sexta-feira, 28 de abril de 2006

António de Oliveira Salazar

Esta cadeira está desengonçada mas arrisco-me. Gosto muito de estar sentado aqui ao sol, no terraço do Forte de Santo António do Estoril, a contemplar a foz do Tejo e o oceano. É o meu único luxo, sou pobre, filho de pobres.

No exílio, uma vez a rainha D. Amélia disse que, se pudesse, de mim faria o rei de Portugal. Enganou-se. Eu gostava era de ter sido primeiro ministro de um rei absoluto. Só consigo estar no Governo porque nunca saio da rotina. Como conseguiria aguentar estes anos todos a concorrer a eleições, a ir ao Parlamento responder a perguntas, a correr a inaugurar coisas? Não, rei não quis, nem quero ser; sou pobre, filho de pobres. Continua AQUI

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