quinta-feira, 13 de abril de 2006

Selada das Eiras

Cadernos do Profeta
Encontro-me num lugar mítico para muitos que na década de 90 por ali andaram noite e dia mergulhados no frio gélido da serra do Açor.
Encontro-me na Selada das Eiras, encruzilhada de estradas, cruzamento de sonhos perdidos, largo de sabor a carros que soltavam rotações para a meta lá longe no Estoril...
Lá ao fundo a povoação do Salgueiro e a Quinta do Mosteiro mais para lá de uma curva nas cercanias da serra.
Torrozelas terra do senhor Professor Tadeu, de boa memória em Janeiro de Cima.
Aqui o silêncio é demolidor.
A Casa de Xisto do Guarda marca a rude aventura de se andar na serra ao sabor do frio gélido deste Inverno.
O Açor lá longe desafia o espaço infinito rasgando ainda mais a distância que nos separa.
Viro para a direita em direcção ao Piódão.
Do meu lado esquerdo, Porto Castanheiro.
Numa curva, recordo-me dos carros a passar no tempo de César Torres.
Agora um largo enorme. A famosa casa do PPD.
Milhares de pessoas passaram por aqui.
Que raio de nome para uma casa.
Os lugares míticos são muitos por estas bandas.

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