..."Obama não tem, como alguns americanos têm sublinhado, grande experiência nas relações internacionais. Mas tem uma visão do mundo de hoje e da América, no contexto global, que o situa nos antípodas da política seguida pelo Presidente Bush. No discurso de Berlim, pediu aos aliados europeus para "ajudar a América" num "mundo multilateral, sujeito a enormes desafios", pretendendo retomar, como disse, a missão pioneira da América, com humildade, reforçando o papel das Nações Unidas, como instância necessária à paz, e as "relações transatlânticas", sem impor nada, mas, pelo contrário, negociando os consensos alargados necessários. Apelou em favor de um mundo "desprovido de armas nucleares", tendo aproveitado as cinco horas que esteve em Paris para fazer uma séria advertência ao Irão. E, finalmente, não se esqueceu de insistir nos problemas ecológicos, na questão das perigosas alterações climáticas e na necessidade de ir além dos Acordos de Quioto, que Washington não subscreveu até agora. Uma aproximação significativa das posições do seu correligionário democrata Al Gore, que pode ter um sentido político, em termos da escolha do seu vice-presidente...
DN Online 29.07.08-Opinião-Mário Soares
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