“Se um dia disserem que o seu trabalho não é de um profissional, lembre-se: A Arca de Noé foi construída por amadores; profissionais construíram o Titanic…“
sábado, 14 de julho de 2007
O "furado" de Vale Pardieiro
15/04/2006 - Rio CEIRA
Neste dia fomos conhecer o Percurso 1 do CEIRA, de Ponte de Fajão a Vale Pardieiro.
Infelizmente, a chuva que havia caído na véspera não foi suficiente para encher este percurso, que exige muita água para ser navegável, especialmente nos 3km iniciais, até à Ponte de Mata, que têm muitas pedras e é a parte mais difícil. Em condições normais (pelo menos com mais 1m de altura de água) esse troço será certamente um Cl.IV(5), muito técnico - tipo Ribª da Loriga - e com algumas passagens que se podem tornar perigosas. As fotos, excepto as duas últimas (do túnel de V. Pardieiro) são todas deste troço.
A partir daí a coisa vai suavizando progressivamente até Vale Pardieiro, embora se mantenha interessante se bem que na última metade começem a surgir mais remansos.
Todo o percurso é muito bonito, com muito "verde", por vezes bastante "encaixado" e vale a pena ser feito quando houver bastante mais água, mas deixando os 3km iniciais só para os mais experientes...
No final, já um bocado estafados (7h depois do início), desafiados pelo Mário e pelo Carlos Dias que andavam danados para o fazer, alguns de nós atravessaram o túnel de Vale Pardieiro. Quem acabou por "abrir a marcha" foi o Paulo Conceição no seu insuflável, seguido por mim (noutro insuflável), pelo Mário e por último o Carlos.
Foi uma sensação estranha: o túnel tens uns 100m e termina num salto com quase 3m que nos manda para a direita para um espaço um pouco apertado entre rochas. Atravessar o túnel, completamente ás escuras (já eram 19h e o céu estava encoberto, o que não ajudava) foi como andar no "Comboio Fantasma"; só se via o recorte da saída do túnel, lá ao fundo; não se via a água (só alguns salpicos que reflectiam a luz vinda do fim), o barulho da corrente fazia eco nas paredes negras e invisíveis (sentiam-se mais do que se viam...); no final, ouve-se o barulho da cascata, lembramo-nos que à direita a recepção é estreita e encaixada entre a rocha e tentamos remar para a esquerda mas a corrente arrasta-nos mesmo para a direita; mas tudo bem, os insufláveis dobram um bocado em "U" no fundo da queda, com a água a cair em cima, mas depressa se safam do aperto. Os "plásticos" (o Mário e depois o Carlos) conseguem fazer uma trajectória mais a direito na ponta final e saem-se com um salto mais "limpo". Foi um bom "fecho" para uma descida que merecia ter mais água...
Kompanhia das Águas
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