Rangel sem agenda
Lá do fundo poço onde caiu pela incompetência e pela falta de capacidade, frustrado, infeliz, tentando reagir contra fantasmas que deambulam pelo seu imaginário, o homem ainda grita, desesperadamente, numa pequena coluna regular do "Correio da Manhã", que, justamente, chama "Coisas do Circo".
Nos quatro parágrafos que vieram a público no passado dia 28 de Novembro, com o título "A agenda de Nogueira", o homem do Circo dirigiu o seu ódio provinciano contra o "Expresso", contra os jornalistas portugueses e contra o secretário-geral da FENPROF e porta-voz da Plataforma Sindical dos Professores.
Em síntese, e para não perder muito tempo com quem não merece: o infeliz cronista do "CM" está muito incomodado com o facto da luta dos professores passar na comunicação social e ter um dirigente sindical que dá a cara por esse combate. O homem do Circo sofre com essa realidade e dispara a torto e a direito contra todos os profissionais da comunicação social que, legitimamente, tentam levar à opinião pública uma informação directa, isenta, rigorosa e objectiva, sobre as razões que levam os professores a reclamar, tanto à porta do ME ou numa praça de Bragança como no Terreiro do Paço, dando expressão a uma das afirmações de cidadania, de resistência e luta mais expressivas do Portugal de Abril.
Termina com esta verdadeira pérola: "Os jornalistas não perceberam que transformam os seus meios em órgãos de propaganda? É bom andar a ser 'bandarilhado' por este professor sindicalista com cara de operário da Lisnave, dos velhos tempos? Queremos jornalismo ou propaganda?"
O homem do Circo é mal formado. Destila veneno. Está de mal com a vida. Mas acima de tudo não tem agenda: anda à deriva num mundo que não existe.
José Paulo Oliveira
Jornalista
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