Estamos pois na Praça Simões Dias, designação que visa perpectuar a memória de um dos filhos mais ilustres da região de Arganil.
José Simões Dias (1844-1899) era da Benfeita; foi poeta e escritor de projecção nacional; professor de liceu e autor de obras didácticas que conheceram uma aceitação invulgar; parlamentar de intensa operosidade. Foi íntimo de Teófilo Braga. Era um homem de cultura. Grande amigo da sua terra, que cantou em versos que não esquecem mais.
O aspecto actual (Este "actual" refere-se a 1996, altura em que o Primeiro Passeio teve lugar. Hoje, porém, no ano de 2001, o aspecto da Praça é outro, bastante diferente. Com efeito, o local foi entretanto objecto de obras importantes que visaram fazer da Praça um espaço, em grande parte, pedonal - o que foi positivo - , mas obras que em contrapartida lhe terão introduzido uma nota de modernidade estética, de efeito discutível.) da Praça resultou do arranjo urbanístico que se seguiu à construção dos Paços do Concelho novos, nos anos quarenta do século XX, edifício cuja localização foi aliás objecto de viva e demorada discussão: havia quem o quisesse no Paço Grande. Venceram os que defendiam a edificação neste sítio. Com o novo imóvel nasceram as duas ruas que iriam ser denominadas: António Pedro Fernandes - um devotado "Presidente da Câmara" que muito trabalhou pelo progresso do seu concelho - era de Folques -, a ele se devendo, inclusive, o empreendimento do novo edifício, e engenheiro Duarte Pacheco, o ministro das Obras Públicas dessa época.
Nos anos novecentos e trinta ainda a Praça Simões Dias era dominada pelo ar austero da fachada do velho Tribunal marcada pela nota dramática das grades das cadeias comarcãs à vista de toda a gente. O poeta Teixeira de Pascoaes passou um dia por aqui, uns anos antes, e não fez referências muito lisonjeiras ao aspecto geral que a Praça então tinha; eis a impressão que esta lhe causou:
(...) "Arganil apareceu-nos, enfim. A rua principal é íngreme, e desemboca num largo, com um banco público velhinho, à sombra dum chorão raquítico, sem água onde molhar a trança verde...? Quase amarela de sede, entre zumbidos negros de moscas, pousando, em longos fios dolorosos, na poeira suja e pisada...
"Perto do automóvel, que estacou, passa um carro gemente, de grandes bois escuros, magros - caricaturas espantosas da fome e do trabalho!
"Pessoas, a uma esquina, conversam aborrecidas, fumam, envoltas numa nuvem de tédio - um tédio que se condensa em máscara humana... E, num velho edifício, grades de ferro nas janelas e faces lívidas que espreitam.
"Bois arrastando a sua dor, presos da cadeia, vultos queimando cigarros, uma rua suja e estragada, zumbidos de insectos, mau cheiro e um banco municipal, à sombra mendiga duma árvore, que tem remendos na casca.
"É a vila de província decadente, estagnada, numa fermentação de aborrecimento asfixiante, ao sol doentio de Agosto". (...)
Esta visita deu-se por volta de 1915; Teixeira de Pascoaes vinha da "estrada da Beira".
Ontem, como hoje, é na "Praça" que a vida social de Arganil pulsa mais intensamente.
No segundo quartel do século XX, todos os dias, a horas certas, se encontravam em frente do velho Tribunal, a fim de trocarem ideias ao mesmo tempo que davam o seu passeio, atravessando a Praça paralelamente à fachada daquele edifício, nos dois sentidos, alguns pequenos grupos de amigos, que constituiam outras tantas tertúlias. Estou a lembrar-me de um desses grupos que ficou célebre pela fidelidade com que cumpria o ritual, grupo formado pelos professor Lopes da Costa, reitor Manuel Alves Ribeiro e Abel Perdigão, a que por vezes se juntavam outros, como o dr. Baltazar de Carvalho Alberto, veterinário municipal, e, em tempo de férias escolares, José da Fonseca Travassos (que era director do Colégio de S. Pedro, de Coimbra) e, mais tarde, o professor Castro Nunes, que viria a afirmar-se como arqueólogo, justamente em Arganil, com as investigações que empreendeu na Lomba do Canho, como é sabido. Gente culta, muito ligada à Igreja, com concepções de vida de sinal conservador. Por sua vez, à noite, depois do jantar, era frequente verem-se dois cidadãos, um comerciante outro industrial, entretidos com serenas considerações decerto à cerca do mundo dos negócios: Albano Pires e Mariano Lopes Morgado. Ainda à noite, mais tarde, era a vez do dr. Fernando Vale e do seu amigo padre Adelino (Dias Nogueira) darem finalmente largas ao gosto de comentarem os acontecimentos da política, persumia-se.
Aqui havia o célebre "banco da pimenteira" - árvore (a que Pascoaes chamou chorão) - à sombra da qual se prestava culto à má língua. Por outro lado, aqui existia - e existe - a "Farmácia Galvão", nos n.ºs 6 e 7, onde se celebrava a "Tertúlia da Farmácia" - a mais importante e mais famosa tertúlia que Arganil conheceu, formada por um grupo de pessoas ilustradas da vila que tinham gosto em se encontrar todos as tardes para, de forma civilizada, trocar impressões sobre os problemas da vida - grupo de que só devem restar vivos o dr. Fernando Vale e o embaixador Albano Nogueira.
Esta tertúlia ainda nos anos trinta existia.
Na Praça, por essa altura, havia, de tempos a tempos, comédias, modesto espectáculo de rua realizado por pequenos grupos de comediantes que andavam de terra em terra, à procura duns magros tostões atirados das janelas para um chapéu que se estendia. Aqui aconteciam também, na época própria, manifestações carnavalescas, aliás de gosto em geral duvidoso. E porque Arganil é comarca judicial há mais de duzentos anos, e ao princípio, uma vasta comarca, importantes pleitos aqui foram julgados, em relação a alguns dos quais as leituras das sentenças deram origem a manifestações de júbilo que começavam logo aqui. Foi o que por exemplo aconteceu após o julgamento de João Brandão (acusado de haver morto o célebre "Ferreiro da Várzea", na Benfeita) assim que os seus partidários souberam que o famoso guerrilheiro ia sair em liberdade.
Vem a propósito recordar duas personalidades que passaram por Arganil com alguma demora e decerto conheceram bem este sítio. Refiro-me a Manuel Fernandes Tomás, que aqui foi Juíz-de-Fora nos começos de oitocentos (e, mais tarde, iria ser figura cimeira da política nacional, como é sabido) e a José Maria Bravo Serra, mais perto de nós, que aqui foi Juíz de Direito e viria a afirmar-se elemento prestigiado da magistratura portuguesa. Foi este último quem, surpreendido com o nível cultural que veio encontrar na sociedade mais ilustrada da Arganil dessa época (segundo quartel do século XX). havia de dizer, mais tarde, que, quando aqui chegara, tivera a impressão de se encontrar numa academia.
A Praça Simões Dias chamava-se anteriormente Praça do Comércio, pois aqui se concentravam os principais estabelecimentos comerciais da terra. Nos já referidos anos novecentos e trinta, por exemplo, aqui tinham porta aberta, com efeito: o farmaceutico Francisco Torres Dias Galvão, proprietário da "Farmácia Galvão", já referida; José Baptista de Carvalho, uma das primeiras lojas relativamente importantes que surgiram em Arganil; Jorge Miguel Moreira, com oficina de sapateiro; Francisco Castanheira de Carvalho, com a "Gráfica Moderna", que era também papelaria e livraria; José Maria da Cruz Almeida, com a "Loja do Zé Maria", dedicada ao comércio de panos, outros artigos, um laboratório fotográfico anexo, e, no verão, cervejaria em esplanada; (mais tarde) Susana Cruz, a "Susana", com estabelecimento de vinhos e petiscos; Guilherme Ferreira Rodrigues, que já recordámos, como cidadão e enfermeiro, com a "barbearia do Guilherme", ao fundo da Praça; (do outro lado do Tribunal) a Angelina de Carvalho, com a "loja da Angelina", dos sequilhos e do bolo-doce; o "Chiado", ou seja uma das "vinte e quatro filiais" dos conhecidos Grandes Armazéns do Chiado, de Lisboa, circunstância que se deve ao facto dos proprietários (família Nunes dos Santos) serem naturais do Barril (onde também havia um "Chiado"); o António "da Póvoa", com loja de panos; e , finalmente, António Fernandes Júnior, com a "loja do Mont'Alto, onde se vendia quase um pouco de tudo, nesse tempo talvez o mais importante estabelecimento comercial de Arganil (hoje continuado pelos Armazéns Mont'Alto).No espaço fronteiro aos "Correios" apresenta-se-nos hoje o Largo Conselheiro José Dias Ferreira, outro ilustre arganilense de Aldeia Nova (Pombeiro), o qual, começando por ser estudante em Arganil (como já aludimos), iria ser figura relevante da política nacional, tendo chegado inclusive a Presidente de Ministério.
Deste largo parte a actual Rua José Castanheira Nunes, que vai ligar à Rua Eugénio Moreira - duas figuras históricas na vida de "A Comarca" -, já no Fundo de Vila. Era a essa rua, que começava mesmo na Praça, que antigamente se chamava Rua dos Figueirais. Durante muitos anos deve ter sido artéria importante da vila. Assim se compreende que, a certa altura, lhe tenha sido dado o nome do Conselheiro José Dias Ferreira. Todavia, com a construção dos "Correios" e do largo que surgiu em frente criaram-se condições que permitiram as alterações toponímicas acabadas de referir.
É no largo do Conselheiro José Dias Ferreira, diga-se a propósito, que se encontra, por conseguinte, o actual "edifício dos Correios", um dos exemplares mais conseguidos do património arquitectónico de Arganil.
Roteiro Cultural do Centro Histórico de Arganil
José Simões Dias (1844-1899) era da Benfeita; foi poeta e escritor de projecção nacional; professor de liceu e autor de obras didácticas que conheceram uma aceitação invulgar; parlamentar de intensa operosidade. Foi íntimo de Teófilo Braga. Era um homem de cultura. Grande amigo da sua terra, que cantou em versos que não esquecem mais.
O aspecto actual (Este "actual" refere-se a 1996, altura em que o Primeiro Passeio teve lugar. Hoje, porém, no ano de 2001, o aspecto da Praça é outro, bastante diferente. Com efeito, o local foi entretanto objecto de obras importantes que visaram fazer da Praça um espaço, em grande parte, pedonal - o que foi positivo - , mas obras que em contrapartida lhe terão introduzido uma nota de modernidade estética, de efeito discutível.) da Praça resultou do arranjo urbanístico que se seguiu à construção dos Paços do Concelho novos, nos anos quarenta do século XX, edifício cuja localização foi aliás objecto de viva e demorada discussão: havia quem o quisesse no Paço Grande. Venceram os que defendiam a edificação neste sítio. Com o novo imóvel nasceram as duas ruas que iriam ser denominadas: António Pedro Fernandes - um devotado "Presidente da Câmara" que muito trabalhou pelo progresso do seu concelho - era de Folques -, a ele se devendo, inclusive, o empreendimento do novo edifício, e engenheiro Duarte Pacheco, o ministro das Obras Públicas dessa época.
Nos anos novecentos e trinta ainda a Praça Simões Dias era dominada pelo ar austero da fachada do velho Tribunal marcada pela nota dramática das grades das cadeias comarcãs à vista de toda a gente. O poeta Teixeira de Pascoaes passou um dia por aqui, uns anos antes, e não fez referências muito lisonjeiras ao aspecto geral que a Praça então tinha; eis a impressão que esta lhe causou:
(...) "Arganil apareceu-nos, enfim. A rua principal é íngreme, e desemboca num largo, com um banco público velhinho, à sombra dum chorão raquítico, sem água onde molhar a trança verde...? Quase amarela de sede, entre zumbidos negros de moscas, pousando, em longos fios dolorosos, na poeira suja e pisada...
"Perto do automóvel, que estacou, passa um carro gemente, de grandes bois escuros, magros - caricaturas espantosas da fome e do trabalho!
"Pessoas, a uma esquina, conversam aborrecidas, fumam, envoltas numa nuvem de tédio - um tédio que se condensa em máscara humana... E, num velho edifício, grades de ferro nas janelas e faces lívidas que espreitam.
"Bois arrastando a sua dor, presos da cadeia, vultos queimando cigarros, uma rua suja e estragada, zumbidos de insectos, mau cheiro e um banco municipal, à sombra mendiga duma árvore, que tem remendos na casca.
"É a vila de província decadente, estagnada, numa fermentação de aborrecimento asfixiante, ao sol doentio de Agosto". (...)
Esta visita deu-se por volta de 1915; Teixeira de Pascoaes vinha da "estrada da Beira".
Ontem, como hoje, é na "Praça" que a vida social de Arganil pulsa mais intensamente.
No segundo quartel do século XX, todos os dias, a horas certas, se encontravam em frente do velho Tribunal, a fim de trocarem ideias ao mesmo tempo que davam o seu passeio, atravessando a Praça paralelamente à fachada daquele edifício, nos dois sentidos, alguns pequenos grupos de amigos, que constituiam outras tantas tertúlias. Estou a lembrar-me de um desses grupos que ficou célebre pela fidelidade com que cumpria o ritual, grupo formado pelos professor Lopes da Costa, reitor Manuel Alves Ribeiro e Abel Perdigão, a que por vezes se juntavam outros, como o dr. Baltazar de Carvalho Alberto, veterinário municipal, e, em tempo de férias escolares, José da Fonseca Travassos (que era director do Colégio de S. Pedro, de Coimbra) e, mais tarde, o professor Castro Nunes, que viria a afirmar-se como arqueólogo, justamente em Arganil, com as investigações que empreendeu na Lomba do Canho, como é sabido. Gente culta, muito ligada à Igreja, com concepções de vida de sinal conservador. Por sua vez, à noite, depois do jantar, era frequente verem-se dois cidadãos, um comerciante outro industrial, entretidos com serenas considerações decerto à cerca do mundo dos negócios: Albano Pires e Mariano Lopes Morgado. Ainda à noite, mais tarde, era a vez do dr. Fernando Vale e do seu amigo padre Adelino (Dias Nogueira) darem finalmente largas ao gosto de comentarem os acontecimentos da política, persumia-se.
Aqui havia o célebre "banco da pimenteira" - árvore (a que Pascoaes chamou chorão) - à sombra da qual se prestava culto à má língua. Por outro lado, aqui existia - e existe - a "Farmácia Galvão", nos n.ºs 6 e 7, onde se celebrava a "Tertúlia da Farmácia" - a mais importante e mais famosa tertúlia que Arganil conheceu, formada por um grupo de pessoas ilustradas da vila que tinham gosto em se encontrar todos as tardes para, de forma civilizada, trocar impressões sobre os problemas da vida - grupo de que só devem restar vivos o dr. Fernando Vale e o embaixador Albano Nogueira.
Esta tertúlia ainda nos anos trinta existia.
Na Praça, por essa altura, havia, de tempos a tempos, comédias, modesto espectáculo de rua realizado por pequenos grupos de comediantes que andavam de terra em terra, à procura duns magros tostões atirados das janelas para um chapéu que se estendia. Aqui aconteciam também, na época própria, manifestações carnavalescas, aliás de gosto em geral duvidoso. E porque Arganil é comarca judicial há mais de duzentos anos, e ao princípio, uma vasta comarca, importantes pleitos aqui foram julgados, em relação a alguns dos quais as leituras das sentenças deram origem a manifestações de júbilo que começavam logo aqui. Foi o que por exemplo aconteceu após o julgamento de João Brandão (acusado de haver morto o célebre "Ferreiro da Várzea", na Benfeita) assim que os seus partidários souberam que o famoso guerrilheiro ia sair em liberdade.
Vem a propósito recordar duas personalidades que passaram por Arganil com alguma demora e decerto conheceram bem este sítio. Refiro-me a Manuel Fernandes Tomás, que aqui foi Juíz-de-Fora nos começos de oitocentos (e, mais tarde, iria ser figura cimeira da política nacional, como é sabido) e a José Maria Bravo Serra, mais perto de nós, que aqui foi Juíz de Direito e viria a afirmar-se elemento prestigiado da magistratura portuguesa. Foi este último quem, surpreendido com o nível cultural que veio encontrar na sociedade mais ilustrada da Arganil dessa época (segundo quartel do século XX). havia de dizer, mais tarde, que, quando aqui chegara, tivera a impressão de se encontrar numa academia.
A Praça Simões Dias chamava-se anteriormente Praça do Comércio, pois aqui se concentravam os principais estabelecimentos comerciais da terra. Nos já referidos anos novecentos e trinta, por exemplo, aqui tinham porta aberta, com efeito: o farmaceutico Francisco Torres Dias Galvão, proprietário da "Farmácia Galvão", já referida; José Baptista de Carvalho, uma das primeiras lojas relativamente importantes que surgiram em Arganil; Jorge Miguel Moreira, com oficina de sapateiro; Francisco Castanheira de Carvalho, com a "Gráfica Moderna", que era também papelaria e livraria; José Maria da Cruz Almeida, com a "Loja do Zé Maria", dedicada ao comércio de panos, outros artigos, um laboratório fotográfico anexo, e, no verão, cervejaria em esplanada; (mais tarde) Susana Cruz, a "Susana", com estabelecimento de vinhos e petiscos; Guilherme Ferreira Rodrigues, que já recordámos, como cidadão e enfermeiro, com a "barbearia do Guilherme", ao fundo da Praça; (do outro lado do Tribunal) a Angelina de Carvalho, com a "loja da Angelina", dos sequilhos e do bolo-doce; o "Chiado", ou seja uma das "vinte e quatro filiais" dos conhecidos Grandes Armazéns do Chiado, de Lisboa, circunstância que se deve ao facto dos proprietários (família Nunes dos Santos) serem naturais do Barril (onde também havia um "Chiado"); o António "da Póvoa", com loja de panos; e , finalmente, António Fernandes Júnior, com a "loja do Mont'Alto, onde se vendia quase um pouco de tudo, nesse tempo talvez o mais importante estabelecimento comercial de Arganil (hoje continuado pelos Armazéns Mont'Alto).No espaço fronteiro aos "Correios" apresenta-se-nos hoje o Largo Conselheiro José Dias Ferreira, outro ilustre arganilense de Aldeia Nova (Pombeiro), o qual, começando por ser estudante em Arganil (como já aludimos), iria ser figura relevante da política nacional, tendo chegado inclusive a Presidente de Ministério.
Deste largo parte a actual Rua José Castanheira Nunes, que vai ligar à Rua Eugénio Moreira - duas figuras históricas na vida de "A Comarca" -, já no Fundo de Vila. Era a essa rua, que começava mesmo na Praça, que antigamente se chamava Rua dos Figueirais. Durante muitos anos deve ter sido artéria importante da vila. Assim se compreende que, a certa altura, lhe tenha sido dado o nome do Conselheiro José Dias Ferreira. Todavia, com a construção dos "Correios" e do largo que surgiu em frente criaram-se condições que permitiram as alterações toponímicas acabadas de referir.
É no largo do Conselheiro José Dias Ferreira, diga-se a propósito, que se encontra, por conseguinte, o actual "edifício dos Correios", um dos exemplares mais conseguidos do património arquitectónico de Arganil.
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