Alto do Cavalo (lugar mítico), ainda com um manto de neve nos seus 900 metros. As obras do parque eólico, essas é que não param. Muitas são as máquinas e os homens em delicadas manobras. Um novo troço de estrada está a nascer por estas bandas. Está um dia muito bonito. A temperatura é agradável e a paisagem GRANDIOSA "esmaga" a alma humana, por mais "dura" que ela se mostre, nesta paisagem de ENORME - pelo horizonte que se estende a perder de vista. Para Sul, Para a Beira Serra, para a Beira Litoral, para a Estrela, Açor e Lousã, mesmo "aqui" ao pé de mim.
A Fonte, a Curva do Gelo e o Alto do Cavalo (lugar mítico) onde no passado ocorreu um crime hediondo, lugares visitados pela água gelada que se desprendeu das nuvens. Aqui foi possível ver os seus cristais pequeníssimos e hexagonais. Agruparam-se e chegaram à superfície terrestre sob a forma de flocos de neve.
“Se um dia disserem que o seu trabalho não é de um profissional, lembre-se: A Arca de Noé foi construída por amadores; profissionais construíram o Titanic…“
terça-feira, 31 de janeiro de 2006
Ler é importante
A Associação de Professores de Português (APP), no sentido de promover junto dos alunos, da escola e da sociedade a ideia de que ler é importante, convida professores e escolas a organizarem sessões de leitura nas aulas de português.
Os professores e escolas participantes no Projecto convidarão encarregados de educação, vizinhos da escola, antigos alunos ou personalidades relevantes a visitarem uma sala de aula, de 27 a 31 de Março (última semana de aulas do 2º período), e lerem um texto por si escolhido.
Este projecto deve proporcionar aprendizagens eficazes nos alunos e, na sociedade, o desenvolvimento de uma ideia favorável à leitura.
A APP publica no seu Sítio Web (www.app.pt/lc) uma Página de apoio a este projecto, com lista de discussão, textos de apoio, guião de actividades e lista de turmas participantes.
Lembramos que em 2004 a 1ª edição deste projecto envolveu cerca de 350 turmas em 60 concelhos portugueses e nas escolas portuguesas de 4 países estrangeiros. Os números de 2005 foram semelhantes. Autarcas, vizinhos, empresários, encarregados de educação, militares, ministros, membros do clero, diplomatas, deputados e eurodeputados, antigos alunos e estudantes voltaram à escola para ler os textos que escolheram e para transmitir o gosto pela leitura.
Muitos professores enviaram relatos que nos incitam a continuar este projecto.
A APP apoia e apela a todos os professores de português para que desenvolvam este Projecto educativo.
Associação de Professores de Português
Os professores e escolas participantes no Projecto convidarão encarregados de educação, vizinhos da escola, antigos alunos ou personalidades relevantes a visitarem uma sala de aula, de 27 a 31 de Março (última semana de aulas do 2º período), e lerem um texto por si escolhido.
Este projecto deve proporcionar aprendizagens eficazes nos alunos e, na sociedade, o desenvolvimento de uma ideia favorável à leitura.
A APP publica no seu Sítio Web (www.app.pt/lc) uma Página de apoio a este projecto, com lista de discussão, textos de apoio, guião de actividades e lista de turmas participantes.
Lembramos que em 2004 a 1ª edição deste projecto envolveu cerca de 350 turmas em 60 concelhos portugueses e nas escolas portuguesas de 4 países estrangeiros. Os números de 2005 foram semelhantes. Autarcas, vizinhos, empresários, encarregados de educação, militares, ministros, membros do clero, diplomatas, deputados e eurodeputados, antigos alunos e estudantes voltaram à escola para ler os textos que escolheram e para transmitir o gosto pela leitura.
Muitos professores enviaram relatos que nos incitam a continuar este projecto.
A APP apoia e apela a todos os professores de português para que desenvolvam este Projecto educativo.
Associação de Professores de Português
segunda-feira, 30 de janeiro de 2006
Camba: o passado e o presente
As primeiras casas que formavam a Camba, ainda hoje se podem ver ao fundo da aldeia, num local hoje designado de Povo de Baixo. Deste aglomerado, parte das casas estão já em ruínas e outras foram reconstruídas.
A CAMBA NOS ANOS 50
"No século IX, a Camba fazia parte da freguesia de Vale d`Égua, concelho de Fajão, extinto nesse século. Hoje a aldeia de Vale d`Égua, não é mais do que um conjunto de ruínas, deslocando-se a população para aldeias vizinhas, principalmente para Camba.
Os Cambenses dedicavam-se essencialmente à agricultura, tendo como produção principal o milho. A pastorícia foi outra grande actividade. Era frequente encontrar grandes rebanhos de cabras pelas encostas, por esse facto, a vegetação naquela época era rara, e ainda, devido às frequentes roças que o mato era sujeito, para colocar nos currais e servir de estrume para as terras (esterco).
Cada família, criava o seu Porco que fornecia carne para todo o ano, conservada em salgadeiras.
A apicultura e o fabrico da famosa aguardente de mel, constituia uma ocupação comum a todas as familias.
Para adquirir produtos diversos, a loja mais próxima era no Porto da Balsa, surgindo depois em Camba a tasca do Ti Zé dos Santos e a do Ti Eduardo, que serviam também de local de encontro e convívio
No ano de 1948, com o inicio da construção da Barragem do Alto Ceira e dos túneis de canalização de água, que perfuram as serras até levar água para a Barragem de Stª Luzia, a vida dos Cambenses sofre algumas alterações. Esta obra da responsabilidade da antiga Companhia Eléctrica das Beiras, deu emprego a muitos Cambenses, homens e mulheres, quer na apanha de seixos (*), quer na abertura dos túneis, construção de estradas e barragem. Ainda hoje se sentem os efeitos desse trabalho árduo, devido ás terriveis condições de trabalho dessa época, especialmente dentro túneis, resultando em doenças respiratórias graves e outras que têm feito as suas vitimas entre os Cambenses e todos os que alí trabalharam.
A construção da barragem trouxe a estas paragens gente de vários pontos do país, acabando alguns por criar laços familiares com Cambenses e se fixarem em Camba.
Com a conclusão da obra, os Serviços Florestais foram outra ocupação para grande número de Cambenses, empregados na abertura de estradas e plantação de floresta nas encostas da região.
Com o fim dos postos de trabalho na região, a maioria dos Cambenses, principalmente os homens, debandaram para as grandes cidades em busca de emprego, ficando em Camba na sua maioria mulheres e crianças que continuaram a ocupar-se da agricultura e dos seus rebanhos, acabando mais tarde por se juntar aos seus, principalmente as crianças que cedo deixaram a Camba em busca de uma vida melhor.
Apesar da grande maioria dos Cambenses ter deixado a sua terra, o seu amor e dedicação a Camba é enorme. Presentemente a aldeia está bastante mais desenvolvida a todos os níveis.
O número de habitações duplicou nos ultimos 50 anos, o que fez surgir outras actividades como são a construção civil e o comércio. Existem dois estabelecimentos comerciais em Camba, o Ti Mário e o Bar da Casa de Convívio, locais onde hoje em dia os Cambenses se juntam para conviver, conversar e adquir alguns produtos.
A pastoricia é uma actividade quase nula, restando apenas um rebanho. Os Cambenses dedicam-se hoje em dia á produção e comercialização de Mel de excelente qualidade, Aguardente de Mel, Castanhas e Batata.
A Camba é um ponto de passagem para muitos automobilistas e turistas, sendo possivel pernoitar na nossa aldeia em quartos que poderão ser alugados na nossa Casa de Convivio.
As vias de comunicação estão a ser melhoradas em toda a região do Alto Ceira, sendo já possivel ter acesso á sede do concelho por estrada alcatroada, assim como para as aldeias vizinhas.
A aldeia está a ficar com um aspecto agradável, dispondo já de algumas infraestruturas básicas, levadas a cabo pela autarquia e pela Comissão Associativa de Melhoramentos de Camba, como são por exemplo a Casa de Convívio, calcetamento de ruas, abastecimento de àgua, recinto polidesportivo, implantação de Posto Médico servindo as aldeias vizinhas com médico de 15 em 15 dias.
(*) Seixos são pedras ou penedos brancos que se encontram em abundancia nesta região e que foram utilizados como matéria –prima na constituição do betão da Barragem do Alto Ceira."
Comissão Associativa de Melhoramentos de CAMBA
A CAMBA NOS ANOS 50
"No século IX, a Camba fazia parte da freguesia de Vale d`Égua, concelho de Fajão, extinto nesse século. Hoje a aldeia de Vale d`Égua, não é mais do que um conjunto de ruínas, deslocando-se a população para aldeias vizinhas, principalmente para Camba.
Os Cambenses dedicavam-se essencialmente à agricultura, tendo como produção principal o milho. A pastorícia foi outra grande actividade. Era frequente encontrar grandes rebanhos de cabras pelas encostas, por esse facto, a vegetação naquela época era rara, e ainda, devido às frequentes roças que o mato era sujeito, para colocar nos currais e servir de estrume para as terras (esterco).
Cada família, criava o seu Porco que fornecia carne para todo o ano, conservada em salgadeiras.
A apicultura e o fabrico da famosa aguardente de mel, constituia uma ocupação comum a todas as familias.
Para adquirir produtos diversos, a loja mais próxima era no Porto da Balsa, surgindo depois em Camba a tasca do Ti Zé dos Santos e a do Ti Eduardo, que serviam também de local de encontro e convívio
No ano de 1948, com o inicio da construção da Barragem do Alto Ceira e dos túneis de canalização de água, que perfuram as serras até levar água para a Barragem de Stª Luzia, a vida dos Cambenses sofre algumas alterações. Esta obra da responsabilidade da antiga Companhia Eléctrica das Beiras, deu emprego a muitos Cambenses, homens e mulheres, quer na apanha de seixos (*), quer na abertura dos túneis, construção de estradas e barragem. Ainda hoje se sentem os efeitos desse trabalho árduo, devido ás terriveis condições de trabalho dessa época, especialmente dentro túneis, resultando em doenças respiratórias graves e outras que têm feito as suas vitimas entre os Cambenses e todos os que alí trabalharam.
A construção da barragem trouxe a estas paragens gente de vários pontos do país, acabando alguns por criar laços familiares com Cambenses e se fixarem em Camba.
Com a conclusão da obra, os Serviços Florestais foram outra ocupação para grande número de Cambenses, empregados na abertura de estradas e plantação de floresta nas encostas da região.
Com o fim dos postos de trabalho na região, a maioria dos Cambenses, principalmente os homens, debandaram para as grandes cidades em busca de emprego, ficando em Camba na sua maioria mulheres e crianças que continuaram a ocupar-se da agricultura e dos seus rebanhos, acabando mais tarde por se juntar aos seus, principalmente as crianças que cedo deixaram a Camba em busca de uma vida melhor.
Apesar da grande maioria dos Cambenses ter deixado a sua terra, o seu amor e dedicação a Camba é enorme. Presentemente a aldeia está bastante mais desenvolvida a todos os níveis.
O número de habitações duplicou nos ultimos 50 anos, o que fez surgir outras actividades como são a construção civil e o comércio. Existem dois estabelecimentos comerciais em Camba, o Ti Mário e o Bar da Casa de Convívio, locais onde hoje em dia os Cambenses se juntam para conviver, conversar e adquir alguns produtos.
A pastoricia é uma actividade quase nula, restando apenas um rebanho. Os Cambenses dedicam-se hoje em dia á produção e comercialização de Mel de excelente qualidade, Aguardente de Mel, Castanhas e Batata.
A Camba é um ponto de passagem para muitos automobilistas e turistas, sendo possivel pernoitar na nossa aldeia em quartos que poderão ser alugados na nossa Casa de Convivio.
As vias de comunicação estão a ser melhoradas em toda a região do Alto Ceira, sendo já possivel ter acesso á sede do concelho por estrada alcatroada, assim como para as aldeias vizinhas.
A aldeia está a ficar com um aspecto agradável, dispondo já de algumas infraestruturas básicas, levadas a cabo pela autarquia e pela Comissão Associativa de Melhoramentos de Camba, como são por exemplo a Casa de Convívio, calcetamento de ruas, abastecimento de àgua, recinto polidesportivo, implantação de Posto Médico servindo as aldeias vizinhas com médico de 15 em 15 dias.
(*) Seixos são pedras ou penedos brancos que se encontram em abundancia nesta região e que foram utilizados como matéria –prima na constituição do betão da Barragem do Alto Ceira."
Comissão Associativa de Melhoramentos de CAMBA
domingo, 29 de janeiro de 2006
Interminavelmente
E não me admiraria nada , a continuar este Inverno do nosso descontentamento, que um dia destes caia o governo.
Última hora
Notícia de última hora.
Gripe das aves afecta 50 mil águias, nova estirpe do vírus SCP3-1.
Sintomas: tudo sem pio...
Gripe das aves afecta 50 mil águias, nova estirpe do vírus SCP3-1.
Sintomas: tudo sem pio...
Neve
Lugares da Alma
Lugares da Alma
(A Monsenhor Nunes Pereira)
Que sabia estes versos de cor.
Canta-se ainda à noitinha, pela roda de um braseiro. Por invernias, onde se pena de frio.
Por lugares onde Serra, e as Beiras dão de mão. E com o Rio Ceira, sempre encostado em seu perfeito ciúme.
O ciúme que o rio tem daquela Serra.. E por lugares, e mundos como Ceiroquinho.
Boiças, Algares, Relvas, Teixeira e Água d’Alte. Caratão, Porto da Balsa, Castanheira.
Fajão, Góis. Ou ainda Celavisa, Arganil, Gralhas, Vale da Maceira, Sargaçosa.
Ou (e fique-se por aqui): Barrigueiro, Ponte das Três Entradas, Mata.
Mas é verdade.
Ainda se canta por estes lugares, com uma guitarra servindo de base. A base necessária ao mote geral da fagulha, saltando no madeiro.
Ainda se canta por aqui (soprando aos ares, e ao frio da noite), coisas da chuva e do vento. Algumas até bem transpiradas:
Esta noite sonhei eu,
A outra sonhado tinha,
Que estava na tua cama,
Acordei, estava na minha.
Tudo, praticamente tudo, o que aqui pertence, que pertence a estes lugares, é chamado a um versejar popular. A porta, e seu trinco.
A rola, e suas queixas. O provento que o pai ganha.
A sede, e a boca (na sua fonte). O terreiro, o vira, o adro da igreja, o jogo do pião.
A fruta do chão, o manjerico, o rosmaninho, a baga do loureiro. E ainda mais: o rio, as pedras de lavar, os quintais, as voltas do lugar, a mó, a nora, o lume, a cinza.
É verdade, sim senhora. Ainda se canta por estes lugares, na companhia de um grilo qualquer, que ninguém manda calar.
E para que tal aconteça, basta (apenas) o tempero de uma pinga, que ajude o cantar, a fazer-se delgadinho.
Jorge Serrão
(A Monsenhor Nunes Pereira)
Que sabia estes versos de cor.
Canta-se ainda à noitinha, pela roda de um braseiro. Por invernias, onde se pena de frio.
Por lugares onde Serra, e as Beiras dão de mão. E com o Rio Ceira, sempre encostado em seu perfeito ciúme.
O ciúme que o rio tem daquela Serra.. E por lugares, e mundos como Ceiroquinho.
Boiças, Algares, Relvas, Teixeira e Água d’Alte. Caratão, Porto da Balsa, Castanheira.
Fajão, Góis. Ou ainda Celavisa, Arganil, Gralhas, Vale da Maceira, Sargaçosa.
Ou (e fique-se por aqui): Barrigueiro, Ponte das Três Entradas, Mata.
Mas é verdade.
Ainda se canta por estes lugares, com uma guitarra servindo de base. A base necessária ao mote geral da fagulha, saltando no madeiro.
Ainda se canta por aqui (soprando aos ares, e ao frio da noite), coisas da chuva e do vento. Algumas até bem transpiradas:
Esta noite sonhei eu,
A outra sonhado tinha,
Que estava na tua cama,
Acordei, estava na minha.
Tudo, praticamente tudo, o que aqui pertence, que pertence a estes lugares, é chamado a um versejar popular. A porta, e seu trinco.
A rola, e suas queixas. O provento que o pai ganha.
A sede, e a boca (na sua fonte). O terreiro, o vira, o adro da igreja, o jogo do pião.
A fruta do chão, o manjerico, o rosmaninho, a baga do loureiro. E ainda mais: o rio, as pedras de lavar, os quintais, as voltas do lugar, a mó, a nora, o lume, a cinza.
É verdade, sim senhora. Ainda se canta por estes lugares, na companhia de um grilo qualquer, que ninguém manda calar.
E para que tal aconteça, basta (apenas) o tempero de uma pinga, que ajude o cantar, a fazer-se delgadinho.
Jorge Serrão
sábado, 28 de janeiro de 2006
Testemunhos
"Quando era a época das castanhas comia-mo-las assadas à lareira; por vezes a fome era tanta que eu engolia umas cruas, outras a escaldar, outras ainda com camisa, algumas até marchavam com casca, só com medo que os meus irmãos tirassem mais do que eu.
De vez em quando um deles berrava:
- Mãe, o Fernando está a comer as castanhas com camisa!
E, eu com a boca cheia, fazia que não. Entretanto ia enchendo os bolsos para depois".
Fernando Pimenta, Cerdeira
Dr. Paulo Ramalho, Tempos Difíceis - Tradição e Mudança na Serra do Açor
"Havia um velho do Vale Derradeiro que andava a regatear os preços na feira do Mont´Alto. Alguém viu e disse:
- Deixa lá o velho do Vale Derradeiro, que se lhe deres um pontapé no migalheiro chega para pagar a tenda e o tendeiro.
Ora, uns ladrões ouviram isto e logo resolveram ir a casa dele, mas revolveram tudo sem encontrar o dito dinheiro. Então, ameaçaram-no de morte e ele, coitado, teve de dizer que as suas poupanças estavam escondidas no corticito. Eles foram lá e levaram-lhe tudo, tudo, quanto tinha."
História recolhida na Malhada Chã
Dr. Paulo Ramalho, Tempos Difíceis - Tradição e Mudança na Serra do Açor
"Vira-se no Colmeal um que já morreu para o Padre que, coitado, também já morreu:
- Ó Senhor Padre, ficou-me um bocado de carne de porco espetada nos dentes desde o Entrudo até agora. Será pecado comê-la na Quaresma?
Responde-lhe o Padre:
- Bem, homem... se ela já lá está suponho que não será pecado...
Vai ele e atira-lhe:
- Então olhe, muito obrigado pelo indulto. É que eu tenho um presunto espetado nos dentes da forquilha e estou com umas ganas de comer nele..."
História contada por Maria da Luz, da Aldeia Velha, Colmeal
Dr. Paulo Ramalho, Tempos Difíceis - Tradição e Mudança na Serra do Açor
"Estas salas (...) eram caiadas e nessas paredes já muito antigas havia sempre muitos buracos, que davam sempre um aspecto de penúria, pelo que as pessoas, em especial nas quadras festivas, usavam forrar as paredes com papel de jornais que se iam pedir a uns senhores que eram assinantes da Comarca de Arganil, que sempre os guardavam, para esse fim. Assim as paredes eram vestidas com esses jornais, tornando-se limpas e airosas, mas não por muito tempo, uma vez que os jornais eram colados com farinha amassada, que também servia de alimento para os ratos, que logo se encarregavam de destruir toda essa decoração."
António Santos Vicente "Vida e Tradições das Aldeias Serranas"
(...) "Ia a passar coberto de suor, dei as boas tardes a uma vaga forma feminina sentada à entrada da sua furna de troglodita, e recebo, juntamente com o troco de salvação, este juro imprevisto:
- O senhor vai alagado! Quer beber uma pinga? Ele é arreganhado, mas para um remedeio...
- Bem haja...
- Prove, ao menos. Nós achamo-lo bom, porque não temos outro...
Azedo como rabo-de gato, realmente, mas dado com a infinita doçura deste santo povo (...) a quem nenhum desterro, nenhum abandono, nenhuma incultura, nenhuma pobreza consegue avinagrar o coração."
Miguel Torga, "Diário IX" (Piódão, 16 de Dezembro de 1962
"O quarto tinha as paredes forradas com jornais velhos, luxo com que distinguiam o hóspede...
Deitei-me, e passado pouco tempo, qualquer coisa a mexer entre a parede e os jornais produzia uns ruídos que não me deixavam adormecer.
Chamei o meu anfitrião (...) e contei-lhe o que se passava.
Veio e descobriu: - São os ratos, que querem furar os papéis.
Saiu, foi agarrar um gato e deixou-o fechado no quarto de sentinela."
Vasco de Campos, "Serra! Caminhos de um Médico"
"Certo dia, na altura do racionamento (1945/46), vinha o Ti Alberto das bandas do Soeirinho com dois quilos de "açúcar ilegal" dentro da maleta de relojoeiro, eis senão quando topa com a Guarda, que logo o manda parar e pede para abrir aquela estranha mala metálica.
- Com que então açúcar! -Diz-lhe, triunfante, o cabo.
- Que, senhor guarda - responde ele logo. - É potassa!
E assim, por entre sorrisos cúmplices, se saiu o "Ti Alberto relojoeiro" desta embrulhada, continuando sem mais delongas o seu caminho."
História recolhida nos Cepos
Dr. Paulo Ramalho,Tempos Difíceis- Tradição e Mudança na Serra do Açor
De vez em quando um deles berrava:
- Mãe, o Fernando está a comer as castanhas com camisa!
E, eu com a boca cheia, fazia que não. Entretanto ia enchendo os bolsos para depois".
Fernando Pimenta, Cerdeira
Dr. Paulo Ramalho, Tempos Difíceis - Tradição e Mudança na Serra do Açor
"Havia um velho do Vale Derradeiro que andava a regatear os preços na feira do Mont´Alto. Alguém viu e disse:
- Deixa lá o velho do Vale Derradeiro, que se lhe deres um pontapé no migalheiro chega para pagar a tenda e o tendeiro.
Ora, uns ladrões ouviram isto e logo resolveram ir a casa dele, mas revolveram tudo sem encontrar o dito dinheiro. Então, ameaçaram-no de morte e ele, coitado, teve de dizer que as suas poupanças estavam escondidas no corticito. Eles foram lá e levaram-lhe tudo, tudo, quanto tinha."
História recolhida na Malhada Chã
Dr. Paulo Ramalho, Tempos Difíceis - Tradição e Mudança na Serra do Açor
"Vira-se no Colmeal um que já morreu para o Padre que, coitado, também já morreu:
- Ó Senhor Padre, ficou-me um bocado de carne de porco espetada nos dentes desde o Entrudo até agora. Será pecado comê-la na Quaresma?
Responde-lhe o Padre:
- Bem, homem... se ela já lá está suponho que não será pecado...
Vai ele e atira-lhe:
- Então olhe, muito obrigado pelo indulto. É que eu tenho um presunto espetado nos dentes da forquilha e estou com umas ganas de comer nele..."
História contada por Maria da Luz, da Aldeia Velha, Colmeal
Dr. Paulo Ramalho, Tempos Difíceis - Tradição e Mudança na Serra do Açor
"Estas salas (...) eram caiadas e nessas paredes já muito antigas havia sempre muitos buracos, que davam sempre um aspecto de penúria, pelo que as pessoas, em especial nas quadras festivas, usavam forrar as paredes com papel de jornais que se iam pedir a uns senhores que eram assinantes da Comarca de Arganil, que sempre os guardavam, para esse fim. Assim as paredes eram vestidas com esses jornais, tornando-se limpas e airosas, mas não por muito tempo, uma vez que os jornais eram colados com farinha amassada, que também servia de alimento para os ratos, que logo se encarregavam de destruir toda essa decoração."
António Santos Vicente "Vida e Tradições das Aldeias Serranas"
(...) "Ia a passar coberto de suor, dei as boas tardes a uma vaga forma feminina sentada à entrada da sua furna de troglodita, e recebo, juntamente com o troco de salvação, este juro imprevisto:
- O senhor vai alagado! Quer beber uma pinga? Ele é arreganhado, mas para um remedeio...
- Bem haja...
- Prove, ao menos. Nós achamo-lo bom, porque não temos outro...
Azedo como rabo-de gato, realmente, mas dado com a infinita doçura deste santo povo (...) a quem nenhum desterro, nenhum abandono, nenhuma incultura, nenhuma pobreza consegue avinagrar o coração."
Miguel Torga, "Diário IX" (Piódão, 16 de Dezembro de 1962
"O quarto tinha as paredes forradas com jornais velhos, luxo com que distinguiam o hóspede...
Deitei-me, e passado pouco tempo, qualquer coisa a mexer entre a parede e os jornais produzia uns ruídos que não me deixavam adormecer.
Chamei o meu anfitrião (...) e contei-lhe o que se passava.
Veio e descobriu: - São os ratos, que querem furar os papéis.
Saiu, foi agarrar um gato e deixou-o fechado no quarto de sentinela."
Vasco de Campos, "Serra! Caminhos de um Médico"
"Certo dia, na altura do racionamento (1945/46), vinha o Ti Alberto das bandas do Soeirinho com dois quilos de "açúcar ilegal" dentro da maleta de relojoeiro, eis senão quando topa com a Guarda, que logo o manda parar e pede para abrir aquela estranha mala metálica.
- Com que então açúcar! -Diz-lhe, triunfante, o cabo.
- Que, senhor guarda - responde ele logo. - É potassa!
E assim, por entre sorrisos cúmplices, se saiu o "Ti Alberto relojoeiro" desta embrulhada, continuando sem mais delongas o seu caminho."
História recolhida nos Cepos
Dr. Paulo Ramalho,Tempos Difíceis- Tradição e Mudança na Serra do Açor
sexta-feira, 27 de janeiro de 2006
Um mundo em transformação
... Podemos afirmar que vivemos num mundo caracterizado pela galopante complexidade, interdependência e inconstância dos processos, mas crescentemente homogeneizado, económica (e culturalmente!).
Esta mundialização acentuou-se,fundamentalmente pela aceleração das trocas comerciais entre as nações após a assinatura em 1947 do Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT), pela importância desempenhada pelas comunicações (maior rapidez e menores custos), pelo progresso tecnológico (relacionado com o processo produtivo, a comercialização, a gestão, etc), pela crescente preocupação com as questões do ambiente (preservação, poluição, gestão dos recursos, etc.), que conduziram ao aumento exponencial dos fluxos comerciais e financeiros.
As empresas ultrapassam fronteiras, o investimento directo no estrangeiro cresce rapidamente. A mundialização ainda é mais marcante quando se pensa nos fluxos respeitantes aos serviços, aos dados informáticos, às telecomunicações, entre outros.(...)
(Multinacionais e Pequenas e Médias Empresas na Industrialização de Espaços Periféricos / Um mundo industrial em transformação pág.2 , Rui Gama , Faculdade de Letras, Coimbra,1994)
Esta mundialização acentuou-se,fundamentalmente pela aceleração das trocas comerciais entre as nações após a assinatura em 1947 do Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT), pela importância desempenhada pelas comunicações (maior rapidez e menores custos), pelo progresso tecnológico (relacionado com o processo produtivo, a comercialização, a gestão, etc), pela crescente preocupação com as questões do ambiente (preservação, poluição, gestão dos recursos, etc.), que conduziram ao aumento exponencial dos fluxos comerciais e financeiros.
As empresas ultrapassam fronteiras, o investimento directo no estrangeiro cresce rapidamente. A mundialização ainda é mais marcante quando se pensa nos fluxos respeitantes aos serviços, aos dados informáticos, às telecomunicações, entre outros.(...)
(Multinacionais e Pequenas e Médias Empresas na Industrialização de Espaços Periféricos / Um mundo industrial em transformação pág.2 , Rui Gama , Faculdade de Letras, Coimbra,1994)
A Escola de Ceiroquinho
Escola
...Foi um grande triunfo para os ceiroquinhenses a construção da sua escola. Nela aprenderam a ler e escrever muitas gerações e, por isso, os ceiroquinhenses têm por ela uma estima, um carinho e um amor mnito grande.
Naquela casa todos têm a sua pedra, pedra sagrada, simbolo da fé da tenacidade e união dos ceiroquinhenses.
A escola custou algumas dezenas de contos e o Estado apenas deu 4 contos para a compra do mobiliário e a Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra 1.000$00. O resto foi produto de subscrição entre os ceiroquinhenses e dias de trabalho oferecidos graciosamente pelos habitantes de Ceiroquinho, enquanto o terreno onde foi construída foi oferecido por Américo Fernandes./...
Ceiroquinho
...Foi um grande triunfo para os ceiroquinhenses a construção da sua escola. Nela aprenderam a ler e escrever muitas gerações e, por isso, os ceiroquinhenses têm por ela uma estima, um carinho e um amor mnito grande.
Naquela casa todos têm a sua pedra, pedra sagrada, simbolo da fé da tenacidade e união dos ceiroquinhenses.
A escola custou algumas dezenas de contos e o Estado apenas deu 4 contos para a compra do mobiliário e a Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra 1.000$00. O resto foi produto de subscrição entre os ceiroquinhenses e dias de trabalho oferecidos graciosamente pelos habitantes de Ceiroquinho, enquanto o terreno onde foi construída foi oferecido por Américo Fernandes./...
Ceiroquinho
Este governo
Este governo, estes senhores, esta sequência de nomes de pessoas, acontecimentos ou factos estabelecidos por ordem de datas sucessivas, marca a maneira, o tempo, de actuar desta época rosa. A história encarregar-se-á de ser a ciência auxiliar de muitas memórias curtas.
Syberia
Syberia desafia o jogador a resolver enigmas na pessoa de Kate, advogada de New York em representação de uma companhia americana que quer comprar uma fábrica em Valadilene, França. O negócio com a proprietária de nome Anna Voralberg, oriunda de uma família rica, torna-se complicado. Kate descobre que Ann morreu. A venda da fábrica torna-se assim um problema. Ann deixa uma espécie de testamento onde indica o nome de um irmão, Hans Voralberg, agora o legítimo dono da fábrica.
Kate deve viajar a diversos lugares na busca de Hans com o propósito de negociar a venda da fábrica. Ela descobre que há muitas coisas na história da família que não se encaixam e não são bem o que parecem.
Kate deve viajar a diversos lugares na busca de Hans com o propósito de negociar a venda da fábrica. Ela descobre que há muitas coisas na história da família que não se encaixam e não são bem o que parecem.
quinta-feira, 26 de janeiro de 2006
Kate no frio gelado da paisagem
O autómato Oscar da primeira aventura leva Kate cada vez mais para o Norte...um mistério que regressa no frio gelado da paisagem...
Kate Walker
Os trabalhos do linho
"Os trabalhos do linho (que assumiam particular importância nas freguesias de Pombeiro da Beira e S. Martinho da Cortiça) eram, desde a sementeira à confecção final do vestuário, uma das poucas actividades económicas exclusivamente femininas. Entrar no mundo do linho era entrar no reino branco das mulheres. As transmutações quase alquímicas porque a planta passava até adquirir o estatuto definitivo de "tecido fino" associavam-se inevitavelmente a uma simbologia de pureza; e as mulheres eram as guardiãs desse segredo. Saberemos nós construir os alicerces desses dias futuros sobre as raízes sãs dos dias passados? As próximas gerações comerão o pão que nós amassarmos. (Dr. Paulo Ramalho, Tempos Difíceis - Tradição e Mudança na Serra do Açor)
Pombeiro da Beira
Vestígios arqueológicos conferem na sua origem raízes romanas, certamente relacionadas com a exploração mineira da região. Alguns historiadores indicam que Pombeiro é fundação de povos «columbus», ou «columbinus», ou «columbarius», isto é, exploradores de minas de estanho e chumbo. Pombeiro fez parte do senhorio de Arganil até 3 de Fevereiro de 1355, data em que foi trocado entre o monarca e Martim Lourenço da Cunha por terras de Torres do Bairro e Vilarinho de Apar, do distrito de Aveiro. Seu filho João Lourenço da Cunha sucedeu-lhe na posse do senhorio e foi o primeiro marido de D. Leonor de Teles. A nona senhora de Pombeiro, D. Maria de Briteiros da Cunha casou em segundas núpcias com D. António de Castelo Branco. D. Manuel I concedeu-lhe carta de foral em 10 de Novembro de 1513,o qual foi renovado por D. João III, passando a ser vila e sede de concelho. A 6 de Abril de 1662, D. Pedro de Castelo Branco da Cunha, neto da nona senhora de Pombeiro, foi nomeado conde da terra. Este condado foi unido mais tarde ao marquezado de Belas. As suas armas eram em campo azul, um leão, de ouro, rompente, armado de púrpura e o seu timbre o mesmo leão das armas. Na Igreja Matriz, inaugurada na noite de Natal de 1622, fica o túmulo de sétimo senhor de Pombeiro, Mateus da Cunha. Em 1663, o Cónego da Sé de Coimbra, Tomé Nunes, no lugar da Póvoa da Judia (actual Póvoa da Rainha Santa), mandou edificar uma capela, com a forma octogonal, destinada a servir-lhe de sepultura e que colocou sob a invocação da Rainha Santa Isabel, sendo as pinturas que actualmente adornam o retábulo da autoria da segunda Viscondessa de Sanchas Frias. Era natural de Pombeiro o visconde de Sanchas Frias que, no século passado escreveu um interessante estudo sobre a história local. Em 1885 é extinto o concelho de Pombeiro e passa a fazer parte, como freguesia, do concelho de Arganil. Pelo Decreto Nº. 38.875, de 26 de Agosto de 1952, a povoação e freguesia de Pombeiro passou-se a denominar Pombeiro da Beira e a povoação de Vilarinho, desta freguesia, passou a denominar-se Vilarinho do Alva.
S. Martinho da Cortiça
Pero Salgado, tesoureiro do rei D. Dinis fez iniciar, em 1298, a construção da ponte que unia as duas margens do rio Alva no lugar da Ponte da Mucela. Por volta de 1500 passou a ser senhor da Sanguinheda, onde instituiu um morgadio (incluindo também a Carapinha), Simão da Cunha, terceiro filho do quinto donatário de Pombeiro. Por testamento datado de 27 de Outubro de 1535 deixou em legado estes terrenos à sua irmã, D. Inês da Cunha. Embora continuando-se o senhorio nos condes de Pombeiro, o domínio passou para os senhores de Melo. No início do século XVII, a freguesia conjuntamente com a Carapinha foi constituída em curato, mas a casa da Câmara situava-se na Sanguinheda e era aí que tinham assento os magistrados. Aquando das lutas liberais, logo depois do incidente regional conhecido pelo nome de «queima da pólvora», a povoação da Cortiça foi incendiada. Pertenceu ao concelho de Farinha Podre até 31 de Dezembro de 1853, passando então para o de Tábua. Passou a fazer parte do concelho de Arganil a partir de 24 de Outubro de 1855, englobando nessa altura a freguesia de Paradela, a qual foi anexada ao concelho de Tábua em 1895 e depois ao de Penacova em 1898."
Resenha Histórica do Concelho de Arganil
Pombeiro da Beira
Vestígios arqueológicos conferem na sua origem raízes romanas, certamente relacionadas com a exploração mineira da região. Alguns historiadores indicam que Pombeiro é fundação de povos «columbus», ou «columbinus», ou «columbarius», isto é, exploradores de minas de estanho e chumbo. Pombeiro fez parte do senhorio de Arganil até 3 de Fevereiro de 1355, data em que foi trocado entre o monarca e Martim Lourenço da Cunha por terras de Torres do Bairro e Vilarinho de Apar, do distrito de Aveiro. Seu filho João Lourenço da Cunha sucedeu-lhe na posse do senhorio e foi o primeiro marido de D. Leonor de Teles. A nona senhora de Pombeiro, D. Maria de Briteiros da Cunha casou em segundas núpcias com D. António de Castelo Branco. D. Manuel I concedeu-lhe carta de foral em 10 de Novembro de 1513,o qual foi renovado por D. João III, passando a ser vila e sede de concelho. A 6 de Abril de 1662, D. Pedro de Castelo Branco da Cunha, neto da nona senhora de Pombeiro, foi nomeado conde da terra. Este condado foi unido mais tarde ao marquezado de Belas. As suas armas eram em campo azul, um leão, de ouro, rompente, armado de púrpura e o seu timbre o mesmo leão das armas. Na Igreja Matriz, inaugurada na noite de Natal de 1622, fica o túmulo de sétimo senhor de Pombeiro, Mateus da Cunha. Em 1663, o Cónego da Sé de Coimbra, Tomé Nunes, no lugar da Póvoa da Judia (actual Póvoa da Rainha Santa), mandou edificar uma capela, com a forma octogonal, destinada a servir-lhe de sepultura e que colocou sob a invocação da Rainha Santa Isabel, sendo as pinturas que actualmente adornam o retábulo da autoria da segunda Viscondessa de Sanchas Frias. Era natural de Pombeiro o visconde de Sanchas Frias que, no século passado escreveu um interessante estudo sobre a história local. Em 1885 é extinto o concelho de Pombeiro e passa a fazer parte, como freguesia, do concelho de Arganil. Pelo Decreto Nº. 38.875, de 26 de Agosto de 1952, a povoação e freguesia de Pombeiro passou-se a denominar Pombeiro da Beira e a povoação de Vilarinho, desta freguesia, passou a denominar-se Vilarinho do Alva.
S. Martinho da Cortiça
Pero Salgado, tesoureiro do rei D. Dinis fez iniciar, em 1298, a construção da ponte que unia as duas margens do rio Alva no lugar da Ponte da Mucela. Por volta de 1500 passou a ser senhor da Sanguinheda, onde instituiu um morgadio (incluindo também a Carapinha), Simão da Cunha, terceiro filho do quinto donatário de Pombeiro. Por testamento datado de 27 de Outubro de 1535 deixou em legado estes terrenos à sua irmã, D. Inês da Cunha. Embora continuando-se o senhorio nos condes de Pombeiro, o domínio passou para os senhores de Melo. No início do século XVII, a freguesia conjuntamente com a Carapinha foi constituída em curato, mas a casa da Câmara situava-se na Sanguinheda e era aí que tinham assento os magistrados. Aquando das lutas liberais, logo depois do incidente regional conhecido pelo nome de «queima da pólvora», a povoação da Cortiça foi incendiada. Pertenceu ao concelho de Farinha Podre até 31 de Dezembro de 1853, passando então para o de Tábua. Passou a fazer parte do concelho de Arganil a partir de 24 de Outubro de 1855, englobando nessa altura a freguesia de Paradela, a qual foi anexada ao concelho de Tábua em 1895 e depois ao de Penacova em 1898."
Resenha Histórica do Concelho de Arganil
"Syberia 2"
Kate Walker está de volta. A ex-advogada continua a saga do universo criado pela história de Benoit Sokal. O autómato Oscar da primeira aventura leva Kate cada vez mais para o Norte...um mistério que regressa no frio gelado da paisagem...
quarta-feira, 25 de janeiro de 2006
"coisas vivas com vontade própria"
Em Itália é possível matar em legítima defesa a partir de hoje. Os legisladores aprovaram a nova lei.
O DIREITO À LEGITIMA DEFESA
INTRODUÇÃO :
Para os defensores do desarmamento, as armas são como coisas vivas com vontade própria. Eles descrevem armas como se elas tivessem braços, pernas e vontade própria. Eles falam sobre "armas roubando lojas "; e "armas matando pessoas". Para usar o "pensamento" dessa nova classe de defensores dos grupos anti-armas, e para usar as palavras como eles usam, deveríamos acreditar que carros vão a bares, ficam bêbados e então correm para matar pessoas. Como "motoristas bêbados não matam pessoas , carros matam pessoas"; Você deverá acreditar que martelos e madeiras constróem casas por vontade própria. Como "pessoas não constróem casas, martelos e madeiras constróem por vontade própria". Para essa classe, cada arma é realmente algum tipo de Exterminador, e quando ninguém está olhando, crescem braços e pernas nas armas e elas saem dos armários para matar pessoas.
Todos acham que o controle das armas será a solução para todos os problemas. Quando o "controle das armas" chegar, não haverá mais roubos de carros, acabarão os assaltos , não haverá mais crimes, cessarão os nascimentos ilegítimos, todos os traficantes desaparecerão e o mundo será bom.
Muitos deles pensam que animais são mais importantes que pessoas. Eles se preocupam mais em proteger animais do que proteger pessoas. ( 1 )
OBS: Mesmo no Brasil, matar animais silvestres é um crime inafiançável , enquanto que o agressor poderá responder em liberdade se matar uma pessoa.
Serão as armas a causa da violência? Menor numero de armas será igual a menor numero de crimes ?
Muitas opiniões tem surgido , a maioria movida por fatores pessoais na qual a pessoa coloca o seu próprio sofrimento ou histórias que ouviu contar.
REFERENCIAL TEÓRICO E ANÁLISE DO PROBLEMA
Automóveis matam mais do que qualquer outro meio violento . Atropelamentos matam 30 por dia.
No ano de 1995 , 25.513 brasileiros morreram por acidentes de transito.
Os alvos principais foram os pedestres ( 43,3% - 11052) seguidos por condutores ( 34.3% - 8754) e por passageiros ( 22,4% - 5.707) .Entre 1965 e 1973 , na Guerra do Vietnã, um dos mais encarniçados combates deste século , morreram 45.941 soldados americanos. A média foi de 5.104 baixas por ano - pouco menos da metade dos 11.052 brasileiros fulminados por atropelamentos. Não estamos falando dos que ficaram inválidos, e nem dos custos desses atropelamentos.
Em Porto Alegre, de janeiro a agosto de 1996 , 52 pedestres morreram atropelados. ( 2)
Na BR-386 com 445 Km de extensão, temos os seguintes dados:
- Uma pessoa morre a cada 3,5 dias ;
- Uma pessoa fica ferida a cada 10 horas ;
- A cada 6 horas ocorre um acidente ;
* O custo com atendimento médico - hospitalar a acidentados em estradas federais no país custa cerca de US$ 22 milhões por ano.( 19 )
Na BR-290 com 725,6 Km, temos os seguintes dados:
- Uma pessoa morre a cada 6 dias;
- Uma pessoa fica ferida a cada 11 horas ;
- A cada 5 horas ocorre um acidente ;
- Um acidente custa uma média de US$ 27 mil à União, incluídos neste valor gastos com patrulheiros e danos a carga, principalmente quando são toxicas. ( 20 )
Será que as causas foram os veículos ? Ou será que as causas foram as pessoas imprudentes, irresponsáveis ou as leis que não são cumpridas e que levam as pessoas a confiarem na impunidade; o desrespeito à vida dos outros ; a falta de educação e de princípios morais ; ou seja muitas podem ser as causas , mas certamente não foram os meios. Pois, qualquer automóvel parado na garagem , não sai sozinho para atropelar alguém.
Estatística Canadense :
O numero de mortes ocasionadas por carros no Canada em 1991 foi de 3882. O numero de mortes ocasionadas por armas de fogo em 1990 no Canada foi de 66.
O custo do seguro mostra que armas de fogo são consideravelmente menos perigosas que automóveis .
A National Firearms Association oferece um seguro de $2.000.000,00 por apenas $4,75 por ano. O seguro de um automóvel varia de $400 a $2000 por ano. Todos as taxas de seguro estão baseadas em estudos atuais sobre riscos e histórias de incidentes.
Carros versus Armas de fogo
- Você não necessita uma licença de motorista para comprar um carro (ou gasolina)
- Você não necessita referencias para comprar um carro .
- Você não necessita se submeter a uma ficha policial para comprar um carro.
- Você não necessita justificar a compra de um carro .
- Você não necessita ser membro de uma Associação ou Clube para ter um carro.
- Você não necessita guardar o seu carro trancado em uma garagem fechada.
- Você pode ter quantos carros você desejar. (32 )
Muitas manchetes de jornal nos chamam a atenção, demonstrando que o numero de mortes por outros meios, que não as armas de fogo, são em grande numero :
- "Preso o homem que matou com a pá " ( 21)
- "Bebeu e matou com faca... " ( 22)
- "Menor esfaqueia marceneiro " ( 23 )
- " Família é assassinada a facadas " ( 24)
" Mutatis mutantis" , com as armas de fogo ocorre o mesmo . Nenhuma arma por livre vontade mata alguém. Todos estão cansados de ouvir , mas poucos param para pensar numa frase que diz : Armas por si só não matam pessoas , pessoas matam pessoas. O Papa João Paulo II declarou: "Quem mata é o homen , não a sua espada ou seus mísseis" ).
O cardeal-arcebisbo , de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns, defendeu um maior numero de policiais nas ruas, com mais armas. ( 25)
Portanto não é tirando os meios que resolve o fato. Mesmo porque , o dia em que as "armas forem considerados fora da lei , somente os fora da lei terão armas ".
Desarmar a população ?
Que população ? A que paga impostos e mantém o Governo ? A que deseja ordem e progresso como diz em nossa bandeira ? Ou a população de assaltantes , criminosos , marginais que proliferam, transformando o País num caos e colocando o trabalhador honesto numa prisão albergue , da qual ele pode sair pela manhã para trabalhar e voltar logo para casa e ficar trancado entre grades e portões de ferro . Conforme estatísticas do Departamento de Armas , Munições e explosivos ( DAME ) , de Porto Alegre, nos últimos 3 anos , das pessoas com porte de arma , somente duas se envolveram em confrontos , sendo que uma foi legitima defesa e a outra foi o chamado disparo acidental.
Portanto, os tiroteios que ocorrem estão sendo realizados por marginais e por armas clandestinas, pois sabemos que o numero de armas clandestinas é muito maior que o numero de armas legais .
O contrabando ocorre em grande escala.
No Fantástico , foi mostrado a venda de armas clandestinas ( desde metralhadoras até fuzis de assalto ) numa favela do Rio de Janeiro. Porque não desarmar esses marginais ?
Porque querer tirar do cidadão de bem o direito da defesa? O Estado não possui condições de dar proteção ao cidadão que paga impostos para ter segurança. Seria o caso de perguntar se isso não estaria incluso no código do consumidor , no qual o cidadão está pagando por um serviço que não está tendo. E mesmo assim o Estado que deveria por lei proteger o cidadão , ainda deseja coloca-lo frente a frente com o marginal , e ainda por cima desarmado ?
Se o Estado não pode devolver a vida , não tem o direito de tirá-la. E está tirando quando nega a legitima defesa ao cidadão .
A Policia não é onipresente, isto é , não pode estar presente o tempo todo em todo o lugar. Normalmente ela chega após o fato ocorrido. E quem nos defende durante a ocorrência desses fatos? Porque negar o direito da defesa ao cidadão de bem?
Não estamos apregoando a liberação descontrolada, mas sim o direito do cidadão devidamente instruído portar a sua arma . Mais grave é o fato de uma pessoa adquirir uma arma clandestina e portar em via publica , sem o devido preparo e autorização da autoridade competente.
Podemos ter certeza de que se fosse realizado um plebiscito para sabermos a opinião da população sobre o desarmamento , todos os marginais votariam a favor , pois assim o "trabalho " deles ficaria mais fácil , uma vez que somente eles teriam armas.
Em 1981, na cidade de Kennasaw, no estado da Georgia, uma lei foi instituída que obrigava que cada adulto tivesse uma arma em seu poder pessoal ou em sua residência.
Inicialmente , isto criou uma imensa fúria entre os grupos anti-armas. Esses grupos favoráveis ao controle máximo das armas de fogo fizeram previsões: muitos cidadãos morreriam por causa dessa lei e o que é pior, diziam eles,- aqueles que autorizaram a lei, sentir-se-iam responsáveis por essas mortes.
Nada disso aconteceu. Os fatos são que apenas no primeiro ano de vigência da lei - os crimes violentos e assaltos na cidade de Kennasaw diminuíram 80% . ( 3)
Existe uma questão crucial nas leis sobre controle de armas. Qual o seu verdadeiro efeito ?
Mais vidas serão salvas ou perdidas ? Elas deterão o crime ou o encorajarão ?
Para providenciar uma resposta mais sistemática, foi realizado um estudo sobre uma lei do controle de armas , - a permissão para usar armas discretamente, ou seja sem ser visível. Trinta e um Estados Americanos deram aos seus cidadãos o direito de portar armas caso não possuíssem ficha criminal ou historia de doença mental.
O professor John R. Lott Jr. , ( University of Chicago Law School) juntamente com David Mustard ( graduado em economia pela University of Chicago) , analisaram as estatísticas criminais do FBI num total de 3.054 Condados Americanos entre 1977 e 1992. Os achados foram dramáticos.
O estudo mostrou que os Estados reduziram os assassinatos em 8,5% , os estupros em 5%; os assaltos a mão armada em 7% e os roubos com armas em 3% .
Se esses Estados tivessem aprovado essa lei antes, teriam evitado 1570 assassinatos, 4.177 estupros; 60000 assaltos a mão armada e 12000 roubos.
Para ser mais simples :
"Os criminosos respondem racionalmente a tratamento intimidatorio." (John R. Lott Jr e David Mustard )
Preocupados com a real escalada da violência , logo ao inicio dos anos 80, políticos e autoridades ( tanto anti quanto pró armas) autorizaram o Departamento de Justiça Norte Americano a entabular uma pesquisa nacional entre os criminosos , tentando descobrir-se como eles pensavam sobre os diversos aspectos ligados direta e indiretamente ao teor de suas "atividades".
A pesquisa conduzida por dois cientistas sociais da Universidade de Massachussets, Drs. Wright e Rossi (4) , acabou levando o nome de seus condutores e custou US 684.000, dólares estando publicada na forma de livro , intitulada "Under the Gun: Weapons, Crime and Violence in América"( Aldline 1983) . Seus resultados , note bem , obtidos entre os criminosos encarcerados dos EUA, é cabal e - por si só - já bastaria para encerrar qualquer discussão, pois mostra o pensamento deles para com as armas:
- 88% dos marginais obtém armas de fogo , apesar de toda e qualquer restrição legal ou de policiamento;
- 56% desses criminosos declararam não abordar vitimas que desconfiam estarem armadas;
- 74% dos bandidos afirmaram evitar adentrarem em residência onde sabem estar alguém armado;
- 57% dos encarcerados declararam temer mais um simples cidadão armado do que a própria maquina policial;
- 34% deles revelou como sendo seu maior temor levar um tiro da vítima ou da policia. ( 5)
Segundo o professor John Lott Jr e Davis Mustard ,o fato de pessoas portarem armas discretamente mantém os criminosos incertos quanto as suas vitimas pois não sabem se estão armadas ou não. A possibilidade de qualquer um poder estar carregando uma arma torna o ataque menos atrativo. Os estudos mostraram que enquanto alguns criminosos evitam crimes potencialmente violentos após a lei do porte de arma discreto, eles não necessariamente abandonam a vida criminal.
Alguns dirigem-se para crimes no qual o risco de confronto com uma vítima armada é muito menor. De fato, enquanto a diminuição de crimes violentos contra vitimas portando armas diminui, crimes contra a propriedade aumenta.
( ex. Roubo de automóveis ou maquinas de vender). Isto certamente é uma substituição que o país pode tolerar.
Numa enquete com mais de 3.000 policiais em resposta a uma pesquisa realizada pela associação beneficente da Policia da Georgia , mais de 90 % dos policiais disseram que a lei do controle de armas não ajuda o trabalho policial,
porque essas leis são dirigidas aos cidadãos honestos, ao invés dos criminosos. A comunidade policial da Georgia também afirmou que eles sentem que o proprietário de uma arma legalizada procura aprimorar-se na educação com armas, treinamento e segurança.
Os oficiais foram unanimes em suas convicções de que leis limitando a posse de armas pune cidadãos honestos, enquanto criminosos são deixados livres para obter armas ilegais.
Os comentários retornaram com algumas sugestões incluídas :
-" Controle de armas ? Não ! Punição aos infratores, não aos cidadãos de bem . "
- "Eu acredito que as leis existentes necessitam ser reforçadas com punições mais duras e os crimes cometidos com qualquer arma, deveriam também ser punidos em toda a extensão da lei".
- " Cidadãos honestos devem receber os direitos dados pela Constituição. Um policial não tem nada a temer de um cidadão honesto."
- "O problema que nós estamos enfrentando são pobreza e drogas , não armas. O Governo Americano deveria se preocupar mais com segurança do transito , câncer, AIDS e álcool , os quais matam muito mais pessoas a cada ano ". ( 6)
Vitimas de violência geralmente são pessoas fisicamente mais fracas . Permitindo uma mulher ( habilitada ) portar uma arma para sua defesa , faz uma grande diferença quando abordada por um marginal . Armas são um grande equalizador entre o fraco e o agressor .
Um estudo sobre 300.000 portes de arma emitidos entre primeiro de outubro de 1987 e 31 de dezembro de 1995 , na Florida - USA , mostrou que somente 5 agressões armadas , envolvendo essas pessoas , foram cometidos nesse período, e nenhuma dessas agressões resultou em morte.
Alguns perguntam :
"Discussões de transito entre pessoas armadas pode resultar em morte ? "
Em 31 Estados americanos , sendo que alguns permitem o porte de arma há décadas, existe somente um relato de incidente armado( Texas) , no qual a arma foi usada após um acidente de carro. Mesmo neste caso, o Grande Júri americano, achou que o uso foi em legitima defesa. O proprietário da arma estava sendo surrado pelo outro motorista . (John Lott Jr e Davis Mustard ).
Na mesma pesquisa dos Drs. Wright e Rossi , entrevistando 6.000 Sheriffs e oficiais policiais até o nível administrativo, sobre como eles viam as armas em poder dos civis.
- Mais de 76 % dos policiais entrevistados declararam que o uso de uma arma por cidadãos ao defender uma pessoa, ou sua família, era algo muito eficaz;
- Mais de 86 % deles declaram que , caso não estivesse trabalhando no cumprimento da Lei, teria uma arma para sua proteção .
Estudos realizados na Florida, Oregon, Montana, Mississipi e Pennsylvania demonstraram que pessoas que são bons cidadãos e que desejam se submeter ao processo do porte de arma não transformam-se de uma hora para outra em psicopatas assassinos quando recebem a permissão para portar armas .( 7)
Dois terços de todos os homicídios canadenses não envolvem armas de fogo(9)
Estrangulamentos, facadas e surras contribuíram para a maioria dos homicídios. ( 10)
Álcool e drogas estiveram presentes em 50% de todos os homicídios em 1991 ( 14). Historicamente o álcool tem sido estimado como o fator de maior contribuição em 2 de cada 3 homicídios no Canada ( 15) Em 1991 dois terços de todos os criminosos acusados, possuíam ficha criminal , dos quais 69% estavam proibidos de adquirir ou portar armas de fogo devido a condenações anteriores ( 43).
Armas de fogo representam menos de 2% de todas as causas de mortes no Canada (11).
Raios mataram mais canadenses em 1987 do que proprietários legais de armas. ( 13) . No Canada, entre 1961 e 1990, menos de 1% de todos os homicídios envolveram armas de fogo legalmente registradas ( 42).
Uma pergunta que muitos fazem é: O controle de armas funciona ?
Resposta do [Dominion Bureau of Statistics and Canadian Centre for Justice Statistics]
- Se, por "controle de armas "você entende como manter as armas longe das mãos dos criminosos e educar os usuários ( assim os índices de "acidentes "seriam diminuídos) , então será difícil encontrar alguém que não concorde com você .
Se , entretanto, você pensa que proibir, confiscar e outras limitações legais são necessárias, então eu sugiro que também sejam retirados equipamentos como tacos de hockey - pois Paul atingiu Jane com um taco de hockey.
Antes de 1968, quando qualquer um podia legalmente adquirir qualquer arma, nossas taxas de crimes eram a metade do que tem sido desde 1974. Comparando dois períodos de 20 anos, um aonde uma pessoa podia legalmente possuir qualquer arma, e outro com "leis restritivas "- , de 1974 a 1993 a taxa de homicídio no canada foi 2,4 assassinatos por 100.000 pessoas e de 1946 a 1965 foi cerca de 1.1 por 100.000.
O número de armas é um sintoma e não uma causa. Se armas produzissem assassinatos, então a Suíça, Israel e Noruega deveriam ter taxas semelhantes aos EEUU, visto possuírem um grande número de armas.
A lei Canadense de controle de armas foi efetivada em 1978.
- Taxa de aumento de crimes violentos no Canada entre 1977 e 1991: 89%
- Taxa de aumento de crimes violentos nos EEUU entre 1977 e 1991: 58%
Na ausência de armas de fogo, os criminosos acham outros meios ou outros tipos armas. Nenhuma lei em nenhuma cidade , Estado ou Nação, reduziu o crime violento ou diminuiu as taxas em comparação com outras jurisdições sem essas leis ( 8)
Recomendação do Conselho de Política Domestica de Bill Clinton: ( 17)
" Você não pode tirar armas de homens os quais estão assustados, de mulheres as quais são feridas , ou de comunidades as quais são machucadas sem dar-lhes confiança e senso de segurança "
Para melhor entender o problema, em abril de 1994 foi comissionado um poll por "Tarrance Group ", o qual revelou que somente 10 % dos entrevistados ( entre proprietários e não proprietários de armas) identificaram as armas como importante causa de crime violento, enquanto a grande maioria , 86% ( cerca de 165,3 milhões de adultos americanos) acreditam que o registro ( controle) de armas não irá parar os criminosos . A tabela abaixo mostra as mais importantes causas de crime violento :
Outra pergunta feita foi : "Para você qual é a mais importante causa de crime hoje na América ? "
Cinqüenta e sete por cento identificaram a reforma do sistema judiciário como o meio mais efetivo de reduzir os crimes violentos. Estes 57 % de adultos com mais de 18 anos de idade significam aproximadamente 109,6 milhões de americanos. ( 16)
Baseado nestes fatos , qualquer pessoa pode rapidamente argumentar que "a mídia não viu estes fatos ". Ao contrário , a mídia "viu estes fatos " mas não é interessante para a venda de jornais.( 17 )
Em outro estudo realizado no Texas , pelo "National Center for Policy Analysis " determinou que : "As armas são mais usadas para prevenir crimes do que para ocasioná-los ".
De acordo com o estudo de Dallas ( Texas ), "as pessoas usam armas mais de um milhão de vezes ao ano para prevenir crimes - mais freqüente do que criminosos as usam para cometer crimes".
Segundo Morgan Reynolds ( Senior do N.C.P.A. , economista e co-autor do estudo) , "Um criminoso tem 3 vezes mais chance de ser morto pela sua vítima do que pela policia".
O estudo segue, dizendo que : "armas são usadas somente em 12 % dos crimes violento - e a maioria dessas armas são roubadas. Numa entrevista com criminosos encarcerados eles afirmaram que a principal razão para portarem armas é para poder se defender de outros criminosos.
Reynolds diz que "Ao contrário da crendice popular , as armas são mais freqüentemente usadas em legitima defesa ". " O mito de que vitimas com armas são a fonte das armas dos marginais, ocorre em somente 1% dos casos"
Respostas para algumas crendices populares ( 18):
Mito 1 - As armas ocasionam crimes .
Uma revisão de 18 estudos acadêmicos mostrou que não existe relação entre o numero de armas e a quantidade de crimes nos estados Unidos. Evidencias internacionais apresentam dados semelhantes.
Mito 2 - O controle de armas reduz a criminalidade .
New jersey , Hawaii e Washington ( D.C.) tiveram um aumento das taxas de crimes após a implantação da lei de controle de armas. Canada, Taiwan e Jamaica tiveram a mesma experiência..
Mito 3 - As armas são de pouca ajuda na defesa contra criminosos.
Na verdade, as armas são de grande ajuda. Cada ano, vitimas em potencial matam de 2000 a 3000 criminosos e ferem um adicional de 9000 a 17000. Cidadãos comuns matam pessoas inocentes por engano somente 30 vezes ao ano, comparado com cerca de 330 mortos por engano pela policia. Sucesso de criminosos em tirar a arma da vítima ocorre em menos de 1% das vezes.
Mito 4- O controle de armas impede criminosos de obter armas.
Em entrevista com prisioneiros, a maioria disse que antes de ser preso eles possuíam armas. Mas menos de 1 em 6 armas foram compradas regularmente. Três - quartos dos prisioneiros disseram que não tiveram nenhum problema em obter uma arma , apesar da proibição legal.
Mito 5- As pessoas não necessitam armas para defesa própria
porque elas podem chamar a policia.
Cerca de 83% da população será vítima de criminosos em algum momento da sua vida . Considerando que , efetivamente, existe um policial de patrulha para cada 3.300 pessoas, os dados não parecem sugerir melhoras.
CONCLUSÃO
Infelizmente está desaparecendo , em todo o mundo, uma palavra chamada RESPEITO. Respeito pela família, respeito pelas tradições, respeito pelos vizinhos, respeito pelas crianças , etc.
Existe um declínio nos "valores" da família .Portanto , a solução para o problema do crime não é econômico ou técnico, é filosófico.
Hoje, está ocorrendo uma destruição cultural. Estamos criando uma juventude consumista que recorre a qualquer meio para atingir os seus objetivos. Matam por um par de tênis ou uma jaqueta da moda. Recebem propaganda subliminar de comerciais de televisão, mostrando que para estar na moda ou ser alvo de atenções , tem que usar determinada marca de tênis, fumar tal marca de cigarro, beber certa marca de cerveja , possuir tal modelo de carro, etc.
Todo o trabalho aqui apresentado , bem com todas as pesquisas e estatísticas foram bem claras , demonstrando que não é o meio
( armas, facas , automóveis, etc. ) o causador da violência , mas sim as pessoas e que essas pessoas usam qualquer meio para produzir violência.
Vemos certos países , onde a fome é a forma de violência , entre guerras por posse de poder ou ganhos pessoais, pouco se importando quantos morrerão para isso. Essas pessoas , que geram esses problemas , estão somente preocupadas com o seu ganho e geralmente dizem que "os meios justificam os fins ". Governos que determinam leis em beneficio próprio com fins políticos , as chamadas negociações políticas , nas quais somente está em interesse o poder e a ganância , sendo que o povo é um mero meio para atingir esse fim.
Desemprego, baixa renda, subnutrição, falta de habitação digna, ignorância, escolas que nada ensinam ou escolas onde só se aprende a violência, insegurança, descaso das autoridades, falta de atendimento hospitalar , impunidade , falta de valores morais, aumento populacional desenfreado , fome, desemprego ou empregos com péssima remuneração , falta de perspectiva de um futuro melhor, desrespeito a todos os valores , uma juventude abandonada e criada
por comerciais e filmes de televisão ( onde tudo é possível) , drogas , bebidas ( vendida a qualquer adolescente), a troca do homem por máquinas, estas são algumas das causas da violência.
Creio que ficarmos falando de um dos meios de uso dessas causas é como pregar no deserto. Nunca conseguiremos eliminar a violência sem corrigir estas causas .
Mas , talvez , seja mais fácil falar dos meios do que das causas, talvez os meios produzam um efeito político imediato, e assim , deixamos o problema aumentar e passamos aos próximos governantes a real causa da violência.
Acho que está chegando a hora de despertar e enfrentar os problemas ou eles nos destruirão , e levarão junto aqueles que os ignoraram, ou seja , causas e causadores sucumbirão. Será a destruição total , e em pouco tempo.
BIBLIOGRAFIA:
(1) ( Carta dirigida ao Congresso Americano : parte do livro "The Anti-Gun- Psycological and Sociological profile of the "New Class"Gun- Hating Bigots in América -January 1994)
(2) (Reportagem da Zero Hora ( 23 de outubro de 1996 , pg. 4):
( 3 ) ( Jornal de Sta. Maria _ Maj. Luiz Fernando Aita)
(4) Dr. James W. Wright é professor de sociologia e diretor do Instituto de Pesquisa Social e Demográfica ( SADRI) da Universidade de Massachusetts , um expert em pesquisa de dados, e um fervoroso defensor de leis sobre armas. Autor de vários trabalhos, em 1975 publicou "The Ownership of the Means of Destruction: Weapons in the United States ".
Peter H. Rossi ,também do Instituto de Pesquisa Social e Demográfica ( SADRI) da Universidade de Massachusetts e Presidente da American Sociological Association.
( 5) Jornal de Sta. Maria - Maj. Luiz Fernando Aita
- American Rifleman - August 85
( 6) -The Badge - Law Enforcement News - vol 2, number 1, March , 1990
( 7 ) - Police review - The violence of gun control - number 63 - year -
1993 - David B. Kopel - pg....-7)
[8] David B. Kopel, op. cit., examined the effectiveness of the firearms control policies of Japan, Canada, Britain, Switzerland, Jamaica, Austraila, New Zealand, and the United States, from a historical and sociological perspective. Additional source references are: Gary Kleck and Brett Patterson, op. cit; Joseph P. Magadin and Marshal Medoff, "An Empirical Analysis of Federal and State Firearms Control Laws",(1984); Douglas R. Murray, "Handguns, Gun Control Laws and Firearms Violence", Social Problems, Vol. 23 (1975), Matthew R.Dezee, "Gun Control Legislation: Impact and Ideology", Law and Policy Quarterly Vol. 5 (1983), p.367; J. Killias, "Gun Ownership and Violent Crime", Security Journal, Vol.1 No.3 (1990), p.171; Peter H. Rossi and James D. Wright, "Weapons, Crimes, and Violence in America: Executive Summary", (US Department of Justice, National Institute of Justice, 1981); Solicitor General of Canada, "Firearms Control in Canada: An Evaluation", (Ministry of Supply and Services Canada, 1983); Don B. Kates Jr., "Restricting Handguns: The Liberal Skeptics Speak Out", (North River Press, 1979); and B. Bruce-Briggs, "The Great American Gun War", The Public Interest, No. 45 (Fall 1976), pp. 37-62
(9 ) Juristat Service Bulletin Vol. 12 No.18, "Homicide in Canada 1991" (Statistics Canada, Canadian Centre for Justice Statistics, Oct 1992) p.2.
[10] Ibid, p.8
[11] Health Reports Vol. 1 No.1, "Mortality: Summary List of Causes 1987", (Statistics Canada, Health Division, Oct. 1989), p.60.
( 12 ) Causes of Death 1992 (Minister of Industry, Science and Technology, Statistics Canada, Health Statistics Division, Sept. 1994); and, Method of Committing Homicide Offences, Canadian, the Provinces /Territories, 1992 (Minister of Industry, Science and Technology, Statistics Canada, Canadian Centre for Justice Statistics, 1992)]
[13] Health Reports Vol.1 No.1,"Causes of Death 1987", (Statistics Canada, Health Division, Oct. 1989) pp, 176-178
[14] Juristat Service Bulletin Vol.12 NO.18, op. cit., p.15.
[15] Neil Boyd, "The Last Dance: Murder in Canada", (Prentice-Hall
Canada, 1988) pp. 156-157
(16) Fonte : U.S. Bureau of the census, 1994 estimates.
(17) - True Views - Crime in América - Special Report - April 1994
( 18) - Myths about Gun Control - National Center for Policy Analysis -
12655 North central Expressway , Suite 720 - Dallas - Texas 75243
( 19) - Zero Hora - 10 de fevereiro de 1997 - pg. 37
( 20 ) - Zero Hora - 11 de fevereiro de 1997 - pg. 39
( 21 ) Zero Hora - 31 de maio de 1995 - pg. 28
( 22) Correio do Povo - 5 de junho de 1995 - pg. 19
( 23) Zero Hora - 5 de junho de 1995 - pg.51
( 24) Zero Hora - 31de julho de 1995 - pg.60
( 25) Zero Hora - 21 de agosto de 1996 - pg. 3
(32 ) Coalition For Gun Control fact sheet
[42] Number of Restricted Guns Used in Homicide Offences by Year,
(Statistics Canada, Can. Centre for Justice Statistics, Law
Enforcement Program), pp.1 to 8
[43] Juristat Service Bulletin Vol. 12 No. 18, Homicide in Canada
1991, (Statistics Canada, Can. Centre for Justice Statistics,
Oct. 1992), p. 15
Documento Integral copiado em http://handgun.com.br/
J. Fauri
O DIREITO À LEGITIMA DEFESA
INTRODUÇÃO :
Para os defensores do desarmamento, as armas são como coisas vivas com vontade própria. Eles descrevem armas como se elas tivessem braços, pernas e vontade própria. Eles falam sobre "armas roubando lojas "; e "armas matando pessoas". Para usar o "pensamento" dessa nova classe de defensores dos grupos anti-armas, e para usar as palavras como eles usam, deveríamos acreditar que carros vão a bares, ficam bêbados e então correm para matar pessoas. Como "motoristas bêbados não matam pessoas , carros matam pessoas"; Você deverá acreditar que martelos e madeiras constróem casas por vontade própria. Como "pessoas não constróem casas, martelos e madeiras constróem por vontade própria". Para essa classe, cada arma é realmente algum tipo de Exterminador, e quando ninguém está olhando, crescem braços e pernas nas armas e elas saem dos armários para matar pessoas.
Todos acham que o controle das armas será a solução para todos os problemas. Quando o "controle das armas" chegar, não haverá mais roubos de carros, acabarão os assaltos , não haverá mais crimes, cessarão os nascimentos ilegítimos, todos os traficantes desaparecerão e o mundo será bom.
Muitos deles pensam que animais são mais importantes que pessoas. Eles se preocupam mais em proteger animais do que proteger pessoas. ( 1 )
OBS: Mesmo no Brasil, matar animais silvestres é um crime inafiançável , enquanto que o agressor poderá responder em liberdade se matar uma pessoa.
Serão as armas a causa da violência? Menor numero de armas será igual a menor numero de crimes ?
Muitas opiniões tem surgido , a maioria movida por fatores pessoais na qual a pessoa coloca o seu próprio sofrimento ou histórias que ouviu contar.
REFERENCIAL TEÓRICO E ANÁLISE DO PROBLEMA
Automóveis matam mais do que qualquer outro meio violento . Atropelamentos matam 30 por dia.
No ano de 1995 , 25.513 brasileiros morreram por acidentes de transito.
Os alvos principais foram os pedestres ( 43,3% - 11052) seguidos por condutores ( 34.3% - 8754) e por passageiros ( 22,4% - 5.707) .Entre 1965 e 1973 , na Guerra do Vietnã, um dos mais encarniçados combates deste século , morreram 45.941 soldados americanos. A média foi de 5.104 baixas por ano - pouco menos da metade dos 11.052 brasileiros fulminados por atropelamentos. Não estamos falando dos que ficaram inválidos, e nem dos custos desses atropelamentos.
Em Porto Alegre, de janeiro a agosto de 1996 , 52 pedestres morreram atropelados. ( 2)
Na BR-386 com 445 Km de extensão, temos os seguintes dados:
- Uma pessoa morre a cada 3,5 dias ;
- Uma pessoa fica ferida a cada 10 horas ;
- A cada 6 horas ocorre um acidente ;
* O custo com atendimento médico - hospitalar a acidentados em estradas federais no país custa cerca de US$ 22 milhões por ano.( 19 )
Na BR-290 com 725,6 Km, temos os seguintes dados:
- Uma pessoa morre a cada 6 dias;
- Uma pessoa fica ferida a cada 11 horas ;
- A cada 5 horas ocorre um acidente ;
- Um acidente custa uma média de US$ 27 mil à União, incluídos neste valor gastos com patrulheiros e danos a carga, principalmente quando são toxicas. ( 20 )
Será que as causas foram os veículos ? Ou será que as causas foram as pessoas imprudentes, irresponsáveis ou as leis que não são cumpridas e que levam as pessoas a confiarem na impunidade; o desrespeito à vida dos outros ; a falta de educação e de princípios morais ; ou seja muitas podem ser as causas , mas certamente não foram os meios. Pois, qualquer automóvel parado na garagem , não sai sozinho para atropelar alguém.
Estatística Canadense :
O numero de mortes ocasionadas por carros no Canada em 1991 foi de 3882. O numero de mortes ocasionadas por armas de fogo em 1990 no Canada foi de 66.
O custo do seguro mostra que armas de fogo são consideravelmente menos perigosas que automóveis .
A National Firearms Association oferece um seguro de $2.000.000,00 por apenas $4,75 por ano. O seguro de um automóvel varia de $400 a $2000 por ano. Todos as taxas de seguro estão baseadas em estudos atuais sobre riscos e histórias de incidentes.
Carros versus Armas de fogo
- Você não necessita uma licença de motorista para comprar um carro (ou gasolina)
- Você não necessita referencias para comprar um carro .
- Você não necessita se submeter a uma ficha policial para comprar um carro.
- Você não necessita justificar a compra de um carro .
- Você não necessita ser membro de uma Associação ou Clube para ter um carro.
- Você não necessita guardar o seu carro trancado em uma garagem fechada.
- Você pode ter quantos carros você desejar. (32 )
Muitas manchetes de jornal nos chamam a atenção, demonstrando que o numero de mortes por outros meios, que não as armas de fogo, são em grande numero :
- "Preso o homem que matou com a pá " ( 21)
- "Bebeu e matou com faca... " ( 22)
- "Menor esfaqueia marceneiro " ( 23 )
- " Família é assassinada a facadas " ( 24)
" Mutatis mutantis" , com as armas de fogo ocorre o mesmo . Nenhuma arma por livre vontade mata alguém. Todos estão cansados de ouvir , mas poucos param para pensar numa frase que diz : Armas por si só não matam pessoas , pessoas matam pessoas. O Papa João Paulo II declarou: "Quem mata é o homen , não a sua espada ou seus mísseis" ).
O cardeal-arcebisbo , de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns, defendeu um maior numero de policiais nas ruas, com mais armas. ( 25)
Portanto não é tirando os meios que resolve o fato. Mesmo porque , o dia em que as "armas forem considerados fora da lei , somente os fora da lei terão armas ".
Desarmar a população ?
Que população ? A que paga impostos e mantém o Governo ? A que deseja ordem e progresso como diz em nossa bandeira ? Ou a população de assaltantes , criminosos , marginais que proliferam, transformando o País num caos e colocando o trabalhador honesto numa prisão albergue , da qual ele pode sair pela manhã para trabalhar e voltar logo para casa e ficar trancado entre grades e portões de ferro . Conforme estatísticas do Departamento de Armas , Munições e explosivos ( DAME ) , de Porto Alegre, nos últimos 3 anos , das pessoas com porte de arma , somente duas se envolveram em confrontos , sendo que uma foi legitima defesa e a outra foi o chamado disparo acidental.
Portanto, os tiroteios que ocorrem estão sendo realizados por marginais e por armas clandestinas, pois sabemos que o numero de armas clandestinas é muito maior que o numero de armas legais .
O contrabando ocorre em grande escala.
No Fantástico , foi mostrado a venda de armas clandestinas ( desde metralhadoras até fuzis de assalto ) numa favela do Rio de Janeiro. Porque não desarmar esses marginais ?
Porque querer tirar do cidadão de bem o direito da defesa? O Estado não possui condições de dar proteção ao cidadão que paga impostos para ter segurança. Seria o caso de perguntar se isso não estaria incluso no código do consumidor , no qual o cidadão está pagando por um serviço que não está tendo. E mesmo assim o Estado que deveria por lei proteger o cidadão , ainda deseja coloca-lo frente a frente com o marginal , e ainda por cima desarmado ?
Se o Estado não pode devolver a vida , não tem o direito de tirá-la. E está tirando quando nega a legitima defesa ao cidadão .
A Policia não é onipresente, isto é , não pode estar presente o tempo todo em todo o lugar. Normalmente ela chega após o fato ocorrido. E quem nos defende durante a ocorrência desses fatos? Porque negar o direito da defesa ao cidadão de bem?
Não estamos apregoando a liberação descontrolada, mas sim o direito do cidadão devidamente instruído portar a sua arma . Mais grave é o fato de uma pessoa adquirir uma arma clandestina e portar em via publica , sem o devido preparo e autorização da autoridade competente.
Podemos ter certeza de que se fosse realizado um plebiscito para sabermos a opinião da população sobre o desarmamento , todos os marginais votariam a favor , pois assim o "trabalho " deles ficaria mais fácil , uma vez que somente eles teriam armas.
Em 1981, na cidade de Kennasaw, no estado da Georgia, uma lei foi instituída que obrigava que cada adulto tivesse uma arma em seu poder pessoal ou em sua residência.
Inicialmente , isto criou uma imensa fúria entre os grupos anti-armas. Esses grupos favoráveis ao controle máximo das armas de fogo fizeram previsões: muitos cidadãos morreriam por causa dessa lei e o que é pior, diziam eles,- aqueles que autorizaram a lei, sentir-se-iam responsáveis por essas mortes.
Nada disso aconteceu. Os fatos são que apenas no primeiro ano de vigência da lei - os crimes violentos e assaltos na cidade de Kennasaw diminuíram 80% . ( 3)
Existe uma questão crucial nas leis sobre controle de armas. Qual o seu verdadeiro efeito ?
Mais vidas serão salvas ou perdidas ? Elas deterão o crime ou o encorajarão ?
Para providenciar uma resposta mais sistemática, foi realizado um estudo sobre uma lei do controle de armas , - a permissão para usar armas discretamente, ou seja sem ser visível. Trinta e um Estados Americanos deram aos seus cidadãos o direito de portar armas caso não possuíssem ficha criminal ou historia de doença mental.
O professor John R. Lott Jr. , ( University of Chicago Law School) juntamente com David Mustard ( graduado em economia pela University of Chicago) , analisaram as estatísticas criminais do FBI num total de 3.054 Condados Americanos entre 1977 e 1992. Os achados foram dramáticos.
O estudo mostrou que os Estados reduziram os assassinatos em 8,5% , os estupros em 5%; os assaltos a mão armada em 7% e os roubos com armas em 3% .
Se esses Estados tivessem aprovado essa lei antes, teriam evitado 1570 assassinatos, 4.177 estupros; 60000 assaltos a mão armada e 12000 roubos.
Para ser mais simples :
"Os criminosos respondem racionalmente a tratamento intimidatorio." (John R. Lott Jr e David Mustard )
Preocupados com a real escalada da violência , logo ao inicio dos anos 80, políticos e autoridades ( tanto anti quanto pró armas) autorizaram o Departamento de Justiça Norte Americano a entabular uma pesquisa nacional entre os criminosos , tentando descobrir-se como eles pensavam sobre os diversos aspectos ligados direta e indiretamente ao teor de suas "atividades".
A pesquisa conduzida por dois cientistas sociais da Universidade de Massachussets, Drs. Wright e Rossi (4) , acabou levando o nome de seus condutores e custou US 684.000, dólares estando publicada na forma de livro , intitulada "Under the Gun: Weapons, Crime and Violence in América"( Aldline 1983) . Seus resultados , note bem , obtidos entre os criminosos encarcerados dos EUA, é cabal e - por si só - já bastaria para encerrar qualquer discussão, pois mostra o pensamento deles para com as armas:
- 88% dos marginais obtém armas de fogo , apesar de toda e qualquer restrição legal ou de policiamento;
- 56% desses criminosos declararam não abordar vitimas que desconfiam estarem armadas;
- 74% dos bandidos afirmaram evitar adentrarem em residência onde sabem estar alguém armado;
- 57% dos encarcerados declararam temer mais um simples cidadão armado do que a própria maquina policial;
- 34% deles revelou como sendo seu maior temor levar um tiro da vítima ou da policia. ( 5)
Segundo o professor John Lott Jr e Davis Mustard ,o fato de pessoas portarem armas discretamente mantém os criminosos incertos quanto as suas vitimas pois não sabem se estão armadas ou não. A possibilidade de qualquer um poder estar carregando uma arma torna o ataque menos atrativo. Os estudos mostraram que enquanto alguns criminosos evitam crimes potencialmente violentos após a lei do porte de arma discreto, eles não necessariamente abandonam a vida criminal.
Alguns dirigem-se para crimes no qual o risco de confronto com uma vítima armada é muito menor. De fato, enquanto a diminuição de crimes violentos contra vitimas portando armas diminui, crimes contra a propriedade aumenta.
( ex. Roubo de automóveis ou maquinas de vender). Isto certamente é uma substituição que o país pode tolerar.
Numa enquete com mais de 3.000 policiais em resposta a uma pesquisa realizada pela associação beneficente da Policia da Georgia , mais de 90 % dos policiais disseram que a lei do controle de armas não ajuda o trabalho policial,
porque essas leis são dirigidas aos cidadãos honestos, ao invés dos criminosos. A comunidade policial da Georgia também afirmou que eles sentem que o proprietário de uma arma legalizada procura aprimorar-se na educação com armas, treinamento e segurança.
Os oficiais foram unanimes em suas convicções de que leis limitando a posse de armas pune cidadãos honestos, enquanto criminosos são deixados livres para obter armas ilegais.
Os comentários retornaram com algumas sugestões incluídas :
-" Controle de armas ? Não ! Punição aos infratores, não aos cidadãos de bem . "
- "Eu acredito que as leis existentes necessitam ser reforçadas com punições mais duras e os crimes cometidos com qualquer arma, deveriam também ser punidos em toda a extensão da lei".
- " Cidadãos honestos devem receber os direitos dados pela Constituição. Um policial não tem nada a temer de um cidadão honesto."
- "O problema que nós estamos enfrentando são pobreza e drogas , não armas. O Governo Americano deveria se preocupar mais com segurança do transito , câncer, AIDS e álcool , os quais matam muito mais pessoas a cada ano ". ( 6)
Vitimas de violência geralmente são pessoas fisicamente mais fracas . Permitindo uma mulher ( habilitada ) portar uma arma para sua defesa , faz uma grande diferença quando abordada por um marginal . Armas são um grande equalizador entre o fraco e o agressor .
Um estudo sobre 300.000 portes de arma emitidos entre primeiro de outubro de 1987 e 31 de dezembro de 1995 , na Florida - USA , mostrou que somente 5 agressões armadas , envolvendo essas pessoas , foram cometidos nesse período, e nenhuma dessas agressões resultou em morte.
Alguns perguntam :
"Discussões de transito entre pessoas armadas pode resultar em morte ? "
Em 31 Estados americanos , sendo que alguns permitem o porte de arma há décadas, existe somente um relato de incidente armado( Texas) , no qual a arma foi usada após um acidente de carro. Mesmo neste caso, o Grande Júri americano, achou que o uso foi em legitima defesa. O proprietário da arma estava sendo surrado pelo outro motorista . (John Lott Jr e Davis Mustard ).
Na mesma pesquisa dos Drs. Wright e Rossi , entrevistando 6.000 Sheriffs e oficiais policiais até o nível administrativo, sobre como eles viam as armas em poder dos civis.
- Mais de 76 % dos policiais entrevistados declararam que o uso de uma arma por cidadãos ao defender uma pessoa, ou sua família, era algo muito eficaz;
- Mais de 86 % deles declaram que , caso não estivesse trabalhando no cumprimento da Lei, teria uma arma para sua proteção .
Estudos realizados na Florida, Oregon, Montana, Mississipi e Pennsylvania demonstraram que pessoas que são bons cidadãos e que desejam se submeter ao processo do porte de arma não transformam-se de uma hora para outra em psicopatas assassinos quando recebem a permissão para portar armas .( 7)
Dois terços de todos os homicídios canadenses não envolvem armas de fogo(9)
Estrangulamentos, facadas e surras contribuíram para a maioria dos homicídios. ( 10)
Álcool e drogas estiveram presentes em 50% de todos os homicídios em 1991 ( 14). Historicamente o álcool tem sido estimado como o fator de maior contribuição em 2 de cada 3 homicídios no Canada ( 15) Em 1991 dois terços de todos os criminosos acusados, possuíam ficha criminal , dos quais 69% estavam proibidos de adquirir ou portar armas de fogo devido a condenações anteriores ( 43).
Armas de fogo representam menos de 2% de todas as causas de mortes no Canada (11).
Raios mataram mais canadenses em 1987 do que proprietários legais de armas. ( 13) . No Canada, entre 1961 e 1990, menos de 1% de todos os homicídios envolveram armas de fogo legalmente registradas ( 42).
Uma pergunta que muitos fazem é: O controle de armas funciona ?
Resposta do [Dominion Bureau of Statistics and Canadian Centre for Justice Statistics]
- Se, por "controle de armas "você entende como manter as armas longe das mãos dos criminosos e educar os usuários ( assim os índices de "acidentes "seriam diminuídos) , então será difícil encontrar alguém que não concorde com você .
Se , entretanto, você pensa que proibir, confiscar e outras limitações legais são necessárias, então eu sugiro que também sejam retirados equipamentos como tacos de hockey - pois Paul atingiu Jane com um taco de hockey.
Antes de 1968, quando qualquer um podia legalmente adquirir qualquer arma, nossas taxas de crimes eram a metade do que tem sido desde 1974. Comparando dois períodos de 20 anos, um aonde uma pessoa podia legalmente possuir qualquer arma, e outro com "leis restritivas "- , de 1974 a 1993 a taxa de homicídio no canada foi 2,4 assassinatos por 100.000 pessoas e de 1946 a 1965 foi cerca de 1.1 por 100.000.
O número de armas é um sintoma e não uma causa. Se armas produzissem assassinatos, então a Suíça, Israel e Noruega deveriam ter taxas semelhantes aos EEUU, visto possuírem um grande número de armas.
A lei Canadense de controle de armas foi efetivada em 1978.
- Taxa de aumento de crimes violentos no Canada entre 1977 e 1991: 89%
- Taxa de aumento de crimes violentos nos EEUU entre 1977 e 1991: 58%
Na ausência de armas de fogo, os criminosos acham outros meios ou outros tipos armas. Nenhuma lei em nenhuma cidade , Estado ou Nação, reduziu o crime violento ou diminuiu as taxas em comparação com outras jurisdições sem essas leis ( 8)
Recomendação do Conselho de Política Domestica de Bill Clinton: ( 17)
" Você não pode tirar armas de homens os quais estão assustados, de mulheres as quais são feridas , ou de comunidades as quais são machucadas sem dar-lhes confiança e senso de segurança "
Para melhor entender o problema, em abril de 1994 foi comissionado um poll por "Tarrance Group ", o qual revelou que somente 10 % dos entrevistados ( entre proprietários e não proprietários de armas) identificaram as armas como importante causa de crime violento, enquanto a grande maioria , 86% ( cerca de 165,3 milhões de adultos americanos) acreditam que o registro ( controle) de armas não irá parar os criminosos . A tabela abaixo mostra as mais importantes causas de crime violento :
Outra pergunta feita foi : "Para você qual é a mais importante causa de crime hoje na América ? "
Cinqüenta e sete por cento identificaram a reforma do sistema judiciário como o meio mais efetivo de reduzir os crimes violentos. Estes 57 % de adultos com mais de 18 anos de idade significam aproximadamente 109,6 milhões de americanos. ( 16)
Baseado nestes fatos , qualquer pessoa pode rapidamente argumentar que "a mídia não viu estes fatos ". Ao contrário , a mídia "viu estes fatos " mas não é interessante para a venda de jornais.( 17 )
Em outro estudo realizado no Texas , pelo "National Center for Policy Analysis " determinou que : "As armas são mais usadas para prevenir crimes do que para ocasioná-los ".
De acordo com o estudo de Dallas ( Texas ), "as pessoas usam armas mais de um milhão de vezes ao ano para prevenir crimes - mais freqüente do que criminosos as usam para cometer crimes".
Segundo Morgan Reynolds ( Senior do N.C.P.A. , economista e co-autor do estudo) , "Um criminoso tem 3 vezes mais chance de ser morto pela sua vítima do que pela policia".
O estudo segue, dizendo que : "armas são usadas somente em 12 % dos crimes violento - e a maioria dessas armas são roubadas. Numa entrevista com criminosos encarcerados eles afirmaram que a principal razão para portarem armas é para poder se defender de outros criminosos.
Reynolds diz que "Ao contrário da crendice popular , as armas são mais freqüentemente usadas em legitima defesa ". " O mito de que vitimas com armas são a fonte das armas dos marginais, ocorre em somente 1% dos casos"
Respostas para algumas crendices populares ( 18):
Mito 1 - As armas ocasionam crimes .
Uma revisão de 18 estudos acadêmicos mostrou que não existe relação entre o numero de armas e a quantidade de crimes nos estados Unidos. Evidencias internacionais apresentam dados semelhantes.
Mito 2 - O controle de armas reduz a criminalidade .
New jersey , Hawaii e Washington ( D.C.) tiveram um aumento das taxas de crimes após a implantação da lei de controle de armas. Canada, Taiwan e Jamaica tiveram a mesma experiência..
Mito 3 - As armas são de pouca ajuda na defesa contra criminosos.
Na verdade, as armas são de grande ajuda. Cada ano, vitimas em potencial matam de 2000 a 3000 criminosos e ferem um adicional de 9000 a 17000. Cidadãos comuns matam pessoas inocentes por engano somente 30 vezes ao ano, comparado com cerca de 330 mortos por engano pela policia. Sucesso de criminosos em tirar a arma da vítima ocorre em menos de 1% das vezes.
Mito 4- O controle de armas impede criminosos de obter armas.
Em entrevista com prisioneiros, a maioria disse que antes de ser preso eles possuíam armas. Mas menos de 1 em 6 armas foram compradas regularmente. Três - quartos dos prisioneiros disseram que não tiveram nenhum problema em obter uma arma , apesar da proibição legal.
Mito 5- As pessoas não necessitam armas para defesa própria
porque elas podem chamar a policia.
Cerca de 83% da população será vítima de criminosos em algum momento da sua vida . Considerando que , efetivamente, existe um policial de patrulha para cada 3.300 pessoas, os dados não parecem sugerir melhoras.
CONCLUSÃO
Infelizmente está desaparecendo , em todo o mundo, uma palavra chamada RESPEITO. Respeito pela família, respeito pelas tradições, respeito pelos vizinhos, respeito pelas crianças , etc.
Existe um declínio nos "valores" da família .Portanto , a solução para o problema do crime não é econômico ou técnico, é filosófico.
Hoje, está ocorrendo uma destruição cultural. Estamos criando uma juventude consumista que recorre a qualquer meio para atingir os seus objetivos. Matam por um par de tênis ou uma jaqueta da moda. Recebem propaganda subliminar de comerciais de televisão, mostrando que para estar na moda ou ser alvo de atenções , tem que usar determinada marca de tênis, fumar tal marca de cigarro, beber certa marca de cerveja , possuir tal modelo de carro, etc.
Todo o trabalho aqui apresentado , bem com todas as pesquisas e estatísticas foram bem claras , demonstrando que não é o meio
( armas, facas , automóveis, etc. ) o causador da violência , mas sim as pessoas e que essas pessoas usam qualquer meio para produzir violência.
Vemos certos países , onde a fome é a forma de violência , entre guerras por posse de poder ou ganhos pessoais, pouco se importando quantos morrerão para isso. Essas pessoas , que geram esses problemas , estão somente preocupadas com o seu ganho e geralmente dizem que "os meios justificam os fins ". Governos que determinam leis em beneficio próprio com fins políticos , as chamadas negociações políticas , nas quais somente está em interesse o poder e a ganância , sendo que o povo é um mero meio para atingir esse fim.
Desemprego, baixa renda, subnutrição, falta de habitação digna, ignorância, escolas que nada ensinam ou escolas onde só se aprende a violência, insegurança, descaso das autoridades, falta de atendimento hospitalar , impunidade , falta de valores morais, aumento populacional desenfreado , fome, desemprego ou empregos com péssima remuneração , falta de perspectiva de um futuro melhor, desrespeito a todos os valores , uma juventude abandonada e criada
por comerciais e filmes de televisão ( onde tudo é possível) , drogas , bebidas ( vendida a qualquer adolescente), a troca do homem por máquinas, estas são algumas das causas da violência.
Creio que ficarmos falando de um dos meios de uso dessas causas é como pregar no deserto. Nunca conseguiremos eliminar a violência sem corrigir estas causas .
Mas , talvez , seja mais fácil falar dos meios do que das causas, talvez os meios produzam um efeito político imediato, e assim , deixamos o problema aumentar e passamos aos próximos governantes a real causa da violência.
Acho que está chegando a hora de despertar e enfrentar os problemas ou eles nos destruirão , e levarão junto aqueles que os ignoraram, ou seja , causas e causadores sucumbirão. Será a destruição total , e em pouco tempo.
BIBLIOGRAFIA:
(1) ( Carta dirigida ao Congresso Americano : parte do livro "The Anti-Gun- Psycological and Sociological profile of the "New Class"Gun- Hating Bigots in América -January 1994)
(2) (Reportagem da Zero Hora ( 23 de outubro de 1996 , pg. 4):
( 3 ) ( Jornal de Sta. Maria _ Maj. Luiz Fernando Aita)
(4) Dr. James W. Wright é professor de sociologia e diretor do Instituto de Pesquisa Social e Demográfica ( SADRI) da Universidade de Massachusetts , um expert em pesquisa de dados, e um fervoroso defensor de leis sobre armas. Autor de vários trabalhos, em 1975 publicou "The Ownership of the Means of Destruction: Weapons in the United States ".
Peter H. Rossi ,também do Instituto de Pesquisa Social e Demográfica ( SADRI) da Universidade de Massachusetts e Presidente da American Sociological Association.
( 5) Jornal de Sta. Maria - Maj. Luiz Fernando Aita
- American Rifleman - August 85
( 6) -The Badge - Law Enforcement News - vol 2, number 1, March , 1990
( 7 ) - Police review - The violence of gun control - number 63 - year -
1993 - David B. Kopel - pg....-7)
[8] David B. Kopel, op. cit., examined the effectiveness of the firearms control policies of Japan, Canada, Britain, Switzerland, Jamaica, Austraila, New Zealand, and the United States, from a historical and sociological perspective. Additional source references are: Gary Kleck and Brett Patterson, op. cit; Joseph P. Magadin and Marshal Medoff, "An Empirical Analysis of Federal and State Firearms Control Laws",(1984); Douglas R. Murray, "Handguns, Gun Control Laws and Firearms Violence", Social Problems, Vol. 23 (1975), Matthew R.Dezee, "Gun Control Legislation: Impact and Ideology", Law and Policy Quarterly Vol. 5 (1983), p.367; J. Killias, "Gun Ownership and Violent Crime", Security Journal, Vol.1 No.3 (1990), p.171; Peter H. Rossi and James D. Wright, "Weapons, Crimes, and Violence in America: Executive Summary", (US Department of Justice, National Institute of Justice, 1981); Solicitor General of Canada, "Firearms Control in Canada: An Evaluation", (Ministry of Supply and Services Canada, 1983); Don B. Kates Jr., "Restricting Handguns: The Liberal Skeptics Speak Out", (North River Press, 1979); and B. Bruce-Briggs, "The Great American Gun War", The Public Interest, No. 45 (Fall 1976), pp. 37-62
(9 ) Juristat Service Bulletin Vol. 12 No.18, "Homicide in Canada 1991" (Statistics Canada, Canadian Centre for Justice Statistics, Oct 1992) p.2.
[10] Ibid, p.8
[11] Health Reports Vol. 1 No.1, "Mortality: Summary List of Causes 1987", (Statistics Canada, Health Division, Oct. 1989), p.60.
( 12 ) Causes of Death 1992 (Minister of Industry, Science and Technology, Statistics Canada, Health Statistics Division, Sept. 1994); and, Method of Committing Homicide Offences, Canadian, the Provinces /Territories, 1992 (Minister of Industry, Science and Technology, Statistics Canada, Canadian Centre for Justice Statistics, 1992)]
[13] Health Reports Vol.1 No.1,"Causes of Death 1987", (Statistics Canada, Health Division, Oct. 1989) pp, 176-178
[14] Juristat Service Bulletin Vol.12 NO.18, op. cit., p.15.
[15] Neil Boyd, "The Last Dance: Murder in Canada", (Prentice-Hall
Canada, 1988) pp. 156-157
(16) Fonte : U.S. Bureau of the census, 1994 estimates.
(17) - True Views - Crime in América - Special Report - April 1994
( 18) - Myths about Gun Control - National Center for Policy Analysis -
12655 North central Expressway , Suite 720 - Dallas - Texas 75243
( 19) - Zero Hora - 10 de fevereiro de 1997 - pg. 37
( 20 ) - Zero Hora - 11 de fevereiro de 1997 - pg. 39
( 21 ) Zero Hora - 31 de maio de 1995 - pg. 28
( 22) Correio do Povo - 5 de junho de 1995 - pg. 19
( 23) Zero Hora - 5 de junho de 1995 - pg.51
( 24) Zero Hora - 31de julho de 1995 - pg.60
( 25) Zero Hora - 21 de agosto de 1996 - pg. 3
(32 ) Coalition For Gun Control fact sheet
[42] Number of Restricted Guns Used in Homicide Offences by Year,
(Statistics Canada, Can. Centre for Justice Statistics, Law
Enforcement Program), pp.1 to 8
[43] Juristat Service Bulletin Vol. 12 No. 18, Homicide in Canada
1991, (Statistics Canada, Can. Centre for Justice Statistics,
Oct. 1992), p. 15
Documento Integral copiado em http://handgun.com.br/
J. Fauri
terça-feira, 24 de janeiro de 2006
Manuel Alegre
Um resultado histórico
Em apenas três meses, Manuel Alegre alcançou um resultado histórico nas eleições presidenciais, contrariando a lógica da bipolarização entre Cavaco Silva e Mário Soares, que desde o início se tinha instalado na generalidade dos média. Está de parabéns o nosso Candidato, está de parabéns o movimento cívico que se gerou à volta da sua candidatura, estão de parabéns todos os que com total generosidade e entusiasmo se entregaram a esta causa e com Manuel Alegre ajudaram a construir este resultado. Foi uma vitória da democracia participativa e do poder dos cidadãos, para lá dos máquinas e directórios partidários. O feito histórico que Manuel Alegre conseguiu é já um facto pioneiro nas democracias europeias e representa uma forma de combater a crise do sistema de representação política. Não deixaremos que a esperança que se abriu seja devorada pela pequenez dos que não sabem ler nos resultados eleitorais os sinais dos tempos, nem são capazes de tirar lições das derrotas que sofreram.
[A candidatura de Manuel Alegre, 23.01.2006]
Em apenas três meses, Manuel Alegre alcançou um resultado histórico nas eleições presidenciais, contrariando a lógica da bipolarização entre Cavaco Silva e Mário Soares, que desde o início se tinha instalado na generalidade dos média. Está de parabéns o nosso Candidato, está de parabéns o movimento cívico que se gerou à volta da sua candidatura, estão de parabéns todos os que com total generosidade e entusiasmo se entregaram a esta causa e com Manuel Alegre ajudaram a construir este resultado. Foi uma vitória da democracia participativa e do poder dos cidadãos, para lá dos máquinas e directórios partidários. O feito histórico que Manuel Alegre conseguiu é já um facto pioneiro nas democracias europeias e representa uma forma de combater a crise do sistema de representação política. Não deixaremos que a esperança que se abriu seja devorada pela pequenez dos que não sabem ler nos resultados eleitorais os sinais dos tempos, nem são capazes de tirar lições das derrotas que sofreram.
[A candidatura de Manuel Alegre, 23.01.2006]
Sexo comercial
..."em debate questões importantes relativas aos direitos individuais: cabe ao Estado legislar e gerir sobre corpos e prazeres entre pessoas adultas, livres e autônomas? Deve o Estado reprimir o "sexo comercial"?
Cidadania na internet
Les Demoiselles d'Avignon - Picasso
Cidadania na internet
Les Demoiselles d'Avignon - Picasso
segunda-feira, 23 de janeiro de 2006
Lugares e Mundos
E por lugares, e mundos como Ceiroquinho (terra do meu avô José Fernandes). Relvas, Teixeira, Água d’Alte, Fajão, Selada das Eiras (lugar mítico), Ponte das 3 entradas, PPSAçor, Quinta do Mosteiro, Colmeal, Folques, Fraga da Pena, Mata da Margaraça...
Alto do Cavalo, lugar mítico
Passada a Fonte, a Curva do Gelo, e o Alto do Cavalo (lugar mítico), encontramos a placa de Sobral 5 Km. A partir daqui o meu local de trabalho já se avista na brancura das suas paredes, numa paisagem que ESMAGA pela sua vastidão, cores, sons, cheiros...
Hoje é dia de passar por Vale de Mós. Num troço de excelente piso - feito em declive abrupto - com um vale muito bonito - onde - aqui e ali - pontua uma marca humana.
Hoje é dia de passar por Vale de Mós. Num troço de excelente piso - feito em declive abrupto - com um vale muito bonito - onde - aqui e ali - pontua uma marca humana.
Equação
Aqui temos a igualdade entre duas quantidades, apenas para certos valores de algumas incógnitas que entram nela. Temos a identidade, a condição e a situação pessoal dos candidatos. Neste intervalo, diferente, em função de cada indivíduo, a quantidade algébrica que se irá juntar ao tempo verdadeiro do presidente, para depois obtermos o tempo médio, possível e que comporta uma solução.
MaisPresidenciais
MaisPresidenciais
domingo, 22 de janeiro de 2006
Letra para um hino, Hoje...
Letra para um hino
É possível falar sem um nó na garganta
é possível amar sem que venham proibir
é possível correr sem que seja fugir.
Se tens vontade de cantar não tenhas medo: canta.
É possível andar sem olhar para o chão
é possível viver sem que seja de rastos.
Os teus olhos nasceram para olhar os astros
se te apetece dizer não grita comigo: não.
É possível viver de outro modo. É
possível transformares em arma a tua mão.
É possível o amor. É possível o pão.
É possível viver de pé.
Não te deixes murchar. Não deixes que te domem.
É possível viver sem fingir que se vive.
É possível ser homem.
É possível ser livre livre livre.
Manuel Alegre
É possível falar sem um nó na garganta
é possível amar sem que venham proibir
é possível correr sem que seja fugir.
Se tens vontade de cantar não tenhas medo: canta.
É possível andar sem olhar para o chão
é possível viver sem que seja de rastos.
Os teus olhos nasceram para olhar os astros
se te apetece dizer não grita comigo: não.
É possível viver de outro modo. É
possível transformares em arma a tua mão.
É possível o amor. É possível o pão.
É possível viver de pé.
Não te deixes murchar. Não deixes que te domem.
É possível viver sem fingir que se vive.
É possível ser homem.
É possível ser livre livre livre.
Manuel Alegre
A espiral do tempo, em dia de eleição
"A gente se quiser até com os olhos vê."
Sr. André, Aldeia Velha
Na serra todos os relógios pararam, mas o mecanismo das horas não se deteve. A espiral do tempo arrastou-nos até ao fim do milénio.
Olhemos para trás antes de começar uma nova era.
O Passado
Do passado restam-nos apenas velhos objectos com as suas histórias cruzadas e algumas recordações numa gaveta qualquer. E no entanto, no recanto puro da memória, guardamos saudade a esses tempos que foram difíceis.
Alguém sabe que lembrança guardarão os nossos filhos destes dias desvairados que lhes damos a viver?
A nossa civilização chegou à sua última encruzilhada: agora, ou consumimos o que resta do planeta ou reciclamos quase todos os nossos hábitos e atitudes.
Olhemos de novo para trás, a colher os últimos ensinamentos, antes de nos aventurarmos para lá da curva da estrada.
O passado não é uma história de encantar. Houve miséria, por vezes fome; e aos filhos da Serra sempre coube, nas alturas da crise, o ingrato papel de espelho onde se reflectiam, ampliadas, as agruras e injustiças do Mundo
Mas a vida simples das gentes serranas encerra uma lição de harmonia, sóbria dignidade e utilização comedida dos recursos, que pode ser o ponto de partida para uma reflexão sobre as características mais perversas da nossa própria Sociedade de Consumo.
Reparemos, por exemplo, no modo como todos os utensílios eram remendados, reaproveitados ou reutilizados em novos contextos. Nada se desperdiçava ou deitava fora; não havia tanto lixo nem se acumulavam objectos supérfluos.
A Arte de Remendar
Cada utensílio era um bem raro, feito com suor do rosto ou comprado à custa de grandes sacrifícios; seria por isso normal que durasse uma vida.
Os sarrões, as gamelas e os funis remendados, a louça quebrada e depois reparada com gatos - estes objectos, depois de passarem de mão em mão, falam-nos agora de um tempo em que poupar era tão normal quanto, hoje em dia, gastar e consumir indiscriminadamente.
A Arte de Improvisar
Por vezes havia que improvisar, com grande dose de imaginação, os utensílios que faltavam ou as ferramentas a que a bolsa não chegava - um serrote, uma escumadeira, um fumigador, um funil, etc.
Assim se cumpria, com bastante mais eficiência do que nos dias de hoje, uma das principais leis do universo.
Objectos com Múltiplas Utilizações
A alenterna de ir regar o milho à noite era a mesma com que se aluminavam as casas; na panela de ferro em que se fazia comida do porco, coziam-se depois as farinheiras; o balde de transportar a vianda do animal também servia para tirar a água do poço; no banco onde se matava o bicho, se mandava sentar o padre pela Páscoa; a cesta onde se acartava esterco servia às vezes de berço a um filho recém-nascido; com a sertã de fritar as filhós faziam-se candeias de quatro torcidas, nos lagares; a gaveta da broa era usada como assento na cozinha; um garfo de ferreiro fazia também as vezes de palito e de arpão para as enguias; com uma bilha de carvoeiro se aquecia a cama no Inverno; numa mala de carpinteiro se guardavam os tarecos para emigrar; os gasómetros das minas também aluminavam as casas dos mineiros; no "cesto de romaria" se enviavam encomendas para Lisboa; a gamela da broa era a mesma da migadura para a sopa ou para as galinhas.
O Futuro
Terras de pão que só dão silvas; levadas atulhadas de cascalho; muros derrubados; portas que dão para casas vazias; telhados que caem para dentro; varandas que apodrecem, debruçadas sobre ruas desertas; pinheiros onde antes havia mato para gado; fogos; eucaliptos depois dos fogos; ribeiras secas; erosão - cresceu um enorme deserto nos escombros da nossa memória colectiva e paira sobre ele a recordação de tempos que foram difíceis.
Mas a Serra é um segredo bem guardado pelas suas gentes. O seu coração ainda bate em todos estes objectos e fotografias que balançam em frente aos nossos olhos. Há neles uma lógica que se esconde e revela, um jogo contraditório de sombras e de luzes; há, já não miséria, mas beleza e harmonia à espera do novo século que se aproxima.
Saberemos nós construir os alicerces desses dias futuros sobre as raízes sãs dos dias passados? As próximas gerações comerão o pão que nós amassarmos.
Dr.Paulo Ramalho, Tempos Difíceis - Tradição e Mudança na Serra do Açor
Sr. André, Aldeia Velha
Na serra todos os relógios pararam, mas o mecanismo das horas não se deteve. A espiral do tempo arrastou-nos até ao fim do milénio.
Olhemos para trás antes de começar uma nova era.
O Passado
Do passado restam-nos apenas velhos objectos com as suas histórias cruzadas e algumas recordações numa gaveta qualquer. E no entanto, no recanto puro da memória, guardamos saudade a esses tempos que foram difíceis.
Alguém sabe que lembrança guardarão os nossos filhos destes dias desvairados que lhes damos a viver?
A nossa civilização chegou à sua última encruzilhada: agora, ou consumimos o que resta do planeta ou reciclamos quase todos os nossos hábitos e atitudes.
Olhemos de novo para trás, a colher os últimos ensinamentos, antes de nos aventurarmos para lá da curva da estrada.
O passado não é uma história de encantar. Houve miséria, por vezes fome; e aos filhos da Serra sempre coube, nas alturas da crise, o ingrato papel de espelho onde se reflectiam, ampliadas, as agruras e injustiças do Mundo
Mas a vida simples das gentes serranas encerra uma lição de harmonia, sóbria dignidade e utilização comedida dos recursos, que pode ser o ponto de partida para uma reflexão sobre as características mais perversas da nossa própria Sociedade de Consumo.
Reparemos, por exemplo, no modo como todos os utensílios eram remendados, reaproveitados ou reutilizados em novos contextos. Nada se desperdiçava ou deitava fora; não havia tanto lixo nem se acumulavam objectos supérfluos.
A Arte de Remendar
Cada utensílio era um bem raro, feito com suor do rosto ou comprado à custa de grandes sacrifícios; seria por isso normal que durasse uma vida.
Os sarrões, as gamelas e os funis remendados, a louça quebrada e depois reparada com gatos - estes objectos, depois de passarem de mão em mão, falam-nos agora de um tempo em que poupar era tão normal quanto, hoje em dia, gastar e consumir indiscriminadamente.
A Arte de Improvisar
Por vezes havia que improvisar, com grande dose de imaginação, os utensílios que faltavam ou as ferramentas a que a bolsa não chegava - um serrote, uma escumadeira, um fumigador, um funil, etc.
Assim se cumpria, com bastante mais eficiência do que nos dias de hoje, uma das principais leis do universo.
Objectos com Múltiplas Utilizações
A alenterna de ir regar o milho à noite era a mesma com que se aluminavam as casas; na panela de ferro em que se fazia comida do porco, coziam-se depois as farinheiras; o balde de transportar a vianda do animal também servia para tirar a água do poço; no banco onde se matava o bicho, se mandava sentar o padre pela Páscoa; a cesta onde se acartava esterco servia às vezes de berço a um filho recém-nascido; com a sertã de fritar as filhós faziam-se candeias de quatro torcidas, nos lagares; a gaveta da broa era usada como assento na cozinha; um garfo de ferreiro fazia também as vezes de palito e de arpão para as enguias; com uma bilha de carvoeiro se aquecia a cama no Inverno; numa mala de carpinteiro se guardavam os tarecos para emigrar; os gasómetros das minas também aluminavam as casas dos mineiros; no "cesto de romaria" se enviavam encomendas para Lisboa; a gamela da broa era a mesma da migadura para a sopa ou para as galinhas.
O Futuro
Terras de pão que só dão silvas; levadas atulhadas de cascalho; muros derrubados; portas que dão para casas vazias; telhados que caem para dentro; varandas que apodrecem, debruçadas sobre ruas desertas; pinheiros onde antes havia mato para gado; fogos; eucaliptos depois dos fogos; ribeiras secas; erosão - cresceu um enorme deserto nos escombros da nossa memória colectiva e paira sobre ele a recordação de tempos que foram difíceis.
Mas a Serra é um segredo bem guardado pelas suas gentes. O seu coração ainda bate em todos estes objectos e fotografias que balançam em frente aos nossos olhos. Há neles uma lógica que se esconde e revela, um jogo contraditório de sombras e de luzes; há, já não miséria, mas beleza e harmonia à espera do novo século que se aproxima.
Saberemos nós construir os alicerces desses dias futuros sobre as raízes sãs dos dias passados? As próximas gerações comerão o pão que nós amassarmos.
Dr.Paulo Ramalho, Tempos Difíceis - Tradição e Mudança na Serra do Açor
sábado, 21 de janeiro de 2006
À frente e À espera
República Portuguesa
Unidade Geográfica de Recenseamento - Castelo Branco
N.º de Inscrição 9013
TODOS a VOTAR no Manuel Alegre, para assim podermos deitar Abaixo el-rei...
Abaixo el-rei Sebastião
É preciso enterrar el-rei Sebastião
é preciso dizer a toda a gente
que o Desejado já não pode vir.
É preciso quebrar na ideia e na canção
a guitarra fantástica e doente
que alguém trouxe de Alcácer Quibir.
Eu digo que está morto.
Deixai em paz el-rei Sebastião
deixai-o no desastre e na loucura.
Sem precisarmos de sair o porto
temos aqui à mão
a terra da aventura.
Vós que trazeis por dentro
de cada gesto
uma cansada humilhação
deixai falar na vossa voz a voz do vento
cantai em tom de grito e de protesto
matai dentro de vós el-rei Sebastião.
Quem vai tocar a rebate
os sinos de Portugal?
Poeta: é tempo de um punhal
por dentro da canção.
Que é preciso bater em quem nos bate
é preciso enterrar el-rei Sebastião.
Manuel Alegre
sexta-feira, 20 de janeiro de 2006
Energia Eólica
No Alto do Cavalo (lugar mítico)os trabalhos do novo parque eólico avançam a bom ritmo.
Máquinas pesadas. Camiões de carga. Grandes volumes de material. Trabalhadores. O pulsar da vida, numa zona de relevo acidentado, que foi mancha florestal antes do GRANDE incêndio de 2003.
Ipcena
Máquinas pesadas. Camiões de carga. Grandes volumes de material. Trabalhadores. O pulsar da vida, numa zona de relevo acidentado, que foi mancha florestal antes do GRANDE incêndio de 2003.
Ipcena
quinta-feira, 19 de janeiro de 2006
tão só a estrada...
Viagens na Minha Terra
GARRETT, Almeida
COLARES EDITORA 1� Edi��o de 1999
P�ginas: 200 Peso: 222 gr. Formato: 16x24 cm
ISBN: 9727820018
Estando eu á janela coa minha almofada,
Minha agulha d'ouro, meu dedal de prato;
Passa um cavaleiro, pedia pousada:
Meu pai. lho negou: quanto me custava!
— Já vem vindo a noite, é tão só a estrada...
Senhor pai, não digam tal de nossa casa
Que um cavaleira que pede pousada
Se fecha esta porta à noite cerrada.
Roguei e pedi — muito lhe pesava
Mas eu tanto fiz, que por fim deixava
Fui-lhe abrir a porta, mui contente entrava;
Ao lar o levei, logo se assentava.
As mãos lhe dei água, ele se lavava:
Pus-lhe uma toalha, nela se limpava.
Poucas as palavras, que mal me falava,
Mas eu bem senti que ele me mirava.
Fui o erguer os olhos, mal os levantava,
Os seus lindos olhos na terra os pregava.
Fui-lhe pôr a ceia, muito bem ceava;
A cama lhe fiz, nela se deitava.
Dei-lhe as boas-noites, não me replicava:
Tão má cortesia nunca a vi usada!
Lá por meia-noite, que me eu sufocava,
Sinto que me levam coa boca tapada...
Levam-me a cavalo, levam-me abraçada,
Correndo, correndo sempre à desfilada.
Sem abrir os olhos, vi quem me roubava;
Calei-me e chorei — ele não falava.
Dali muito longe que me perguntava:
Eu na minha tenra como me chamava.
— Chamavam-me Iria, Iria a fidalga;
Por aqui agora Iria, a cansada.
Andando, andando, toda a noite andava;
Lá por madrugada que me atentava...
Horas esquecidas comigo lutava;
Nem força nem rogos, tudo lhe mancava.
Tirou do alfange... ali me matava,
Abriu uma cova onde me enterrava.
No fim de sete anos passo o cavaleiro,
Uma linda ermida viu naquele outeiro,
—"Que ermida é aquela, de tanto romeiro?"
—" É de Santo Iria, que sofreu marteiro."
— 'Minha Santo Iria, meu amor primeiro,
Se me perdoares, serei teu romeiro."
—"Perdoar não te hei de, ladrão carniceiro,
Que me degolaste que nem um cordeiro."
GARRETT, Almeida
COLARES EDITORA 1� Edi��o de 1999
P�ginas: 200 Peso: 222 gr. Formato: 16x24 cm
ISBN: 9727820018
Estando eu á janela coa minha almofada,
Minha agulha d'ouro, meu dedal de prato;
Passa um cavaleiro, pedia pousada:
Meu pai. lho negou: quanto me custava!
— Já vem vindo a noite, é tão só a estrada...
Senhor pai, não digam tal de nossa casa
Que um cavaleira que pede pousada
Se fecha esta porta à noite cerrada.
Roguei e pedi — muito lhe pesava
Mas eu tanto fiz, que por fim deixava
Fui-lhe abrir a porta, mui contente entrava;
Ao lar o levei, logo se assentava.
As mãos lhe dei água, ele se lavava:
Pus-lhe uma toalha, nela se limpava.
Poucas as palavras, que mal me falava,
Mas eu bem senti que ele me mirava.
Fui o erguer os olhos, mal os levantava,
Os seus lindos olhos na terra os pregava.
Fui-lhe pôr a ceia, muito bem ceava;
A cama lhe fiz, nela se deitava.
Dei-lhe as boas-noites, não me replicava:
Tão má cortesia nunca a vi usada!
Lá por meia-noite, que me eu sufocava,
Sinto que me levam coa boca tapada...
Levam-me a cavalo, levam-me abraçada,
Correndo, correndo sempre à desfilada.
Sem abrir os olhos, vi quem me roubava;
Calei-me e chorei — ele não falava.
Dali muito longe que me perguntava:
Eu na minha tenra como me chamava.
— Chamavam-me Iria, Iria a fidalga;
Por aqui agora Iria, a cansada.
Andando, andando, toda a noite andava;
Lá por madrugada que me atentava...
Horas esquecidas comigo lutava;
Nem força nem rogos, tudo lhe mancava.
Tirou do alfange... ali me matava,
Abriu uma cova onde me enterrava.
No fim de sete anos passo o cavaleiro,
Uma linda ermida viu naquele outeiro,
—"Que ermida é aquela, de tanto romeiro?"
—" É de Santo Iria, que sofreu marteiro."
— 'Minha Santo Iria, meu amor primeiro,
Se me perdoares, serei teu romeiro."
—"Perdoar não te hei de, ladrão carniceiro,
Que me degolaste que nem um cordeiro."
Viagens na minha terra
..."O vale de Santarém é um destes lugares privilegiados pela natureza, sítios amenos e deleitosos em que as plantas, o ar, a situação, tudo está numa harmonia suavíssima e perfeita: não há ali nada grandioso nem sublime, mas há uma como simetria de cores, de tons, de disposição em tudo quanto se vê e se sente, que não parece senão que a paz, a saúde, o sossego do espírito e o repouso do coração devem viver ali, reinar ali um reinado de amor e benevolência. As paixões más, os pensamentos mesquinhos, os pesares e as vilezas da vida não podem senão fugir para longe. Imagina-se por aqui o Éden que o primeiro homem habitou com a sua inocência e com a virgindade do seu coração.
À esquerda do vale, e abrigado do norte pela montanha que ali se corta quase a pique, está um maciço de verdura do mais belo viço e variedade. A faia, o freixo, o álamo, entrelaçam os ramos amigos; a madressilva, a musqueta penduram de um a outro suas grinaldas e festões; a congossa, os fetos, a malva-rosa do valado vestem e alcatifam o chão.
Para mais realçar a beleza do quadro, vê-se por entre um claro das árvores a janela meio aberta de uma habitação antiga mas não dilapidada — com certo ar de conforto grosseiro, e carregada na cor pelo tempo e pelos vendavais do sul a que está exposta. A janela é larga e baixa; parece-me mais ornada e também mais antiga que o resto do edifício que todavia mal se vê...
Interessou-me aquela janela.
Quem terá o bom gosto e a fortuna de morar ali?
Parei e pus-me a namorar a janela.
Encantava-me, tinha-me ali como num feitiço.
Pareceu-me entrever uma cortina branca... e um vulto por detrás. Imaginação decerto! Se o vulto fosse feminino!... era completo o romance.
Como há de ser belo ver o pôr o sol daquela janela!...
E ouvir cantar os rouxinóis!...
E ver raiar uma alvorada de maio!...
Se haverá ali quem a aproveite, a deliciosa janela? ... quem aprecie e saiba gozar todo o prazer tranqüilo, todos os santos gozos de alma que parece que lhe andam esvoaçando em torno?
Se for homem é poeta; se é mulher está namorada.
São os dois entes mais parecidos da natureza, o poeta e a mulher namorada; vêem, sentem pensam, falam como a outra gente não vê, não sente não pensa nem fala.
Na maior paixão, no mais acrisolado afeto do homem que não é poeta, entre sempre o seu tanto de vil prosa humana: é liga sem que não se lavra o mais fino do seu oiro. A mulher não; a mulher apaixonada deveras sublima-se. idealiza-se logo, toda ela é poesia, e não há dor física, interesse material, nem deleites sensuais que a façam descer ao positivo da existência prosaica.
Estava eu nestas meditações, começou um rouxinol a mais linda e desgarrada cantiga que há muito tempo me lembra de ouvir.
Era ao pé da dita janela!
E respondeu-lhe logo outro do lado oposto; e travou-se entre ambos um desafio tão regular em estrofes alternadas tão bem medidas, tão acentuadas e perfeitas, que eu fiquei todo dentro do meu romance, esqueci-me de tudo o mais.
Lembrou-me o rouxinol de Bernardim Ribeiro, o que se deixou cair na água de cansado.
O arvoredo, a janela, os rouxinóis... àquela hora, o fim de tarde... o que faltava para completar o romance?
Um vulto feminino que viesse sentar-se àquele balcão — vestido de branco — oh! branco por força... a frente descaída sobre a mão esquerda, o braço direito pendente, os olhos alçados ao céu... De que cor os olhos? Não sei, que importa! É amiudar muito demais a pintura, que deve ser a grandes e largos traços para ser romântica, vaporosa, desenhar-se no vago da idealidade poética.
— Os olhos, os olhos... — disse eu, pensando já alto, e todo no meu êxtase — os olhos... pretos.
— Pois eram verdes!
— Verdes os olhos... dela, do vulto na janela?
— Verdes como duas esmeraldas orientais, transparentes, brilhantes, sem preço.
— Quê! Pois realmente?... É gracejo isso, ou realmente há ali uma mulher, bonita, bonita, e?...
Ali não há ninguém — ninguém que se nomeie hoje, mas houve... oh! houve um anjo, um anjo, que deve estar no céu.
— Bem dizia eu que aquela janela...
— É a janela dos rouxinóis...
— Que lá estão a cantar.
— Estão, esses lá estão ainda como há dez anos — os mesmos ou outros, mas a menina dos rouxinóis foi-se e não voltou.
— A menina dos rouxinóis! Que história é essa? Pois deveras tem uma história aquela janela?
— É um romance todo inteiro, todo feito como dizem os franceses, e conta-se em duas palavras.
— Vamos a ele. A menina dos rouxinóis, menina com os olhos verdes! Deve ser interessantíssimo. Vamos à história já.
— Pois vamos. Apeemo-nos e descansemos um bocado.
Já se vê que este diálogo passava entre mim e outro dos nossos companheiros de viagem.
Apeamo-nos com efeito, sentamo-nos, e eis aqui a história da menina dos rouxinóis, como ela se contou.
É o primeiro episódio da minha odisséia: estou com medo de entrar nele, porque dizem as damas e os elegantes da nossa terra que o português não é bom para isto, que em francês que há outro não sei quê...
Eu creio que as damas que estão mal informadas, e sei que os elegantes que são uns tolos; mas sempre tenho meu receio, porque enfim, enfim, deles me rio eu: mas poesia ou romance, música ou drama de que as mulheres não gostem, é porque não presta.
Ainda assim, belas e amáveis leitoras, entendamo-nos; o que eu vou contar não é um romance, não tem aventuras enredadas, peripécias, situações e incidentes raros; é uma história simples e singela, sinceramente contada e sem pretensão.
Acabemos aqui o capítulo em forma de prólogo; e a matéria do meu conto para o seguinte."...
Viagens na minha terra, de Almeida Garret
Fonte:
GARRET, Almeida. Viagens na minha terra. [s.l.]: Ediouro, [s.d.].
Texto proveniente de:
Biblioteca Virtual do Estudante de Língua portuguesa
A Escola do Futuro da Universidade de São Paulo
Permitido o uso apenas para fins educacionais.
Texto-base digitalizado por:
Sérgio Simonato
À esquerda do vale, e abrigado do norte pela montanha que ali se corta quase a pique, está um maciço de verdura do mais belo viço e variedade. A faia, o freixo, o álamo, entrelaçam os ramos amigos; a madressilva, a musqueta penduram de um a outro suas grinaldas e festões; a congossa, os fetos, a malva-rosa do valado vestem e alcatifam o chão.
Para mais realçar a beleza do quadro, vê-se por entre um claro das árvores a janela meio aberta de uma habitação antiga mas não dilapidada — com certo ar de conforto grosseiro, e carregada na cor pelo tempo e pelos vendavais do sul a que está exposta. A janela é larga e baixa; parece-me mais ornada e também mais antiga que o resto do edifício que todavia mal se vê...
Interessou-me aquela janela.
Quem terá o bom gosto e a fortuna de morar ali?
Parei e pus-me a namorar a janela.
Encantava-me, tinha-me ali como num feitiço.
Pareceu-me entrever uma cortina branca... e um vulto por detrás. Imaginação decerto! Se o vulto fosse feminino!... era completo o romance.
Como há de ser belo ver o pôr o sol daquela janela!...
E ouvir cantar os rouxinóis!...
E ver raiar uma alvorada de maio!...
Se haverá ali quem a aproveite, a deliciosa janela? ... quem aprecie e saiba gozar todo o prazer tranqüilo, todos os santos gozos de alma que parece que lhe andam esvoaçando em torno?
Se for homem é poeta; se é mulher está namorada.
São os dois entes mais parecidos da natureza, o poeta e a mulher namorada; vêem, sentem pensam, falam como a outra gente não vê, não sente não pensa nem fala.
Na maior paixão, no mais acrisolado afeto do homem que não é poeta, entre sempre o seu tanto de vil prosa humana: é liga sem que não se lavra o mais fino do seu oiro. A mulher não; a mulher apaixonada deveras sublima-se. idealiza-se logo, toda ela é poesia, e não há dor física, interesse material, nem deleites sensuais que a façam descer ao positivo da existência prosaica.
Estava eu nestas meditações, começou um rouxinol a mais linda e desgarrada cantiga que há muito tempo me lembra de ouvir.
Era ao pé da dita janela!
E respondeu-lhe logo outro do lado oposto; e travou-se entre ambos um desafio tão regular em estrofes alternadas tão bem medidas, tão acentuadas e perfeitas, que eu fiquei todo dentro do meu romance, esqueci-me de tudo o mais.
Lembrou-me o rouxinol de Bernardim Ribeiro, o que se deixou cair na água de cansado.
O arvoredo, a janela, os rouxinóis... àquela hora, o fim de tarde... o que faltava para completar o romance?
Um vulto feminino que viesse sentar-se àquele balcão — vestido de branco — oh! branco por força... a frente descaída sobre a mão esquerda, o braço direito pendente, os olhos alçados ao céu... De que cor os olhos? Não sei, que importa! É amiudar muito demais a pintura, que deve ser a grandes e largos traços para ser romântica, vaporosa, desenhar-se no vago da idealidade poética.
— Os olhos, os olhos... — disse eu, pensando já alto, e todo no meu êxtase — os olhos... pretos.
— Pois eram verdes!
— Verdes os olhos... dela, do vulto na janela?
— Verdes como duas esmeraldas orientais, transparentes, brilhantes, sem preço.
— Quê! Pois realmente?... É gracejo isso, ou realmente há ali uma mulher, bonita, bonita, e?...
Ali não há ninguém — ninguém que se nomeie hoje, mas houve... oh! houve um anjo, um anjo, que deve estar no céu.
— Bem dizia eu que aquela janela...
— É a janela dos rouxinóis...
— Que lá estão a cantar.
— Estão, esses lá estão ainda como há dez anos — os mesmos ou outros, mas a menina dos rouxinóis foi-se e não voltou.
— A menina dos rouxinóis! Que história é essa? Pois deveras tem uma história aquela janela?
— É um romance todo inteiro, todo feito como dizem os franceses, e conta-se em duas palavras.
— Vamos a ele. A menina dos rouxinóis, menina com os olhos verdes! Deve ser interessantíssimo. Vamos à história já.
— Pois vamos. Apeemo-nos e descansemos um bocado.
Já se vê que este diálogo passava entre mim e outro dos nossos companheiros de viagem.
Apeamo-nos com efeito, sentamo-nos, e eis aqui a história da menina dos rouxinóis, como ela se contou.
É o primeiro episódio da minha odisséia: estou com medo de entrar nele, porque dizem as damas e os elegantes da nossa terra que o português não é bom para isto, que em francês que há outro não sei quê...
Eu creio que as damas que estão mal informadas, e sei que os elegantes que são uns tolos; mas sempre tenho meu receio, porque enfim, enfim, deles me rio eu: mas poesia ou romance, música ou drama de que as mulheres não gostem, é porque não presta.
Ainda assim, belas e amáveis leitoras, entendamo-nos; o que eu vou contar não é um romance, não tem aventuras enredadas, peripécias, situações e incidentes raros; é uma história simples e singela, sinceramente contada e sem pretensão.
Acabemos aqui o capítulo em forma de prólogo; e a matéria do meu conto para o seguinte."...
Viagens na minha terra, de Almeida Garret
Fonte:
GARRET, Almeida. Viagens na minha terra. [s.l.]: Ediouro, [s.d.].
Texto proveniente de:
Biblioteca Virtual do Estudante de Língua portuguesa
A Escola do Futuro da Universidade de São Paulo
Permitido o uso apenas para fins educacionais.
Texto-base digitalizado por:
Sérgio Simonato
quarta-feira, 18 de janeiro de 2006
Viagens na minha terra
Viagens na minha terra
Na Vila de Oleiros, pela direita em direcção a Álvaro, chegamos a Casal Novo. A Fábrica da Resina num amontoado de esquecimento e histórias passadas, deu pão a muitas famílias. Pela esquerda entramos no Mítico troço Casal-Madeirã.
Passada a Fonte, a Curva do Gelo, e o Alto do Cavalo (lugar mítico), encontramos a placa de Sobral 5 Km. A partir daqui os nomes são estes: Faval, Leiria de Cima, Leiria do Meio, Pessilgal, Roda de Baixo, Roda de Cima, Sabugal, Sobral de Baixo, Sobral de Cima e Casalinho... E pelos seguintes lugares: Póvoa de Minal, Mourelo, Ninho do Corvo, Val da Constância, Fundo do Val, Picorreia, Sobreirinho e Val da Carreira.
Em Oleiros, no Alto do Cavalo, ( lugar mítico) no horizonte próximo a povoação do Cavalo. Mais para além daquela curva Monte Fundeiro, terra muito marcada pelo drama do GRANDE incêndio de 2003.
E ainda, no troço Madeirã-Casal Novo e Alto da Cava-Casal Novo.
Vale de Mós, Mosteiro...
Em Oleiros, no Alto do Cavalo (lugar mítico) onde no passado ocorreu um crime hediondo.
A povoação do Cavalo, mais para baixo Monte Fundeiro marcada pela tragédia do GRANDE incêndio de 2003.
Escola pequenina e já sem alunos, junto da estrada principal.
Um pastor com o seu pequeno rebanho por ali andava num final de tarde soalheiro.
O caminho estreito levava a Vale Salgueiro onde ocorreu um DRAMA com a passagem do GRANDE incêndio de Agosto de 2003.
Habitantes deste lugar tiveram de refugiar-se dentro de um tanque de água para salvarem a sua pele. Entre eles estava uma cirança de...4 anos!
No espelho retrovisor do Carisma a descida para Azenha da Ribeira, a aldeia de Poeiros e um oásis no mapa dos incêndios: uma mancha de Pinheiros para o futuro queimar? Será? Do meu lado direito avisto lá para longe Alcains, Salgueiro do Campo e para o lado Sul, a grande urbe! Castelo Branco...
Agora é altura de enfrentar uma descida com declive de 20% em 700 metros! Prova para máquinas e condutores!!
Estamos na Azenha de Cima, terra de Xisto e muito bonita.
Para trás ficaram:
Lugares míticos.
Paisagens a perder de vista.
O mapa dos incêndios.
Cristas, Vales, Outeiros, Montes, Serras, Planaltos...
Lugares, sonhos, amores e a esperança de pessoas marcadas pelo tempo, pela dura prova do tempo.
Na Vila de Oleiros, pela direita em direcção a Álvaro, chegamos a Casal Novo. A Fábrica da Resina num amontoado de esquecimento e histórias passadas, deu pão a muitas famílias. Pela esquerda entramos no Mítico troço Casal-Madeirã.
Passada a Fonte, a Curva do Gelo, e o Alto do Cavalo (lugar mítico), encontramos a placa de Sobral 5 Km. A partir daqui os nomes são estes: Faval, Leiria de Cima, Leiria do Meio, Pessilgal, Roda de Baixo, Roda de Cima, Sabugal, Sobral de Baixo, Sobral de Cima e Casalinho... E pelos seguintes lugares: Póvoa de Minal, Mourelo, Ninho do Corvo, Val da Constância, Fundo do Val, Picorreia, Sobreirinho e Val da Carreira.
Em Oleiros, no Alto do Cavalo, ( lugar mítico) no horizonte próximo a povoação do Cavalo. Mais para além daquela curva Monte Fundeiro, terra muito marcada pelo drama do GRANDE incêndio de 2003.
E ainda, no troço Madeirã-Casal Novo e Alto da Cava-Casal Novo.
Vale de Mós, Mosteiro...
Em Oleiros, no Alto do Cavalo (lugar mítico) onde no passado ocorreu um crime hediondo.
A povoação do Cavalo, mais para baixo Monte Fundeiro marcada pela tragédia do GRANDE incêndio de 2003.
Escola pequenina e já sem alunos, junto da estrada principal.
Um pastor com o seu pequeno rebanho por ali andava num final de tarde soalheiro.
O caminho estreito levava a Vale Salgueiro onde ocorreu um DRAMA com a passagem do GRANDE incêndio de Agosto de 2003.
Habitantes deste lugar tiveram de refugiar-se dentro de um tanque de água para salvarem a sua pele. Entre eles estava uma cirança de...4 anos!
No espelho retrovisor do Carisma a descida para Azenha da Ribeira, a aldeia de Poeiros e um oásis no mapa dos incêndios: uma mancha de Pinheiros para o futuro queimar? Será? Do meu lado direito avisto lá para longe Alcains, Salgueiro do Campo e para o lado Sul, a grande urbe! Castelo Branco...
Agora é altura de enfrentar uma descida com declive de 20% em 700 metros! Prova para máquinas e condutores!!
Estamos na Azenha de Cima, terra de Xisto e muito bonita.
Para trás ficaram:
Lugares míticos.
Paisagens a perder de vista.
O mapa dos incêndios.
Cristas, Vales, Outeiros, Montes, Serras, Planaltos...
Lugares, sonhos, amores e a esperança de pessoas marcadas pelo tempo, pela dura prova do tempo.
terça-feira, 17 de janeiro de 2006
Uma borrachinha...
Na fila do ônibus estava um pai e seus 16 filhos.
Junto a eles, um senhor de meia-idade, com uma das pernas de pau. O ônibus
chegou, a criançada entrou primeiro, e ocupou os bancos que estavam
disponíveis.
Os dois senhores entraram e ficaram em pé. Na arrancada, o senhor da perna de
pau, com a visível dificuldade, desequilibrou-se para trás, e o barulho foi
inconfundível: TOC...TOC...TOC...TOC...
Quando o ônibus freou a mesma coisa aconteceu:
TOC...TOC...TOC...TOC...
Na arrancada novamente: TOC...TOC...TOC...TOC...E assim foi várias vezes...
Num determinado momento, já incomodado com o barulho e ao mesmo tempo tentando
ser gentil, o pai das 16 crianças disse ao perneta:
- Perdão, senhor, gostaria de fazer uma sugestão. Por que o senhor não coloca
uma borrachinha na ponta do pau? Com certeza vai diminuir o barulho e
incomodar menos as pessoas...
De imediato o cavalheiro da perna de pau respondeu:
- Agradeço a sugestão, mas se o senhor tivesse colocado uma borrachinha na
ponta do SEU pau, há alguns anos atrás, estaríamos todos sentados numa boa...
Junto a eles, um senhor de meia-idade, com uma das pernas de pau. O ônibus
chegou, a criançada entrou primeiro, e ocupou os bancos que estavam
disponíveis.
Os dois senhores entraram e ficaram em pé. Na arrancada, o senhor da perna de
pau, com a visível dificuldade, desequilibrou-se para trás, e o barulho foi
inconfundível: TOC...TOC...TOC...TOC...
Quando o ônibus freou a mesma coisa aconteceu:
TOC...TOC...TOC...TOC...
Na arrancada novamente: TOC...TOC...TOC...TOC...E assim foi várias vezes...
Num determinado momento, já incomodado com o barulho e ao mesmo tempo tentando
ser gentil, o pai das 16 crianças disse ao perneta:
- Perdão, senhor, gostaria de fazer uma sugestão. Por que o senhor não coloca
uma borrachinha na ponta do pau? Com certeza vai diminuir o barulho e
incomodar menos as pessoas...
De imediato o cavalheiro da perna de pau respondeu:
- Agradeço a sugestão, mas se o senhor tivesse colocado uma borrachinha na
ponta do SEU pau, há alguns anos atrás, estaríamos todos sentados numa boa...
Abrir os olhos
O Zequinha estuda numa escola pública...
Um dia, entra na escola muito contente
A Directora, vendo a alegria do menino, logo pergunta:
- Zequinha, porquê tanta alegria?
Zequinha responde:
- É que a minha cachorrinha teve 8 cachorrinhos e são todos do PS.
A Directora ficou esfuziante, e disse:
- Que lindo, Zequinha. Na próxima semana seremos visitados pelo Primeiro
Ministro, Engº José Sócrates, e ele ficará contente quando souber isso.
Quando ele estiver aqui, eu peço-te para contares. Certo Zequinha?...
Na outra semana, o Primeiro Ministro visita a escola e conforme o combinado o
Zequinha fala:
- Senhor Primeiro Ministro, Senhora Directora, sabia que minha cachorrinha
teve 8 cachorrinhos e 4 são do PS ?
A Directora, espantada, pergunta:
- Mas Zequinha, tinhas-me dito que os 8 eram do PS....
Responde o menino:
- Eram sim Senhora Directora, mas é que 4 já abriram os olhinhos...
Um dia, entra na escola muito contente
A Directora, vendo a alegria do menino, logo pergunta:
- Zequinha, porquê tanta alegria?
Zequinha responde:
- É que a minha cachorrinha teve 8 cachorrinhos e são todos do PS.
A Directora ficou esfuziante, e disse:
- Que lindo, Zequinha. Na próxima semana seremos visitados pelo Primeiro
Ministro, Engº José Sócrates, e ele ficará contente quando souber isso.
Quando ele estiver aqui, eu peço-te para contares. Certo Zequinha?...
Na outra semana, o Primeiro Ministro visita a escola e conforme o combinado o
Zequinha fala:
- Senhor Primeiro Ministro, Senhora Directora, sabia que minha cachorrinha
teve 8 cachorrinhos e 4 são do PS ?
A Directora, espantada, pergunta:
- Mas Zequinha, tinhas-me dito que os 8 eram do PS....
Responde o menino:
- Eram sim Senhora Directora, mas é que 4 já abriram os olhinhos...
Tempos de antena de Manuel Alegre
Terça, dia 17 - Tempos de antena de Manuel Alegre
Televisões - 3 m
RTP1- 19h12
TVI- 19h00
RTP2- 19h27
RTP INTER.- 19h57
RTP AÇORES- 19h57
RTP MADEIRA- 20h57
Rádios, 5 minutos
R.RENASC.- 11h51, 21h26
RFM- 11h31, 21h26
R.COMER.- 11h11, 21h16
TSF- 13h45
R.CLUBE P.- 13h25
C.ASAS ATL.- 19h20
R.ALTITUDE- 19h35
P.E.FUNCH- 20h50
R.C.ANGRA- 14h50
Segunda, dia 16 - Tempos de antena de Manuel Alegre
Televisões - 3 m
RTP1- 19h03
TVI- 19h03
RTP2- 19h18
RTP INTER.- 19h48
RTP AÇORES- 19h48
RTP MADEIRA- 20h48
Rádios, 5 minutos
RDP1- 11h54, 14h54, 20h54
RDP INTER.- 11h56, 17h56, 01h56
R.RENASC.- 11h40, 21h41
RFM- 11h00, 21h21
R.COMER.- 21h31
TSF- 13h40
R.CLUBE P.- 21h20
C.ASAS ATL.- 19h15
R.ALTITUDE- 19h30
P.E.FUNCH- 20h45
R.C.ANGRA- 14h15
Nota
Devido aos sorteios, os tempos de antena na televisão não são emitidos todos os dias em todos os canais. Por essa razão, poderá no dia seguinte surgir, num dado canal, um episódio já transmitido noutro canal.Não é uma falha, é uma consequência das regras definidas pela lei e pela CNE.
16.01.2006
Televisões - 3 m
RTP1- 19h12
TVI- 19h00
RTP2- 19h27
RTP INTER.- 19h57
RTP AÇORES- 19h57
RTP MADEIRA- 20h57
Rádios, 5 minutos
R.RENASC.- 11h51, 21h26
RFM- 11h31, 21h26
R.COMER.- 11h11, 21h16
TSF- 13h45
R.CLUBE P.- 13h25
C.ASAS ATL.- 19h20
R.ALTITUDE- 19h35
P.E.FUNCH- 20h50
R.C.ANGRA- 14h50
Segunda, dia 16 - Tempos de antena de Manuel Alegre
Televisões - 3 m
RTP1- 19h03
TVI- 19h03
RTP2- 19h18
RTP INTER.- 19h48
RTP AÇORES- 19h48
RTP MADEIRA- 20h48
Rádios, 5 minutos
RDP1- 11h54, 14h54, 20h54
RDP INTER.- 11h56, 17h56, 01h56
R.RENASC.- 11h40, 21h41
RFM- 11h00, 21h21
R.COMER.- 21h31
TSF- 13h40
R.CLUBE P.- 21h20
C.ASAS ATL.- 19h15
R.ALTITUDE- 19h30
P.E.FUNCH- 20h45
R.C.ANGRA- 14h15
Nota
Devido aos sorteios, os tempos de antena na televisão não são emitidos todos os dias em todos os canais. Por essa razão, poderá no dia seguinte surgir, num dado canal, um episódio já transmitido noutro canal.Não é uma falha, é uma consequência das regras definidas pela lei e pela CNE.
16.01.2006
segunda-feira, 16 de janeiro de 2006
Nomes bonitos
Os nomes destas terras é que são bonitos:
Luma-Cassai
Cuito Cuanavale
Alto Cuito
Narriquinha
António Lobo Antunes, D´este viver aqui neste papel descripto, pp 101
Luma-Cassai
Cuito Cuanavale
Alto Cuito
Narriquinha
António Lobo Antunes, D´este viver aqui neste papel descripto, pp 101
Manuel Alegre
"Não apelo à desistência de nenhum candidato, respeito todos e cada um faça aquilo que entender que deve fazer. Agora, façam as contas e vejam qual é o candidato que está em condições, se querem ganhar ao professor Cavaco Silva, de, na segunda volta, a poder disputar".
[Fonte: RR, 15.01.2006]
DESTAQUE NA AGENDA
Festa de Encerramento
"Sempre a Abrir! Manuel Alegre/2006"
Espectáculo no Pavilhão Atlântico - Quinta, 19 de Janeiro, 21h
Todos ao Pavilhão Atlântico! Com Manuel Alegre, e com a actuação de Jorge Palma, Paulo de Carvalho, PacMan, Rádio Macau, UHF, Quinteto TATI, Pedro Barroso, Manuel Freire, Lena D'Água, Francisco Fanhais, Micro Audio Waves, Rui Moura e muito mais.
Preço de cada bilhete: 10 Euros. Informamos ainda que no âmbito da campanha Traga Outro Amigo Também, na compra de um bilhete nas sedes ou iniciativas de candidatura (ou no Espaço Já em Lisboa) serão oferecidos até três bilhetes convites grátis.
Informações para venda de bilhetes no pavilhão atlântico.
Outros locais de venda de bilhetes:
Bilheteiras do Pavilhão Atlântico
Sede Nacional de candidatura de Manuel Alegre (em Lisboa)
Espaço Já (Rua da Rosa, Bairro Alto, Lisboa, à noite)
Lojas FNAC (Almada, Cascais, Chiado, Colombo, Norte Shopping, Gaia Shopping, Stª Catarina e Algarve Shopping)
El Corte Inglés
Agência Abep
Agência Alvalade
Casa Viola (Rua Augusta e Centro Comercial Colombo)
AGENDA
Segunda-feira, 16 de Janeiro - Distrito de Aveiro
11.00 - Visita à Feira de Espinho
12.00 - Aveiro, homenagem aos Mártires da Liberdade, Praça Joaquim de Melo Freitas
13.00 - Aveiro, almoço
16.00 - Estarreja (Praça)
17.00 - Oliveira de Azeméis (junto ao tribunal)
18.00 - S. João da Madeira, centro, visita à sede
20.00 - S. Maria da Feira, jantar, Fiães (Restaurante Flor do Bolhão)
Terça-feira, dia 17 - Distrito do Porto
MATOSINHOS
10.00h - Visita à Lota
10.45h - Visita à Biblioteca Florbela Espanca
MAIA
11.30h - Zona industrial
AMARANTE
12.30h - Almoço no Restaurante Amaranto
ERMESINDE
15.30- Visita ao Centro Social de Ermesinde
VILA NOVA DE GAIA
17.00h - Concentração na Praceta 25 de Abril
18.00h - Viagem de metro até à estação de S. Bento (Porto)
PORTO
19.30h - Festa-Comício no Rivoli
Quarta-feira, 18 de Janeiro - Distritos de Setúbal e Lisboa (jantar)
9.30 - Polo Tecnológico da Margueira
10.00 - Café Central de Almada
10.30 - Amora
11.00 - Seixal
12.00 - Setúbal, passeio e visita à sede
12.30 - Setúbal, almoço
15.00 - Sesimbra
16.00 - Barreiro
16.30 - Moita
17.30 - Montijo, Praça da República
18.30 - Alcochete
Quarta-feira às 20:00 - Jantar em Cascais (São Domingos de Rana)
Jantar na Quinta dos Gafanhotos em São Domingos de Rana, com a presença do Candidato à Presidência da República Manuel Alegre.
O jantar inclui bilhete para o espectaculo do pavilhão atlântico no dia 19. Durante o jantar irão actuar: Almeno Gonçalves, José Fanha, António Manuel Ribeiro, José Jorge Letria .
Inscreva-se (15) Cristina Fragoso, Tm: 961128350, Sede:210303700
Quinta, 19 de Janeiro - Distritos de Lisboa
10h00
Mercado de Alvalade
Av. Da Igreja
Praça de Londres
Av. Guerra Junqueiro
13h00
Almoço em Sintra
Restaurante Sintrália, Av. Afonso de Albuquerque, 1 Estefânia - Sintra
Inscrições: Nuno Marcos 968431183
21h00
Pavilhão Atlântico
Megaconcerto Sempre a abrir
Manuel Alegre 2006
Sexta, 20 de Janeiro
11.00 - Associação dos Praças da Armada, Zona 2 da Ameixoeira, Lote 12 -loja B
13.00 - Almoço no Café dos Teatros
15.00 - Descida do Chiado ( concentração frenta à Brasileira )
20.00 - Jantar em Águeda ( Quinta do Regote, Rio Couvo )
[Fonte: RR, 15.01.2006]
DESTAQUE NA AGENDA
Festa de Encerramento
"Sempre a Abrir! Manuel Alegre/2006"
Espectáculo no Pavilhão Atlântico - Quinta, 19 de Janeiro, 21h
Todos ao Pavilhão Atlântico! Com Manuel Alegre, e com a actuação de Jorge Palma, Paulo de Carvalho, PacMan, Rádio Macau, UHF, Quinteto TATI, Pedro Barroso, Manuel Freire, Lena D'Água, Francisco Fanhais, Micro Audio Waves, Rui Moura e muito mais.
Preço de cada bilhete: 10 Euros. Informamos ainda que no âmbito da campanha Traga Outro Amigo Também, na compra de um bilhete nas sedes ou iniciativas de candidatura (ou no Espaço Já em Lisboa) serão oferecidos até três bilhetes convites grátis.
Informações para venda de bilhetes no pavilhão atlântico.
Outros locais de venda de bilhetes:
Bilheteiras do Pavilhão Atlântico
Sede Nacional de candidatura de Manuel Alegre (em Lisboa)
Espaço Já (Rua da Rosa, Bairro Alto, Lisboa, à noite)
Lojas FNAC (Almada, Cascais, Chiado, Colombo, Norte Shopping, Gaia Shopping, Stª Catarina e Algarve Shopping)
El Corte Inglés
Agência Abep
Agência Alvalade
Casa Viola (Rua Augusta e Centro Comercial Colombo)
AGENDA
Segunda-feira, 16 de Janeiro - Distrito de Aveiro
11.00 - Visita à Feira de Espinho
12.00 - Aveiro, homenagem aos Mártires da Liberdade, Praça Joaquim de Melo Freitas
13.00 - Aveiro, almoço
16.00 - Estarreja (Praça)
17.00 - Oliveira de Azeméis (junto ao tribunal)
18.00 - S. João da Madeira, centro, visita à sede
20.00 - S. Maria da Feira, jantar, Fiães (Restaurante Flor do Bolhão)
Terça-feira, dia 17 - Distrito do Porto
MATOSINHOS
10.00h - Visita à Lota
10.45h - Visita à Biblioteca Florbela Espanca
MAIA
11.30h - Zona industrial
AMARANTE
12.30h - Almoço no Restaurante Amaranto
ERMESINDE
15.30- Visita ao Centro Social de Ermesinde
VILA NOVA DE GAIA
17.00h - Concentração na Praceta 25 de Abril
18.00h - Viagem de metro até à estação de S. Bento (Porto)
PORTO
19.30h - Festa-Comício no Rivoli
Quarta-feira, 18 de Janeiro - Distritos de Setúbal e Lisboa (jantar)
9.30 - Polo Tecnológico da Margueira
10.00 - Café Central de Almada
10.30 - Amora
11.00 - Seixal
12.00 - Setúbal, passeio e visita à sede
12.30 - Setúbal, almoço
15.00 - Sesimbra
16.00 - Barreiro
16.30 - Moita
17.30 - Montijo, Praça da República
18.30 - Alcochete
Quarta-feira às 20:00 - Jantar em Cascais (São Domingos de Rana)
Jantar na Quinta dos Gafanhotos em São Domingos de Rana, com a presença do Candidato à Presidência da República Manuel Alegre.
O jantar inclui bilhete para o espectaculo do pavilhão atlântico no dia 19. Durante o jantar irão actuar: Almeno Gonçalves, José Fanha, António Manuel Ribeiro, José Jorge Letria .
Inscreva-se (15) Cristina Fragoso, Tm: 961128350, Sede:210303700
Quinta, 19 de Janeiro - Distritos de Lisboa
10h00
Mercado de Alvalade
Av. Da Igreja
Praça de Londres
Av. Guerra Junqueiro
13h00
Almoço em Sintra
Restaurante Sintrália, Av. Afonso de Albuquerque, 1 Estefânia - Sintra
Inscrições: Nuno Marcos 968431183
21h00
Pavilhão Atlântico
Megaconcerto Sempre a abrir
Manuel Alegre 2006
Sexta, 20 de Janeiro
11.00 - Associação dos Praças da Armada, Zona 2 da Ameixoeira, Lote 12 -loja B
13.00 - Almoço no Café dos Teatros
15.00 - Descida do Chiado ( concentração frenta à Brasileira )
20.00 - Jantar em Águeda ( Quinta do Regote, Rio Couvo )
domingo, 15 de janeiro de 2006
As Aparições Marianas
Aparições mais importantes breve relação descritiva das aparições Marianas mais conhecidas através da História.
Fátima...Um Estudo de Caso de aparição descrição dos fatos, fenômenos e profecias de Fátima.
Fátima...Um Estudo de Caso de aparição descrição dos fatos, fenômenos e profecias de Fátima.
Ali Agca
1917
The secret Third Secret of Fatima contains a prophecy of John Paul II's attempted assassination.
The secret Third Secret of Fatima contains a prophecy of John Paul II's attempted assassination.
O queijo no rio
Certo dia, ainda de madrugada, iam os de Fajão para a feira do Mont’Alto. Quando iam a passar na ponte de Cartamilo, que então era de madeira, viram a Lua reflectida na água, (por acaso era lua-cheia), e vai um aqui assim:
Olhem que belo queijo lá está em baixo! E se nós o fôssemos buscar?
- Mas é que vamos mesmo, disse o Pascoal.
- Mas como?
- É fácil. Eu penduro-me aqui nas grades da ponte, tu penduras-te nos meus pés, e assim por diante, até que o último chega lá abaixo e apanha o queijo.
Boa ideia!- aprovaram todos.
Quando já faltava só um para chegar ao queijo, diz lá de cima o Pascoal:
« Eh! rapazes, segurem-se lá, que quero cuspir nas mãos!»
Largou as mãos para cuspir, e cairam todos ao rio.
E o pior é que, como estavam todos a prumo, ficaram com as pernas todas embaralhadas ;
queriam sair, mas não sabiam quais eram as pernas de cada um, de modo que ficaram pr’ali...
Por acaso adregou de passar na ponte um almocreve. O almocreve, quando viu aquele monte de homens no rio, perguntou o que era aquilo.
Eles contaram-lhe o sucedido, e que não podiam sair dali porque não sabiam quais eram as pernas de cada um.
Diz o almocreve: Quanto dão vocês a quem vos diga quais são as vossas pernas?
- Trinta mil réis e uma carga de presuntos ( era o dinheiro de Fajão ).
Então ele não esperou por mais nada. Tirou o arrocho da carga da mula e começou a bater nas pernas de uns e outros. Ui! – gritava um. -« Tire, que essa é sua», respondia o almocreve. Batia noutra, - Ui! - «Tire, que essa é sua».
E assim, um a um, tirou-os todos.
Contos de Fajão
Olhem que belo queijo lá está em baixo! E se nós o fôssemos buscar?
- Mas é que vamos mesmo, disse o Pascoal.
- Mas como?
- É fácil. Eu penduro-me aqui nas grades da ponte, tu penduras-te nos meus pés, e assim por diante, até que o último chega lá abaixo e apanha o queijo.
Boa ideia!- aprovaram todos.
Quando já faltava só um para chegar ao queijo, diz lá de cima o Pascoal:
« Eh! rapazes, segurem-se lá, que quero cuspir nas mãos!»
Largou as mãos para cuspir, e cairam todos ao rio.
E o pior é que, como estavam todos a prumo, ficaram com as pernas todas embaralhadas ;
queriam sair, mas não sabiam quais eram as pernas de cada um, de modo que ficaram pr’ali...
Por acaso adregou de passar na ponte um almocreve. O almocreve, quando viu aquele monte de homens no rio, perguntou o que era aquilo.
Eles contaram-lhe o sucedido, e que não podiam sair dali porque não sabiam quais eram as pernas de cada um.
Diz o almocreve: Quanto dão vocês a quem vos diga quais são as vossas pernas?
- Trinta mil réis e uma carga de presuntos ( era o dinheiro de Fajão ).
Então ele não esperou por mais nada. Tirou o arrocho da carga da mula e começou a bater nas pernas de uns e outros. Ui! – gritava um. -« Tire, que essa é sua», respondia o almocreve. Batia noutra, - Ui! - «Tire, que essa é sua».
E assim, um a um, tirou-os todos.
Contos de Fajão
Lago Rosa
Título: Lago rosa
Nome do ficheiro: Lago rosa.jpg
Dimensões: 480x361 pixéis
Tamanho do ficheiro: 237.4kB
Tipo de ficheiro: jpeg
Coloração: color
Encontrado em:
www.galleriadante.com/artists/megrail.htm
sábado, 14 de janeiro de 2006
Em Oleiros, no troço mítico do Alto do cavalo...
Dossier 4 - PRN 2000
Prioridade para o IP2
Autarcas do distrito de Castelo Branco
A conclusão rápida do IP2, do IC8 e do IP6 foram algumas das prioridades definidas pelos autarcas do distrito de Castelo Branco, durante a reunião, realizada recentemente na Covilhã, para debater o ante-projecto de revisão do Plano Rodoviário Nacional e na qual estiveram presentes nove dos 11 presidentes de câmara do distrito.
Na estratégia comum a defender junto do Governo de Guterres, são definidos dois blocos de prioridades. O primeiro reivindica a conclusão rápida do IP2, nomeadamente os troços Soalheira-Variante da Covilhã e a Variante da Covilhã ligação ao IP5. Ainda neste bloco, os autarcas consideraram prioritário, numa segunda fase, a conclusão do IC8 de ligação de Figueira da Foz a Castelo Branco, bem como do IP6 na ligação ao IP2, ou seja, das proximidades de Abrantes até ao IP2.
No segundo bloco, é considerado prioritária a conclusão do IC31-IP2-Monfortinho e do IC6-Covilhã-Pedras Lavradas. A nível da Rede nacional, todas as prioridades incluídas no documento de análise são consideradas prioritárias bem como o fecho das malhas rodoviárias. O mesmo acontece com a ligação dos acessos às várias sedes de concelho. No documento, que foi distribuído aos grupos parlamentares e à Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), os autarcas detectaram em toda a rede viária da Beira Interior, e em particular no distrito de Castelo Branco, algumas falhas. É que, argumentam, existem algumas indefinições quanto ao futuro de algumas estradas. Falta saber se vão ou não ser desclassificadas ou incluídas na rede nacional.
Nos concelhos da Covilhã e Fundão, a falha existe em relação ao cruzamento de Alcaria-Capinha, EN 343-Paúl-Fundão e todos os restantes troços da EN18 que vão ser desclassificados, logo que seja implementado o IP2.
No concelho de Belmonte, é apontada a EN345-Nós do IP2 e cruzamento Vale Prazeres-S.Miguel Acha-EN18/EN233.
Na Sertã, notam-se está em causa o troço Ferreira do Zêzere-Sertã e Pedrógão Pequeno-Madeirã, bem como no troço Maxial da Estrada-Alto da Cava-238.1.
No concelho de Vila Velha de Ródão, foram detectadas falhas no cruzamento Várzea Preta-Perais-Monforte.
Em Oleiros, no troço Madeirã-Casal Novo e ainda Alto da Cava-Casal Novo. Em Castelo Branco, falhas na estrada que liga Louriçal do Campo-S.Vicente da Beira-V.V.Ródão.
Em Penamacor, é reivindicada a passagem para Estrada Nacional, a Municipal que liga Penamacor à fronteira espanhola Valverde del Fresno.
Terras da Beira
Prioridade para o IP2
Autarcas do distrito de Castelo Branco
A conclusão rápida do IP2, do IC8 e do IP6 foram algumas das prioridades definidas pelos autarcas do distrito de Castelo Branco, durante a reunião, realizada recentemente na Covilhã, para debater o ante-projecto de revisão do Plano Rodoviário Nacional e na qual estiveram presentes nove dos 11 presidentes de câmara do distrito.
Na estratégia comum a defender junto do Governo de Guterres, são definidos dois blocos de prioridades. O primeiro reivindica a conclusão rápida do IP2, nomeadamente os troços Soalheira-Variante da Covilhã e a Variante da Covilhã ligação ao IP5. Ainda neste bloco, os autarcas consideraram prioritário, numa segunda fase, a conclusão do IC8 de ligação de Figueira da Foz a Castelo Branco, bem como do IP6 na ligação ao IP2, ou seja, das proximidades de Abrantes até ao IP2.
No segundo bloco, é considerado prioritária a conclusão do IC31-IP2-Monfortinho e do IC6-Covilhã-Pedras Lavradas. A nível da Rede nacional, todas as prioridades incluídas no documento de análise são consideradas prioritárias bem como o fecho das malhas rodoviárias. O mesmo acontece com a ligação dos acessos às várias sedes de concelho. No documento, que foi distribuído aos grupos parlamentares e à Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), os autarcas detectaram em toda a rede viária da Beira Interior, e em particular no distrito de Castelo Branco, algumas falhas. É que, argumentam, existem algumas indefinições quanto ao futuro de algumas estradas. Falta saber se vão ou não ser desclassificadas ou incluídas na rede nacional.
Nos concelhos da Covilhã e Fundão, a falha existe em relação ao cruzamento de Alcaria-Capinha, EN 343-Paúl-Fundão e todos os restantes troços da EN18 que vão ser desclassificados, logo que seja implementado o IP2.
No concelho de Belmonte, é apontada a EN345-Nós do IP2 e cruzamento Vale Prazeres-S.Miguel Acha-EN18/EN233.
Na Sertã, notam-se está em causa o troço Ferreira do Zêzere-Sertã e Pedrógão Pequeno-Madeirã, bem como no troço Maxial da Estrada-Alto da Cava-238.1.
No concelho de Vila Velha de Ródão, foram detectadas falhas no cruzamento Várzea Preta-Perais-Monforte.
Em Oleiros, no troço Madeirã-Casal Novo e ainda Alto da Cava-Casal Novo. Em Castelo Branco, falhas na estrada que liga Louriçal do Campo-S.Vicente da Beira-V.V.Ródão.
Em Penamacor, é reivindicada a passagem para Estrada Nacional, a Municipal que liga Penamacor à fronteira espanhola Valverde del Fresno.
Terras da Beira
Onde está o José?
No Concerto da OTA em Proença-a-Nova um Jornalista deste Jornal estava lá!
Onde está o José?
Aqui Tudo É Furtado
A Agricultura na Serra do Açor
"A difícil subsistência das populações serranas esteve sempre dependente da relação estreita entre uma agricultura pobre, de cômbaros e pequenos lameiros, e a criação de gado. De tal modo tudo estava tão intimamente ligado, que a criação do porco ou das cabras se cruzava e confundia a todo o momento com as fainas do milho e do centeio ou com o cultivo da batata, do feijão e das botelhas (abóboras). O milho era o principal sustento: quando faltava o milho faltava tudo. A ele se juntava o feijão, a couve, a batata, o azeite, o vinho, a castanha, o porco, a cabra e pouco mais. O estrume das lojas era essencial para o sucesso das sementeiras. Por isso, havia que ir ao mato para a cama das cabras, uma dura tarefa quotidiana que muitas vezes se realizava antes do sol nascer. Agora, com as serras despovoadas de gentes e de gado, há mato em excesso, mas antes, para se encontrar uma boa malha tinham de se percorrer grandes distâncias nos baldios. Um molho de mato pode ser uma obra de arte quando se sabe enfeixar e depois apertar bem, passando a corda pelo gancho do ervedeiro. Em Dezembro começava-se a tirar o esterco das lojas e a transportá-lo para os bocados - um trabalho pesado, feito à força de braços e às costas, nas cestas. Por vezes, quando os acessos o permitiam, os carros de bois davam uma ajuda no transporte. Depois de Fevereiro, as terras começavam a ser voltadas ao encino, de modo a serem preparadas para a sementeira. Como os solos eram magros e quase sempre inclinados, a cava exigia uma técnica especial - começava-se por tirar a terra, abrindo uma vala na parte mais baixa do terreno e acartando a terra às cestas (nas costas, claro) para a parte mais alta, onde era espalhada. Compensava-se, deste modo, o progressivo deslizamento dos solos devido às regas, à chuva e às próprias cavas. Cavada a terra, o esterco era então espalhado nos regos com um encino mais pequeno. Em Março semeava-se o milho, muitas vezes misturado com feijão, em regos pouco fundos. Depois, o milho era arralado. Com um metro era feito o empalhado com mato, para conservar a humidade do solo. Estava-se então em Junho - era a altura da primeira rega. Seguidamente escanava-se (ou tirava-se a bandeira), quando a barba da espiga estava praticamente seca e desfolhava-se a planta quando a espiga começava a aloirar. As folhas e as bandeiras, depois de secas, eram guardadas como alimento de inverno para as cabras, assim se pagando com boa forragem o bom estrume antes recebido. A rega realizava-se com regularidade até a espiga estar quase madura. Finalmente, em Setembro, as espigas já secas eram cortadas do canoco e transportadas para casa. Aí, ao serão, eram descamisadas (ou escalpeladas e depois debulhadas. As descamisadas e as degulhas, em que os grãos de milho eram descasulados (retirados do casulo), eram uma ocasião de entreajuda e convívio: à luz das candeias de azeite desfolhavam-se as maçarocas e depois os homens malhavam, com paus curtos ou manguais, o grande monte de espigas - uma, duas, três vezes, até a maior parte do grão se soltar do casulo. Sentadas em semi-círculo, as mulheres retiravam dos casulos, com as mãos, os grãos que ainda restavam. Cantava-se, falava-se da vida deste e daquele e, quer encontrassem ou não o "milho-rei" os rapazes e raparigas solteiros arranjavam um pretexto para namoriscarem. Depois, vieram as debulhadoras manuais, a seguir as debulhadoras mecânicas, novas qualidades de milho híbrido (já sem "milho-rei") e, por fim, até a mocidade casadoira começou a debandar para as cidades, à cata de outro grão para o seu sustento."
Dr. Paulo Ramalho, Tempos Difíceis - Tradição e Mudança na Serra do Açor
Dr. Paulo Ramalho, Tempos Difíceis - Tradição e Mudança na Serra do Açor
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