terça-feira, 18 de novembro de 2008

O peso das palavras

É, com efeito, chocante que os homens que acompanharam Bush no passado - e que ficaram marcados com o estigma da guerra do Iraque e de outras malfeitorias, como Berlusconi, Brown, Sarkozy e Durão Barroso, entre outros, os rostos de um passado recente que não deixou saudades - se queiram agora agarrar a Obama, sem largar Bush e, ao mesmo tempo, queiram resolver a crise gravíssima que o mundo está a viver, sem ter para tal uma ideia de conjunto e sabendo-se que eles foram, se não responsáveis, pelo menos cúmplices activos de Bush desde a invasão do Iraque...


O descontentamento dos professores.

Tenho-me sempre pronunciado no sentido de que não é possível, em democracia, fazer uma reforma do ensino contra a vontade generalizada dos professores, como fazer uma reforma da saúde contra os médicos e os enfermeiros ou uma reforma da justiça contra os magistrados. Mas é também exacto que um Estado de Direito - legitimado por uma maioria democrática, como é o caso - não pode transigir ou aceitar que os interesses corporativos se situem acima do interesse geral ou muito menos ainda que os governos caiam por manifestações de rua.

Mário Soares DN Online

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