Jacques Delors não precisa de apresentação. Trata-se de um mito, que o é pela simples razão de que muito do que de bom se alcançou nos últimos decénios tem, de uma forma ou de outra, a sua marca.
Na notável entrevista que concede ao El País de hoje, o ex Presidente da Comissão Europeia tece uma série de observações sobre a Europa, que devem ser lidas com a maior atenção. Num post dum blog não é possível abordar todas. Por isso, permiti-me transcrever, apenas, as chamadas que o jornal faz, para dar uma pálida ideia do muito que lá se afirma. Assim:
- O dolar é corrosivo e indispensável. Convém um sistema monetário mundial baseado numa cesta de moedas;
- Criar valor converteu-se numa ideologia com desprezo pelo risco; hoje cria-se riqueza antes de a produzir;
- A Alemanha governa em Berlim, a França toma-se pela "Grande França" e o Reino Unido é cada vez mais anti europeista;
- Necessitamos de lideres que tenham visão a longo prazo e que defendam interesses comuns;
- A UE ainda não alcançou a minha esperança: um espírito de autêntica cooperação;
- A crise de valores consiste no facto de que neste mundo tudo se compra. Nós defendemos os sonhos que o dinheiro não compra.
Finalmente, e em sub título da entrevista, aquilo que sobressai em toda ela: "Se a Europa não se integrar, serão os Estados Unidos e a China a mandar".
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