quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

A entrevista

"Pacheco Pereira, do alto da sua importância, também vem explicar que a entrevista serve para nas escolas de jornalismo se perceber como é que não se faz uma entrevista. Apetece responder-lhe com uma frase célebre de Pinheiro de Azevedo. Não falo por mim. Mas Ricardo Costa, que obrigou Guterres a cometer a famosa "gaffe" sobre o PIB, é mau entrevistador? Desde quando é que Pacheco Pereira tem autoridade para passar a atribuir critérios de competência jornalística? Será que deveríamos dedicar dez minutos da entrevista a tentar demonstrar que o primeiro-ministro cometeu eventuais ilegalidades há 20 anos na sua actividade profissional? Para o país é isso que, neste momento, é verdadeiramente importante? Era isso que os espectadores queriam ouvir - e não a situação na educação, na saúde ou na economia? Tenho sérias dúvidas que seja Pacheco Pereira que tem razão - até porque não é isento nesta matéria e é dos que defende que é importante, através destes factos, julgar o carácter do primeiro-ministro, à semelhança do que aconteceu nos Estados Unidos, quando Clinton foi linchado publicamente por ter mentido quando disse que não tinha tido sexo com Monica Lewinsky na Sala Oval da Casa Branca...

Blogue Economista Poeta: A propósito da entrevista a Sócrates

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