"Em Portugal, há alguns portugueses que se definem fundamentalmente olhando para o continentalismo que está a Nascente e visionando o respectivo patriotismo como directamente proporcional ao “anticastelhanismo”. Sobre a matéria, apenas direi que definir a defesa em função da ameaça é como pensar a vida em função da morte, ou perspectivar a autonomia apenas temendo as eventuais agressões que podem vir dos vizinhos.
A este respeito, talvez importe recordar o que disse Chesterton: “muitas vezes os patriotas resultam pateticamente atrasados com respeito ao seu tempo, porque a circunstância de se preocuparem com os inimigos tradicionais não consentem que eles atentem nos novos inimigos”.
Neste sentido, queremos dizer que repudiamos aquela quase fantasmagórica visão de Portugal como eternamente ameaçado pelo “mau vento” e pelo “mau casamento” que podem vir de Espanha. Uma percepção que nos tem impedido de olhar para outras reais ameaças que podem vir tanto de além dos Pirinéus, como através do mar e do ar, neste nosso tempo de guerra universal ou regional, potencialmente instantânea."
maltez.info/
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