quinta-feira, 28 de julho de 2011

O lenço que tu me deste Trago-o sempre no meu seio

Sleepless é para ouvir... Devo eu, sobrevivente desta terra, celebrar?
O meu lamento, a minha existência, alhures...

..."foi no sul peninsular que Estácio da Veiga ouviu o canto popular das trovas de “O Teu Lenço”, poema aqui reproduzido, em parte:

O lenço que tu me deste
Trago-o sempre no meu seio,
Com medo que desconfiem
D’onde este lenço me veio.
As letras que lá bordaste
São feitas do teu cabelo;
Por mais que o veja e reveja,
Nunca me farto de vê-lo.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
A cismar neste bordado
Não sei até no que penso;
Os olhos trago-os já gastos
De tanto olhar para o lenço.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Quanto mais me ponho a vê-lo,
Mais este amor se renova;
No dia do meu enterro
Quero levá-lo p’ra cova.


Peninsulares: canções, 5ª ed. Comemorativa
I Centenário da Morte de J. Simões Dias, Porto, 1999.

Lembre-se de Ícaro e lembre-se que a ambição deve ter limites.

Não faça tudo para obter qualquer coisa.
Se voar demasiado perto do Sol acabará por sofrer as consequências…

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