Piódão
Esta aldeia apresenta uma localização privilegiada: na encosta de um vale profundo, isolado, onde a riqueza das pastagens justificava a viagem às terras mais baixas. Seria para estas pastagens que viriam os lusitanos com os seus rebanhos, local onde se podiam esconder dos romanos. Assim, alguns fixaram-se neste local. A inacessibilidade da terra levou ainda a que se tornasse o refúgio de foragidos à justiça, como foi o caso de Diogo Lopes Pacheco, um dos assassinos de Inês de Castro. Na Idade Média os habitantes implantaram-se num local apelidado de Casas de Piódam. É a partir deste núcleo que se desenvolve uma comunidade apoiada que se desenvolve uma comunidade apoiada na agricultura e na apicultura. Este espaço fazia parte do extinto concelho de Lourosa. Era muito quente, o que levou à propagação de formigas. Assim, a povoação foi abandonada e alguns habitantes teriam então ocupado o espaço que hoje é denominado Piódão. Com a extinção do concelho, a partir de 1855, Piódão passou a integrar o concelho de Arganil. A partir do século XVIII, Piódão torna-se um grande centro cultural da Beira Interior, com a formação do Colégio de Piódão, dirigido pelo Pe. Manuel F. Nogueira. A partir do século XIX, a inacessibilidade deste espaço é quebrado com a construção da estrada real que ligava a Covilhã a Coimbra, permitindo a circulação de mercadorias. No séc. XVI é efectuada a escultura de Nossa Senhora da Conceição para a Igreja Matriz. No século seguinte sabe-se que seria curato de apresentação anual do cabido da Sé de Coimbra. Em 1676-1679 é fundada a freguesia de Piódão, altura de que possuímos os registos paroquiais de baptismo como documentação.
aprincesadoalva
Serra e terra chã
A Serra do Açôr e a região de Arganil, combinação feliz de hospitalidade, serra e terra chã, está nos degraus da bancada argilosa que, em anfiteatro, sobe dos campos baixos do Mondego para as alturas da Serra do Açôr. É na Serra da Estrela que nasce o Alva, descendo os fraguedos agrestes das encostas e regando, solícito, verdes campos de milho e hortas viçosas, por entre aldeias de um pitoresco sem par, muros de xisto e travejamento de castanho, aldeias velhas de muitos séculos, mas novinhas em folha para solicitações turísticas no nosso tempo. Um mar de xisto polvilhado de pequenos povoados, lindos e acolhedores. Nomes que são poemas: Corgas, Esculca, Pomares, Foz da Moura, Mourísia, Chãs d'Égua, Piódão. Piódão, sobretudo. A rainha das povoações serranas da região arganilense. A aldeia comunitária, por excelência. As estradas sinuosas e estreitas serpenteiam as encostas xistosas da Serra do Açor, onde as quelhadas protegem a terra das intempéries. Na primavera, são cobertas por um manto de flores, onde sobressai a coloração amarela das Giestas, Tojos e Carquejas e o lilás das Urzes. As rochas estão salpicadas por líquens e musgos de cor verde oliva. Ao longe podemos ver manchas de pinheiros, carvalhos e castanheiros. São frequentes as ruínas do que outrora foram casas de xisto de agricultores. Abandonadas e desgastadas pelo tempo, são hoje apenas parte da paisagem. Os jovens migram para as grandes cidades em busca de uma vida melhor, abandonando a pastorícia e as actividades artesanais, ligadas sobretudo à floresta. No meio das exuberantes escarpas e vales profundos situam-se pequenos povoados que se fundem na paisagem. Rasgando os céus encontra-se o Açor, uma ave de rapina que deu nome a esta maravilhosa e colorida serra. Corujas do mato e gaviões também são habitantes locais.
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Esta aldeia apresenta uma localização privilegiada: na encosta de um vale profundo, isolado, onde a riqueza das pastagens justificava a viagem às terras mais baixas. Seria para estas pastagens que viriam os lusitanos com os seus rebanhos, local onde se podiam esconder dos romanos. Assim, alguns fixaram-se neste local. A inacessibilidade da terra levou ainda a que se tornasse o refúgio de foragidos à justiça, como foi o caso de Diogo Lopes Pacheco, um dos assassinos de Inês de Castro. Na Idade Média os habitantes implantaram-se num local apelidado de Casas de Piódam. É a partir deste núcleo que se desenvolve uma comunidade apoiada que se desenvolve uma comunidade apoiada na agricultura e na apicultura. Este espaço fazia parte do extinto concelho de Lourosa. Era muito quente, o que levou à propagação de formigas. Assim, a povoação foi abandonada e alguns habitantes teriam então ocupado o espaço que hoje é denominado Piódão. Com a extinção do concelho, a partir de 1855, Piódão passou a integrar o concelho de Arganil. A partir do século XVIII, Piódão torna-se um grande centro cultural da Beira Interior, com a formação do Colégio de Piódão, dirigido pelo Pe. Manuel F. Nogueira. A partir do século XIX, a inacessibilidade deste espaço é quebrado com a construção da estrada real que ligava a Covilhã a Coimbra, permitindo a circulação de mercadorias. No séc. XVI é efectuada a escultura de Nossa Senhora da Conceição para a Igreja Matriz. No século seguinte sabe-se que seria curato de apresentação anual do cabido da Sé de Coimbra. Em 1676-1679 é fundada a freguesia de Piódão, altura de que possuímos os registos paroquiais de baptismo como documentação.
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Serra e terra chã
A Serra do Açôr e a região de Arganil, combinação feliz de hospitalidade, serra e terra chã, está nos degraus da bancada argilosa que, em anfiteatro, sobe dos campos baixos do Mondego para as alturas da Serra do Açôr. É na Serra da Estrela que nasce o Alva, descendo os fraguedos agrestes das encostas e regando, solícito, verdes campos de milho e hortas viçosas, por entre aldeias de um pitoresco sem par, muros de xisto e travejamento de castanho, aldeias velhas de muitos séculos, mas novinhas em folha para solicitações turísticas no nosso tempo. Um mar de xisto polvilhado de pequenos povoados, lindos e acolhedores. Nomes que são poemas: Corgas, Esculca, Pomares, Foz da Moura, Mourísia, Chãs d'Égua, Piódão. Piódão, sobretudo. A rainha das povoações serranas da região arganilense. A aldeia comunitária, por excelência. As estradas sinuosas e estreitas serpenteiam as encostas xistosas da Serra do Açor, onde as quelhadas protegem a terra das intempéries. Na primavera, são cobertas por um manto de flores, onde sobressai a coloração amarela das Giestas, Tojos e Carquejas e o lilás das Urzes. As rochas estão salpicadas por líquens e musgos de cor verde oliva. Ao longe podemos ver manchas de pinheiros, carvalhos e castanheiros. São frequentes as ruínas do que outrora foram casas de xisto de agricultores. Abandonadas e desgastadas pelo tempo, são hoje apenas parte da paisagem. Os jovens migram para as grandes cidades em busca de uma vida melhor, abandonando a pastorícia e as actividades artesanais, ligadas sobretudo à floresta. No meio das exuberantes escarpas e vales profundos situam-se pequenos povoados que se fundem na paisagem. Rasgando os céus encontra-se o Açor, uma ave de rapina que deu nome a esta maravilhosa e colorida serra. Corujas do mato e gaviões também são habitantes locais.
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