As organizações sindicais de Professores 
- rejeitam actuais políticas e medidas 
que o governo pretende impor -
- decidem unir-se para lutar 
-
As 
organizações sindicais de professores ASPL, FENPROF, FNE, SEPLEU, SINAPE, 
SINDEP, SIPE, SIPPEB e SPLIU reuniram-se em Lisboa a 16 de maio para analisarem 
a actual situação política, social e económica do país e as suas graves 
implicações na Educação.
Num momento 
marcado por uma contínua desvalorização da Escola Pública, uma acentuada 
degradação das condições de trabalho nas escolas E um enorme aumento da 
instabilidade e do desemprego dos professores é com forte preocupação que a 
organizações registam a intenção do governo de impor mais e mais graves medidas, 
tais como a aplicação da mobilidade especial aos professores já a partir do 
próximo mês de Setembro, a possibilidade de despedimento de professores na 
sequência da cessação dos seus contratos de trabalho, o anunciado aumento do 
horário de trabalho para as 40 horas e a eventual eliminação das tabelas 
salariais que constam dos seus estatutos de carreira.
Acrescem 
estas medidas a outras como a imposição de muitas que se destinam unicamente à 
eliminação de horários de trabalho, de onde relevam a criação de 
Mega-agrupamentos, o aumento do número de alunos por turma ou as alterações 
curriculares que entraram em vigor no presente ano lectivo. Também os cortes 
orçamentais previstos para o funcionamento das escolas, a par dos que se 
repercutirão nos apoios sociais devidos aos alunos mereceram a reprovação destas 
organizações sindicais. Por fim, denunciam publicamente a intenção da AEEP de 
impor um novo contrato colectivo de trabalho (CCT) para os docentes do Ensino 
Particular e Cooperativo (EPC) que é um verdadeiro atentado à profissão de 
Professor e às suas condições de exercício profissional.
Face à 
situação vivida e ao seu anunciado agravamento, as organizações 
decidiram:
·         
Denunciar qualquer alteração ao ECD que não decorra 
de processos negociais efectivos a desenvolver em sede de Ministério da Educação 
e Ciência, rejeitando, assim, a estratégia do governo que passa por enviar 
propostas de Lei para a Assembleia da República e que são da autoria das 
Finanças;
·         
Solicitar reuniões às Confederações de Pais e suas 
federações distritais com o objectivo de debater a actual situação na Educação e 
encontrar formas comuns de intervenção;
·         
Dirigir-se a todas as associações de pais e 
associações de estudantes com o objectivo de expor a sua apreciação da actual 
situação e proporem tomadas de posição convergentes;
·         
Solicitar reuniões a todos os partidos políticos com 
representação parlamentar;
·         
Exigir, de imediato, ao governo a garantia de não 
aplicação da mobilidade especial e despedimentos, a manutenção do horário de 
trabalho nas 35 horas e o respeito pelos estatutos de carreira, incluindo no que 
respeita a remunerações;
·         
Repudiar veementemente as propostas de revisão do 
CCT do EPC que prevêem um violento aumento dos horários de trabalho e uma 
redução salarial que chega a ultrapassar os 30%, entre outros aspectos propostos 
pela AEEP;
·         
Exigir também a aprovação de medidas que permitam 
dar resposta positiva ao grave problema do desemprego que afecta o sector dos 
professores e rejeitar qualquer alteração às condições previstas para a 
aposentação, assim como quaisquer medidas que impliquem a redução das pensões de 
aposentação;
·         
Convocar uma Manifestação Nacional de Professores, 
Educadores e Investigadores para 15 de Junho, em Lisboa. Mereceu ainda amplo 
consenso a convocação de greve ao serviço de exames para os dias 11, 12, 13 e 14 
de Junho, bem como a convocação de Greve Nacional de Professores, Educadores e 
Investigadores Portugueses para 17 de Junho.
As 
organizações manifestaram a sua total abertura ao diálogo e à negociação no 
sentido de serem encontradas soluções para os problemas que levaram a que 
tomassem estas decisões. Reafirmam a sua oposição às políticas e medidas a que 
estão a ser sujeitos a Educação em geral, a Escola Pública e todos os 
profissionais do sector, sejam do público ou do privado, e que põem em causa a 
qualidade do ensino, a igualdade de oportunidades de muitas crianças e jovens no 
que respeita ao acesso e sucesso escolar e educativo, bem como o futuro de 
muitos milhares de professores, educadores e investigadores.
As Organizações Sindicais de 
Professores P Antes de imprimir 
este mail pense bem se é necessário fazê-lo.Se pretender que seja retirado o seu endereço da nossa lista de correio, deve solicitá-lo para o endereço indicado.
OBRIGADO!
 
 
Sem comentários:
Enviar um comentário