MANIFESTAÇÕES, COMBATES E ATENTADOS...
Tem sido visível uma campanha, enorme, movida contra os sindicatos e os sindicalistas, principalmente os dos professores e, em especial, a FENPROF.
Foi o Governo que a lançou: limitando os direitos sindicais, limitando a participação dos professores em reuniões sindicais, penalizando profissionalmente os sindicalistas... Não resultou!
Depois, foi o discurso, que Lurdes Rodrigues e Valter Lemos tanto repetiram (e, até, o Sócrates, em 5 de Outubro do ano passado), de que uma coisa eram os sindicatos outra os professores, para criar rupturas dentro da classe e isolar os sindicatos... Não resultou de novo!
Desvalorizaram as grandiosas manifestações convocadas pelos Sindicatos de Professores. Em 5 de Outubro foram mais de 25.000 e Lurdes Rodrigues disse que não viu. Em 8 de Março foram 100.000 e a mesma senhora disse que 100.000 ou 1.000 eram, para ela, a mesma coisa. Apesar dessa desvalorização... continuou sem resultar!
Lançaram campanhas difamatórias sobre os dirigentes sindicais. Os autores de tais campanhas eram anónimos ou simples desconhecidos, referiam sempre ter fontes bem informadas e nunca diziam exactamente o que se passava, mas apenas que que os sindicalistas teriam obtido, do ministério, privilégios imorais... Ainda assim, não resultou!
Passaram a concretizar a acusação, passando a mentir: os sindicalistas iam para titulares "à borla", houve um concurso a titular (para professores que tinham estado doentes no anterior) e logo disseram que era para os sindicalistas, fez-se passar que estes não seriam avaliados... e tudo o que de mais a criatividade permitiu... e mesmo assim não resultou!
Veio o Memorando de Entendimento, que parou a avaliação no ano passado, impediu que os professores fossem prejudicados nestes dois anos, salvou a Escola Pública de, no seu momento mais importante, entrar em ruptura, já prevê a alteração do modelo de avaliação e transferiu para este ano a continuação da luta (com outras condições, por ser ano eleitoral e ser mais penalizador para o governo de Sócrates e para o PS), e logo os do costume fizeram passar a ideia de que foi o memorando que impôs a avaliação, que foram os sindicatos a aprovar a avaliação e que teriam sido estes a aceitarem-na para este ano (ideia que Lurdes Rodrigues e Valter Lemos logo aproveitaram para as suas verborreias)...
São extraordinários e inesgotáveis os recursos do poder para parar a contestação, ainda mais em ano eleitoral que se quer tranquilo... não terão ainda percebido que a sua estratégia continuará sem resultar, pois os professores compreendem que enfraquecer ou abater os sindicatos - como pretende o governo - só serve a quem tanto os tem atacado e quer continuar a fazê-lo, tentando dividir, para poder matar a luta dos professores que tem sido e continuará a ser organizada pelos seus Sindicatos.
Esta é a minha reflexão que, se estiver de acordo, poderá reenviar. Apenas decidi escrever estas linhas por já não conseguir manter o silêncio perante a canalhice que está em marcha. Carlos Silva (Professor).
HÁ 6 MESES ATRÁS FOMOS 100000 PROFESSORES NA RUA, NO DIA 8 DE NOVEMBRO SEREMOS TODOS.
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