quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Disarmed

Jacques Delors não precisa de apresentação. Trata-se de um mito, que o é pela simples razão de que muito do que de bom se alcançou nos últimos decénios tem, de uma forma ou de outra, a sua marca.

Na notável entrevista que concede ao El País de hoje, o ex Presidente da Comissão Europeia tece uma série de observações sobre a Europa, que devem ser lidas com a maior atenção. Num post dum blog não é possível abordar todas. Por isso, permiti-me transcrever, apenas, as chamadas que o jornal faz, para dar uma pálida ideia do muito que lá se afirma. Assim:

  • O dolar é corrosivo e indispensável. Convém um sistema monetário mundial baseado numa cesta de moedas;
  • Criar valor converteu-se numa ideologia com desprezo pelo risco; hoje cria-se riqueza antes de a produzir;
  • A Alemanha governa em Berlim, a França toma-se pela "Grande França" e o Reino Unido é cada vez mais anti europeista;
  • Necessitamos de lideres que tenham visão a longo prazo e que defendam interesses comuns;
  • A UE ainda não alcançou a minha esperança: um espírito de autêntica cooperação;
  • A crise de valores consiste no facto de que neste mundo tudo se compra. Nós defendemos os sonhos que o dinheiro não compra.

Finalmente, e em sub título da entrevista, aquilo que sobressai em toda ela: "Se a Europa não se integrar, serão os Estados Unidos e a China a mandar".

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