As casas de Ceiroquinho, a Foz do Recadem e o Recadem do lado direito entre duas vertentes.
Da sua aldeia Ceiroquinho escondida entre serranias partiram um dia os meus avós paternos: José Fernandes e Maria de Jesus para Janeiro de Cima (JC)
Em Janeiro de Cima o tio César e família instalaram-se na grande casa da Eira, numa suave colina donde se vê toda a povoação. Era um sítio e privilegiado. Ali ao lado, a capela da Senhora do Livramento cuja grandiosa romaria é sempre no terceiro Domingo de Agosto. Lá mais no alto no cabeço arredondado existe outra ermida, a de S.Sebastião. (...)À noite, depois de um dia de trabalho árduo, a reza era ponto de honra. Todos mesmo cheios de sono rezavam e davam graças ao Senhor. Ali mesmo ao lado a Senhora do Livramento escutava todas as noites atentamente o que aqueles filhos lhe pediam em fervorosas orações, e não deixava certamente de lhe dar a sua bênção protectora.(...) O tio César, bastante cedo foi chamado para o reino dos justos, com grande pesar e consternação de toda a numerosa família. Agora quem ia tomar o leme embarcação era o seu genro José Fernandes pai de oito filhos, homem também trabalhador, de fino trato, inteligente, culto, estudioso e de larga visão das coisas e situações. José Fernandes, devido à sua honestidade e bondade soube conquistar amigos e integrar-se perfeitamente nos problemas da freguesia e nas suas instituições, chegou mesmo a ser durante vários anos presidente da Junta da Freguesia e também alguns anos mordomo das festas religiosas que se celebravam na freguesia. A sua esposa, Maria de Jesus, foi uma verdadeira santa, uma luz que brilhou sempre na Eira. Nenhum pobre, e eram muitos que ali iam pedir esmola, ficam sem uma dádiva, uma palavra de conforto, um sorriso, uma esperança... Maria de Jesus, foi também a personificação de uma verdadeira esposa e mãe. Conservou sempre uma postura terna, amável e acolhedora até ao fim da vida, e nunca esqueceu as virtudes que levou da sua aldeia de Ceiroquinho escondida entre serranias.(...)
Contos - António Jesus Fernandes
Devido ao grande surto de emigração dos Ceiroquinhenses principalmente para Lisboa e outras cidades e estrangeiro , estes fundaram em Lisboa , em 5 de Julho de 1942 , uma Comissão de Melhoramento para unir os Ceiroquinhenses e promover alguns melhoramentos na sua aldeia .
Documento completo
Em 1937 os ceiroquinhenses decidiram construir uma escola em Ceiroquinho, com residência para os professores, a qual estava pronta a ser inaugurada em 1938. Para este importante melhoramento todos os ceiroquinhenses espalhados pelo mundo cerraram fileiras, numa união e num querer impressionantes que desorientou descrentes e convenceu incrédulos. O movimento foi tão forte que não houve dificuldades e critícas (e foram tantas!) que não se vencessem.A escola, com residência para a professora, foi depois doada pela povoação de Ceiroquinho à Camara Municipal de Pampilhosa da Serra e considerada nesse tempo a segunda melhor do concelho. Foi um grande triunfo para os ceiroquinhenses a construção da sua escola. Nela aprenderam a ler e escrever muitas gerações.A escola custou algumas dezenas de contos e o Estado apenas deu 4 contos para a compra do mobiliário e a Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra 1.000$00. O resto foi produto de subscrição entre os ceiroquinhenses e dias de trabalho oferecidos graciosamente pelos habitantes de Ceiroquinho, enquanto o terreno onde foi construída foi oferecido por Américo Fernandes./...
Devido ao grande surto de emigração dos Ceiroquinhenses principalmente para Lisboa e outras cidades e estrangeiro , estes fundaram em Lisboa , em 5 de Julho de 1942 , uma Comissão de Melhoramento para unir os Ceiroquinhenses e promover alguns melhoramentos na sua aldeia .
Documento completo
Em 1937 os ceiroquinhenses decidiram construir uma escola em Ceiroquinho, com residência para os professores, a qual estava pronta a ser inaugurada em 1938. Para este importante melhoramento todos os ceiroquinhenses espalhados pelo mundo cerraram fileiras, numa união e num querer impressionantes que desorientou descrentes e convenceu incrédulos. O movimento foi tão forte que não houve dificuldades e critícas (e foram tantas!) que não se vencessem.A escola, com residência para a professora, foi depois doada pela povoação de Ceiroquinho à Camara Municipal de Pampilhosa da Serra e considerada nesse tempo a segunda melhor do concelho. Foi um grande triunfo para os ceiroquinhenses a construção da sua escola. Nela aprenderam a ler e escrever muitas gerações.A escola custou algumas dezenas de contos e o Estado apenas deu 4 contos para a compra do mobiliário e a Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra 1.000$00. O resto foi produto de subscrição entre os ceiroquinhenses e dias de trabalho oferecidos graciosamente pelos habitantes de Ceiroquinho, enquanto o terreno onde foi construída foi oferecido por Américo Fernandes./...
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