Uma Universidade, dita Independente, que no auge de todas as descobertas, num período em que se dizia que havia inúmeras revelações a serem feitas foi IMEDIATAMENTE encerrada. Sabem por quem?
Exactamente, pelo governo de José Sócrates.
Quantos documentos não terão desaparecido desde então? Quantos segredos estão por desvendar? Quantos comprometimentos morreram para sempre na mesma sepultura desse abrigo a estudantes "licenciados" a cuspo e a martelo?
Verdadeiramente vergonhoso!! E anda este homem a exigir aquilo que não tem nem nunca soube ter que é o rigor, a excelência e o mérito.
Seriedade e verdade. Crédito e confiança. BRIO e EXEMPLO!
Mente com a mesma cara com que desconhecia ter sido sócio da Sovenco em 1990 quando o questionaram, com a mesma cara com que diz que não sabia que não se podia fumar num avião, com a mesma cara com que diz que o computador Magalhães é português. Enfim, mente compulsivamente com a mesma cara desavergonhada com que sonha na mentira que há-de dizer no dia seguinte.
Na VI Legislatura, José Sócrates entrega na Assembleia da República, um Registo Biográfico onde consta, escrito pelo seu puno e a sua própria letra, que a sua profissão é a de "ENGENHEIRO" e que as suas
habilitações literárias são ... "ENGENHARIA CIVIL". Tal e qual. (ver documento anexo)
Como se sabe, quando esta MENTIRA, para não lhe chamarmos OUTRA COISA, foi descoberta, apareceu igualmente uma segunda versão deste mesmo documento que, onde estava escrito "ENGENHEIRO" foi ACRESCENTADA a palavra "TÉCNICO" e onde estava escrito "ENGENHARIA CIVIL" foi igualmente acrescentado em espaço anterior, quiçá estrategicamente lá deixado, a abreviatura "BACH" de Bacharelato que era o que verdadeiramente ele tinha.
Isto é, o Registo Biográfico de José Sócrates foi RASURADO, foi ALTERADO, foi FALSIFICADO por ele próprio sem que alguém (?) responsável (?) na Assembleia da República consiga explicar (?) como é que isso foi possível e admissível. (ver documento anexo) E NADA lhe aconteceu !!!!!!
Em 31 de Julho de 1979, termina o Bacharelato no Instituto Politécnico de Coimbra apenas com média de 12 valores. (ver anexo)
Mais tarde, em 27 de Dezembro de 1994, o aluno nº 20382 José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa, inscreve-se no Instituto Politécnico de Lisboa no curso de Transportes e Vias de Comunicação. (ver anexo)
Repentinamente, assim que toma conhecimento que a Universidade Independente foi aprovado pela portaria 496/95 24 de Maio de 1995, sem que se conheça qualquer justificação, muda-se de "armas e bagagens" para esta recente, corrupta e desorganizada Universidade. (ver anexo)
É AQUI, neste antro de facilitismo e promiscuidade, que José Sócrates consegue FINALMENTE aquilo que sempre ambicionou - uma "licenciatura" em Engenharia. Não interessa COMO a possa ter conseguido, isso NÃO INTERESSA, interessa SIM, é que conseguiu uma "licenciatura" em Engenharia.
Querem saber como?
Das 31 cadeiras que teria de fazer, deram-lhe equivalência a ... 26.
Nem mais, nem menos ... 26 disciplinas!!!
Apenas teria de fazer ... 5 disciplinas! Quem é amigo, quem é?
Ah. . . mas isto não fica por aqui, destas 5 disciplinas que lhe faltava fazer, 4 delas - os chamados "cadeirões" por serem as mais difíceis - foram dadas por UM ÚNICO PROFESSOR, por sinal seu amigo e conhecido, de nome António José Morais, adjunto do secretário de estado do também seu amigo Armando Vara e colega do mesmo governo em que estava nessa altura José Sócrates como secretário de estado adjunto. Lindos meninos, grandes compinchas!
Que notas o amigo do peito António José Morais lhe deu? Fácil, vejam o anexo do Certificado de Habilitações da UNI:
Análise de Estruturas - 17 (dezassete);
Projecto e Dissertação - 18 (dezoito);
Betão Armado e Pré Esforçado - 18 (dezoito);
Estruturas Especiais - 16 (dezasseis).
NADA MAU, hein ... para quem vinha com média de 12 do Politécnico ... NADA MAU, NADA MAU.
Ahhh, é verdade, e nessa altura José Sócrates ainda era secretário de estado adjunto do Ministro do Ambiente, tinha pouco tempo para estudar, para trabalhos e para exames, agora imaginem se ele tivesse mais tempo para se dedicar às aulas.
Mas falta ainda uma cadeira, de entre as 5 que o "obrigaram" a fazer - Inglês Técnico. Teve 15. (Ver anexo)
Sim é verdade, teve 15.
Foi seu professor o reitor Luís Arouca, entretanto preso por falsificação de documentos sem que no entanto, não faltasse a mãozinha de José Sócrates ao enviar a este mesmo reitor um FAX socorrendo-se de um papel timbrado do Ministério do Ambiente, do Gabinete do Secretário de Estado Adjunto, numa clara atitude de promiscuidade e de pressão, terminando de forma muito pouco formal e excessivamente familiar com um "Seu Sócrates". (ver anexo)
Curiosamente, e para cúmulo de toda esta trapalhada, se confirmarem no referido certificado de Habilitações da UN Independente, diz lá que "concluiu o curso em 08-09-1996" que, estranhamente, foi a
um...DOMINGO. É verdade, a um DOMINGO !
Há com cada uma ...
Ah, antes de terminar, concluiu com média 14, isto é, estas 5 disciplinas dadas pelo amigo António José Morais mais o "seu" reitor Luís Arouca, fizeram com que, num ápice, subisse a média de 12 que trazia do Politécnico (Escola Pública) para...14, catorzeeeeeee.
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As perguntas DO JORNAL PÚBLICO que esperam uma resposta
As duas referências públicas do primeiro-ministro a este caso foram
feitas por escrito - ao PÚBLICO e à SIC -, mas nunca responderam a
questões concretas.
Aqui ficam as questões mais importantes a que José Sócrates deve
responder para clarificar o dossier.
1. Por que razão José Sócrates deixou o ISEL para acabar o curso na UnI?
2. José Sócrates pediu equivalência a 25 cadeiras das 31 que
completavam a licenciatura da UnI. Acabou por receber equivalência a
mais uma disciplina, ou seja, a UnI deu-lhe equivalência a 26
cadeiras. Por que motivo no ISEL teria de completar mais 12 cadeiras
para se licenciar e na UnI apenas teve que fazer mais cinco?
3. António José Morais, então director do Departamento de Engenharia
Civil da UnI, leccionou quatro das cinco cadeiras concluídas na
Independente. Segundo o próprio, este grupo de disciplinas, algumas do
3.º ano, outras do 5.º, representava todas as cadeiras leccionadas por
aquele professor na UnI. António José Morais foi, simultaneamente ao
período em que lhe deu aulas, adjunto do secretário de Estado da
Administração Interna, Armando Vara, colega de Governo de Sócrates, e
mais tarde director do Gabinete de Equipamento e Planeamento do
Ministério da Administração Interna.
3.1. José Sócrates já conhecia António José Morais antes de este ser
seu professor na UnI?
3.2. António José Morais já havia sido seu professor no ISEL?
3.3. Por que razão José Sócrates não identificou António José Morais
como tendo sido seu professor, nas conversas que manteve com o
PÚBLICO, ao longo de uma semana?
3.4. Quantas horas de aulas por semana compunham o horário curricular?
4. Nessas conversas que manteve com o PÚBLICO, antes da publicação da
primeira peça sobre o caso, Sócrates afirmou-se "insultado" pelas
perguntas que lhe foram feitas, disse ter frequentado as aulas e
concluído os exames com aproveitamento, mas nunca forneceu provas
sobre o que afirmava.
4.1. José Sócrates não guardou nenhuma prova documental da sua
carreira académica? Nunca levantou nenhum dos diplomas?
4.2. Qual o motivo que levou Sócrates a delegar no reitor da UnI todos
os esclarecimentos, documentais ou testemunhais, sobre o caso,
sabendo-se que Luís Arouca já havia estado na origem de indicações
erradas sobre o seu currículo publicadas no jornal 24 Horas, em que
terá referido cadeiras que não existiam no seu plano de curso?
4.3. Por que razão Sócrates se recusou sempre a responder por escrito
às perguntas formuladas, também por escrito, pelo PÚBLICO?
4.4. Como é que, durante quase uma semana, não foi capaz de citar um
seu colega ou um dos seus dois professores da UnI?
4.5. Qual o motivo por que não apresentou, por exemplo, a sua
monografia de Projecto e Dissertação, tese final do curso?
5. Da matrícula de José Sócrates na UnI consta que não apresentou
qualquer documento de prova das cadeiras já feitas no ISEC e no ISEL e
só apresentou atestado das 12 cadeiras concluídas no ISEL, em Julho de
1996, ou seja, quando estava praticamente a concluir o curso na UnI.
5.1. A que se deveu este atraso?
5.2. Como pôde a UnI aceitar a inscrição, aprovar um plano de
equivalências, permitir a frequência de aulas e a realização de exames
sem o documento que atestava as cadeiras finalizadas no ISEL?
6. Quatro notas das cadeiras concluídas na UnI foram lançadas em
Agosto e o diploma tem data de 8 de Setembro de 1996.
6.1. Sabendo-se ser anormal o lançamento de notas em Agosto, bem como
a passagem de diplomas ao domingo, que justificação é dada para isso?
7. Numa das folhas consultadas pelo PÚBLICO aparece a palavra "isento"
no topo da página.
7.1. Sócrates pagou propinas?
7.2. Que valor foi fixado?
7.3. A despesa entrou no IRS?
8. O reitor Luís Arouca disse por várias vezes que só conheceu
Sócrates quando este ingressou na universidade. No entanto, em trocas
de correspondência anteriores, Sócrates despedia-se "... do seu, José
Sócrates".
8.1. Quando é que Luís Arouca e José Sócrates se conheceram?
9. A que se referia José Sócrates quando, num fax enviado a Luís
Arouca que está no seu dossier de licenciatura, escreveu: "Caro
Professor, aqui lhe mando os dois decretos (o de 1995
fundamentalmente) responsáveis pelo meu actual desconsolo."
10. Por que motivo não foram corrigidos todos os erros constantes da
biografia publicada no Portal do Governo, mantendo-se a referência
errada a uma pós-graduação em Engenharia Sanitária e continuando a ser
omitido o MBA em Gestão já depois de o termo "engenheiro" ter sido
substituído pelo de "licenciado em Engenharia Civil"?
QUALQUER UM DE NÓS JÁ ESTARIA PRESO!
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