António Barreto publicou, no Público (domingo), uma carta de 1974, enviada pelo almirante Rosa Coutinho, alto-comissário em Angola, a Agostinho Neto, presidente do MPLA. O almirante diz que, depois de "reunião secreta (...) com os camaradas do PCP", se decidiu "dar execução imediata à segunda fase do plano". Rosa Coutinho incita Neto a dar "instruções secretas aos militantes do MPLA para aterrorizarem os brancos, matando, pilhando e incendiando (...). Sede cruéis sobretudo com as crianças, as mulheres e os velhos (...)". Pois é, o documento é falso. Basta lê-lo. Não gosto de Rosa Coutinho, não gosto dos comunistas e da política deles em Angola. Mas aquele documento pertence à mesma família de os comunistas comerem crianças ao pequeno-almoço. "Sede cruéis com as crianças [brancas]", escreveu o governador (em papel timbrado do seu gabinete), depois de programar a matança com as cúpulas do PCP... A carta apareceu num jornal sul- -africano em 1975. Eu li-a e sei porque é falsa: porque sim.
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