No jornal El Mundo de 16 de Março, Luis Maria Anson, na sua crónica - Canela Fina - tece uma série de considerações sobre a classe política do seu país.
Basicamente refere que "as grandes inteligências espanholas estão na Universidade, nas empresas, no jornalismo, na investigação científica, nos gabinetes dos advogados, nos hospitais, nas profissões liberais... não na política. As pessoas de valor ficam no seu próprio meio. A res publica não lhes interessa, mesmo que por vezes digam o contrário. À política, salvo excepções, dedicam-se as segundas e terceiras filas da vida espanhola. Aqui não se verifica o mesmo que na Inglaterra ou nos Estados Unidos onde as famílias se esforçam por encaminhar para a res publica os indivíduos mais capazes".E conta, ainda, que um grande jornalista lhe terá dito que não quereria ter, nem como auxiliares de redação, a maioria dos actuais ministros de Zapatero...
Quando li este excerto pensei que estavam a fazer um retrato de Portugal. A mediocridade pessoal de uma boa parte dos políticos nacionais é, de facto, insondável. Os que não têm profissão nem lucros, quando saem da actividade pública não têm onde cair mortos.
Talvez esta seja uma explicação para uma parte da corrupção de que, entre nós, tanto se fala. É que para compreender um fenómeno é sempre necessário descobrir-lhe as suas causas...
HSC
Basicamente refere que "as grandes inteligências espanholas estão na Universidade, nas empresas, no jornalismo, na investigação científica, nos gabinetes dos advogados, nos hospitais, nas profissões liberais... não na política. As pessoas de valor ficam no seu próprio meio. A res publica não lhes interessa, mesmo que por vezes digam o contrário. À política, salvo excepções, dedicam-se as segundas e terceiras filas da vida espanhola. Aqui não se verifica o mesmo que na Inglaterra ou nos Estados Unidos onde as famílias se esforçam por encaminhar para a res publica os indivíduos mais capazes".E conta, ainda, que um grande jornalista lhe terá dito que não quereria ter, nem como auxiliares de redação, a maioria dos actuais ministros de Zapatero...
Quando li este excerto pensei que estavam a fazer um retrato de Portugal. A mediocridade pessoal de uma boa parte dos políticos nacionais é, de facto, insondável. Os que não têm profissão nem lucros, quando saem da actividade pública não têm onde cair mortos.
Talvez esta seja uma explicação para uma parte da corrupção de que, entre nós, tanto se fala. É que para compreender um fenómeno é sempre necessário descobrir-lhe as suas causas...
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