Segundo o que Manuel Alegre disse ao DN, em função do conteúdo da sua declaração de voto, "o acordo não é necessário e tecnicamente muito discutível." "A língua, incluindo a ortografia, faz parte da nossa pátria, da nossa identidade, tal como a terra, o mar, a história", acrescentou.
Para o poeta de Um Barco para Ítaca (1971), "nenhum acordo poderá unificar uma língua cuja riqueza reside na sua diversidade". Relembrando o que Cesariny costumava dizer, ou seja, que a língua portuguesa é, na sua estrutura essencial, a língua de Luís de Camões, o também deputado do PS referiu que ela dir-se-ia também "o idioma de Machado de Assis, Carlos Drummond de Andrade, Luandino Vieira, Pepetela, Mia Couto, Germano de Almeida e de todos aqueles que em português se exprimiram e que, com as suas obras, alargaram e tornaram mais rica a língua comum".
Na opinião de Manuel Alegre, "a língua é feita pelos povos, pelos poetas e pelos escritores e não por via burocrática ou diplomática".
Acordo Ortográfico aberto à adesão de Timor
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