarmar a população ?
Que população ? A que paga impostos e mantém o Governo ? A que deseja ordem e progresso como diz em nossa bandeira ? Ou a população de assaltantes , criminosos , marginais que proliferam, transformando o País num caos e colocando o trabalhador honesto numa prisão albergue , da qual ele pode sair pela manhã para trabalhar e voltar logo para casa e ficar trancado entre grades e portões de ferro . Conforme estatísticas do Departamento de Armas , Munições e explosivos ( DAME ) , de Porto Alegre, nos últimos 3 anos , das pessoas com porte de arma , somente duas se envolveram em confrontos , sendo que uma foi legitima defesa e a outra foi o chamado disparo acidental.
Portanto, os tiroteios que ocorrem estão sendo realizados por marginais e por armas clandestinas, pois sabemos que o numero de armas clandestinas é muito maior que o numero de armas legais .
O contrabando ocorre em grande escala.
No Fantástico , foi mostrado a venda de armas clandestinas ( desde metralhadoras até fuzis de assalto ) numa favela do Rio de Janeiro. Porque não desarmar esses marginais ?
Porque querer tirar do cidadão de bem o direito da defesa? O Estado não possui condições de dar proteção ao cidadão que paga impostos para ter segurança. Seria o caso de perguntar se isso não estaria incluso no código do consumidor , no qual o cidadão está pagando por um serviço que não está tendo. E mesmo assim o Estado que deveria por lei proteger o cidadão , ainda deseja coloca-lo frente a frente com o marginal , e ainda por cima desarmado ?
Se o Estado não pode devolver a vida , não tem o direito de tirá-la. E está tirando quando nega a legitima defesa ao cidadão .
A Policia não é onipresente, isto é , não pode estar presente o tempo todo em todo o lugar. Normalmente ela chega após o fato ocorrido. E quem nos defende durante a ocorrência desses fatos? Porque negar o direito da defesa ao cidadão de bem?
Não estamos apregoando a liberação descontrolada, mas sim o direito do cidadão devidamente instruído portar a sua arma . Mais grave é o fato de uma pessoa adquirir uma arma clandestina e portar em via publica , sem o devido preparo e autorização da autoridade competente.
Podemos ter certeza de que se fosse realizado um plebiscito para sabermos a opinião da população sobre o desarmamento , todos os marginais votariam a favor , pois assim o "trabalho " deles ficaria mais fácil , uma vez que somente eles teriam armas.
Em 1981, na cidade de Kennasaw, no estado da Georgia, uma lei foi instituída que obrigava que cada adulto tivesse uma arma em seu poder pessoal ou em sua residência.
Inicialmente , isto criou uma imensa fúria entre os grupos anti-armas. Esses grupos favoráveis ao controle máximo das armas de fogo fizeram previsões: muitos cidadãos morreriam por causa dessa lei e o que é pior, diziam eles,- aqueles que autorizaram a lei, sentir-se-iam responsáveis por essas mortes.
Nada disso aconteceu. Os fatos são que apenas no primeiro ano de vigência da lei - os crimes violentos e assaltos na cidade de Kennasaw diminuíram 80% . ( 3)
Existe uma questão crucial nas leis sobre controle de armas. Qual o seu verdadeiro efeito ?
Mais vidas serão salvas ou perdidas ? Elas deterão o crime ou o encorajarão ?
Para providenciar uma resposta mais sistemática, foi realizado um estudo sobre uma lei do controle de armas , - a permissão para usar armas discretamente, ou seja sem ser visível. Trinta e um Estados Americanos deram aos seus cidadãos o direito de portar armas caso não possuíssem ficha criminal ou historia de doença mental.
O professor John R. Lott Jr. , ( University of Chicago Law School) juntamente com David Mustard ( graduado em economia pela University of Chicago) , analisaram as estatísticas criminais do FBI num total de 3.054 Condados Americanos entre 1977 e 1992. Os achados foram dramáticos.
O estudo mostrou que os Estados reduziram os assassinatos em 8,5% , os estupros em 5%; os assaltos a mão armada em 7% e os roubos com armas em 3% .
Se esses Estados tivessem aprovado essa lei antes, teriam evitado 1570 assassinatos, 4.177 estupros; 60000 assaltos a mão armada e 12000 roubos.
Para ser mais simples :
"Os criminosos respondem racionalmente a tratamento intimidatorio." (John R. Lott Jr e David Mustard )
Preocupados com a real escalada da violência , logo ao inicio dos anos 80, políticos e autoridades ( tanto anti quanto pró armas) autorizaram o Departamento de Justiça Norte Americano a entabular uma pesquisa nacional entre os criminosos , tentando descobrir-se como eles pensavam sobre os diversos aspectos ligados direta e indiretamente ao teor de suas "atividades".
A pesquisa conduzida por dois cientistas sociais da Universidade de Massachussets, Drs. Wright e Rossi (4) , acabou levando o nome de seus condutores e custou US 684.000, dólares estando publicada na forma de livro , intitulada "Under the Gun: Weapons, Crime and Violence in América"( Aldline 1983) . Seus resultados , note bem , obtidos entre os criminosos encarcerados dos EUA, é cabal e - por si só - já bastaria para encerrar qualquer discussão, pois mostra o pensamento deles para com as armas:
- 88% dos marginais obtém armas de fogo , apesar de toda e qualquer restrição legal ou de policiamento;
- 56% desses criminosos declararam não abordar vitimas que desconfiam estarem armadas;
- 74% dos bandidos afirmaram evitar adentrarem em residência onde sabem estar alguém armado;
- 57% dos encarcerados declararam temer mais um simples cidadão armado do que a própria maquina policial;
- 34% deles revelou como sendo seu maior temor levar um tiro da vítima ou da policia. ( 5)
Segundo o professor John Lott Jr e Davis Mustard ,o fato de pessoas portarem armas discretamente mantém os criminosos incertos quanto as suas vitimas pois não sabem se estão armadas ou não. A possibilidade de qualquer um poder estar carregando uma arma torna o ataque menos atrativo. Os estudos mostraram que enquanto alguns criminosos evitam crimes potencialmente violentos após a lei do porte de arma discreto, eles não necessariamente abandonam a vida criminal.
Alguns dirigem-se para crimes no qual o risco de confronto com uma vítima armada é muito menor. De fato, enquanto a diminuição de crimes violentos contra vitimas portando armas diminui, crimes contra a propriedade aumenta.
( ex. Roubo de automóveis ou maquinas de vender). Isto certamente é uma substituição que o país pode tolerar.
Numa enquete com mais de 3.000 policiais em resposta a uma pesquisa realizada pela associação beneficente da Policia da Georgia , mais de 90 % dos policiais disseram que a lei do controle de armas não ajuda o trabalho policial,
porque essas leis são dirigidas aos cidadãos honestos, ao invés dos criminosos. A comunidade policial da Georgia também afirmou que eles sentem que o proprietário de uma arma legalizada procura aprimorar-se na educação com armas, treinamento e segurança.
Os oficiais foram unanimes em suas convicções de que leis limitando a posse de armas pune cidadãos honestos, enquanto criminosos são deixados livres para obter armas ilegais.
Os comentários retornaram com algumas sugestões incluídas :
-" Controle de armas ? Não ! Punição aos infratores, não aos cidadãos de bem . "
- "Eu acredito que as leis existentes necessitam ser reforçadas com punições mais duras e os crimes cometidos com qualquer arma, deveriam também ser punidos em toda a extensão da lei".
- " Cidadãos honestos devem receber os direitos dados pela Constituição. Um policial não tem nada a temer de um cidadão honesto."
- "O problema que nós estamos enfrentando são pobreza e drogas , não armas. O Governo Americano deveria se preocupar mais com segurança do transito , câncer, AIDS e álcool , os quais matam muito mais pessoas a cada ano ". ( 6)
Vitimas de violência geralmente são pessoas fisicamente mais fracas . Permitindo uma mulher ( habilitada ) portar uma arma para sua defesa , faz uma grande diferença quando abordada por um marginal . Armas são um grande equalizador entre o fraco e o agressor .
Um estudo sobre 300.000 portes de arma emitidos entre primeiro de outubro de 1987 e 31 de dezembro de 1995 , na Florida - USA , mostrou que somente 5 agressões armadas , envolvendo essas pessoas , foram cometidos nesse período, e nenhuma dessas agressões resultou em morte.
Alguns perguntam :
"Discussões de transito entre pessoas armadas pode resultar em morte ? "
Em 31 Estados americanos , sendo que alguns permitem o porte de arma há décadas, existe somente um relato de incidente armado( Texas) , no qual a arma foi usada após um acidente de carro. Mesmo neste caso, o Grande Júri americano, achou que o uso foi em legitima defesa. O proprietário da arma estava sendo surrado pelo outro motorista . (John Lott Jr e Davis Mustard ).
Na mesma pesquisa dos Drs. Wright e Rossi , entrevistando 6.000 Sheriffs e oficiais policiais até o nível administrativo, sobre como eles viam as armas em poder dos civis.
- Mais de 76 % dos policiais entrevistados declararam que o uso de uma arma por cidadãos ao defender uma pessoa, ou sua família, era algo muito eficaz;
- Mais de 86 % deles declaram que , caso não estivesse trabalhando no cumprimento da Lei, teria uma arma para sua proteção .
Estudos realizados na Florida, Oregon, Montana, Mississipi e Pennsylvania demonstraram que pessoas que são bons cidadãos e que desejam se submeter ao processo do porte de arma não transformam-se de uma hora para outra em psicopatas assassinos quando recebem a permissão para portar armas .( 7)
Dois terços de todos os homicídios canadenses não envolvem armas de fogo(9)
Estrangulamentos, facadas e surras contribuíram para a maioria dos homicídios. ( 10)
Álcool e drogas estiveram presentes em 50% de todos os homicídios em 1991 ( 14). Historicamente o álcool tem sido estimado como o fator de maior contribuição em 2 de cada 3 homicídios no Canada ( 15) Em 1991 dois terços de todos os criminosos acusados, possuíam ficha criminal , dos quais 69% estavam proibidos de adquirir ou portar armas de fogo devido a condenações anteriores ( 43).
Armas de fogo representam menos de 2% de todas as causas de mortes no Canada (11).
Raios mataram mais canadenses em 1987 do que proprietários legais de armas. ( 13) . No Canada, entre 1961 e 1990, menos de 1% de todos os homicídios envolveram armas de fogo legalmente registradas ( 42).
Uma pergunta que muitos fazem é: O controle de armas funciona ?
Resposta do [Dominion Bureau of Statistics and Canadian Centre for Justice Statistics]
- Se, por "controle de armas "você entende como manter as armas longe das mãos dos criminosos e educar os usuários ( assim os índices de "acidentes "seriam diminuídos) , então será difícil encontrar alguém que não concorde com você .
Se , entretanto, você pensa que proibir, confiscar e outras limitações legais são necessárias, então eu sugiro que também sejam retirados equipamentos como tacos de hockey - pois Paul atingiu Jane com um taco de hockey.
Antes de 1968, quando qualquer um podia legalmente adquirir qualquer arma, nossas taxas de crimes eram a metade do que tem sido desde 1974. Comparando dois períodos de 20 anos, um aonde uma pessoa podia legalmente possuir qualquer arma, e outro com "leis restritivas "- , de 1974 a 1993 a taxa de homicídio no canada foi 2,4 assassinatos por 100.000 pessoas e de 1946 a 1965 foi cerca de 1.1 por 100.000.
O número de armas é um sintoma e não uma causa. Se armas produzissem assassinatos, então a Suíça, Israel e Noruega deveriam ter taxas semelhantes aos EEUU, visto possuírem um grande número de armas.
A lei Canadense de controle de armas foi efetivada em 1978.
- Taxa de aumento de crimes violentos no Canada entre 1977 e 1991: 89%
- Taxa de aumento de crimes violentos nos EEUU entre 1977 e 1991: 58%
Na ausência de armas de fogo, os criminosos acham outros meios ou outros tipos armas. Nenhuma lei em nenhuma cidade , Estado ou Nação, reduziu o crime violento ou diminuiu as taxas em comparação com outras jurisdições sem essas leis ( 8)
Recomendação do Conselho de Política Domestica de Bill Clinton: ( 17)
" Você não pode tirar armas de homens os quais estão assustados, de mulheres as quais são feridas , ou de comunidades as quais são machucadas sem dar-lhes confiança e senso de segurança "
Para melhor entender o problema, em abril de 1994 foi comissionado um poll por "Tarrance Group ", o qual revelou que somente 10 % dos entrevistados ( entre proprietários e não proprietários de armas) identificaram as armas como importante causa de crime violento, enquanto a grande maioria , 86% ( cerca de 165,3 milhões de adultos americanos) acreditam que o registro ( controle) de armas não irá parar os criminosos . A tabela abaixo mostra as mais importantes causas de crime violento :
Outra pergunta feita foi : "Para você qual é a mais importante causa de crime hoje na América ? "
Cinqüenta e sete por cento identificaram a reforma do sistema judiciário como o meio mais efetivo de reduzir os crimes violentos. Estes 57 % de adultos com mais de 18 anos de idade significam aproximadamente 109,6 milhões de americanos. ( 16)
Baseado nestes fatos , qualquer pessoa pode rapidamente argumentar que "a mídia não viu estes fatos ". Ao contrário , a mídia "viu estes fatos " mas não é interessante para a venda de jornais.( 17 )
Em outro estudo realizado no Texas , pelo "National Center for Policy Analysis " determinou que : "As armas são mais usadas para prevenir crimes do que para ocasioná-los ".
De acordo com o estudo de Dallas ( Texas ), "as pessoas usam armas mais de um milhão de vezes ao ano para prevenir crimes - mais freqüente do que criminosos as usam para cometer crimes".
Segundo Morgan Reynolds ( Senior do N.C.P.A. , economista e co-autor do estudo) , "Um criminoso tem 3 vezes mais chance de ser morto pela sua vítima do que pela policia".
O estudo segue, dizendo que : "armas são usadas somente em 12 % dos crimes violento - e a maioria dessas armas são roubadas. Numa entrevista com criminosos encarcerados eles afirmaram que a principal razão para portarem armas é para poder se defender de outros criminosos.
Reynolds diz que "Ao contrário da crendice popular , as armas são mais freqüentemente usadas em legitima defesa ". " O mito de que vitimas com armas são a fonte das armas dos marginais, ocorre em somente 1% dos casos"
Respostas para algumas crendices populares ( 18):
Mito 1 - As armas ocasionam crimes .
Uma revisão de 18 estudos acadêmicos mostrou que não existe relação entre o numero de armas e a quantidade de crimes nos estados Unidos. Evidencias internacionais apresentam dados semelhantes.
Mito 2 - O controle de armas reduz a criminalidade .
New jersey , Hawaii e Washington ( D.C.) tiveram um aumento das taxas de crimes após a implantação da lei de controle de armas. Canada, Taiwan e Jamaica tiveram a mesma experiência..
Mito 3 - As armas são de pouca ajuda na defesa contra criminosos.
Na verdade, as armas são de grande ajuda. Cada ano, vitimas em potencial matam de 2000 a 3000 criminosos e ferem um adicional de 9000 a 17000. Cidadãos comuns matam pessoas inocentes por engano somente 30 vezes ao ano, comparado com cerca de 330 mortos por engano pela policia. Sucesso de criminosos em tirar a arma da vítima ocorre em menos de 1% das vezes.
Mito 4- O controle de armas impede criminosos de obter armas.
Em entrevista com prisioneiros, a maioria disse que antes de ser preso eles possuíam armas. Mas menos de 1 em 6 armas foram compradas regularmente. Três - quartos dos prisioneiros disseram que não tiveram nenhum problema em obter uma arma , apesar da proibição legal.
Mito 5- As pessoas não necessitam armas para defesa própria
porque elas podem chamar a policia.
Cerca de 83% da população será vítima de criminosos em algum momento da sua vida . Considerando que , efetivamente, existe um policial de patrulha para cada 3.300 pessoas, os dados não parecem sugerir melhoras.
CONCLUSÃO
Infelizmente está desaparecendo , em todo o mundo, uma palavra chamada RESPEITO. Respeito pela família, respeito pelas tradições, respeito pelos vizinhos, respeito pelas crianças , etc.
Existe um declínio nos "valores" da família .Portanto , a solução para o problema do crime não é econômico ou técnico, é filosófico.
Hoje, está ocorrendo uma destruição cultural. Estamos criando uma juventude consumista que recorre a qualquer meio para atingir os seus objetivos. Matam por um par de tênis ou uma jaqueta da moda. Recebem propaganda subliminar de comerciais de televisão, mostrando que para estar na moda ou ser alvo de atenções , tem que usar determinada marca de tênis, fumar tal marca de cigarro, beber certa marca de cerveja , possuir tal modelo de carro, etc.
Todo o trabalho aqui apresentado , bem com todas as pesquisas e estatísticas foram bem claras , demonstrando que não é o meio
( armas, facas , automóveis, etc. ) o causador da violência , mas sim as pessoas e que essas pessoas usam qualquer meio para produzir violência.
Vemos certos países , onde a fome é a forma de violência , entre guerras por posse de poder ou ganhos pessoais, pouco se importando quantos morrerão para isso. Essas pessoas , que geram esses problemas , estão somente preocupadas com o seu ganho e geralmente dizem que "os meios justificam os fins ". Governos que determinam leis em beneficio próprio com fins políticos , as chamadas negociações políticas , nas quais somente está em interesse o poder e a ganância , sendo que o povo é um mero meio para atingir esse fim.
Desemprego, baixa renda, subnutrição, falta de habitação digna, ignorância, escolas que nada ensinam ou escolas onde só se aprende a violência, insegurança, descaso das autoridades, falta de atendimento hospitalar , impunidade , falta de valores morais, aumento populacional desenfreado , fome, desemprego ou empregos com péssima remuneração , falta de perspectiva de um futuro melhor, desrespeito a todos os valores , uma juventude abandonada e criada
por comerciais e filmes de televisão ( onde tudo é possível) , drogas , bebidas ( vendida a qualquer adolescente), a troca do homem por máquinas, estas são algumas das causas da violência.
Creio que ficarmos falando de um dos meios de uso dessas causas é como pregar no deserto. Nunca conseguiremos eliminar a violência sem corrigir estas causas .
Mas , talvez , seja mais fácil falar dos meios do que das causas, talvez os meios produzam um efeito político imediato, e assim , deixamos o problema aumentar e passamos aos próximos governantes a real causa da violência.
Acho que está chegando a hora de despertar e enfrentar os problemas ou eles nos destruirão , e levarão junto aqueles que os ignoraram, ou seja , causas e causadores sucumbirão. Será a destruição total , e em pouco tempo.
BIBLIOGRAFIA:
(1) ( Carta dirigida ao Congresso Americano : parte do livro "The Anti-Gun- Psycological and Sociological profile of the "New Class"Gun- Hating Bigots in América -January 1994)
(2) (Reportagem da Zero Hora ( 23 de outubro de 1996 , pg. 4):
( 3 ) ( Jornal de Sta. Maria _ Maj. Luiz Fernando Aita)
(4) Dr. James W. Wright é professor de sociologia e diretor do Instituto de Pesquisa Social e Demográfica ( SADRI) da Universidade de Massachusetts , um expert em pesquisa de dados, e um fervoroso defensor de leis sobre armas. Autor de vários trabalhos, em 1975 publicou "The Ownership of the Means of Destruction: Weapons in the United States ".
Peter H. Rossi ,também do Instituto de Pesquisa Social e Demográfica ( SADRI) da Universidade de Massachusetts e Presidente da American Sociological Association.
( 5) Jornal de Sta. Maria - Maj. Luiz Fernando Aita
- American Rifleman - August 85
( 6) -The Badge - Law Enforcement News - vol 2, number 1, March , 1990
( 7 ) - Police review - The violence of gun control - number 63 - year -
1993 - David B. Kopel - pg....-7)
[8] David B. Kopel, op. cit., examined the effectiveness of the firearms control policies of Japan, Canada, Britain, Switzerland, Jamaica, Austraila, New Zealand, and the United States, from a historical and sociological perspective. Additional source references are: Gary Kleck and Brett Patterson, op. cit; Joseph P. Magadin and Marshal Medoff, "An Empirical Analysis of Federal and State Firearms Control Laws",(1984); Douglas R. Murray, "Handguns, Gun Control Laws and Firearms Violence", Social Problems, Vol. 23 (1975), Matthew R.Dezee, "Gun Control Legislation: Impact and Ideology", Law and Policy Quarterly Vol. 5 (1983), p.367; J. Killias, "Gun Ownership and Violent Crime", Security Journal, Vol.1 No.3 (1990), p.171; Peter H. Rossi and James D. Wright, "Weapons, Crimes, and Violence in America: Executive Summary", (US Department of Justice, National Institute of Justice, 1981); Solicitor General of Canada, "Firearms Control in Canada: An Evaluation", (Ministry of Supply and Services Canada, 1983); Don B. Kates Jr., "Restricting Handguns: The Liberal Skeptics Speak Out", (North River Press, 1979); and B. Bruce-Briggs, "The Great American Gun War", The Public Interest, No. 45 (Fall 1976), pp. 37-62
(9 ) Juristat Service Bulletin Vol. 12 No.18, "Homicide in Canada 1991" (Statistics Canada, Canadian Centre for Justice Statistics, Oct 1992) p.2.
[10] Ibid, p.8
[11] Health Reports Vol. 1 No.1, "Mortality: Summary List of Causes 1987", (Statistics Canada, Health Division, Oct. 1989), p.60.
( 12 ) Causes of Death 1992 (Minister of Industry, Science and Technology, Statistics Canada, Health Statistics Division, Sept. 1994); and, Method of Committing Homicide Offences, Canadian, the Provinces /Territories, 1992 (Minister of Industry, Science and Technology, Statistics Canada, Canadian Centre for Justice Statistics, 1992)]
[13] Health Reports Vol.1 No.1,"Causes of Death 1987", (Statistics Canada, Health Division, Oct. 1989) pp, 176-178
[14] Juristat Service Bulletin Vol.12 NO.18, op. cit., p.15.
[15] Neil Boyd, "The Last Dance: Murder in Canada", (Prentice-Hall
Canada, 1988) pp. 156-157
(16) Fonte : U.S. Bureau of the census, 1994 estimates.
(17) - True Views - Crime in América - Special Report - April 1994
( 18) - Myths about Gun Control - National Center for Policy Analysis -
12655 North central Expressway , Suite 720 - Dallas - Texas 75243
( 19) - Zero Hora - 10 de fevereiro de 1997 - pg. 37
( 20 ) - Zero Hora - 11 de fevereiro de 1997 - pg. 39
( 21 ) Zero Hora - 31 de maio de 1995 - pg. 28
( 22) Correio do Povo - 5 de junho de 1995 - pg. 19
( 23) Zero Hora - 5 de junho de 1995 - pg.51
( 24) Zero Hora - 31de julho de 1995 - pg.60
( 25) Zero Hora - 21 de agosto de 1996 - pg. 3
(32 ) Coalition For Gun Control fact sheet
[42] Number of Restricted Guns Used in Homicide Offences by Year,
(Statistics Canada, Can. Centre for Justice Statistics, Law
Enforcement Program), pp.1 to 8
[43] Juristat Service Bulletin Vol. 12 No. 18, Homicide in Canada
1991, (Statistics Canada, Can. Centre for Justice Statistics,
Oct. 1992), p. 15
Documento Integral copiado em http://handgun.com.br/
J. Fauri
Os legisladores aprovaram a nova lei.
O DIREITO À LEGITIMA DEFESA
INTRODUÇÃO :
Para os defensores do desarmamento, as armas são como coisas vivas com vontade própria. Eles descrevem armas como se elas tivessem braços, pernas e vontade própria. Eles falam sobre "armas roubando lojas "; e "armas matando pessoas". Para usar o "pensamento" dessa nova classe de defensores dos grupos anti-armas, e para usar as palavras como eles usam, deveríamos acreditar que carros vão a bares, ficam bêbados e então correm para matar pessoas. Como "motoristas bêbados não matam pessoas , carros matam pessoas"; Você deverá acreditar que martelos e madeiras constróem casas por vontade própria. Como "pessoas não constróem casas, martelos e madeiras constróem por vontade própria". Para essa classe, cada arma é realmente algum tipo de Exterminador, e quando ninguém está olhando, crescem braços e pernas nas armas e elas saem dos armários para matar pessoas.
Todos acham que o controle das armas será a solução para todos os problemas. Quando o "controle das armas" chegar, não haverá mais roubos de carros, acabarão os assaltos , não haverá mais crimes, cessarão os nascimentos ilegítimos, todos os traficantes desaparecerão e o mundo será bom.
Muitos deles pensam que animais são mais importantes que pessoas. Eles se preocupam mais em proteger animais do que proteger pessoas. ( 1 )
OBS: Mesmo no Brasil, matar animais silvestres é um crime inafiançável , enquanto que o agressor poderá responder em liberdade se matar uma pessoa.
Serão as armas a causa da violência? Menor numero de armas será igual a menor numero de crimes ?
Muitas opiniões tem surgido , a maioria movida por fatores pessoais na qual a pessoa coloca o seu próprio sofrimento ou histórias que ouviu contar.
REFERENCIAL TEÓRICO E ANÁLISE DO PROBLEMA
Automóveis matam mais do que qualquer outro meio violento . Atropelamentos matam 30 por dia.
No ano de 1995 , 25.513 brasileiros morreram por acidentes de transito.
Os alvos principais foram os pedestres ( 43,3% - 11052) seguidos por condutores ( 34.3% - 8754) e por passageiros ( 22,4% - 5.707) .Entre 1965 e 1973 , na Guerra do Vietnã, um dos mais encarniçados combates deste século , morreram 45.941 soldados americanos. A média foi de 5.104 baixas por ano - pouco menos da metade dos 11.052 brasileiros fulminados por atropelamentos. Não estamos falando dos que ficaram inválidos, e nem dos custos desses atropelamentos.
Em Porto Alegre, de janeiro a agosto de 1996 , 52 pedestres morreram atropelados. ( 2)
Na BR-386 com 445 Km de extensão, temos os seguintes dados:
- Uma pessoa morre a cada 3,5 dias ;
- Uma pessoa fica ferida a cada 10 horas ;
- A cada 6 horas ocorre um acidente ;
* O custo com atendimento médico - hospitalar a acidentados em estradas federais no país custa cerca de US$ 22 milhões por ano.( 19 )
Na BR-290 com 725,6 Km, temos os seguintes dados:
- Uma pessoa morre a cada 6 dias;
- Uma pessoa fica ferida a cada 11 horas ;
- A cada 5 horas ocorre um acidente ;
- Um acidente custa uma média de US$ 27 mil à União, incluídos neste valor gastos com patrulheiros e danos a carga, principalmente quando são toxicas. ( 20 )
Será que as causas foram os veículos ? Ou será que as causas foram as pessoas imprudentes, irresponsáveis ou as leis que não são cumpridas e que levam as pessoas a confiarem na impunidade; o desrespeito à vida dos outros ; a falta de educação e de princípios morais ; ou seja muitas podem ser as causas , mas certamente não foram os meios. Pois, qualquer automóvel parado na garagem , não sai sozinho para atropelar alguém.
Estatística Canadense :
O numero de mortes ocasionadas por carros no Canada em 1991 foi de 3882. O numero de mortes ocasionadas por armas de fogo em 1990 no Canada foi de 66.
O custo do seguro mostra que armas de fogo são consideravelmente menos perigosas que automóveis .
A National Firearms Association oferece um seguro de $2.000.000,00 por apenas $4,75 por ano. O seguro de um automóvel varia de $400 a $2000 por ano. Todos as taxas de seguro estão baseadas em estudos atuais sobre riscos e histórias de incidentes.
Carros versus Armas de fogo
- Você não necessita uma licença de motorista para comprar um carro (ou gasolina)
- Você não necessita referencias para comprar um carro .
- Você não necessita se submeter a uma ficha policial para comprar um carro.
- Você não necessita justificar a compra de um carro .
- Você não necessita ser membro de uma Associação ou Clube para ter um carro.
- Você não necessita guardar o seu carro trancado em uma garagem fechada.
- Você pode ter quantos carros você desejar. (32 )
Muitas manchetes de jornal nos chamam a atenção, demonstrando que o numero de mortes por outros meios, que não as armas de fogo, são em grande numero :
- "Preso o homem que matou com a pá " ( 21)
- "Bebeu e matou com faca... " ( 22)
- "Menor esfaqueia marceneiro " ( 23 )
- " Família é assassinada a facadas " ( 24)
" Mutatis mutantis" , com as armas de fogo ocorre o mesmo . Nenhuma arma por livre vontade mata alguém. Todos estão cansados de ouvir , mas poucos param para pensar numa frase que diz : Armas por si só não matam pessoas , pessoas matam pessoas. O Papa João Paulo II declarou: "Quem mata é o homen , não a sua espada ou seus mísseis" ).
O cardeal-arcebisbo , de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns, defendeu um maior numero de policiais nas ruas, com mais armas. ( 25)
Portanto não é tirando os meios que resolve o fato. Mesmo porque , o dia em que as "armas forem considerados fora da lei , somente os fora da lei terão armas ".
Desarmar a população ?
Que população ? A que paga impostos e mantém o Governo ? A que deseja ordem e progresso como diz em nossa bandeira ? Ou a população de assaltantes , criminosos , marginais que proliferam, transformando o País num caos e colocando o trabalhador honesto numa prisão albergue , da qual ele pode sair pela manhã para trabalhar e voltar logo para casa e ficar trancado entre grades e portões de ferro . Conforme estatísticas do Departamento de Armas , Munições e explosivos ( DAME ) , de Porto Alegre, nos últimos 3 anos , das pessoas com porte de arma , somente duas se envolveram em confrontos , sendo que uma foi legitima defesa e a outra foi o chamado disparo acidental.
Portanto, os tiroteios que ocorrem estão sendo realizados por marginais e por armas clandestinas, pois sabemos que o numero de armas clandestinas é muito maior que o numero de armas legais .
O contrabando ocorre em grande escala.
No Fantástico , foi mostrado a venda de armas clandestinas ( desde metralhadoras até fuzis de assalto ) numa favela do Rio de Janeiro. Porque não desarmar esses marginais ?
Porque querer tirar do cidadão de bem o direito da defesa? O Estado não possui condições de dar proteção ao cidadão que paga impostos para ter segurança. Seria o caso de perguntar se isso não estaria incluso no código do consumidor , no qual o cidadão está pagando por um serviço que não está tendo. E mesmo assim o Estado que deveria por lei proteger o cidadão , ainda deseja coloca-lo frente a frente com o marginal , e ainda por cima desarmado ?
Se o Estado não pode devolver a vida , não tem o direito de tirá-la. E está tirando quando nega a legitima defesa ao cidadão .
A Policia não é onipresente, isto é , não pode estar presente o tempo todo em todo o lugar. Normalmente ela chega após o fato ocorrido. E quem nos defende durante a ocorrência desses fatos? Porque negar o direito da defesa ao cidadão de bem?
Não estamos apregoando a liberação descontrolada, mas sim o direito do cidadão devidamente instruído portar a sua arma . Mais grave é o fato de uma pessoa adquirir uma arma clandestina e portar em via publica , sem o devido preparo e autorização da autoridade competente.
Podemos ter certeza de que se fosse realizado um plebiscito para sabermos a opinião da população sobre o desarmamento , todos os marginais votariam a favor , pois assim o "trabalho " deles ficaria mais fácil , uma vez que somente eles teriam armas.
Em 1981, na cidade de Kennasaw, no estado da Georgia, uma lei foi instituída que obrigava que cada adulto tivesse uma arma em seu poder pessoal ou em sua residência.
Inicialmente , isto criou uma imensa fúria entre os grupos anti-armas. Esses grupos favoráveis ao controle máximo das armas de fogo fizeram previsões: muitos cidadãos morreriam por causa dessa lei e o que é pior, diziam eles,- aqueles que autorizaram a lei, sentir-se-iam responsáveis por essas mortes.
Nada disso aconteceu. Os fatos são que apenas no primeiro ano de vigência da lei - os crimes violentos e assaltos na cidade de Kennasaw diminuíram 80% . ( 3)
Existe uma questão crucial nas leis sobre controle de armas. Qual o seu verdadeiro efeito ?
Mais vidas serão salvas ou perdidas ? Elas deterão o crime ou o encorajarão ?
Para providenciar uma resposta mais sistemática, foi realizado um estudo sobre uma lei do controle de armas , - a permissão para usar armas discretamente, ou seja sem ser visível. Trinta e um Estados Americanos deram aos seus cidadãos o direito de portar armas caso não possuíssem ficha criminal ou historia de doença mental.
O professor John R. Lott Jr. , ( University of Chicago Law School) juntamente com David Mustard ( graduado em economia pela University of Chicago) , analisaram as estatísticas criminais do FBI num total de 3.054 Condados Americanos entre 1977 e 1992. Os achados foram dramáticos.
O estudo mostrou que os Estados reduziram os assassinatos em 8,5% , os estupros em 5%; os assaltos a mão armada em 7% e os roubos com armas em 3% .
Se esses Estados tivessem aprovado essa lei antes, teriam evitado 1570 assassinatos, 4.177 estupros; 60000 assaltos a mão armada e 12000 roubos.
Para ser mais simples :
"Os criminosos respondem racionalmente a tratamento intimidatorio." (John R. Lott Jr e David Mustard )
Preocupados com a real escalada da violência , logo ao inicio dos anos 80, políticos e autoridades ( tanto anti quanto pró armas) autorizaram o Departamento de Justiça Norte Americano a entabular uma pesquisa nacional entre os criminosos , tentando descobrir-se como eles pensavam sobre os diversos aspectos ligados direta e indiretamente ao teor de suas "atividades".
A pesquisa conduzida por dois cientistas sociais da Universidade de Massachussets, Drs. Wright e Rossi (4) , acabou levando o nome de seus condutores e custou US 684.000, dólares estando publicada na forma de livro , intitulada "Under the Gun: Weapons, Crime and Violence in América"( Aldline 1983) . Seus resultados , note bem , obtidos entre os criminosos encarcerados dos EUA, é cabal e - por si só - já bastaria para encerrar qualquer discussão, pois mostra o pensamento deles para com as armas:
- 88% dos marginais obtém armas de fogo , apesar de toda e qualquer restrição legal ou de policiamento;
- 56% desses criminosos declararam não abordar vitimas que desconfiam estarem armadas;
- 74% dos bandidos afirmaram evitar adentrarem em residência onde sabem estar alguém armado;
- 57% dos encarcerados declararam temer mais um simples cidadão armado do que a própria maquina policial;
- 34% deles revelou como sendo seu maior temor levar um tiro da vítima ou da policia. ( 5)
Segundo o professor John Lott Jr e Davis Mustard ,o fato de pessoas portarem armas discretamente mantém os criminosos incertos quanto as suas vitimas pois não sabem se estão armadas ou não. A possibilidade de qualquer um poder estar carregando uma arma torna o ataque menos atrativo. Os estudos mostraram que enquanto alguns criminosos evitam crimes potencialmente violentos após a lei do porte de arma discreto, eles não necessariamente abandonam a vida criminal.
Alguns dirigem-se para crimes no qual o risco de confronto com uma vítima armada é muito menor. De fato, enquanto a diminuição de crimes violentos contra vitimas portando armas diminui, crimes contra a propriedade aumenta.
( ex. Roubo de automóveis ou maquinas de vender). Isto certamente é uma substituição que o país pode tolerar.
Numa enquete com mais de 3.000 policiais em resposta a uma pesquisa realizada pela associação beneficente da Policia da Georgia , mais de 90 % dos policiais disseram que a lei do controle de armas não ajuda o trabalho policial,
porque essas leis são dirigidas aos cidadãos honestos, ao invés dos criminosos. A comunidade policial da Georgia também afirmou que eles sentem que o proprietário de uma arma legalizada procura aprimorar-se na educação com armas, treinamento e segurança.
Os oficiais foram unanimes em suas convicções de que leis limitando a posse de armas pune cidadãos honestos, enquanto criminosos são deixados livres para obter armas ilegais.
Os comentários retornaram com algumas sugestões incluídas :
-" Controle de armas ? Não ! Punição aos infratores, não aos cidadãos de bem . "
- "Eu acredito que as leis existentes necessitam ser reforçadas com punições mais duras e os crimes cometidos com qualquer arma, deveriam também ser punidos em toda a extensão da lei".
- " Cidadãos honestos devem receber os direitos dados pela Constituição. Um policial não tem nada a temer de um cidadão honesto."
- "O problema que nós estamos enfrentando são pobreza e drogas , não armas. O Governo Americano deveria se preocupar mais com segurança do transito , câncer, AIDS e álcool , os quais matam muito mais pessoas a cada ano ". ( 6)
Vitimas de violência geralmente são pessoas fisicamente mais fracas . Permitindo uma mulher ( habilitada ) portar uma arma para sua defesa , faz uma grande diferença quando abordada por um marginal . Armas são um grande equalizador entre o fraco e o agressor .
Um estudo sobre 300.000 portes de arma emitidos entre primeiro de outubro de 1987 e 31 de dezembro de 1995 , na Florida - USA , mostrou que somente 5 agressões armadas , envolvendo essas pessoas , foram cometidos nesse período, e nenhuma dessas agressões resultou em morte.
Alguns perguntam :
"Discussões de transito entre pessoas armadas pode resultar em morte ? "
Em 31 Estados americanos , sendo que alguns permitem o porte de arma há décadas, existe somente um relato de incidente armado( Texas) , no qual a arma foi usada após um acidente de carro. Mesmo neste caso, o Grande Júri americano, achou que o uso foi em legitima defesa. O proprietário da arma estava sendo surrado pelo outro motorista . (John Lott Jr e Davis Mustard ).
Na mesma pesquisa dos Drs. Wright e Rossi , entrevistando 6.000 Sheriffs e oficiais policiais até o nível administrativo, sobre como eles viam as armas em poder dos civis.
- Mais de 76 % dos policiais entrevistados declararam que o uso de uma arma por cidadãos ao defender uma pessoa, ou sua família, era algo muito eficaz;
- Mais de 86 % deles declaram que , caso não estivesse trabalhando no cumprimento da Lei, teria uma arma para sua proteção .
Estudos realizados na Florida, Oregon, Montana, Mississipi e Pennsylvania demonstraram que pessoas que são bons cidadãos e que desejam se submeter ao processo do porte de arma não transformam-se de uma hora para outra em psicopatas assassinos quando recebem a permissão para portar armas .( 7)
Dois terços de todos os homicídios canadenses não envolvem armas de fogo(9)
Estrangulamentos, facadas e surras contribuíram para a maioria dos homicídios. ( 10)
Álcool e drogas estiveram presentes em 50% de todos os homicídios em 1991 ( 14). Historicamente o álcool tem sido estimado como o fator de maior contribuição em 2 de cada 3 homicídios no Canada ( 15) Em 1991 dois terços de todos os criminosos acusados, possuíam ficha criminal , dos quais 69% estavam proibidos de adquirir ou portar armas de fogo devido a condenações anteriores ( 43).
Armas de fogo representam menos de 2% de todas as causas de mortes no Canada (11).
Raios mataram mais canadenses em 1987 do que proprietários legais de armas. ( 13) . No Canada, entre 1961 e 1990, menos de 1% de todos os homicídios envolveram armas de fogo legalmente registradas ( 42).
Uma pergunta que muitos fazem é: O controle de armas funciona ?
Resposta do [Dominion Bureau of Statistics and Canadian Centre for Justice Statistics]
- Se, por "controle de armas "você entende como manter as armas longe das mãos dos criminosos e educar os usuários ( assim os índices de "acidentes "seriam diminuídos) , então será difícil encontrar alguém que não concorde com você .
Se , entretanto, você pensa que proibir, confiscar e outras limitações legais são necessárias, então eu sugiro que também sejam retirados equipamentos como tacos de hockey - pois Paul atingiu Jane com um taco de hockey.
Antes de 1968, quando qualquer um podia legalmente adquirir qualquer arma, nossas taxas de crimes eram a metade do que tem sido desde 1974. Comparando dois períodos de 20 anos, um aonde uma pessoa podia legalmente possuir qualquer arma, e outro com "leis restritivas "- , de 1974 a 1993 a taxa de homicídio no canada foi 2,4 assassinatos por 100.000 pessoas e de 1946 a 1965 foi cerca de 1.1 por 100.000.
O número de armas é um sintoma e não uma causa. Se armas produzissem assassinatos, então a Suíça, Israel e Noruega deveriam ter taxas semelhantes aos EEUU, visto possuírem um grande número de armas.
A lei Canadense de controle de armas foi efetivada em 1978.
- Taxa de aumento de crimes violentos no Canada entre 1977 e 1991: 89%
- Taxa de aumento de crimes violentos nos EEUU entre 1977 e 1991: 58%
Na ausência de armas de fogo, os criminosos acham outros meios ou outros tipos armas. Nenhuma lei em nenhuma cidade , Estado ou Nação, reduziu o crime violento ou diminuiu as taxas em comparação com outras jurisdições sem essas leis ( 8)
Recomendação do Conselho de Política Domestica de Bill Clinton: ( 17)
" Você não pode tirar armas de homens os quais estão assustados, de mulheres as quais são feridas , ou de comunidades as quais são machucadas sem dar-lhes confiança e senso de segurança "
Para melhor entender o problema, em abril de 1994 foi comissionado um poll por "Tarrance Group ", o qual revelou que somente 10 % dos entrevistados ( entre proprietários e não proprietários de armas) identificaram as armas como importante causa de crime violento, enquanto a grande maioria , 86% ( cerca de 165,3 milhões de adultos americanos) acreditam que o registro ( controle) de armas não irá parar os criminosos . A tabela abaixo mostra as mais importantes causas de crime violento :
Outra pergunta feita foi : "Para você qual é a mais importante causa de crime hoje na América ? "
Cinqüenta e sete por cento identificaram a reforma do sistema judiciário como o meio mais efetivo de reduzir os crimes violentos. Estes 57 % de adultos com mais de 18 anos de idade significam aproximadamente 109,6 milhões de americanos. ( 16)
Baseado nestes fatos , qualquer pessoa pode rapidamente argumentar que "a mídia não viu estes fatos ". Ao contrário , a mídia "viu estes fatos " mas não é interessante para a venda de jornais.( 17 )
Em outro estudo realizado no Texas , pelo "National Center for Policy Analysis " determinou que : "As armas são mais usadas para prevenir crimes do que para ocasioná-los ".
De acordo com o estudo de Dallas ( Texas ), "as pessoas usam armas mais de um milhão de vezes ao ano para prevenir crimes - mais freqüente do que criminosos as usam para cometer crimes".
Segundo Morgan Reynolds ( Senior do N.C.P.A. , economista e co-autor do estudo) , "Um criminoso tem 3 vezes mais chance de ser morto pela sua vítima do que pela policia".
O estudo segue, dizendo que : "armas são usadas somente em 12 % dos crimes violento - e a maioria dessas armas são roubadas. Numa entrevista com criminosos encarcerados eles afirmaram que a principal razão para portarem armas é para poder se defender de outros criminosos.
Reynolds diz que "Ao contrário da crendice popular , as armas são mais freqüentemente usadas em legitima defesa ". " O mito de que vitimas com armas são a fonte das armas dos marginais, ocorre em somente 1% dos casos"
Respostas para algumas crendices populares ( 18):
Mito 1 - As armas ocasionam crimes .
Uma revisão de 18 estudos acadêmicos mostrou que não existe relação entre o numero de armas e a quantidade de crimes nos estados Unidos. Evidencias internacionais apresentam dados semelhantes.
Mito 2 - O controle de armas reduz a criminalidade .
New jersey , Hawaii e Washington ( D.C.) tiveram um aumento das taxas de crimes após a implantação da lei de controle de armas. Canada, Taiwan e Jamaica tiveram a mesma experiência..
Mito 3 - As armas são de pouca ajuda na defesa contra criminosos.
Na verdade, as armas são de grande ajuda. Cada ano, vitimas em potencial matam de 2000 a 3000 criminosos e ferem um adicional de 9000 a 17000. Cidadãos comuns matam pessoas inocentes por engano somente 30 vezes ao ano, comparado com cerca de 330 mortos por engano pela policia. Sucesso de criminosos em tirar a arma da vítima ocorre em menos de 1% das vezes.
Mito 4- O controle de armas impede criminosos de obter armas.
Em entrevista com prisioneiros, a maioria disse que antes de ser preso eles possuíam armas. Mas menos de 1 em 6 armas foram compradas regularmente. Três - quartos dos prisioneiros disseram que não tiveram nenhum problema em obter uma arma , apesar da proibição legal.
Mito 5- As pessoas não necessitam armas para defesa própria
porque elas podem chamar a policia.
Cerca de 83% da população será vítima de criminosos em algum momento da sua vida . Considerando que , efetivamente, existe um policial de patrulha para cada 3.300 pessoas, os dados não parecem sugerir melhoras.
CONCLUSÃO
Infelizmente está desaparecendo , em todo o mundo, uma palavra chamada RESPEITO. Respeito pela família, respeito pelas tradições, respeito pelos vizinhos, respeito pelas crianças , etc.
Existe um declínio nos "valores" da família .Portanto , a solução para o problema do crime não é econômico ou técnico, é filosófico.
Hoje, está ocorrendo uma destruição cultural. Estamos criando uma juventude consumista que recorre a qualquer meio para atingir os seus objetivos. Matam por um par de tênis ou uma jaqueta da moda. Recebem propaganda subliminar de comerciais de televisão, mostrando que para estar na moda ou ser alvo de atenções , tem que usar determinada marca de tênis, fumar tal marca de cigarro, beber certa marca de cerveja , possuir tal modelo de carro, etc.
Todo o trabalho aqui apresentado , bem com todas as pesquisas e estatísticas foram bem claras , demonstrando que não é o meio
( armas, facas , automóveis, etc. ) o causador da violência , mas sim as pessoas e que essas pessoas usam qualquer meio para produzir violência.
Vemos certos países , onde a fome é a forma de violência , entre guerras por posse de poder ou ganhos pessoais, pouco se importando quantos morrerão para isso. Essas pessoas , que geram esses problemas , estão somente preocupadas com o seu ganho e geralmente dizem que "os meios justificam os fins ". Governos que determinam leis em beneficio próprio com fins políticos , as chamadas negociações políticas , nas quais somente está em interesse o poder e a ganância , sendo que o povo é um mero meio para atingir esse fim.
Desemprego, baixa renda, subnutrição, falta de habitação digna, ignorância, escolas que nada ensinam ou escolas onde só se aprende a violência, insegurança, descaso das autoridades, falta de atendimento hospitalar , impunidade , falta de valores morais, aumento populacional desenfreado , fome, desemprego ou empregos com péssima remuneração , falta de perspectiva de um futuro melhor, desrespeito a todos os valores , uma juventude abandonada e criada
por comerciais e filmes de televisão ( onde tudo é possível) , drogas , bebidas ( vendida a qualquer adolescente), a troca do homem por máquinas, estas são algumas das causas da violência.
Creio que ficarmos falando de um dos meios de uso dessas causas é como pregar no deserto. Nunca conseguiremos eliminar a violência sem corrigir estas causas .
Mas , talvez , seja mais fácil falar dos meios do que das causas, talvez os meios produzam um efeito político imediato, e assim , deixamos o problema aumentar e passamos aos próximos governantes a real causa da violência.
Acho que está chegando a hora de despertar e enfrentar os problemas ou eles nos destruirão , e levarão junto aqueles que os ignoraram, ou seja , causas e causadores sucumbirão. Será a destruição total , e em pouco tempo.
BIBLIOGRAFIA:
(1) ( Carta dirigida ao Congresso Americano : parte do livro "The Anti-Gun- Psycological and Sociological profile of the "New Class"Gun- Hating Bigots in América -January 1994)
(2) (Reportagem da Zero Hora ( 23 de outubro de 1996 , pg. 4):
( 3 ) ( Jornal de Sta. Maria _ Maj. Luiz Fernando Aita)
(4) Dr. James W. Wright é professor de sociologia e diretor do Instituto de Pesquisa Social e Demográfica ( SADRI) da Universidade de Massachusetts , um expert em pesquisa de dados, e um fervoroso defensor de leis sobre armas. Autor de vários trabalhos, em 1975 publicou "The Ownership of the Means of Destruction: Weapons in the United States ".
Peter H. Rossi ,também do Instituto de Pesquisa Social e Demográfica ( SADRI) da Universidade de Massachusetts e Presidente da American Sociological Association.
( 5) Jornal de Sta. Maria - Maj. Luiz Fernando Aita
- American Rifleman - August 85
( 6) -The Badge - Law Enforcement News - vol 2, number 1, March , 1990
( 7 ) - Police review - The violence of gun control - number 63 - year -
1993 - David B. Kopel - pg....-7)
[8] David B. Kopel, op. cit., examined the effectiveness of the firearms control policies of Japan, Canada, Britain, Switzerland, Jamaica, Austraila, New Zealand, and the United States, from a historical and sociological perspective. Additional source references are: Gary Kleck and Brett Patterson, op. cit; Joseph P. Magadin and Marshal Medoff, "An Empirical Analysis of Federal and State Firearms Control Laws",(1984); Douglas R. Murray, "Handguns, Gun Control Laws and Firearms Violence", Social Problems, Vol. 23 (1975), Matthew R.Dezee, "Gun Control Legislation: Impact and Ideology", Law and Policy Quarterly Vol. 5 (1983), p.367; J. Killias, "Gun Ownership and Violent Crime", Security Journal, Vol.1 No.3 (1990), p.171; Peter H. Rossi and James D. Wright, "Weapons, Crimes, and Violence in America: Executive Summary", (US Department of Justice, National Institute of Justice, 1981); Solicitor General of Canada, "Firearms Control in Canada: An Evaluation", (Ministry of Supply and Services Canada, 1983); Don B. Kates Jr., "Restricting Handguns: The Liberal Skeptics Speak Out", (North River Press, 1979); and B. Bruce-Briggs, "The Great American Gun War", The Public Interest, No. 45 (Fall 1976), pp. 37-62
(9 ) Juristat Service Bulletin Vol. 12 No.18, "Homicide in Canada 1991" (Statistics Canada, Canadian Centre for Justice Statistics, Oct 1992) p.2.
[10] Ibid, p.8
[11] Health Reports Vol. 1 No.1, "Mortality: Summary List of Causes 1987", (Statistics Canada, Health Division, Oct. 1989), p.60.
( 12 ) Causes of Death 1992 (Minister of Industry, Science and Technology, Statistics Canada, Health Statistics Division, Sept. 1994); and, Method of Committing Homicide Offences, Canadian, the Provinces /Territories, 1992 (Minister of Industry, Science and Technology, Statistics Canada, Canadian Centre for Justice Statistics, 1992)]
[13] Health Reports Vol.1 No.1,"Causes of Death 1987", (Statistics Canada, Health Division, Oct. 1989) pp, 176-178
[14] Juristat Service Bulletin Vol.12 NO.18, op. cit., p.15.
[15] Neil Boyd, "The Last Dance: Murder in Canada", (Prentice-Hall
Canada, 1988) pp. 156-157
(16) Fonte : U.S. Bureau of the census, 1994 estimates.
(17) - True Views - Crime in América - Special Report - April 1994
( 18) - Myths about Gun Control - National Center for Policy Analysis -
12655 North central Expressway , Suite 720 - Dallas - Texas 75243
( 19) - Zero Hora - 10 de fevereiro de 1997 - pg. 37
( 20 ) - Zero Hora - 11 de fevereiro de 1997 - pg. 39
( 21 ) Zero Hora - 31 de maio de 1995 - pg. 28
( 22) Correio do Povo - 5 de junho de 1995 - pg. 19
( 23) Zero Hora - 5 de junho de 1995 - pg.51
( 24) Zero Hora - 31de julho de 1995 - pg.60
( 25) Zero Hora - 21 de agosto de 1996 - pg. 3
(32 ) Coalition For Gun Control fact sheet
[42] Number of Restricted Guns Used in Homicide Offences by Year,
(Statistics Canada, Can. Centre for Justice Statistics, Law
Enforcement Program), pp.1 to 8
[43] Juristat Service Bulletin Vol. 12 No. 18, Homicide in Canada
1991, (Statistics Canada, Can. Centre for Justice Statistics,
Oct. 1992), p. 15
Documento Integral copiado em http://handgun.com.br/
J. Fauri
sábado, 11 de novembro de 2006
Pardieiros
A estradinha que hoje lá chega (e deve ser por aqui o caminho turístico para o Piódão), não foi fácil fazer a partir da Benfeita, e nela interveio um homem que nasceu nos Pardieiros, o Dr. Fausto Dias. Aliás, na aldeiazinha de Pardieiros nasceram homens importantes, que se distinguiram pela sua inteligência e amor à sua terra.Para falar de Pardieiros e das suas gentes, ninguém melhor do que Sérgio Francisco. Foi durante muitos anos presidente da Comissão de Melhoramentos de Pardieiros, foi um dinamizador da construção da sua magnífica Casa de Convívio, e continua sempre pronto para dar o seu contributo a tudo que diga respeito aos interesses e desenvolvimento da sua terra.Gosta de guardar tudo que a ela diga respeito e possui documentos valiosos, alguns com cerca de 300 anos. Os conterrâneos facultam-lhos, porque sabem que ficam em boas mãos. E fala, por exemplo, de José Lencastre Marques Correia, o saudoso José Lencastre, espírito brilhante de fidalgo e de poeta, durante tantos anos apreciado colaborador de "A Comarca de Arganil" e de tantos outros periódicos, que nasceu em Pardieiros em 1873. Sogro e tio do saudoso Dr. Vasco de Campos, foi viver para a Quinta da Carvalha (Ponte das Três Entradas) após o seu casamento, acabando por ser vereador da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, fundador da Tuna Mozart Luz da Serra Carvalhense e da Irmandade de São João Batista. Para além da sua colaboração em diversos jornais, deixou-nos obras em prosa e em verso que são hoje raridades.Fala também de Manuel Simões, um homem dos Pardieiros, que mandou construir à sua custa a capelinha da Senhora das Necessidades, junto ao cruzamento da estrada que segue para o Sardal, com a ideia de ali vir a construir um santuário com capelas pela encosta, no género de Nossa Senhora das Preces, em Aldeia das Dez. E quando morreu, deixou a José dos Santos, seu cunhado e herdeiro, o encargo de continuar a sua obra, subsidiando as festas que naquele lugar tão pitoresco se haviam de continuar a realizar todos os anos. E ao sentir aproximar-se a morte, José dos Santos deixou bens à família - Manuel Duarte, do Sardal, Manuel Nunes, do Enxudro, familiares de José Lencastre e professor Horácio Cruz Barata, de Folques - para que as festas continuassem a realizar-se na Senhora das Necessidades até que, talvez incitados para isso, acabaram por doar tudo à Paróquia (Comissão do Culto).E fala ainda de Alfredo Francisco Gomes, o mais dinâmico lutador dos Pardieiros no nosso movimento regionalista em Lisboa. Fundador da primeira Comissão de Melhoramentos de Pardieiros, em 1930, para a construção da Escola, bem como da Casa da Comarca de Arganil, era um homem distinto e evoluído, que teve na sua casa de Pardieiros uma valiosa biblioteca, rara ao tempo numa casa de aldeia rural. Começou a trabalhar em Lisboa na antiga Casa José Alexandre (a melhor e mais conhecida ao tempo no seu género na Baixa lisboeta), onde aos 19 anos já era encarregado, fundando depois, na Rua Ivens, a que se tornou também muito conhecida "Casa das Utilidades". Veio a ter outros estabelecimentos em Lisboa e veio a ser um homem muito conhecido no nosso movimento regionalista, mas mais tarde a vida veio a não lhe correr bem, acabando por morrer na sua casa de Coja.Recorda ainda António José Filipe, funcionário público considerado, que fez parte das Comissões de Melhoramentos da terra e da Irmandade, sempre interessado nos problemas da terra, bem como a família dos Franças, que tiveram a sua actividade no Brasil e vieram depois viver para os Pardieiros.Tem também um folheto com os Estatutos da Irmandade de São Nicolau, dos Pardieiros, de 1908, aprovados pelo Governador Civil de Coimbra em 9 de Junho de 1910, e alguns exemplares do jornal "O Facho", editado pela Paróquia da Benfeita, da responsabilidade do padre Joaquim da Costa Loureiro.E o Dr. Fausto Dias? Guardámo-lo para o fim. O Dr. Fausto Dias nasceu já numa casa rica, com boas propriedades. Em dada altura, os pais foram viver para Coimbra, onde compraram uma valiosa vivenda, enquanto o filho estudava e se formou em medicina. Especializou-se em otorrinolaringologia na famosa Clínica Mayo nos Estados Unidos, montando anos depois consultório em Lisboa, tornando-se um especialista muito conhecido. Solteirão, sem filhos, bom amigo da família, gostava de viajar e de escrever, deixou obras valiosas sobre a sua especialidade, escreveu um opúsculo sobre uma viagem ao "Coração dos Alpes" e gostava de colaborar em jornais, amealhando meios de fortuna. Muito ligado ao Movimento Regionalista Arganilense em Lisboa, fez parte da Comissão de Melhoramentos de Pardieiros e da Casa da Comarca de Arganil, colaborou sempre generosamente nas iniciativas a favor da sua terra e mandou construir, exclusivamente à sua custa, a Capela de Pardieiros. Pensa-se que chegou a presidir ainda à Liga dos Amigos de Olivença, e quando pressentiu que estava perto do fim da vida, que chegou a 4 de Outubro de 1994, decidiu criar uma Fundação com o seu nome, a que deixou bens e dinheiro num total de cerca de 100 mil contos.Como está constituída e como funciona? A Fundação Fausto Dias é uma instituição particular de solidariedade social e de utilidade pública, constituída em Cartório Notarial em 9 de Dezembro de 1992, com o fim de gerir os bens doados pelo seu fundador, Dr. Fausto Dias Martins Pereira. Conforme vontade expressa pelo doador, os corpos gerentes da Fundação ficaram assim constituídos: Conselho de Administração: Sérgio Francisco, Dr. Fausto José Dias Duarte Santos e Mário Pereira dos Santos. Conselho Fiscal: Dr. Marcelo Rodrigues, Dr. Fausto Manuel Dias de Figueiredo e Rita Carolina Neves Dias Duarte Santos.Já está em funcionamento a Fundação? Por enquanto estão-se a gerir os bens imóveis (prédios urbanos) e a fazer investimentos na sua valorização, no sentido de aumentar o rendimento, já que ainda estamos pendentes da isenção de imposto sucessório, que solicitamos, uma vez que se trata de uma instituição de utilidade pública.Quais foram as instituições contempladas com os rendimentos da Fundação? Embora com valores diferentes, conforme vontade do doador e consta da respectiva escritura de constituição, são os seguintes contemplados: Comissão de Melhoramentos de Pardieiros; Irmandade de São Nicolau de Pardieiros; Imaculado Coração de Maria, de Fátima (Monte Redondo); Casa da Infância Dr. Elísio de Moura, Coimbra; Casa do Gaiato, com sede em Coimbra; Sociedade Portuguesa de Ciência e Ética Pedro Hispano, Porto; Instituição Colégio dos órfãos, Coimbra; Centro Social e Paroquial da Freguesia de Benfeita; Comissão de Melhoramentos da Esculca (Coja); Criaditas dos Pobres, Coimbra; Congregação das Servas de Maria, Coimbra.Como vai a Comissão de Melhoramentos de Pardieiros? Sérgio Francisco, que foi presidente da direcção até Setembro de 1995, não voltando a candidatar-se, responde: "- A Comissão de Melhoramentos está praticamente inactiva neste momento. Cobram-se quotas, funciona o Bar e a Casa de Convívio, mas para além disso não se vê mais nada."Quais as mais prementes aspirações de Pardieiros no aspecto de procurar melhorar a vida na aldeia, presentemente? Tinha-se planeado construir uma piscina, e até já se tem doado o terreno para isso. Só que ainda não apareceu ninguém que arranque com a iniciativa para a levar por diante. A piscina constituiria ainda uma reserva estratégica de água, da maior importância para ataques a incêndios florestais, a que a nossa região serrana está constantemente sujeita.Por uma e por outra razões, a piscina justifica-se nestas aldeias serranas longe dos rios e do mar. Pardieiros pode tê-la. Assim se oponha a isso a Comissão de Melhoramentos através dos seus dirigentes e pardieirenses mais dedicado.
Texto de 28-10-97 adaptado do livro Crónicas regionalistas - região de Arganil, vol. II, António Lopes Machado
Texto de 28-10-97 adaptado do livro Crónicas regionalistas - região de Arganil, vol. II, António Lopes Machado
sexta-feira, 10 de novembro de 2006
A prova final
Somos os Maiores!
SLB! Sempre!
Abraços a todos OS BENFIQUISTAS.
O Maior Clube do Mundo de Sócios!
O Guinness World Records certificou o Sport Lisboa e Benfica como o maior clube do Mundo em número de sócios. Foi no decorrer do Dia dos Recordes do Guinness (9 de Novembro) que esta importante meta foi reconhecida. A Direcção do Benfica congratula-se com este feito tão significativo que é inteiramente dedicado a todos os sócios do Clube. Decorridos dois anos e meio desde o arranque da campanha do Kit Novo Sócio, o crescimento da massa associativa benfiquista não tem parado.
Mais Informação
O Glorioso é o maior do mundo!
Já não há dúvidas. O Benfica é mesmo o maior Clube do mundo. E até já o Guinness o confirma. De facto, a instituição reguladora dos recordes mundiais confirmou que o Glorioso ultrapassou o Manchester United - anterior detentor do maior número de sócios, com 152 mil - possuindo neste momento 160 398 sócios activos, algo que é certificado como sendo um recorde mundial.
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SLB! Sempre!
Abraços a todos OS BENFIQUISTAS.
O Maior Clube do Mundo de Sócios!
O Guinness World Records certificou o Sport Lisboa e Benfica como o maior clube do Mundo em número de sócios. Foi no decorrer do Dia dos Recordes do Guinness (9 de Novembro) que esta importante meta foi reconhecida. A Direcção do Benfica congratula-se com este feito tão significativo que é inteiramente dedicado a todos os sócios do Clube. Decorridos dois anos e meio desde o arranque da campanha do Kit Novo Sócio, o crescimento da massa associativa benfiquista não tem parado.
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O Glorioso é o maior do mundo!
Já não há dúvidas. O Benfica é mesmo o maior Clube do mundo. E até já o Guinness o confirma. De facto, a instituição reguladora dos recordes mundiais confirmou que o Glorioso ultrapassou o Manchester United - anterior detentor do maior número de sócios, com 152 mil - possuindo neste momento 160 398 sócios activos, algo que é certificado como sendo um recorde mundial.
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quinta-feira, 9 de novembro de 2006
"companheiro dos deuses"
Palavras ENORMES acerca de um companheiro, escritas por outro companheiro - no caminho desproporcionado da vida.
Hemeroteca
Jornal diário arquivado para ser lido, estudado e consultado. Exemplo raro - a seguir por outras publicações periódicas.
http://www.elmundo.es/hemeroteca/
http://www.elmundo.es/hemeroteca/
quarta-feira, 8 de novembro de 2006
O Pior Português de sempre
O avô cantigas leva para já a dianteira na Selecção final - Os 20 Piores Portugueses de Sempre.
terça-feira, 7 de novembro de 2006
a Ocidente, nada de novo
«Pode-se muito bem argumentar que a continuação das violações dos direitos humanos por parte do atual regime iraquiano, se for permitida sua sobrevivência, se tornará mais aflitiva. Não resta a menor dúvida quanto a isso. Contudo, o Ocidente tem sido obrigado a testemunhar cenas terríveis na China, Rússia, Vietnã, Tibete, Timor Leste, Camboja e muitas outras partes do mundo. Não é simplesmente possível que os Estados Unidos imponham à humanidade numa escala mundial, a menos que estejam dispostos a entrar numa permanente guerra global.»
Sadam Hussein: realidade e ficção
REVISTA PANGEA
Sadam Hussein: realidade e ficção
REVISTA PANGEA
segunda-feira, 6 de novembro de 2006
António Rodrigues Assunção
HÁ UM novo historiador da Covilhã. O seu nome é Assunção. Ele vive ali para os lados da antiga ponte Mártir- im- Colo e leva uma vida pacata de professor e de investigador mas durante dez anos viveu com os nossos operários do princípio do século XX. Há cem anos os operários morriam de fome na Covilhã. Trabalhavam 18 a 19 horas por dia e diante das máquinas estavam também as crianças de 6 a 10 anos, de noite e de dia. Era também o tempo das greves. Um jornal da época, “A Estrela”, conta a crise: “O chefe da casa, rapaz novo e robusto, não trabalhava há muito. No meio da casa a mulher arde em febre iludindo o estômago com água de café... as três crianças aconchegam-se em volta da bruxa...”. Assunção viveu estas lutas contra a miséria e contra os patrões e depois lá esteve na famosa greve de 1909 contra Thoratier. Este alemão irascível, que tratava os operários de burros e saloios, director técnico da firma “Campos Mello“, despedira o tecelão José Bernardo Gíria por defeitos encontrados no seu trabalho de tecelagem e isto deu origem a uma das maiores greves de que há memória na Covilhã... É desta odisseia extraordinária e de outras de que nos fala o professor Assunção no seu meritório livro “O Movimento Operário da Covilhã “, que saiu agora e que nós todos devemos ter em casa... Se encontrarem na rua o Professor alto e ruço falem-lhe... É que há uma continuação... O professor Assunção sabe e nós também sabemos: os filhos de Adão sempre pecaram, os filhos da Covilhã sempre cardaram...
CRÓNICA - A génese ensanguentada - Manuel da Silva Ramos
Jornal do Fundão - Edição online paga
CRÓNICA - A génese ensanguentada - Manuel da Silva Ramos
Jornal do Fundão - Edição online paga
domingo, 5 de novembro de 2006
"O Movimento Operário da Covilhã"
O salão nobre dos Paços do Concelho da Covilhã acolheu a cerimónia de lançamento de dois livros sobre a cidade neve. Aos autores das obras juntaram-se familiares, amigos e políticos que assistiram a mais um “episódio cultural de relevância para a cidade”, como classificou Carlos Pinto, presidente da autarquia serrana.“O Movimento Operário da Covilhã – 1890 a 1907” é o título da obra de António Rodrigues Assunção. Um livro de mais de 500 páginas que faz o retrato fidedigno “de uma época de fome, mas também de mudança na cidade”, diz o autor. Este livro surge após uma pesquisa detalhada de documentos e publicações sobre a actividade relacionada com os lanifícios na cidade da Covilhã. António Assunção nasceu na freguesia de Mosteiro, no concelho de Santa Maria da Feira, mas desde cedo que veio leccionar Filosofia para a cidade neve. Hoje é professor na Escola Pêro da Covilhã e considera como sua “a cidade montanhosa”. Nos planos do autor está já a continuação deste livro.
Eduardo Alves - Urbi et Orbi Jornal Online da UBI
Eduardo Alves - Urbi et Orbi Jornal Online da UBI
sábado, 4 de novembro de 2006
Leões da Floresta
Também na mesma altura, Fernando Sousa Gomes apresentou o seu livro. Uma obra intitulada “C.C.D. Leões da Floresta, 50 anos de existência” e tal como o nome indica, descreve os principais momentos de um dos mais míticos clubes covilhanenses. Em cerca de 80 páginas, este antigo agente da Polícia de Segurança Pública relata as principais conquistas desportivas alcançadas pelos associados da colectividade covilhanense. Com fotos e tabelas classificativas de diversas modalidades, Fernando Gomes mostra “a importância desportiva e cultural de uma das principais associações do concelho”.
Eduardo Alves - Urbi et Orbi Jornal Online da UBI
Eduardo Alves - Urbi et Orbi Jornal Online da UBI
sexta-feira, 3 de novembro de 2006
Concurso "Os Piores Portugueses"
Em contraponto ao Concurso Grandes Portugueses da RTP1, e seguindo uma sugestão do nosso amigo Mário Rodrigues do saudosíssimo Portugal e Espanha, Do Portugal Profundo lança o Concurso "Os Piores Portugueses".
quinta-feira, 2 de novembro de 2006
quarta-feira, 1 de novembro de 2006
a nova terminologia linguística
"Não há um deputado à Assembleia da República para interpelar o Governo, uma associação de pais para protestar com energia, uma associação de professores para se recusar teminantemente a pôr em prática esta pepineira?
Assim como a sublimação implica a passagem do estado sólido ao estado gasoso, sem passar pelo intermédio, temos agora este trânsito da ignorância geral à embrulhada específica, sem se passar pelo estado intermédio e necessário de um ensino razoável e sensato."
A sublimação - Vasco Graça Moura -DN Online
Assim como a sublimação implica a passagem do estado sólido ao estado gasoso, sem passar pelo intermédio, temos agora este trânsito da ignorância geral à embrulhada específica, sem se passar pelo estado intermédio e necessário de um ensino razoável e sensato."
A sublimação - Vasco Graça Moura -DN Online
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