“Se um dia disserem que o seu trabalho não é de um profissional, lembre-se: A Arca de Noé foi construída por amadores; profissionais construíram o Titanic…“
terça-feira, 31 de julho de 2007
Trazer à memória
Continua Aqui
segunda-feira, 30 de julho de 2007
O antigo troço de Arganil
O antigo troço de Arganil pela direita depois de sair de Vale de Maceira (Santuário de Nossa Senhora das Preces), a subir até passar a Capela de Santa Eufémia para virar a seguir à casa do guarda para a esquerda (estrada florestal) e contornar o Monte Colcurinho até entroncar na estrada do Piódão (agora asfaltada), e pela direita subir os ganchos em direcção aos Penedos Altos para depois virar à esquerda no sentido de Coja e neste cruzamento pela esquerda atingir a casa do PPD e virar para a direita no sentido Alqueve - Quinta do Mosteiro - Salgueiro - Selada das Eiras - Serra da Aveleira - os famosos ganchos perto da povoação de Nogueira e o final na placa da povoação de Lomba!
Senhora das Preces
Santuário de Nossa Senhora das Preces
Alguns excertos do livro "História do Santuário de Nossa Senhora das Preces"(1)
"Desde as mais remotas eras da nacionalidade portuguesa se começaram a erguer igrejas e capelas dedicadas à Virgem Mãe de Deus. À medida que se conquistava aos mouros e solo desta faixa ocidental da Península, começavam a cavar-se os alicerces e a levantar-se as paredes de grande templos, como a Igreja de Santa Maria de Alcobaça, a Catedral de Santa Maria de Coimbra, e tantas outras. Mas não era só nas cidades e terras populosas. Também nas aldeias e vilas da Beira, nas margens do rio ou no alto dos montes se levantavam, pouco a pouco, igrejas e ermidas. Arganil fundou o Santuário do Monte Alto, Côja construiu a Capela de Nossa Senhora das Neves, Vila Cova a Igreja Matriz, Avô dedica à Virgem a sua Igreja Matriz e Ermida de Nossa Senhora do Mosteiro, São Romão funda o Santuário de Nossa Senhora do Desterro, Aldeia das Dez levanta no alto do Colcurinho, e depois no Vale de Maceira, o Santuário de Nossa Senhora das Preces. Todos estes santuários ficam na margem ou à vista do Rio Alva, o que levou certo autor a chamar-lhe rio sagrado(2).""Todos os autores que se têm referido ao Santuário dizem que ele é frequentadíssimo de romeiros, e um dos mais afamados de toda a Beira, mas nenhum aponta a data da sua origem. Ora, numa fria manhã de Novembro, os autores deste modesto estudo empreenderam a ascensão do monte de Colcurinho (...) A subida é um tanto difícil, pois o cabeço é elevado (1242 m), e o caminho íngreme e áspero. Mas por fim chegámos ao alto. Lá está a capelinha de Nossa Senhora das Necessidades, no lugar onde esteve a primitiva de Nossa Senhora das Preces. É uma ermida simples, com a sua porto virada ao Poente, ladeada por duas frestas, com o seu altar, feito por José Tavares, artista (...) da Aldeia das Dez."
(1) PEREIRA, Augusto Nunes, Pe.; BRITO, Mário Oliveira, Pe. - História do Santuário de Nossa Senhora das Preces: desde o aparecimento da Virgem até aos nosso dias. Braga: Missões Franciscanas, 1945(2) Vide - José Leite de Vasconcelos, Etnografia Portuguesa, Vol. II, pág. 16.
À conquista
Carlos Manuel Cravo, Carlos Manuel Gama e Carlos Manuel Antunes na esplanada "A Gruta" do amigo Carlos Manuel Lourenço na aldeia do Piódão.
Não há pior escravidão do que a esperança de ser feliz. Deus promete-nos um vale de lágrimas na terra. Mas, afinal, esse sofrimento é passageiro. A vida eterna é a eterna felicidade. Rebeldes, insatisfeiros, respondemos a Deus.
Carlos Fuentes, Diana ou a Caçadora Solitária, cap. I pp 9
domingo, 29 de julho de 2007
Cunqueiros Dance Party 2007
Maurel & Fauvrelle no Cunqueiros Dance Party 2007
A 3.ª edição atinge uma maturidade e pujança inéditas na região Centro, e apresenta como cabeças de cartaz Maurel & Fauvrelle
CUNQUEIROS Dance Party está de volta para a sua 3.ª edição, atingindo uma maturidade e pujança inéditas na região Centro, e apresenta como cabeça de cartaz a dupla Maurel & Fauvrelle. Um espectáculo a não perder.
"É já no próximo dia 3 de Agosto, sexta-feira, a partir das 23 horas, na localidade de Cunqueiros, concelho de Proença-a-Nova, distrito de Castelo Branco, o evento que, como sempre, é de entrada livre.
Maurel & Fauvrelle, a dupla que actua em formato Live Act é composta pelos Top DJ’s nacionais Frank Maurel e Carlos Fauvrelle, que são, neste momento, os mais conceituados em Portugal, tendo há vários anos uma grande visibilidade e inúmeras actuações a nível internacional, tanto no plano individual como em conjunto. A expectativa é de que Maurel & Fauvrelle irão proporcionar um espectáculo memorável para esta região, tornando assim a 3.ª edição da Cunqueiros Dance Party algo imperdível. Dj Panchito e Dj Xapi_Nager são os outros artistas convidados, que prometem aquecer o ambiente do início ao fim.
Para além da forte aposta a nível artístico, outra das prioridades da organização para a edição de 2007 é a melhoria das condições do recinto de espectáculos, sendo uma das grandes novidades a concepção e instalação de um super décor, criando uma verdadeira pista de dança ao ar livre, com melhores capacidades acústicas e com 2 ecrans gigantes de animação multimédia, para além do investimento na iluminação e ampliação da zona de esplanada.
Para quem quiser trazer a sua tenda haverá ainda uma zona de campismo ao natural, cuja utilização é inteiramente gratuita, com capacidade para dezenas de tendas e oferecendo WC aberto 24 horas e duche de água quente. A Cunqueiros Dance Party é produzida por uma comissão organizadora sem fins lucrativos e com o intuito principal de elevar o nome da localidade e da região a um patamar de reconhecimento significativo, sempre com o cunho do planeamento de evento com qualidade e respeito pelos valores dos seus parceiros, patrocinadores e apoiantes, naturalmente sempre virado para o seu público-alvo, os jovens da região, para os quais procura trazer um tipo de iniciativa praticamente inexistente na Beira Interior."
Jornal do Fundão - Edição online paga c/data 26 de Julho 2007
sábado, 28 de julho de 2007
João Garcia
Acabo de ler que o maior alpinista português de seu nome João Garcia conquistou mais uma montanha acima dos 8 mil - o K2.
Faltam agora 5 desafios para entrar na galeria dos mortais conquistadores de todos os 8.000.
A montanha é a sua casa.
A coragem e determinação de quem não quer desistir.
"Depois do Evereste já corri o mundo. Fui ao Atlas, aos Andes, ao Alasca, à Antárctida e voltei, volto sempre, aos Himalaias."
sexta-feira, 27 de julho de 2007
Um Clássico
Isaac Hayes, Marcus Miller y la extraordinaria Vienna Art Orchestra fueron los protagonistas del cuarto día del Festival de Jazz de San Sebastián, que recuperó a un grupo de culto, los rockeros de Van der Graaf Generator, en una jornada en la que los espacios gratuitos siguieron dando vida a la calle.
Tecnologia
Los satélites GPS y Galileo mandarán señales combinadas
Monte Colcurinho - Senhora das Necessidades
Situada no Monte Colcurinho a cerca de 14 Km de Aldeia das Dez.
Esta capela encontra-se ligada a uma lenda, que se conta assim:
A fachada principal da Capela.
Vista lateral do lado Sul com os painéis solares.
O altar de Nossa Senhora das Necessidades.
A chegada ao Monte Colcurinho por caminho estreito e sinuoso.
Em dias calmos, subia ao cume do monte, ao Colcurínho, e pesquisava onde tinha sido a pequena edícula que teve a imagem ali encontrada. Conseguiu encontrar a torça da porta com a era de 1326. Depois sentava-se sobre uma pedra e alongava a vista para os confins da Serra do Açor ficava-se tempos esquecidos a meditar, só despertando quando o sol tombava para o poente. Voltava ao seu albergue, e assim passava os dias este homem que todos tinham por santo. E ninguém penetrava naquele íntimo, fechado para o mundo. Passava horas na capela, e todos os dias se fechava na sacristia, donde saía com uma pequena saca de terra, debaixo da garnacha, que ia despejar longe da capela. Era a sepultura que êle andava abrindo como os anacoretas. Ainda hoje existe, mas sem nunca ter quem a ocupasse.
Frei Simão - José Lencastre -1939
Fotografias da Cerca do Cabeço no Monte Colcurinho.
quinta-feira, 26 de julho de 2007
"O ano da chibata"
Transcrevo-a, para memória, do "Público" do passado dia 19:
"Analiso as políticas educativas, na imprensa portuguesa, de forma permanente e regular, desde 1981. Digo, pesando o que digo, que este é o pior Governo para a área educativa não superior de que guardo memória. Tudo o que seria importante para promover a qualidade do sistema de ensino ou não foi realizado ou foi objecto de medidas que degradaram ainda mais o que já era mau. A ministra da Educação e os respectivos secretários de Estado foram tecnicamente incompetentes e politicamente irresponsáveis. Transportando para o mundo do ensino a cultura dominante da governação de Sócrates, actuaram como pequenos ditadores e 2006/2007 cola-se-lhes à acção como o ano da chibata. Longe de ser exaustivo, fundamento o que afirmo com um balanço breve do ano lectivo que ora finda.
1. As políticas para o ensino foram boçais e destituídas de visão estratégica. A ministra e os seus ajudantes mostraram ter cabeças tayloristas, convencidas de que gerir passa por fazer, pela força e pelo medo, com que os professores executem as suas ideias inconsistentes. Qualquer mudança, desde que reduzisse, economizasse e afrontasse os professores, foi considerada moderna e progressista.
O ano lectivo de 2006/2007 tinha obviamente que reflectir a verificada redução orçamental (4,2 por cento no básico e secundário e 8,2 no superior) e patentear o que o Governo privilegiava com isso: diminuir o salário dos professores; piorar as condições em que exercem a profissão; cortar-lhes direitos protegidos pela lei que os próprios carrascos produziram (vide as decisões dos tribunais sobre as remunerações das aulas de substituição); tornar cada vez mais precárias as condições contratuais, em obediência aos cânones da liberalização selvagem; fechar escolas (900 a somar às 1400 do ano transacto). Tudo em nome do défice. Mas o défice que hoje nos condiciona a vida foi-se acumulando ao longo dos tempos, sob responsabilidade de políticos com nome, vivos e bem instalados na vida. Sem vergonha e sem contrição pública, alguns voltaram ao exercício político e censuram hoje, displicentemente, aquilo por que foram responsáveis ontem. Para que não me acuse de ficar no vago, concretize o leitor respondendo: quem foi o político que concebeu o modelo retributivo do funcionalismo público, que tantos elegem hoje como a desgraça do Estado? Como se chama o megalómano que decidiu gastar milhões em dez estádios de futebol, num país que manda as filhas parir no estrangeiro e convoca para intervenções cirúrgicas velhos já mortos, cegos, apodrecidos em anos de espera por uma simples operação às cataratas? Qual o peso que sobrou para o défice público da saga de Cahora Bassa e quem são os políticos por ela responsável?
Concedendo, sem mais discussão, que não nos podemos eximir às regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento (que nome mais impróprio) e à lógica da globalização sem rei nem roque, os três exemplos anteriores, de uma infindável lista, e o contexto em que ocorreram, justificariam uma metodologia bem diferente para tratar os professores. Só incultos ou desumanos não o entendem.
2. O recente concurso de "professor titular", a que foram opositores os docentes dos anteriores 8.º, 9.º e 10.º escalões, é bem o paradigma da trapalhada, da injustiça e do improviso em que se afunda a 5 de Outubro: duma vida inteira de profissão, iluminados decidiram que só uns anos contam; dos cargos, os mesmos deram preferência aos administrativos; durante a semana em que o concurso decorreu, pôde o país verificar, atónito, que consoante os dias assim a posse do grau de mestre somava ou retirava pontos ao número necessário, como o exercício de cargos políticos equivalia ou deixava de equivaler a serviço docente; concorrentes ao concurso integraram órgãos de verificação e validação de dados, ou seja, foram juízes em causa própria, com um quadro referencial de confusão e bagunça, o que faz prever uma bela caldeirada conflitual final. Imaginar-se-ia pior?
3. Se do lado dos professores o ano foi mau, do lado dos alunos só podia ser pior. Os exames, fundamentais como sempre tenho defendido, mas longe de tudo resolverem ou serem o mais importante de todo o processo, são o motivo, por via dos respectivos resultados, para que o país acorde, embora só por escassos dias.
Há semanas, depois de múltiplas decisões judiciais contra o Governo, o Tribunal Constitucional decretou a inconstitucionalidade de um despacho do secretário de Estado Valter Lemos, sobre os exames, que prejudicou 10.000 alunos e beneficiou 5000, em violação da igualdade que deve presidir ao tratamento dos cidadãos num Estado de direito. Que aconteceu? Nada! Nem a ele nem à ministra que defendeu, contra tudo e contra todos, com a arrogância que lhe conhecemos, o indefensável.
A cena da Física do ano passado ditou a demagogia primária deste ano. Da multiplicidade de exames, correspondentes à confusão de programas vigentes, encontrou-se o menor denominador comum e decretou-se o exame único: uma farsa, um desrespeito pelo trabalho dos alunos, das escolas e dos professores. Mas a redução do número de provas não isentou de erros a produção dos exames. Lá voltámos a ter 36.000 alunos confrontados com uma pergunta a que nenhum poderia responder, por ser rematada asneira. Que fez a ministra? Achou irrelevante e engendrou a solução tecnicamente bruta que os pais foram contestar em tribunal. Até quando?
Sem contenção de linguagem e sem o mínimo rigor pedagógico e científico, a ministra ligou o Plano da Matemática, com escassos meses de acção, incompleta, mesmo assim, por incumprimento seu, aos resultados dos exames que estariam para vir. Quando apareceram os primeiros, do 12.º ano, que nada têm com o famigerado plano, que apenas contempla o ensino básico, embandeirou em arco e insinuou uma relação que não existe. Finalmente, deve ter mordido a língua quando foram conhecidos os do básico, os piores de sempre, que reduziram ao ridículo as declarações que produziu antes.
No ano que ora finda, nada do que pode mudar o desastre foi realizado.
A trapalhada do edifício curricular permaneceu incólume, assim como a incoerência dos programas de estudo.
Aumentou o facilitismo e a idiotização do ensino.
Subalternizou-se ainda mais a Literatura no ensino do Português.
Empurrou-se para debaixo da mesa a trapalhada da TLEBS.
Liquidou-se a Filosofia.
Manteve-se uma dispersão assassina e ignorante de solicitações aos alunos (12 disciplinas no 3.º ciclo do básico e mais tempo de permanência na escola que os operários nas fábricas, não é de loucos?).
Mudou-se a estrutura orgânica do ministério, deixando-o igualmente centralizador e burocrático.
Promoveu-se o clientelismo e premiou-se a delação e o servilismo.
Mudou-se a legislação disciplinar, mas continua a ser mais fácil falsificar uma nota de 50 que actuar com eficácia sobre os pequenos delinquentes, que tornam a vida dos colegas e dos professores um martírio diário.
Nada mexeu quanto ao anacronismo da gestão das escolas.
Professores, vítimas de cancros em fase terminal, foram indignamente chibatados para morrerem no posto, em nome duma lógica economicista que rejeita aquisições civilizacionais básicas.
Mal haja, senhora ministra."
Aldeias do Xisto - Piódão
As quatro finas torres cilíndricas rematadas em cones, parecem conferir movimento à frontaria, enquanto a torre sineira de planta quadrada se encosta a meio da fachada sul da Igreja.
quarta-feira, 25 de julho de 2007
Casa do PPD
O antigo troço de Arganil na Casa do PPD.
Ao fundo pela direita o caminho de terra batida para as povoações de Enxudro, Sardal, Pardieiros, PPSA - Fraga da Pena. A partir daqui em estrada asfaltada surge Benfeita e no lado Sul desta Pai das Donas e Luadas. Por último Esculca perto dos famosos ganchos antes do Alqueve.
Pelo lado esquerdo a subir o troço de Arganil que mais à frente continua pela esquerda em direcção ao Alqueve.
Código deontológico
Los límites de tu ordenador
Estrada "limpa"
terça-feira, 24 de julho de 2007
Vale da Barragem de Sta Luzia
Barragem de Santa Luzia
De outras viagens no mesmo sítio:
segunda-feira, 23 de julho de 2007
Viagens Na Minha Terra
Aldeias do Xisto - Fajão 4
Aldeias do Xisto - Fajão 3
No interior podem ser contemplados os altares de madeira entalhada, sendo o principal do século XVII e os colaterais ao gosto do final de setecentos. Do antigo templo recebeu a pia baptismal, a imagem de S.Teotónio (colocada no altar-mor) e as imagens de S. Simão e de N. Srª. do Rosário, de pedra, da 2ª metade do século XVI (colocadas altar colateral da direita). A festa da Padroeira é celebrada em Agosto."
Aldeias do Xisto - Fajão 1
Rodeada de cabeços nus, penhascos, colinas, lombas, barrancos, cabeços e valeiros, numa estranha sucessão de curvas suaves e graciosas...
domingo, 22 de julho de 2007
Estado da Petição Pela Acessibilidade Electrónica Portuguesa
Antes de mais, pedimos desculpa pela ausência de informação sobre esta
iniciativa.
Esta newsletter visa dar conta, por um lado, do estado actual da Petição e,
por outro, informar alguns pequenos avanços ocorridos em algumas das áreas
focadas pela mesma.
1. Estado da Petição
A Petição pela Acessibilidade Electrónica Portuguesa deu entrada na
Assembleia da República em 16 de Fevereiro de 2007, baixou à Comissão de
Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias e foi admitida em 7
de Março, tramitando sob o nº 312/X/2.
Nessa mesma data, foi nomeado relator o Senhor Deputado Luís Campos Ferreira
do PSD.
No passado dia 10 de Junho, foi enviado um e-mail ao Senhor Presidente da
Assembleia da República, solicitando que nos fosse informado o estado da
Petição. Não obtivemos, até ao momento, qualquer resposta.
Lamentamos o tempo que já decorreu sem que a Assembleia da República se tenha
pronunciado, de alguma forma, sobre os assuntos constantes da Petição e
continuamos, pois, a aguardar o relatório que incidirá sobre a Petição e a
discussão dos problemas ali em causa para, posteriormente, esperarmos da
Assembleia da República e do Governo a tomada de decisões acertadas e
relevantes no que concerne o assunto da acessibilidade electrónica.
2. Avanços nas vertentes da Petição
2.1. Televisão
A televisão constitui um dos mais importantes e poderosos meios de
comunicação social.
Porém, as pessoas com necessidades especiais (deficientes e idosos) estão
privadas de aceder a muitos dos seus conteúdos.
Conforme reflecte a Petição, pensamos que se deveria aproveitar a televisão
digital terrestre para implementar eficazmente, designadamente, a
áudio-descrição, a legendagem e a interpretação gestual.
Mas a própria televisão tal qual a conhecemos podia e devia fazer desde já
muito mais do que aquilo que faz pelos mais de dois milhões de cidadãos com
deficiência e idosos.
Apresentámos, por isso, algumas propostas, à parte a Petição, no âmbito da
discussão pública da proposta de proposta de lei da televisão.
Entretanto, foi já aprovada na Assembleia da República a nova lei da
televisão, sendo certo que apenas dois artigos contemplam questões de
acessibilidade:
"Artigo 34.º
Obrigações gerais dos operadores de televisão
(…)
3- A entidade reguladora para a comunicação social define, ouvidos os
operadores de televisão, o conjunto de obrigações que permite o
acompanhamento das emissões por pessoas com necessidades especiais,
nomeadamente através do recurso à legendagem, à interpretação por meio de
língua gestual, à áudio-descrição ou a outras técnicas que se revelem
adequadas, com base num plano plurianual que preveja o seu cumprimento gradual,
tendo em conta as condições técnicas e de mercado em cada momento por ela
verificadas.
Artigo 51.º
Obrigações específicas da concessionária do serviço público de televisão
(…)
2 - À concessionária incumbe, designadamente:
(…)
j) Garantir a possibilidade de acompanhamento das emissões por pessoas com
necessidades especiais, nomeadamente através do recurso à legendagem, à
interpretação por meio da língua gestual, à áudio-descrição ou a outras
técnicas que se revelem adequadas, assim como emitir programação
especificamente direccionada para esse segmento do público, de acordo com a
calendarização definida no plano plurianual referido no n.º 3 do artigo
34.º, o qual tem em conta as especiais responsabilidades de serviço público,
previstas no âmbito do respectivo contrato de concessão."
2.2. Comunicações Electrónicas
Sobre este tema, a nossa petição considerava fundamental o cumprimento dos
compromissos assumidos pelos operadores de terceira geração para cidadãos
com necessidades especiais no processo de candidatura e atribuição de
licenças no ano 2000 e a adopção de um código de boas práticas na
prestação de serviços de telecomunicações para clientes com necessidades
especiais.
Em Março, deu entrada na Assembleia da República outra petição (Nº
344/X/2) que solicita que a Comissão de Obras Públicas, Transportes e
Comunicações apure se estão a ser cumpridos os compromissos assumidos em
2000 pelos operadores de telecomunicações móveis para os cidadãos com
necessidades especiais, no âmbito do processo de atribuição das licenças de
terceira geração, baseadas na norma UMTS.
Esta petição foi admitida em 3 de Abril, tendo sido nomeado no mesmo dia como
relator o Deputado José Junqueiro do PS.
Em 31 de Maio último, o Governo apresentou, na Assembleia da República, o
“Programa de acesso a computadores e banda larga” que será financiado com
base nos referidos compromissos dos operadores de telecomunicações móveis de
3ª geração.
Por requerimento de 6 de Junho de 2007, e com o assunto "Acessibilidade a
tecnologias de Informação por parte de cidadãos com necessidades especiais",
dois deputados do PSD (Pedro Duarte e Ricardo Martins) colocaram algumas
questões ao Governo que julgamos pertinentes a propósito deste assunto, até
porque relembram os compromissos assumidos pelos operadores de
telecomunicações móveis de 3ª geração em 2000 no que diz respeito a
acessibilidades para cidadãos com necessidades especiais:
"1. Nas novas prioridades definidas pelo Governo, em matéria de acesso às
tecnologias de informação e competitividade, há ou não lugar a
preocupações com o acesso por parte dos cidadãos com necessidades especiais?
2. Em caso afirmativo, porque ficaram então de fora deste pacote de apoios,
para a aquisição de computadores e acesso à banda larga, os cidadãos com
necessidades especiais?
3. Vão os operadores licenciados cumprir as suas obrigações em matéria de
desenvolvimento de projectos de acessibilidades para cidadãos com necessidades
especiais, propostos e aprovados pelo concurso público de atribuição das
respectivas licenças?
4. Qual o montante exacto envolvido nesses compromissos e para quando a sua
implementação?
5. Os operadores já concretizaram algum dos compromissos a que estavam
obrigados? Quais e qual o montante envolvido?"
Desconhecemos as respostas a estas perguntas.
Agradecemos, mais uma vez, o vosso apoio. Esperamos continuar a contar com ele
em qualquer iniciativa que possa ajudar a concretização da acessibilidade
electrónica."
Daremos notícias em breve.
Mariana Rocha e Daniel Serra
sábado, 21 de julho de 2007
Telas da Capela de Nª. Srª. da Guia
sexta-feira, 20 de julho de 2007
Viagens Na Minha Terra
Selada das Eiras
Esta encruzilhada de estradas tornou-se um lugar mítico, para muitos que na década de 90 por ali andaram noite e dia mergulhados no frio gélido da serra do Açor. Encontro-me na Selada das Eiras, encruzilhada de estradas, cruzamento de sonhos perdidos. Lá para o fundo a povoação do Salgueiro e a Quinta do Mosteiro mais para além de uma curva nas cercanias da serra.
O antigo troço do Ralli de Portugal, que cruzava o asfalto na Selada das Eiras em direcção ao Colmeal.
Pela esquerda fica a estrada para o Colmeal. Do lado direito o antigo troço de Arganil que terminava na povoação de Lomba.
Selada das Eiras. Pela direita o troço asfaltado de Torrozelas, Folques. No meio a subir o antigo troço de Arganil e pela esquerda o troço do Colmeal.
quinta-feira, 19 de julho de 2007
quarta-feira, 18 de julho de 2007
"Diário de Bordo"
..."atravessaram o "Comboio Fantasma" (o túnel de Vale Pardieiro) e seguiram até ao Colmeal...
"A descida terminou pelas 16.30h na Cabreira...
Fotos do salto da Cortada, "furado" de Vale Pardieiro e túnel antes da Cabreira
Kompanhia das Águas
terça-feira, 17 de julho de 2007
Percursos no rio Ceira
Salto da "Cortada"
...o famoso salto da "Cortada", anunciado com (pouca) antecedência por um brusco estreitamento do leito e por uma pequena ponte que atravessa o rio precisamente por cima do salto!
Kompanhia das Águas
segunda-feira, 16 de julho de 2007
O "furado" de Vale Pardieiro - 3
Vale Pardieiro
O "furado" de Vale Pardieiro - 2
Rota Turística
domingo, 15 de julho de 2007
A primeira chamada para a serra
«Estão ali a chamá-lo para ir assistir a um parto, na Serra».
Levanto-me estremunhado, visto-me à pressa, e espreito por uma fresta da janela.
Amanhecia.
E dum céu cinzento e calmo, peneirava-se uma chuva miudinha, de molha parvos.
Abro a porta da rua.
Um recoveiro com um macho albardado seguro pela arreata, elucida-me:
— «É para ir tirar uma criança à Ti Maria Farrapeira, lá na Serra...».
Há quanto tempo está em trabalho de parto? Inquiri.
«Trabalho... Trabalho... Há quinze dias que não faz nada. Desde que lhe deram as dores».
Quer você dizer que está há quinze dias com as dores de parir?
«Pois claro! Aquilo berra p'ra lá que é de partir o coração dum seixo».
Eu é que fiquei com o ânimo partido ao receber tal notícia, seca e ríspida como a cara do carvoeiro.
Pode lá ser! Quinze dias em trabalho de parto!
Meto uma bucha à pressa; engulo-a sem vontade; preparo a mala dos ferros; e saio porta fora, mal humorado, rumo à minha primeira grande aventura de médico de aldeia.
O arreeiro, lesto, encostou a ilharga da besta ao primeiro montadoiro que apareceu, e eu escarranchei-me sobre o albardão, deitei uma manta pelas costas para me abrigar da chuva, e ala.
Quanto tempo gastamos para lá chegar? Pergunto ao meu companheiro de infortúnio.
«Três horas bem puxadas», retorquiu o almocreve. «Mas não se acobarde, que o animal é rijo, e eu vou para o que der e vier».
Nesse tempo eu era moço e ágil.
Nada me custava sacudir os rins sobre o dorso duma alimária, num percurso de três léguas, ao frio e à chuva.
Temia, sim, o caso bicudo que teria de resolver, ou não...
Quinze dias em trabalho de parto! Repetia intimamente.
E pelo meu espírito de médico novato, repleto de teoria mas vazio de prática, iam perpassando como num écran de cinema, todos os casos possíveis e imaginários, que os tratados de obstetrícia me haviam revelado. Que será de mim, nesse ermo serrano, sem recursos de espécie alguma, sem ajuda de colegas que possam valer-me?!
Por momentos, assaltava-me o desejo de voltar para trás, de declinar o cargo; de procurar outra profissão...
Mas uma voz interior segredava-me: «avança, aceita a luta, cumpre a tua obrigação».
O chuvisco continuava; e na sua teimosia, encharcara o cobertor que me abrigava, e começava a penetrar no fato.
As mãos entorpeciam-se-me com o frio, e tinha de as meter nos bolsos de quando em quando, largando as rédeas. Entretanto, o macho, velho conhecedor d'estes caminhos ásperos, ia cumprindo com zelo a sua tarefa, desviando-se cautelosamente dos precipícios, e evitando os espinhaços de xisto mais agudos.
O caminho, agora, era a meia encosta. Lá no fundo do vale, a ribeira, crescida, de águas barrentas, rugia entre os fraguedos.
A Serra, no seu silêncio misterioso, envolvia-nos por todos os lados.
A frente, o meu companheiro, sempre loquaz, ia encurtando a lonjura, com uma graçola picaresca ou uma história de lobos.
E eu, absorto no meu presságio de desgraça cada vez me sentia mais temeroso da tragédia que me esperava.
Mais um valeiro, mais outro, mais um monte a galgar, e por fim, o grito jubiloso do recoveiro:
— «Senhor doutor, é já além!».
Ergo os olhos, e descortino ao longe, numa prega da Serra, a aldeiazita parda, de casas iguais, muito aconchegadas umas às outras, como que a protegerem-se mutuamente das inclemências da Natureza.
Dos telhados baixos e cobertos de lousa, emergiam espirais de rumo, primeiro sinal de vida que eu descobria n'este cenário tétrico de montes e abismos.
Mais meia hora com os ossos aos baldões no dorso da cavalgadura, e eis-nos chegados.
Apeei-me mesmo à porta da parturiente, moído e encharcado.
Entro, e deparo com uma cena digna dos pincéis de Rembrandt.
No meio da quadra única do alapado casebre, jazia no chão, coberta com uma manta, a Maria Farrapeira, como morta.
A roda, um friso de mulheres, embiocadas em xailes pretos, em jeito de velar um defunto.
A um canto, a lareira a arder.
No extremo oposto, um catre, armado sobre dois bancos de pinho.
Um postigo estreito, sem vidraça, iluminava a custo aquele ambiente funério.
Afasto o séquito e dobro-me sobre os joelhos para observar a paciente.
Uns gemidos débeis e uma respiração superficial eram os únicos sinais visíveis duma vida prestes a extinguir-se.
Poiso as mãos sobre o ventre.
O útero, cansado de lutar, já não se contrai; deixa palpar os contornos do feto.
Acima da bacia, um globo enorme, denuncia uma cabeça monstruosa.
Ausculto o feto, e, como era de esperar, nem sinais de vida.
Tinha feito o diagnóstico: Um hidrocéfalo morto e a mãe moribunda.
Era preciso fazer alguma coisa. Preparo os ferros e ponho-os a ferver.
Uma velha do grupo, bate-me no ombro, chama-me de parte, e segreda-me ao ouvido:
— «Não vale a pena. Ela está a cumprir alguma hora que lhe falta...».
Não me convence.
Vêm-me à lembrança os versos de Fernando Pessoa:
«Tudo vale a pena se a alma não é pequena».
Eu tinha bem presente a técnica da craniotomia e levava comigo o material necessário.
Mando atravessar a parturiente na cama, e recruto para ajudantes três mulheres que me parecem mais limpas.
Você, carrega para baixo com as duas mãos n'esta saliência do ventre; você, segura esta perna; você esta.
Entendido?!
Tudo ensaiado e a postos, dei início à intervenção.
Com a mão esquerda em coifa, protegendo a ponta do perfurador, levo este até à cabeça do feto.
Com a mão direita empunhando o cabo, carrego e abro a brecha. Repentinamente, uma onda de líquido irrompe do corpo da Farrapeira, jorra para o sobrado, e inunda a casa.
Nisto, a ajudante que estava sobre a cama, salta para o sobrado, aperta as mãos na cabeça, e sai porta fora a gritar:
«Matou-a! Matou-a!».
As outras, imitam-lhe o gesto e seguem-lhe os passos! Olho para trás, e verifico que fiquei só.
Só! Eu e Deus... e a parturiente. Esta, meio aliviada, faz uma inspiração funda, e exclama:
— «Santas mãos!».
Já confiante na vitória, prossigo: Fixo uma pinça no coiro cabeludo do feto, e trago para fora o monstro, de corpo franzino e cabeça descomunal, agora achatada como um odre vazio.
Segue-se uma dequitadura fácil, e pronto: Estava ganha a batalha!
A Farrapeira, aliviada e feliz, soergue a cabeça em direcção à porta da rua, e grita:
— «Maria, anda cá». E repete: «Santas mãos! Santas mãos!».
A Maria não acredita que a irmã esteja viva... Espreita... Entra, pé ante pé... Quer ver para crer, como São Tomé!
Ao grito admirativo de Maria, outras acorrem, e me cercam, aplaudem, e louvam.
Saio do casebre quase em triunfo.
Cá fora, o meu amigo almocreve, abraça-me com lágrimas nos olhos, e clama:
— «Quem vive na Serra, vive na guerra...».
Sim!
Guerra tremenda em que eu acabava de assentar praça como soldado raso.
Guerra contra a ignorância, a miséria e a morte.
Guerra em que eu iria encontrar, pela vida fora, triunfos sem glória e derrotas sem refrigério."
"SERRA! Caminhos de um médico" - Vasco de Campos
sábado, 14 de julho de 2007
O "furado" de Vale Pardieiro
15/04/2006 - Rio CEIRA
Neste dia fomos conhecer o Percurso 1 do CEIRA, de Ponte de Fajão a Vale Pardieiro.
Infelizmente, a chuva que havia caído na véspera não foi suficiente para encher este percurso, que exige muita água para ser navegável, especialmente nos 3km iniciais, até à Ponte de Mata, que têm muitas pedras e é a parte mais difícil. Em condições normais (pelo menos com mais 1m de altura de água) esse troço será certamente um Cl.IV(5), muito técnico - tipo Ribª da Loriga - e com algumas passagens que se podem tornar perigosas. As fotos, excepto as duas últimas (do túnel de V. Pardieiro) são todas deste troço.
A partir daí a coisa vai suavizando progressivamente até Vale Pardieiro, embora se mantenha interessante se bem que na última metade começem a surgir mais remansos.
Todo o percurso é muito bonito, com muito "verde", por vezes bastante "encaixado" e vale a pena ser feito quando houver bastante mais água, mas deixando os 3km iniciais só para os mais experientes...
No final, já um bocado estafados (7h depois do início), desafiados pelo Mário e pelo Carlos Dias que andavam danados para o fazer, alguns de nós atravessaram o túnel de Vale Pardieiro. Quem acabou por "abrir a marcha" foi o Paulo Conceição no seu insuflável, seguido por mim (noutro insuflável), pelo Mário e por último o Carlos.
Foi uma sensação estranha: o túnel tens uns 100m e termina num salto com quase 3m que nos manda para a direita para um espaço um pouco apertado entre rochas. Atravessar o túnel, completamente ás escuras (já eram 19h e o céu estava encoberto, o que não ajudava) foi como andar no "Comboio Fantasma"; só se via o recorte da saída do túnel, lá ao fundo; não se via a água (só alguns salpicos que reflectiam a luz vinda do fim), o barulho da corrente fazia eco nas paredes negras e invisíveis (sentiam-se mais do que se viam...); no final, ouve-se o barulho da cascata, lembramo-nos que à direita a recepção é estreita e encaixada entre a rocha e tentamos remar para a esquerda mas a corrente arrasta-nos mesmo para a direita; mas tudo bem, os insufláveis dobram um bocado em "U" no fundo da queda, com a água a cair em cima, mas depressa se safam do aperto. Os "plásticos" (o Mário e depois o Carlos) conseguem fazer uma trajectória mais a direito na ponta final e saem-se com um salto mais "limpo". Foi um bom "fecho" para uma descida que merecia ter mais água...
Kompanhia das Águas
Serra da Estrela
Maravilhas da Estrela
sexta-feira, 13 de julho de 2007
quinta-feira, 12 de julho de 2007
Nossa Senhora das Necessidades
Situada no Monte Colcurinho a cerca de 14 Km de Aldeia das Dez.
Esta capela encontra-se ligada a uma lenda, que se conta assim:
http://www.chaosobral.org/cerca_cabeco/orto_cercatx.jpg