A Brigada de Trânsito (BT) terminou recentemente a fase de testes de um novo sistema de leitura de matrículas. A tecnologia é inédita em Portugal e vai permitir, através de infra-vermelhos, detectar não só veículos furtados como também todas as irregularidades legais de quem anda na estrada. Tudo a uma «velocidade estonteante».
«O sistema já existe na Europa, nomeadamente, na Itália e Holanda, e esperamos que o consigamos ter operacional até ao final do ano», adiantou ao PortugalDiário o major Lourenço da Silva, porta voz da BT. A instituição celebrou nesta terça-feira, 36 anos de vida.
O projecto foi apresentado à tutela, ministério da Administração Interna, e teve bom acolhimento. A BT tem já indicações de que a verba para a implementação dos aparelhos está «apalavrada».
O aparelho «lê as matrículas em movimento, constantemente, e através dos caracteres detectados vai directamente às bases de dados», explica o major. O sistema está preparado para detectar as ilegalidades de quem anda na estrada. Vai ser mais fácil apanhar veículos furtados, quem não paga o imposto de selo fiscal ou o seguro automóvel ou quem não leva o carro à inspecção obrigatória.
A nova tecnologia vai estar associada ao sistema GPS, ainda em fase de implementação nos carros da BT, o que permite que «quando é detectada uma matrícula irregular e soa o alarme, é possível saber exactamente onde está o veiculo infractor e enviar uma patrulha para o interceptar».
A nova tecnologia promete aumentar a quantidade de infracções detectadas já que «durante os testes em poucos minutos soaram muitos alarmes, nomeadamente, em locais como o IC 19», avançou o porta-voz da BT.
Computadores dentro dos carros
O sistema em causa só vai poder funcionar com a total operacionalidade das bases de dados e com a instalação em todos os veículos da BT dos computadores que permitem o acesso às mesmas.
«Neste momento estão já totalmente equipadas 80 viaturas. E estão em fase de instalação perto de 200», adiantou a mesma fonte. A BT tem 510 automóveis e 186 motas, mas está actualmente a receber mais viaturas para repor o parque automóvel.
Cláudia Lima da Costa
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