"O Dia Mundial da Criança, celebrado a 1 de Junho, tem como finalidade reflectir a situação das crianças no nosso Mundo, e do modo especial entre nós. Gostaríamos de apresentar uma situação em que as “crianças são o melhor do Mundo”, mas infelizmente o quadro está muito longe disso, embora a maioria entre nós sejam crianças felizes.
Dizem as estatísticas que para 860 milhões de crianças, em todo o Mundo, o futuro é uma incógnita; elas são vítimas da fome, de exploração laboral, do tráfego de menores, da prostituição, da SIDA, dos “senhores da guerra”: 20 milhões vivem e crescem em campos de refugiados, 120 milhões são “meninos da mãe”, 171 milhões entre os 4 e os 14 anos trabalham em condições que colocam em risco a sua saúde, 115 milhões não têm acesso à escola, de nenhum grau. São números e realidades que nos devem fazer reflectir.
Mas vamos ao que se passa entre nós e quais os principais problemas que envolvem as nossas crianças. Pensa que o primeiro problema é precisamente a falta de crianças que leva ao fecho das escolas, à inversão da pirâmide das idades, à crise que se começa a desenhar na Segurança Social. Isto não quer dizer que as poucas crianças que existem sejam umas “princesas”. Infelizmente, a crise das famílias, o aumento exponencial de divórcios que de 1995 para 2004 teve uma taxa de aumento dos 89%, o deficiente acompanhamento pelas Comissões de Menores, figuram com que aparecessem com frequência os chamados “casos”: Joana no Algarve, da menina de Viseu, e demasiados outros que andam pelos tribunais, ou pela consciência das pessoas que os conhecem.
Há ainda entre nós cerca de 350 mil crianças que abandonaram a Escola e ficam pelas ruas entregues aos vícios, iniciando-se em vários tipos de crimes, cometendo pequenos delitos, que amanhã serão grandes e os condigirão às nossas prisões já sobrelotadas. Há Comissões de Protecção de Menores, Tribunais de Família, Segurança Social, que se vê incapaz de lidar com tantos casos e quase sempre fáceis. São crianças que se tomam agressivas capazes de violências semelhantes à praticada no Porto sobre um sem-abrigo toxicodependente, no Natal passado. Há ainda as crianças desaparecidas das quais nunca se conheceu o paradeiro, sendo o mais mediátrico e do João Padre de 10 anos.
Põe-se do problema: quem previne estas crianças dos graves riscos do álcool, do tabaco, da droga, do sexo, das noitadas, das tatuagens, dos piercings, da pílula do dia seguinte, etc. Para muitos a família não tem tempo, nem preparação, nem . A escola nem sempre é atractiva e daí o abandono; de um modo geral põe-se à margem de tudo o que envolva formação ética e moral. Muitas vezes os jogos que lhe damos nas consolas que usam a violência extrema, quando não os programas da televisão.
Não há dúvida que é preciso repensar o problema da educação das nossas crianças, se não querermos pôr em risco o seu próprio futuro. Os princípios éticos universais não podem ser questionados numa função integral das nossas crianças; o saber dar desde pequeninos espírito crítico de modo a não aceitar facilmente tudo o que se lhes serve, é outra urgência da nossa educação. É preciso ter modos e comportamentos interiorizados de modo a resistir às más solicitações. Chamem-me “bota de elástico”, mas a educação terá de passar por aqui."
Dizem as estatísticas que para 860 milhões de crianças, em todo o Mundo, o futuro é uma incógnita; elas são vítimas da fome, de exploração laboral, do tráfego de menores, da prostituição, da SIDA, dos “senhores da guerra”: 20 milhões vivem e crescem em campos de refugiados, 120 milhões são “meninos da mãe”, 171 milhões entre os 4 e os 14 anos trabalham em condições que colocam em risco a sua saúde, 115 milhões não têm acesso à escola, de nenhum grau. São números e realidades que nos devem fazer reflectir.
Mas vamos ao que se passa entre nós e quais os principais problemas que envolvem as nossas crianças. Pensa que o primeiro problema é precisamente a falta de crianças que leva ao fecho das escolas, à inversão da pirâmide das idades, à crise que se começa a desenhar na Segurança Social. Isto não quer dizer que as poucas crianças que existem sejam umas “princesas”. Infelizmente, a crise das famílias, o aumento exponencial de divórcios que de 1995 para 2004 teve uma taxa de aumento dos 89%, o deficiente acompanhamento pelas Comissões de Menores, figuram com que aparecessem com frequência os chamados “casos”: Joana no Algarve, da menina de Viseu, e demasiados outros que andam pelos tribunais, ou pela consciência das pessoas que os conhecem.
Há ainda entre nós cerca de 350 mil crianças que abandonaram a Escola e ficam pelas ruas entregues aos vícios, iniciando-se em vários tipos de crimes, cometendo pequenos delitos, que amanhã serão grandes e os condigirão às nossas prisões já sobrelotadas. Há Comissões de Protecção de Menores, Tribunais de Família, Segurança Social, que se vê incapaz de lidar com tantos casos e quase sempre fáceis. São crianças que se tomam agressivas capazes de violências semelhantes à praticada no Porto sobre um sem-abrigo toxicodependente, no Natal passado. Há ainda as crianças desaparecidas das quais nunca se conheceu o paradeiro, sendo o mais mediátrico e do João Padre de 10 anos.
Põe-se do problema: quem previne estas crianças dos graves riscos do álcool, do tabaco, da droga, do sexo, das noitadas, das tatuagens, dos piercings, da pílula do dia seguinte, etc. Para muitos a família não tem tempo, nem preparação, nem . A escola nem sempre é atractiva e daí o abandono; de um modo geral põe-se à margem de tudo o que envolva formação ética e moral. Muitas vezes os jogos que lhe damos nas consolas que usam a violência extrema, quando não os programas da televisão.
Não há dúvida que é preciso repensar o problema da educação das nossas crianças, se não querermos pôr em risco o seu próprio futuro. Os princípios éticos universais não podem ser questionados numa função integral das nossas crianças; o saber dar desde pequeninos espírito crítico de modo a não aceitar facilmente tudo o que se lhes serve, é outra urgência da nossa educação. É preciso ter modos e comportamentos interiorizados de modo a resistir às más solicitações. Chamem-me “bota de elástico”, mas a educação terá de passar por aqui."
AD
Jornal RECONQUISTA
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