"Góis, entre o rio Ceira e as serras do Penedo e da "Neve" é, desde a Idade do Bronze um local onde inúmeros vestígios atestam a passagem e permanência do Homem por estas localidades. De entre estes o mais importante é, sem dúvida a Pedra Letreira localizada na Portela do Vento. Este petróglifo é constituido por figuras insculpidas extremamente variadas e onde é possível reconhecer alabardas, arcos e flechas, signos escutiformes, figuras antropomórficas e outras até ao momento sem identificação. No mesmo local – mesmo em frente – é possível ver as minas romanas da Escádia e que atestam a relativa abundância de minérios neste período e que encerram a razão fundamental para a ocupação romana deste território – a riqueza do subsolo. Saltando no tempo e no espaço encontramos, na sede da freguesia a ponte manuelina de três arcos atestando no lado exterior as armas reais, no centro o escudo nacional, os cincos escudetes das quinas em cruz e orla com os sete castelos. Esta ponte foi mandada construir por D. João III (sec. XVI).Continuando à descoberta avistamos agora a Igreja Matriz de cujo traçado original quase nada se sabe. Esta construção, datada do séc. XVI, possui no seu interior o túmulo de D. Luís da Silveira, senhor de Góis, e considerado como o mais notável monumento gótico do Alto distrito de Coimbra. Constando de um arco como de portal e abrigando uma estátua orante de cavaleiro pensa-se ter sido obra de Nicolau Chanterene. Não podemos deixar Góis em visitar também a Fonte do Pombal. Datada do séc. XVI é coberta de belos azulejos hispano-árabes originários de Sevilha".
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