“Se um dia disserem que o seu trabalho não é de um profissional, lembre-se: A Arca de Noé foi construída por amadores; profissionais construíram o Titanic…“
sexta-feira, 30 de abril de 2010
O sherpa Dawa
El sherpa Dawa, fiel a la ley del alpinismo, se quedó junto a Tolo Calafat cuando el mallorquín se quedó sin fuerzas, con un edema cerebral y "un hilo de vida" en la voz. Sus compañeros de expedición, Carlos Pauner, junto a otro sherpa, y Juanito Oiarzabal, siguieron hacia adelante en busca del campo base, a 7.100 metros en el Annapurna.
O viajante CG
Muy diferente de Ciudad Ho Chi Minh, que apunta al futuro y al cambio, y de Hanoi, Hué afirma ser la capital cultural de Vietnam.
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Fascínio mortal
El Himalaya siempre ha ejercido entre los amantes de la montaña una atracción fascinante...
Tragédia no Annapurna
Juanito Oiarzábal se mostraba muy afectado tras la muerte de su compañero de expedición Tolo Calafat en el Annapurna (Himalaya, Nepal). El vitoriano acusaba directamente a la coreana Oh Eun-sun, la primera mujer en subir los 14 'ochomiles', de no haber ordenado a sus sherpas subir a por Tolo.
Visita virtual
El museo en el que está ubicada la casa donde se escondió Ana Frank durante la ocupación nazi de Ámsterdam, ha lanzado, a través su página web, una visita virtual para conocer las habitaciones secretas en las que permaneció durante dos años.
quarta-feira, 28 de abril de 2010
O viajante CG
La erupción en Islandia del volcán situado bajo el glaciar Eyjafjallajökull ha devuelto a la actualidad uno de los fenómenos más impresionantes de la naturaleza. Afortunadamente, no siempre se trata de una experiencia peligrosa y en la Tierra hay cientos de cráteres activos que pueden ser visitados por los turistas más intrépidos.
elviajero.elpais.
elviajero.elpais.
terça-feira, 27 de abril de 2010
Que país tão triste
SALGUEIRO MAIA
"que país tão triste, que a um dos seus maiores homens,abandonou ostracisou, só porque nada queria ter a ver com o poder ,pergunto-me eu quem são estes que mandam,quem são estes que aparecem no poder? onde estavam eles quando Salgueiro Maia, este sim um Homem, lhes deu um país novo? e agora lembraram-se de fazer do de abril uma evolução... evoluam mas é eles , que o de Abril será sempre a nossa REVOLUCÃO."
BEM HAJAS, "CAPITÃO" SALGUEIRO MAIA
"que país tão triste, que a um dos seus maiores homens,abandonou ostracisou, só porque nada queria ter a ver com o poder ,pergunto-me eu quem são estes que mandam,quem são estes que aparecem no poder? onde estavam eles quando Salgueiro Maia, este sim um Homem, lhes deu um país novo? e agora lembraram-se de fazer do de abril uma evolução... evoluam mas é eles , que o de Abril será sempre a nossa REVOLUCÃO."
BEM HAJAS, "CAPITÃO" SALGUEIRO MAIA
O sítio do Viriato
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Capitão Salgueiro Maia
Entrevista exclusiva do capitão Salgueiro Maia à revista Fatos e Fotos (1974).
domingo, 25 de abril de 2010
De Santa Comba Dão a Grândola "Vila Morena"
A chegada às proximidades da capital da Beira Interior mostra um desenvolvimento que surpreende. Observa-se até um parque industrial e uma plataforma logística, facto que descansa o observador preocupado com a ausência deste sinal de progresso. É verdade, o conceito "plataforma logística" é a grande resposta à ausência de indústria e agricultura fortes e não há cidade de relativa dimensão sem esta realidade municipal.
O DN começou em Santa Comba Dão uma reportagem de 2040 quilómetros que terminou em Grândola. Da terra de Salazar até à 'Vila Morena', a senha do golpe militar, ouviu-se e sentiu-se tudo aquilo que os portugueses pensam do 25 de Abril de 1974.
Golpe de Estado
O antigo ministro e actual presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos agradece "aos deuses" ter vivido a Revolução de 1974. Crítico do estado do País, António Barreto diz no entanto que Abril permitiu que os portugueses ficassem "um pouco mais iguais". Uma entrevista em que fala de Portugal e da política, de Cavaco Silva, José Sócrates e também de Passos Coelho.
DN Opinião
Edurn Pasaban a caminho do Shisha Pangma
Más emoción imposible. La carrera por ser la primera mujer sobre los 14 ochomiles está al rojo vivo. El temporal instalado en el Annapurna (8.091 metros) ha hecho desistir a la coreana Oh Eun-Sun de alcanzar el domingo su cima, mientras que Edurne Pasaban se dirige hacia el Shisha Pangma (8.027 metros).
sábado, 24 de abril de 2010
Picos de Europa
De hecho, el Principado de Asturias es todo él un parque natural, montes y valles cubiertos por un manto verde y bañado por aguas de ríos y mar. Los Picos de Europa y su parque ofrecen aire puro a borbotones, ejercicio a espuertas y naturaleza para aburrir. Uno se encuentra con todo tipo de atractivos en este parque pero, sin duda, el agua es protagonista.
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Strawberry fields forever
Os homens europeus descem sobre Marrocos com a missão de recrutar mulheres.
Nas cidades, vilas e aldeias é afixado o convite e as mulheres apresentam-se no local da selecção.
Inscrevem-se, são chamadas e inspeccionadas como cavalos ou gado nas feiras. Peso, altura, medidas, dentes e cabelo, e qualidades genéricas como força, balanço, resistência. São escolhidas a dedo, porque são muitas concorrentes para poucas vagas. Mais ou menos cinco mil são apuradas em vinte e cinco mil.
A selecção é impiedosa e enquanto as escolhidas respiram de alívio, as recusadas choram e arrepelam-se e queixam-se da vida. Uma foi recusada porque era muito alta e muito larga.
São todas jovens, com menos de 40 anos e com filhos pequenos. Se tiverem mais de 50 anos são demasiado velhas e se não tiverem filhos são demasiado perigosas. As mulheres escolhidas são embarcadas e descem por sua vez sobre o Sul de Espanha, para a apanha de morangos. É uma actividade pesada, muitas horas de labuta para um salário diário de 35 euros. As mulheres têm casa e comida, e trabalham de sol a sol.
É assim durante meses, seis meses máximo, ao abrigo do que a Europa farta e saciada que vimos reunida em Lisboa chama Programa de Trabalhadores Convidados. São convidadas apenas as mulheres novas com filhos pequenos, porque essas, por causa dos filhos, não fugirão nem tentarão ficar na Europa. As estufas de morangos de Huelva e Almería, em Espanha, escolheram-nas porque elas são prisioneiras e reféns da família que deixaram para trás. Na Espanha socialista, este programa de recrutamento tão imaginativo, que faz lembrar as pesagens e apreciações a olho dos atributos físicos dos escravos africanos no tempo da escravatura, olhos, cabelos, dentes, unhas, toca a trabalhar, quem dá mais, é considerado pioneiro e chamam-lhe programa de "emigração ética".
Os nomes que os europeus arranjam para as suas patifarias e para sossegar as consciências são um modelo. Emigração ética, dizem eles.
Os homens são os empregadores. Dantes, os homens eram contratados para este trabalho. Eram tão poucos os que regressavam a África e tantos os que ficavam sem papéis na Europa que alguém se lembrou deste truque de recrutar mulheres para a apanha do morango. Com menos de 40 anos e filhos pequenos.
As que partem ficam tristes de deixar o marido e os filhos, as que ficam tristes ficam por terem sido recusadas. A culpa de não poderem ganhar o sustento pesa-lhes sobre a cabeça. Nas famílias alargadas dos marroquinos, a sogra e a mãe e as irmãs substituem a mãe mas, para os filhos, a separação constitui uma crueldade. E para as mães também. O recrutamento fez deslizar a responsabilidade de ganhar a vida e o pão dos ombros dos homens, desempregados perenes, para os das mulheres, impondo-lhes uma humilhação e uma privação.
Para os marroquinos, árabes ou berberes, a selecção e a separação são ofensivas, e engolem a raiva em silêncio. Da Europa, e de Espanha, nem bom vento nem bom casamento. A separação faz com que muitas mulheres encontrem no regresso uma rival nos amores do marido.
Que esta história se passe no século XXI e que achemos isto normal, nós europeus, é que parece pouco saudável. A Europa, ou os burocratas europeus que vimos nos Jerónimos tratados como animais de luxo, com os seus carrões de vidros fumados, os seus motoristas, as suas secretárias, os seus conselheiros e assessores, as suas legiões de servos, mais os banquetes e concertos, interlúdios e viagens, cartões de crédito e milhas de passageiros frequentes, perdeu, perderam, a vergonha e a ética. Quem trata assim as mulheres dos outros jamais trataria assim as suas.
Os construtores da Europa, com as canetas de prata que assinam tratados e declarações em cenários de ouro, com a prosápia de vencedores, chamam à nova escravatura das mulheres do Magreb "emigração ética". Damos às mulheres "uma oportunidade", dizem eles. E quem se preocupa com os filhos?
Gostariam os europeus de separar os filhos deles das mães durante seis meses? Recrutariam os europeus mães dinamarquesas ou suecas, alemãs ou inglesas, portuguesas ou espanholas, para irem durante seis meses apanhar morango? Não. O método de recrutamento seria considerado vil, uma infâmia social. Psicólogos e institutos, organizações e ministérios levantar-se-iam contra a prática desumana e vozes e comunicados levantariam a questão da separação das mães dos filhos numa fase crucial da infância. Blá, blá, blá. O processo de selecção seria considerado indigno de uma democracia
ocidental. O pior é que as democracias ocidentais tratam muito bem de si mesmas e muito mal dos outros, apesar de querem exportar o modelo e estarem muito preocupadas com os direitos humanos. Como é possível fazermos isto às mulheres? Como é possível instituir uma separação entre trabalhadoras válidas, olhos, dentes, unhas, cabelo, e inválidas?
Alguns dos filhos destas mulheres lembrar-se-ão.
Alguns dos filhos destas mulheres serão recrutados pelo Islão.
Esta Europa que presume de humana e humanista com o sr. Barroso à frente, às vezes mete nojo.
Nas cidades, vilas e aldeias é afixado o convite e as mulheres apresentam-se no local da selecção.
Inscrevem-se, são chamadas e inspeccionadas como cavalos ou gado nas feiras. Peso, altura, medidas, dentes e cabelo, e qualidades genéricas como força, balanço, resistência. São escolhidas a dedo, porque são muitas concorrentes para poucas vagas. Mais ou menos cinco mil são apuradas em vinte e cinco mil.
A selecção é impiedosa e enquanto as escolhidas respiram de alívio, as recusadas choram e arrepelam-se e queixam-se da vida. Uma foi recusada porque era muito alta e muito larga.
São todas jovens, com menos de 40 anos e com filhos pequenos. Se tiverem mais de 50 anos são demasiado velhas e se não tiverem filhos são demasiado perigosas. As mulheres escolhidas são embarcadas e descem por sua vez sobre o Sul de Espanha, para a apanha de morangos. É uma actividade pesada, muitas horas de labuta para um salário diário de 35 euros. As mulheres têm casa e comida, e trabalham de sol a sol.
É assim durante meses, seis meses máximo, ao abrigo do que a Europa farta e saciada que vimos reunida em Lisboa chama Programa de Trabalhadores Convidados. São convidadas apenas as mulheres novas com filhos pequenos, porque essas, por causa dos filhos, não fugirão nem tentarão ficar na Europa. As estufas de morangos de Huelva e Almería, em Espanha, escolheram-nas porque elas são prisioneiras e reféns da família que deixaram para trás. Na Espanha socialista, este programa de recrutamento tão imaginativo, que faz lembrar as pesagens e apreciações a olho dos atributos físicos dos escravos africanos no tempo da escravatura, olhos, cabelos, dentes, unhas, toca a trabalhar, quem dá mais, é considerado pioneiro e chamam-lhe programa de "emigração ética".
Os nomes que os europeus arranjam para as suas patifarias e para sossegar as consciências são um modelo. Emigração ética, dizem eles.
Os homens são os empregadores. Dantes, os homens eram contratados para este trabalho. Eram tão poucos os que regressavam a África e tantos os que ficavam sem papéis na Europa que alguém se lembrou deste truque de recrutar mulheres para a apanha do morango. Com menos de 40 anos e filhos pequenos.
As que partem ficam tristes de deixar o marido e os filhos, as que ficam tristes ficam por terem sido recusadas. A culpa de não poderem ganhar o sustento pesa-lhes sobre a cabeça. Nas famílias alargadas dos marroquinos, a sogra e a mãe e as irmãs substituem a mãe mas, para os filhos, a separação constitui uma crueldade. E para as mães também. O recrutamento fez deslizar a responsabilidade de ganhar a vida e o pão dos ombros dos homens, desempregados perenes, para os das mulheres, impondo-lhes uma humilhação e uma privação.
Para os marroquinos, árabes ou berberes, a selecção e a separação são ofensivas, e engolem a raiva em silêncio. Da Europa, e de Espanha, nem bom vento nem bom casamento. A separação faz com que muitas mulheres encontrem no regresso uma rival nos amores do marido.
Que esta história se passe no século XXI e que achemos isto normal, nós europeus, é que parece pouco saudável. A Europa, ou os burocratas europeus que vimos nos Jerónimos tratados como animais de luxo, com os seus carrões de vidros fumados, os seus motoristas, as suas secretárias, os seus conselheiros e assessores, as suas legiões de servos, mais os banquetes e concertos, interlúdios e viagens, cartões de crédito e milhas de passageiros frequentes, perdeu, perderam, a vergonha e a ética. Quem trata assim as mulheres dos outros jamais trataria assim as suas.
Os construtores da Europa, com as canetas de prata que assinam tratados e declarações em cenários de ouro, com a prosápia de vencedores, chamam à nova escravatura das mulheres do Magreb "emigração ética". Damos às mulheres "uma oportunidade", dizem eles. E quem se preocupa com os filhos?
Gostariam os europeus de separar os filhos deles das mães durante seis meses? Recrutariam os europeus mães dinamarquesas ou suecas, alemãs ou inglesas, portuguesas ou espanholas, para irem durante seis meses apanhar morango? Não. O método de recrutamento seria considerado vil, uma infâmia social. Psicólogos e institutos, organizações e ministérios levantar-se-iam contra a prática desumana e vozes e comunicados levantariam a questão da separação das mães dos filhos numa fase crucial da infância. Blá, blá, blá. O processo de selecção seria considerado indigno de uma democracia
ocidental. O pior é que as democracias ocidentais tratam muito bem de si mesmas e muito mal dos outros, apesar de querem exportar o modelo e estarem muito preocupadas com os direitos humanos. Como é possível fazermos isto às mulheres? Como é possível instituir uma separação entre trabalhadoras válidas, olhos, dentes, unhas, cabelo, e inválidas?
Alguns dos filhos destas mulheres lembrar-se-ão.
Alguns dos filhos destas mulheres serão recrutados pelo Islão.
Esta Europa que presume de humana e humanista com o sr. Barroso à frente, às vezes mete nojo.
Um excelente texto da Clara Ferreira Alves sobre a Europa.
Dá que pensar sobre o rumo que a sociedade vem tomando.
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Escândalo na UE
traduzido de um original em francês, recebido por e-mail
Você já reparou que os políticos europeus estão a lutar como loucos para entrar na administração da UE?
E por quê?
Leia o que segue, pense bem e converse com os amigos.
Envie isto para os europeus que conheça!
Simplesmente,escandaloso,
Foi aprovada a aposentadoria aos 50 anos com 9.000 euros por mês para os funcionários da UE!!!. Este ano, 340 agentes partem para a reforma antecipada aos 50 anos com uma pensão de 9.000 euros por mês.
Sim, você leu correctamente!
Para facilitar a integração de novos funcionários dos novos Estados-Membros da UE (Polónia, Malta, países da Europa Oriental ...), os funcionários dos países membros antigos (Bélgica, França, Alemanha ..) receberãoda Europa uma prenda de ouro para se aposentar.
Porquê e quem paga isto?
Você e eu estamos a trabalhar ou trabalhámos para uma pensão de miséria, enquanto que aqueles que votam as leis se atribuem presentes de ouro.
A diferença tornou-se muito grande entre o povo e os "Deuses do Olimpo!"
Devemos reagir por todos os meios começando por divulgar esta mensagem para todos os europeus.
É uma verdadeira Mafia a destes Altos Funcionários da União Europeia ....
Os tecnocratas europeus usufruem de verdadeiras reformas de nababos ...
Mesmo os deputados nacionais que, no entanto, beneficiam do "Rolls" dos regimes especiais, não recebem um terço daquilo que eles embolsam.
Vejamos!Giovanni Buttarelli, que ocupa o cargo de Supervisor Adjunto da Protecção de Dados, adquire depois de apenas 1 ano e 11 meses de serviço (em Novembro 2010), uma reforma de 1 515 € / mês.O equivalente daquilo que recebe em média, um assalariado francês do sector privado após uma carreira completa (40 anos)..
O seu colega, Peter Hustinx, acaba de ver o seu contrato de cinco anos renovado. Após 10 anos, ele terá direito a cerca de € 9 000 de pensão por mês.
É simples, ninguém lhes pede contas e eles decidiram aproveitar ao máximo.É como se, para a sua reforma, lhes fosse passado um cheque em branco.
Além disso, muitos outros tecnocratas gozam desse privilégio:
1.Roger Grass, Secretário do Tribunal Europeu de Justiça, receberá € 12 500 por mês de pensão.
2.Pernilla Lindh, o juiz do Tribunal de Primeira Instância, € 12 900 por mês.
3.Damaso Ruiz-Jarabo Colomer, advogado-geral, 14 000 € / mês.
Consulte a lista em:
http://www.kdo-mailing.com/redirect.asp?numlien=1276&numnews=1356&numabonne=62286
Para eles, é o jackpot.No cargo desde meados dos anos 1990, têm a certeza de validar uma carreira completa e, portanto, de obter o máximo: 70% do último salário.É difícil de acreditar ...Não só as suas pensões atingem os limites, mas basta-lhes apenas 15 anos e meio para validar uma carreira completa, enquanto para você, como para mim, é preciso matar-se com trabalho durante 40 anos, e em breve 41 anos.
Confrontados com o colapso dos nossos sistemas de pensões, os tecnocratas de Bruxelas recomendam o alongamento das carreiras: 37,5 anos, 40 anos, 41 anos (em 2012), 42 anos (em 2020), etc.Mas para eles, não há problema, a taxa plena é 15,5 anos… De quem estamos falando?
Originalmente, estas reformas de nababos eram reservadas para os membros da Comissão Europeia e, ao longo dos anos, têm também sido concedida a outros funcionários.Agora eles já são um exército inteiro a beneficiar delas:: juízes, magistrados, secretários, supervisores, mediadores, etc.
Mas o pior, ainda, neste caso, é que eles nem sequer descontam para a sua grande reforma. Nem um cêntimo de euro, tudo é à custa do contribuinte ...
Nós, contribuímos toda a nossa vida e, ao menor atraso no pagamento, é a sanção: avisos, multas, etc.
Sem a mínima piedade.Eles, isentaram-se totalmente disso.Parece que se está a delirar!
Esteja ciente, que até mesmo os juízes do Tribunal de Contas Europeu que, portanto, é suposto « verificarem se as despesas da UE são legais, feitas pelo menor custo e para o fim a que são destinadas », beneficiam do sistema e não pagam as quotas.
E que dizer de todos os tecnocratas que não perdem nenhuma oportunidade de armarem em «gendarmes de Bruxelas» e continuam a dar lições de ortodoxia fiscal, quando têm ambas as mãos, até os cotovelos, no poteda compota?
Numa altura em que o futuro das nossas pensões está seriamente comprometido pela violência da crise económica e da brutalidade do choque demográfico, os funcionários europeus beneficiam, à nossa custa, da pensão de 12 500 a 14 000 € / mês após somente 15 anos de carreira, mesmo sem pagarem quotizações...É uma pura provocação!
O meu objectivo é alertar todos os cidadãos dos Estados-Membros da União Europeia.Juntos, podemos criar uma verdadeira onda de pressão.
Não há dúvida de que os tecnocratas europeus continuam a gozar à nossa custa e com total impunidade, essas pensões.Nós temos que levá-los a colocar os pés na terra.
«Sauvegarde Retraites» realizou um estudo rigoroso e muito documentado que prova por "A + B" a dimensão do escândalo.Já foi aproveitado pelos mídia.
http://www.lepoint.fr/actualites-economie/2009-05-19/revelations-les-retraites-en-or-des-hauts-fonctionnaires-europeens/916/0/344867
Divulgue e distribua amplamente entre todos os relés de vinte e sete países da União Europeia
Você já reparou que os políticos europeus estão a lutar como loucos para entrar na administração da UE?
E por quê?
Leia o que segue, pense bem e converse com os amigos.
Envie isto para os europeus que conheça!
Simplesmente,escandaloso,
Foi aprovada a aposentadoria aos 50 anos com 9.000 euros por mês para os funcionários da UE!!!. Este ano, 340 agentes partem para a reforma antecipada aos 50 anos com uma pensão de 9.000 euros por mês.
Sim, você leu correctamente!
Para facilitar a integração de novos funcionários dos novos Estados-Membros da UE (Polónia, Malta, países da Europa Oriental ...), os funcionários dos países membros antigos (Bélgica, França, Alemanha ..) receberãoda Europa uma prenda de ouro para se aposentar.
Porquê e quem paga isto?
Você e eu estamos a trabalhar ou trabalhámos para uma pensão de miséria, enquanto que aqueles que votam as leis se atribuem presentes de ouro.
A diferença tornou-se muito grande entre o povo e os "Deuses do Olimpo!"
Devemos reagir por todos os meios começando por divulgar esta mensagem para todos os europeus.
É uma verdadeira Mafia a destes Altos Funcionários da União Europeia ....
Os tecnocratas europeus usufruem de verdadeiras reformas de nababos ...
Mesmo os deputados nacionais que, no entanto, beneficiam do "Rolls" dos regimes especiais, não recebem um terço daquilo que eles embolsam.
Vejamos!Giovanni Buttarelli, que ocupa o cargo de Supervisor Adjunto da Protecção de Dados, adquire depois de apenas 1 ano e 11 meses de serviço (em Novembro 2010), uma reforma de 1 515 € / mês.O equivalente daquilo que recebe em média, um assalariado francês do sector privado após uma carreira completa (40 anos)..
O seu colega, Peter Hustinx, acaba de ver o seu contrato de cinco anos renovado. Após 10 anos, ele terá direito a cerca de € 9 000 de pensão por mês.
É simples, ninguém lhes pede contas e eles decidiram aproveitar ao máximo.É como se, para a sua reforma, lhes fosse passado um cheque em branco.
Além disso, muitos outros tecnocratas gozam desse privilégio:
1.Roger Grass, Secretário do Tribunal Europeu de Justiça, receberá € 12 500 por mês de pensão.
2.Pernilla Lindh, o juiz do Tribunal de Primeira Instância, € 12 900 por mês.
3.Damaso Ruiz-Jarabo Colomer, advogado-geral, 14 000 € / mês.
Consulte a lista em:
http://www.kdo-mailing.com/redirect.asp?numlien=1276&numnews=1356&numabonne=62286
Para eles, é o jackpot.No cargo desde meados dos anos 1990, têm a certeza de validar uma carreira completa e, portanto, de obter o máximo: 70% do último salário.É difícil de acreditar ...Não só as suas pensões atingem os limites, mas basta-lhes apenas 15 anos e meio para validar uma carreira completa, enquanto para você, como para mim, é preciso matar-se com trabalho durante 40 anos, e em breve 41 anos.
Confrontados com o colapso dos nossos sistemas de pensões, os tecnocratas de Bruxelas recomendam o alongamento das carreiras: 37,5 anos, 40 anos, 41 anos (em 2012), 42 anos (em 2020), etc.Mas para eles, não há problema, a taxa plena é 15,5 anos… De quem estamos falando?
Originalmente, estas reformas de nababos eram reservadas para os membros da Comissão Europeia e, ao longo dos anos, têm também sido concedida a outros funcionários.Agora eles já são um exército inteiro a beneficiar delas:: juízes, magistrados, secretários, supervisores, mediadores, etc.
Mas o pior, ainda, neste caso, é que eles nem sequer descontam para a sua grande reforma. Nem um cêntimo de euro, tudo é à custa do contribuinte ...
Nós, contribuímos toda a nossa vida e, ao menor atraso no pagamento, é a sanção: avisos, multas, etc.
Sem a mínima piedade.Eles, isentaram-se totalmente disso.Parece que se está a delirar!
Esteja ciente, que até mesmo os juízes do Tribunal de Contas Europeu que, portanto, é suposto « verificarem se as despesas da UE são legais, feitas pelo menor custo e para o fim a que são destinadas », beneficiam do sistema e não pagam as quotas.
E que dizer de todos os tecnocratas que não perdem nenhuma oportunidade de armarem em «gendarmes de Bruxelas» e continuam a dar lições de ortodoxia fiscal, quando têm ambas as mãos, até os cotovelos, no poteda compota?
Numa altura em que o futuro das nossas pensões está seriamente comprometido pela violência da crise económica e da brutalidade do choque demográfico, os funcionários europeus beneficiam, à nossa custa, da pensão de 12 500 a 14 000 € / mês após somente 15 anos de carreira, mesmo sem pagarem quotizações...É uma pura provocação!
O meu objectivo é alertar todos os cidadãos dos Estados-Membros da União Europeia.Juntos, podemos criar uma verdadeira onda de pressão.
Não há dúvida de que os tecnocratas europeus continuam a gozar à nossa custa e com total impunidade, essas pensões.Nós temos que levá-los a colocar os pés na terra.
«Sauvegarde Retraites» realizou um estudo rigoroso e muito documentado que prova por "A + B" a dimensão do escândalo.Já foi aproveitado pelos mídia.
http://www.lepoint.fr/actualites-economie/2009-05-19/revelations-les-retraites-en-or-des-hauts-fonctionnaires-europeens/916/0/344867
Divulgue e distribua amplamente entre todos os relés de vinte e sete países da União Europeia
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Estudo
44% dos portugueses não estão preparados para despesas inesperadas
De acordo com o estudo realizado pela TNS em associação com professores da Harvard Business School e do Colégio Dartmouth, sobre “Literacia Financeira e Comportamentos Financeiros de Risco”, metade dos consumidores em muitos dos países desenvolvidos lutam para fazer face a despesas inesperadas.
A análise realizada mostra que muitos dos consumidores, particularmente em Portugal, Reino Unido, Estados Unidos da América, Alemanha e México, não possuem actualmente recursos para fazer face a despesas inesperadas, como sejam uma súbita reparação do carro ou da casa ou ainda outros gastos menores relacionados com a saúde.
Em Portugal, quase metade dos inquiridos (44%) referiu que não teria possibilidade de pagar uma despesa inesperada de 1.500 euros, nos próximos 30 dias. Já os luxemburgueses são os que se mostram mais confiantes, com 9 em cada 10 entrevistados a assumirem ter condições para avançar com dinheiro nesta situação. Em Itália, Holanda e Canadá cerca de 7 em cada 10 entrevistados mostram-se igualmente confiantes perante a possibilidade de enfrentarem uma despesa inesperada.
Este cenário é similar para americanos, ingleses ou alemães que referiram que não teriam capacidade para avançar com este valor, independentemente de este ser proveniente de poupanças, empréstimos, amigos ou familiares. O México apresentou o pior cenário com 58% dos inquiridos a referirem serem incapazes de encontrar fundos para fazer face a este tipo de despesa.
Para Peter Tufano, da Harvard Business School, “estes números não são apenas reflexo do desemprego ou do número crescente de agregados familiares com menores rendimentos. Em muitos países existe uma fragilidade financeira generalizada, com um número significativo de consumidores da classe média extremamente vulneráveis a emergências financeiras súbitas”.
As poupanças são o primeiro recurso para ir buscar fundos de emergência na maioria dos países inquiridos, sendo o recurso mais provável na Holanda (89%) e no Luxemburgo (86%) mas também para cerca de metade dos respondentes na Alemanha, Estados Unidos da América, Reino Unido, Canadá e Portugal. Não surpreende pois o facto de serem o Luxemburgo, a Holanda e o Canadá, os países com maior incidência de consumidores com conta poupança.
As redes sociais informais são também um recurso predominante na procura de ajuda para fazer face a despesas inesperadas, em alguns países, avançando o estudo da TNS que “em Portugal, a família é a segunda fonte mais indicada, com 25% dos indivíduos a admitirem o recurso à mesma em situações de emergência financeira”. No entanto, os números do estudo indicam que “apenas 8% dos portugueses consideram recorrer aos amigos para fazer face a este tipo de despesa”.
O recurso à família está também presente na Alemanha, Reino Unido, França e Estados Unidos da América, com cerca de 30% dos respondentes a mencionarem esta fonte.
Embora a omnipresença dos cartões de crédito seja visível no estudo, os inquiridos não esperam recorrer ao crédito para fazer face a uma despesa inesperada. “Cartões de crédito e um segundo emprego não são opções populares para resolver ou lidar com emergências financeiras deste tipo”, conclui o estudo.
Em Portugal apenas 8% dos inquiridos referiram recorrer ao cartão de crédito como forma de resolver a situação. Já o Canadá (28%), o Luxemburgo (27%), os EUA e o Reino Unido são os países que apresentam maior número de inquiridos (cerca de 20%) com propensão para utilizar cartões de crédito. Para os portugueses também o segundo emprego como fonte de rendimento extra não é uma opção muito válida, num contexto de emergência económica (15% dos inquiridos).
Em Portugal vender pertences é apenas indicado por 4% dos inquiridos e vender a casa não faz parte das opções a considerar na resolução de uma emergência financeira.
Este estudo foi realizado em 14 países, tendo uma amostra total de 14.693 indivíduos. Em Portugal o estudo foi realizado pela TNS, que entrevistou 1.011 indivíduos com 18 anos ou mais, representativos da população portuguesa, com os dados a ser recolhidos em Julho de 2009, através de entrevistas telefónicas.
De acordo com o estudo realizado pela TNS em associação com professores da Harvard Business School e do Colégio Dartmouth, sobre “Literacia Financeira e Comportamentos Financeiros de Risco”, metade dos consumidores em muitos dos países desenvolvidos lutam para fazer face a despesas inesperadas.
A análise realizada mostra que muitos dos consumidores, particularmente em Portugal, Reino Unido, Estados Unidos da América, Alemanha e México, não possuem actualmente recursos para fazer face a despesas inesperadas, como sejam uma súbita reparação do carro ou da casa ou ainda outros gastos menores relacionados com a saúde.
Em Portugal, quase metade dos inquiridos (44%) referiu que não teria possibilidade de pagar uma despesa inesperada de 1.500 euros, nos próximos 30 dias. Já os luxemburgueses são os que se mostram mais confiantes, com 9 em cada 10 entrevistados a assumirem ter condições para avançar com dinheiro nesta situação. Em Itália, Holanda e Canadá cerca de 7 em cada 10 entrevistados mostram-se igualmente confiantes perante a possibilidade de enfrentarem uma despesa inesperada.
Este cenário é similar para americanos, ingleses ou alemães que referiram que não teriam capacidade para avançar com este valor, independentemente de este ser proveniente de poupanças, empréstimos, amigos ou familiares. O México apresentou o pior cenário com 58% dos inquiridos a referirem serem incapazes de encontrar fundos para fazer face a este tipo de despesa.
Para Peter Tufano, da Harvard Business School, “estes números não são apenas reflexo do desemprego ou do número crescente de agregados familiares com menores rendimentos. Em muitos países existe uma fragilidade financeira generalizada, com um número significativo de consumidores da classe média extremamente vulneráveis a emergências financeiras súbitas”.
As poupanças são o primeiro recurso para ir buscar fundos de emergência na maioria dos países inquiridos, sendo o recurso mais provável na Holanda (89%) e no Luxemburgo (86%) mas também para cerca de metade dos respondentes na Alemanha, Estados Unidos da América, Reino Unido, Canadá e Portugal. Não surpreende pois o facto de serem o Luxemburgo, a Holanda e o Canadá, os países com maior incidência de consumidores com conta poupança.
As redes sociais informais são também um recurso predominante na procura de ajuda para fazer face a despesas inesperadas, em alguns países, avançando o estudo da TNS que “em Portugal, a família é a segunda fonte mais indicada, com 25% dos indivíduos a admitirem o recurso à mesma em situações de emergência financeira”. No entanto, os números do estudo indicam que “apenas 8% dos portugueses consideram recorrer aos amigos para fazer face a este tipo de despesa”.
O recurso à família está também presente na Alemanha, Reino Unido, França e Estados Unidos da América, com cerca de 30% dos respondentes a mencionarem esta fonte.
Embora a omnipresença dos cartões de crédito seja visível no estudo, os inquiridos não esperam recorrer ao crédito para fazer face a uma despesa inesperada. “Cartões de crédito e um segundo emprego não são opções populares para resolver ou lidar com emergências financeiras deste tipo”, conclui o estudo.
Em Portugal apenas 8% dos inquiridos referiram recorrer ao cartão de crédito como forma de resolver a situação. Já o Canadá (28%), o Luxemburgo (27%), os EUA e o Reino Unido são os países que apresentam maior número de inquiridos (cerca de 20%) com propensão para utilizar cartões de crédito. Para os portugueses também o segundo emprego como fonte de rendimento extra não é uma opção muito válida, num contexto de emergência económica (15% dos inquiridos).
Em Portugal vender pertences é apenas indicado por 4% dos inquiridos e vender a casa não faz parte das opções a considerar na resolução de uma emergência financeira.
Este estudo foi realizado em 14 países, tendo uma amostra total de 14.693 indivíduos. Em Portugal o estudo foi realizado pela TNS, que entrevistou 1.011 indivíduos com 18 anos ou mais, representativos da população portuguesa, com os dados a ser recolhidos em Julho de 2009, através de entrevistas telefónicas.
recebido por electrónic mail ou mais simplesmente e-mail
terça-feira, 20 de abril de 2010
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Earthquake in Yushu, China
On April 14th, residents of China's remote Yushu County, located on the Tibetan plateau, were awoken by a magnitude 6.9 earthquake.
domingo, 18 de abril de 2010
Sri Lanka
Pese a sus casi continuas vicisitudes durante dos milenios, el pueblo de Sri Lanka jamás renunció a su gusto por la independencia, ni a su devoción por Buda. Y el encanto de esta nación, independiente desde 1948, reside, todavía hoy, en un clima que es un 90% exótico y compuesto por tradiciones indígenas y otras adquiridas en el transcurso de cuatro siglos de colonización; un encanto que ha permanecido casi indemne, a pesar de los tormentosos avatares políticos de los últimos tiempos.
sábado, 17 de abril de 2010
Pasaban vs Eun Sun
Edurne Pasaban, junto al equipo de TVE Al filo de la Imposible, ha coronado esta mañana la cima del Annapurna (8.091 m., Nepal). La montañera, que lucha por convertirse en la primera mujer en hollar los 14 ochomiles del planeta, ha llegado a la cumbre hacia las 10.30. Su objetivo ahora es ascender al Shisha Pangma, último ochomil que le queda. La deportista vasca, de 37 años, no es la única que persigue este sueño. La surcoreana Oh Eun Sun, con 13 de los 14 ochomiles en su haber, ha tomado la delantera y sólo le queda completar el ascenso del Annapurna, donde ya se encuentra. Las dos mujeres luchan por una gesta que logró en 1986, entre los hombres, Reinhold Messner.
Chegar ao Topo
O alpinista português João Garcia, de 43 anos, atingiu hoje o cume do monte nepalês Annapurna, a última das 14 montanhas do mundo acima dos 8000 metros que se propôs escalar.
Expresso online
Curso de História
Las siete puertas de la muralla de Ciudad Rodrigo hablan del esplendoroso pasado de esta hermosa localidad salmantina, donde cada edificio parece contar una intrincada historia.
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Cinzas
Un día después, el colapso del tráfico aéreo en Europa no sólo mejora sino que está empeorando, debido a las cenizas provocadas por la erupción de un volcán en Islandia.
quinta-feira, 15 de abril de 2010
como quem desenha num bloco de notas
Instante Fatal não é um blogue de fotografia. É um blogue de opinião, política e pública, provocador e a pender para a esquerda, onde o autor publica ensaios fotográficos e reportagens em vídeo.
quarta-feira, 14 de abril de 2010
O deserto em 2100
Este desierto, con escasa presencia de vegetación, dominará la mitad sur de la Península Ibérica a final del siglo XXI
terça-feira, 13 de abril de 2010
"Não tenho pressa"
Daniel Sampaio "Ninguém se suicida só por ser vítima de bullying"
por Joana Stichini Vilela, Publicado em 10 de Abril de 2010
Trinta minutos. Na Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar, em Lisboa, o psiquiatra Daniel Sampaio, 63 anos, recebe o i com o atraso da praxe. Em troca oferece todo o tempo de que necessitarmos. "Não tenho pressa", assegura, de cara lavada, enquanto tira uma caixa de bombons da secretária para a fotografia. "Não pode aparecer assim. Sou muito arrumado."
Ainda não o tinha visto sem barba.
Tirei-a em Outubro. Estava muito branca e pesada. Foram 43 anos.
Mais de metade a escrever livros sobre adolescentes, família e escola. Desde que editou "Droga, Pais e Filhos", em 1978, os jovens mudaram muito?
A socialização é muito diferente. Antes tínhamos uma concepção da adolescência ligada à família e à escola. A internet mudou completamente a maneira como o adolescente se relaciona com os amigos. Ainda não sabemos que repercussão vai ter. Depois há outro problema: a insegurança dos pais. Dos anos 60 aos 90, os pais reagiram ao modelo dos seus próprios pais e tornaram-se muito permissivos. Houve uma perda de autoridade. Foi bom, porque pais e filhos se aproximaram muito. Só que os pais, que eu acho que são os melhores de sempre, passaram a ter muitas dúvidas e inseguranças. E agora têm de mudar a forma como se relacionam com os filhos.
O que têm de mudar?
Não podem esperar que o filho vá ter com eles num sábado à tarde para ter uma conversa séria. A sociedade é muito rápida. Existem muitas questões que devem ser resolvidas no momento. As pessoas dizem que não há tempo. O que é preciso é arranjar novas formas de contactar, que não podem passar por manuais ou coisas estereotipadas. Dou-lhe um exemplo: estou no Facebook. Foram os meus netos que me introduziram.
Fizeram-lhe um convite?
Exactamente. Enviamos mensagens uns aos outros, eu advirto para alguns perigos. Não deviam ter posto as fotografias deles, por exemplo. Têm dez anos.
Sabe que em teoria não têm idade para estar no Facebook?
Em teoria, diz bem. Essa é uma das características da sociedade actual. São os pais que têm de proibir ou não. Se entraram, o que é altamente discutível, é bom que os adultos acompanhem. Se os adultos proíbem, eles fazem às escondidas.
Quantas vezes vai ao Facebook por dia?
A minha página tem 15 dias. Vou de dois em dois dias.
E tem muitos amigos?
41.
Aceita convites de amizade?
Com algum critério. Mas tenho um site e recebo uma média de 70 emails por dia, de jovens com problemas pessoais a pais com problemas com os filhos... Gasto entre uma e duas horas por dia a responder-lhes. Não me deito sem o fazer.
Passando para a actualidade. Existe de facto bullying em Portugal?
Claro. Como sempre existiu. O bullying é uma violência caracterizada por comportamentos de humilhação e de provocação em relação ao aluno. Nos anos 60, estava no Liceu Pedro Nunes, em Lisboa, e havia bullying. Mas não se estudavam essas questões e não se valorizava. Havia a noção de que as pessoas tinham de se desenrascar. Lembro-me de um jovem homossexual que era vítima de humilhações sistemáticas na casa de banho e no pátio. Hoje, felizmente, acha-se que as pessoas frágeis devem ser protegidas. Porque violência sempre haverá na escola. Isso é uma utopia dos anos 60.
Mas não faz parte do crescimento aprender a lidar com as dificuldades?
É verdade.
Então qual é o limite?
Há uma diferença entre um comportamento que pode ser episodicamente violento - que até é saudável, porque é importante que as pessoas aprendam a desembaraçar-se - e um comportamento de humilhação e provocação sistemático.
Há quem defenda que superar situações de provocação pode fazer da vítima um adulto mais forte.
Isso tem a ver com o perfil da vítima. Há quem saiba reagir e quem se vitimize: pessoas depressivas, inseguras. Mas os agressores também precisam de ajuda. É errado pensar que o problema se resolve punindo os agressores.
Nos EUA, nove jovens estão a ser investigados no caso de uma adolescente que se suicidou-se por ser vítima de bullying.
Isso nunca é bem assim. A pessoa nunca se suicida só porque é vítima de bullying. Há múltiplas causas que num determinado momento se somam. Por exemplo, temos a escola de Fitares e o professor que se suicidou, vítima - escreveram indecentemente os seus colegas do "Público" - da turma do 9.oB. Não se pode escrever isto. Primeiro porque houve pessoas da turma do 9.oB que não tiveram nada a ver com isso. Depois, o professor - que de certeza que sofria muita pressão dos alunos, ao ponto de escrever isso no computador - era doente psiquiátrico, estava em depressão, tinha 50 e tal anos e vivia com os pais.
Ao longo destes 20 anos, a sua forma de olhar os adolescentes mudou?
Claro que mudou. Primeiro porque vou envelhecendo. Às vezes olham-me como um avozinho. Mas isso não faz mal. Quero estar de acordo com a minha idade. Nunca uso calão juvenil nem permito que o usem comigo.
Em "Vozes e Ruídos" defende que temos de usar a linguagem dos jovens e um capítulo chama-se "Bute Falar".
Sim... Isso em 93. Já não uso esse tipo de linguagem. Em 94, quando escrevi "Inventem-se Novos Pais", era importante dizer aos pais "oiçam os adolescentes". Em 2010, os adolescentes já têm a sua voz. O essencial é dizer "atenção, os pais precisam de ajuda e estão inseguros". Há situações preocupantes, em que os adolescentes comandam a vida familiar. Houve muita permissividade.
Quando deixa de haver espaço para negociação e é preciso ser autoritário?
Uma família não é uma estrutura democrática tradicional. Há um momento em que é preciso decidir, e quem decide é o adulto. É fundamental que decida sobretudo nas questões de saúde e de segurança. Se um pai sabe que o filho frequenta um grupo onde há drogas, qualquer tipo de droga, deve proibir de forma clara. O adolescente pode desobedecer, mas vai fazê-lo com a proibição dos pais na cabeça. O grande problema das famílias é que os jovens não sabem se estão a transgredir, porque não há regras.
Que tipo de adultos serão?
Isto traz consequências a nível da frustração e a nível moral. A educação deve ter uma dimensão de frustração, que é "tu não podes ter tudo quanto queres". Qualquer aprendizagem exige esforço. Não se deve desistir à mínima coisa. Aprendi isso com os meus pais, que não admitiam que faltássemos à escola, a não ser que estivéssemos mesmo doentes. Era o nosso dever. E depois é importante a chamada educação para os valores: aquilo que eu pai e eu mãe achamos que é importante para ti nesta família.
A conduta dos pais é responsável pela conduta dos filhos?
Não. Os pais são determinantes, mas não são os únicos responsáveis. Devemos dizer às crianças e aos adolescentes que eles são responsáveis pelos próprios actos de acordo com a sua idade. Uma criança de um ano não pode decidir a sua vida, mas pode arrumar os brinquedos.
Há regras infalíveis para ser um bom pai ou uma boa mãe?
Há duas coisas. Primeira, falar com outros pais. "Como é que o meu vizinho que tem um filho adolescente resolveu a questão de a namorada dormir lá em casa?" Posso ter dificuldade em resolver questões de sexualidade, mas ser competente em questões de segurança. Então troco experiências. Depois, reconhecer aquilo que os meus pais e avós fizeram. A nossa identidade é feita da nossa genética. Por exemplo, o meu avô paterno, quando o meu pai teve uma má nota, achou que ele devia deixar de estudar e ir trabalhar. Houve um tio, que por acaso era padre, que achou que o meu pai devia continuar a estudar. O meu pai veio a ser um médico de algum destaque. Qual é a lição? Quando tenho uma dúvida com os meus filhos devo ouvir outras pessoas. A história da nossa família dá-nos pistas para as soluções que temos de encontrar para os problemas.
Fez isso com os seus filhos?
Fiz isso, mas devia ter feito mais. Só quando escrevi "A Razão dos Avós", em 2008, percebi a verdadeira importância disso.
Teria mudado a sua forma de decidir?
Sim. Não lhe quero dar exemplos concretos dos meus filhos, mas houve tomei decisões dominado pelas minhas emoções e não por estratégias pensadas. Os pais devem ter contacto com as suas emoções, mas ser racionais. Quando não sabem o que fazer, podem pedir aos filhos que esperem dez minutos ou um dia. E vão falar com outros pais e pensar como resolveriam os pais e os avós uma dificuldade semelhante. Uma família isolada é uma família com problemas.
Tendemos a olhar para si como autor de livros, pessoa que não tem dúvidas.
Tenho imensas dúvidas. A comunicação na família é a coisa mais importante. A reflexão funciona. Muito mais do que ler um livro do Daniel Sampaio. Eu tive uma avó que foi muito importante para mim.
De que forma foi a sua avó importante?
Tinha uma grande suavidade na maneira de dizer as coisas. Nunca se zangava. Apontava-me caminhos, dando-me uma enorme liberdade. Eu com dez anos andava muito sozinho em Sintra e em Lisboa. Hoje já não é possível, porque os pais estão aterrorizados com a insegurança. Tenho imensa pena dos meninos que vêem a cidade pelos vidros dos carros dos pais, como os meus netos. A minha avó foi decisiva na minha formação. Mais que os meus pais. Vivi com ela três anos fundamentais da minha vida, dos dez aos 13 anos.
De facto as crianças não podem andar sozinhas ou os pais exageram?
Essa é a pergunta mais difícil que fez até agora. As cidades não são seguras. Na altura eram. Mas acho que os pais exageram. Têm uma paranóia securitária, estão sempre a pensar em coisas horríveis que podem acontecer e não deixam as crianças com dez e 11 anos atravessar a rua. E depois, extraordinariamente, aos 15 anos deixam-nos sair à noite até às seis da manhã. Quer dizer, não as prepararam para vencer as dificuldades do dia-a-dia. Depois, de repente, entram na adolescência, consomem álcool e drogas e não há nenhum controlo. Tenho um exemplo de um rapaz que sigo. Trabalho ao pé da escola secundária onde anda. Fiquei de lhe arranjar uns apontamentos. E esse menino, que tem 15 anos e sai à noite para as discotecas, não atravessou duas ruas para os ir buscar a minha casa. O pai teve de largar o emprego para ir a minha casa buscá-los. Os pais não têm firmeza para dizer "tu não deves sair antes dos 16 anos".
Os 16 anos são a altura certa?
Estou completamente de acordo com o limite legal, que não é cumprido por ninguém. É uma hipocrisia.
E para o início da actividade sexual, também há uma idade indicada?
Não existe, mas sabe-se que não deve ser cedo sobretudo nas raparigas porque a maturação do útero depois da primeira menstruação demora algum tempo. Não há uma idade certa. Os adolescentes são muito diferentes, mas eu diria que antes dos 15, 16 anos não faz sentido. A sexualidade é uma coisa boa, mas deve ser associada à responsabilidade.
O interesse profissional pela área da adolescência teve a ver com a sua?
Não. Fui para Psiquiatria influenciado por uma professora de Filosofia do Pedro Nunes. Quando andava no secundário não sabia o que seguir. Gostava muito de Letras. Já na altura tinha a mania de escrever. Ainda pensei seguir Línguas e ser professor. Político acho que só deve haver um por família. Depois tive como professora de Filosofia a Dr.a Maria Luísa Guerra, que me deu Filosofia de uma maneira muito especial e disse que eu devia ir para Psicologia. Ainda hoje converso com ela. Tem 80 anos. Aí contou um bocadinho ter um pai médico. O curso de Psicologia estava no início.
E ela tinha razão?
Gosto muito do que faço. Não penso reformar-me. Acho que é coisa péssima... Ainda não falámos do Sporting! É um mito, não lhe dou assim tanta importância.
Não diz isso só este ano, que o campeonato não está a correr bem?
Não. Tenho muita simpatia pelo Sporting. Sou sócio de lugar cativo. Vibro quando ganha. Mas, muito sinceramente, não fico triste quando perde.
Pode ser uma questão de habituação...
Talvez. Talvez contribua. Mas acho que se dá demasiada importância ao futebol e à discussão do pormenor. Gosto mais de gatos que de futebol.
Gosta tanto de brincar com gatos que até diz isso no seu site. Porquê?
Fascinam-me. Sempre tive gatos. A minha avó adorava gatos. A minha mãe também. Na casa de Sintra tínhamos um pequeno jardim onde sempre houve gatos. Agora não tenho porque há muito pouco tempo morreu um que eu adorava e fiquei um bocado mal. Era o Gonçalo.
O que o fascina neles?
Conhecem o dono que os trata bem. Não são submissos - detesto a submissão do cão, que lambe a mão ao dono que lhe bate. Depois têm uma agilidade muito grande. Gosto mesmo muito de brincar com gatos. E pode escrever que gosto mais de gatos que do Sporting, embora goste muito do Sporting, e, como a maior parte dos sportinguistas, não goste muito do Benfica.
Acha que há um perfil psicológico do adepto de cada um dos grandes?
O Sporting tem tido objectivamente muito azar. Depois, é um clube um bocadinho elitista, foi fundado por um visconde. Por isso percebo que o Benfica exerça mais fascínio sobre as pessoas. O Sporting é um clube onde se cultiva a frustração, o que é uma coisa boa. As pessoas são muito amigas umas das outras, habituam-se a comentar as frustrações. Acho que é educativo. Mas é difícil explicar aos meus netos, que são todos sportinguistas, que não se deve mudar de clube porque ele perde ou ganha poucas vezes. É a escola da vida.
Se tivesse filhos pequenos agora, educá-los-ia de uma forma diferente?
Sim, claro. Uma das coisas é o tempo que lhe dediquei. Sou casado com uma médica e nós tínhamos muitíssimo trabalho, estava quase sempre um de urgência. Depois, na adolescência deles, acho que foi uma época extraordinária, porque eu gostei muito. Foi muito difícil...
Para si ou para os seus filhos?
Essa é outra crença falsa. A adolescência é uma época difícil para os pais.
Também é difícil para os adolescentes.
Para alguns. Se observar um grupo, vê que eles se divertem imenso. Os problemáticos são uma minoria.
Porque é difícil para os pais?
Porque exige uma grande dose de equilíbrio entre a autonomia que temos de dar ao adolescente e o controlo que temos de exercer. Acho que de forma geral consegui fazê-lo, mas nem sempre. Precisaria de ter estado mais disponível em momentos importantes da vida dos meus filhos. A nossa vida organiza-se demasiado à volta do trabalho.
Numa entrevista dizia que tinha tido o privilégio de se dar com crianças de todos os estratos sociais.
Porque andei numa escola pública.
Hoje punha os seus filhos numa?
Os meus filhos andaram na escola pública a partir do 7.o ano. Antes andaram no Colégio Moderno. Agora faria a mudança um pouco mais cedo, no 5.o ano. Apesar de tudo, a escola privada dá maior protecção às crianças muito pequenas. A escola pública é uma escola de vida. Na escola, em Sintra, sendo eu filho de médico, era considerado um menino bem. Fui gozado porque era o filho do médico. Havia o filho do médico de clínica geral, que era o meu pai, e o filho do médico dentista. Depois havia o filho do sapateiro, do electricista. Isso foi muito importante para perceber as diferenças que havia e para me desembaraçar.
Entre a experiência de vida que uma escola pública dará e a suposta qualidade de ensino de um colégio, o que é mais importante?
A qualidade de ensino é altamente contestável. Já há escolas privadas com muitos problemas de indisciplina e turmas muito grandes. Os estudos estão por fazer. E há escolas públicas com muita qualidade. Sou um grande defensor da escola pública, justamente pela diversidade. O meu filho mais velho, quando mudou do colégio para a Escola Secundária de Benfica, disse, "eu era dos mais pobres e agora sou dos mais ricos". Foi muito importante para ele. A heterogeneidade da escola pública é uma riqueza.
Que tipo de adolescente foi?
Muito contemplativo. Tinha a mania que ia ser escritor. Pertencia a uma coisa que se chamava Comissão para a Associação dos Liceus, um movimento liceal que era proibido, onde estavam pessoas como o Fernando Rosas, o Roberto Carneiro. Contestámos o regime, fizemos um jornal proibido. Era um adolescente muito sério. Mas também namorei...
Era muito namoradeiro?
Não muito. Tive várias namoradas. Mas era muito interventivo. Isso é um traço da minha família. Vem dos meus pais. Os serões eram passados a discutir temas. Apesar dos sete anos de diferença em relação ao meu irmão [o ex-Presidente da República Jorge Sampaio], a minha opinião era muito reconhecida. Os meus pais perguntavam-me o que pensava sobre como se devia organizar a família, o que achava da situação política...
Era um privilégio.
Um enorme privilégio. Fomentavam a educação livre. E não foi por a minha mãe ter estado em Inglaterra, como se dizia nos jornais na altura em que o meu irmão foi Presidente. Era tradição dos meus pais terem grande respeito pela opinião das pessoas. Cultivavam a polémica. Mesmo quando iam lá amigos deles. Nós estávamos habituados a isso. A certa altura a minha mãe dizia, "good night, 'till tomorrow" e eu ia para a cama.
Havia muitas regras?
Havia muitas regras, mas havia uma autoridade natural. Tive uma época em que era muito contestatário e chegava a casa tarde. Ficava em casa do Ruben de Carvalho a cantar canções revolucionárias até às tantas. Tinha 17 anos. Eles achavam péssimo.
Cresceu com pessoas que são figuras de relevo na nossa sociedade: Ruben de Carvalho, Roberto Carneiro...
Mega Ferreira, que é um bocadinho mais novo, mas a quem guardava lugar no comboio. Eu morava em Sintra, ele no Algueirão. E eu e o José Luís Pinto Ramalho, que é o actual chefe do Estado-Maior do Exército, entrávamos em Sintra, pegávamos nas nossas pastas e púnhamo-las em cima do lugar para o Mega Ferreira. Tínhamos 11, 12 anos. As pessoas ficavam furiosas. E nós dizíamos, "está ocupado, está ocupado". Quando chegávamos ao Algueirão, o Mega, que era pequenino, vinha a correr e sentava-se nesse lugar. Conhecemo-nos no Pedro Nunes.
Também cresceu com António Lobo Antunes.
Isso foi mais tarde. As nossas famílias eram conhecidas. Passávamos férias na Praia das Maçãs. Ele descreve isso nos livros dele. Encontrávamo-nos na praia. Estava sempre frio, por isso às vezes ficávamos sentados na areia com as cartas ou a conversar. O meu irmão montava exércitos e fazia guerras com soldados de chumbo. O António ficava a observar. Mas só ficamos íntimos no internato de psiquiatria. Ele veio da Guerra Colonial e foi fazer o internato ao mesmo tempo que eu.
Com o seu irmão, como se dava?
Por causa dos sete anos de diferença nunca tivemos uma relação muito íntima. É mais íntima agora.
É verdade que ao sábado tomam sempre o pequeno-almoço juntos?
Ao qual se junta agora o Francisco George, o director-geral da Saúde, nosso vizinho. Eu e o meu irmão moramos na Rua Padre António Vieira, um ao lado do outro, com um prédio de intervalo. Há muito tempo que temos o hábito de tomar o pequeno-almoço na Pastelaria Ritz, ao pé do [Liceu] Maria Amália. Normalmente entre as 10h e as 11h30 estamos ali a conversar. Fazemos a revisão da semana. As vezes as nossas mulheres vão lá ter, mas só mais tarde. Aquele momento é de nós os três.
por Joana Stichini Vilela, Publicado em 10 de Abril de 2010
Trinta minutos. Na Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar, em Lisboa, o psiquiatra Daniel Sampaio, 63 anos, recebe o i com o atraso da praxe. Em troca oferece todo o tempo de que necessitarmos. "Não tenho pressa", assegura, de cara lavada, enquanto tira uma caixa de bombons da secretária para a fotografia. "Não pode aparecer assim. Sou muito arrumado."
Ainda não o tinha visto sem barba.
Tirei-a em Outubro. Estava muito branca e pesada. Foram 43 anos.
Mais de metade a escrever livros sobre adolescentes, família e escola. Desde que editou "Droga, Pais e Filhos", em 1978, os jovens mudaram muito?
A socialização é muito diferente. Antes tínhamos uma concepção da adolescência ligada à família e à escola. A internet mudou completamente a maneira como o adolescente se relaciona com os amigos. Ainda não sabemos que repercussão vai ter. Depois há outro problema: a insegurança dos pais. Dos anos 60 aos 90, os pais reagiram ao modelo dos seus próprios pais e tornaram-se muito permissivos. Houve uma perda de autoridade. Foi bom, porque pais e filhos se aproximaram muito. Só que os pais, que eu acho que são os melhores de sempre, passaram a ter muitas dúvidas e inseguranças. E agora têm de mudar a forma como se relacionam com os filhos.
O que têm de mudar?
Não podem esperar que o filho vá ter com eles num sábado à tarde para ter uma conversa séria. A sociedade é muito rápida. Existem muitas questões que devem ser resolvidas no momento. As pessoas dizem que não há tempo. O que é preciso é arranjar novas formas de contactar, que não podem passar por manuais ou coisas estereotipadas. Dou-lhe um exemplo: estou no Facebook. Foram os meus netos que me introduziram.
Fizeram-lhe um convite?
Exactamente. Enviamos mensagens uns aos outros, eu advirto para alguns perigos. Não deviam ter posto as fotografias deles, por exemplo. Têm dez anos.
Sabe que em teoria não têm idade para estar no Facebook?
Em teoria, diz bem. Essa é uma das características da sociedade actual. São os pais que têm de proibir ou não. Se entraram, o que é altamente discutível, é bom que os adultos acompanhem. Se os adultos proíbem, eles fazem às escondidas.
Quantas vezes vai ao Facebook por dia?
A minha página tem 15 dias. Vou de dois em dois dias.
E tem muitos amigos?
41.
Aceita convites de amizade?
Com algum critério. Mas tenho um site e recebo uma média de 70 emails por dia, de jovens com problemas pessoais a pais com problemas com os filhos... Gasto entre uma e duas horas por dia a responder-lhes. Não me deito sem o fazer.
Passando para a actualidade. Existe de facto bullying em Portugal?
Claro. Como sempre existiu. O bullying é uma violência caracterizada por comportamentos de humilhação e de provocação em relação ao aluno. Nos anos 60, estava no Liceu Pedro Nunes, em Lisboa, e havia bullying. Mas não se estudavam essas questões e não se valorizava. Havia a noção de que as pessoas tinham de se desenrascar. Lembro-me de um jovem homossexual que era vítima de humilhações sistemáticas na casa de banho e no pátio. Hoje, felizmente, acha-se que as pessoas frágeis devem ser protegidas. Porque violência sempre haverá na escola. Isso é uma utopia dos anos 60.
Mas não faz parte do crescimento aprender a lidar com as dificuldades?
É verdade.
Então qual é o limite?
Há uma diferença entre um comportamento que pode ser episodicamente violento - que até é saudável, porque é importante que as pessoas aprendam a desembaraçar-se - e um comportamento de humilhação e provocação sistemático.
Há quem defenda que superar situações de provocação pode fazer da vítima um adulto mais forte.
Isso tem a ver com o perfil da vítima. Há quem saiba reagir e quem se vitimize: pessoas depressivas, inseguras. Mas os agressores também precisam de ajuda. É errado pensar que o problema se resolve punindo os agressores.
Nos EUA, nove jovens estão a ser investigados no caso de uma adolescente que se suicidou-se por ser vítima de bullying.
Isso nunca é bem assim. A pessoa nunca se suicida só porque é vítima de bullying. Há múltiplas causas que num determinado momento se somam. Por exemplo, temos a escola de Fitares e o professor que se suicidou, vítima - escreveram indecentemente os seus colegas do "Público" - da turma do 9.oB. Não se pode escrever isto. Primeiro porque houve pessoas da turma do 9.oB que não tiveram nada a ver com isso. Depois, o professor - que de certeza que sofria muita pressão dos alunos, ao ponto de escrever isso no computador - era doente psiquiátrico, estava em depressão, tinha 50 e tal anos e vivia com os pais.
Ao longo destes 20 anos, a sua forma de olhar os adolescentes mudou?
Claro que mudou. Primeiro porque vou envelhecendo. Às vezes olham-me como um avozinho. Mas isso não faz mal. Quero estar de acordo com a minha idade. Nunca uso calão juvenil nem permito que o usem comigo.
Em "Vozes e Ruídos" defende que temos de usar a linguagem dos jovens e um capítulo chama-se "Bute Falar".
Sim... Isso em 93. Já não uso esse tipo de linguagem. Em 94, quando escrevi "Inventem-se Novos Pais", era importante dizer aos pais "oiçam os adolescentes". Em 2010, os adolescentes já têm a sua voz. O essencial é dizer "atenção, os pais precisam de ajuda e estão inseguros". Há situações preocupantes, em que os adolescentes comandam a vida familiar. Houve muita permissividade.
Quando deixa de haver espaço para negociação e é preciso ser autoritário?
Uma família não é uma estrutura democrática tradicional. Há um momento em que é preciso decidir, e quem decide é o adulto. É fundamental que decida sobretudo nas questões de saúde e de segurança. Se um pai sabe que o filho frequenta um grupo onde há drogas, qualquer tipo de droga, deve proibir de forma clara. O adolescente pode desobedecer, mas vai fazê-lo com a proibição dos pais na cabeça. O grande problema das famílias é que os jovens não sabem se estão a transgredir, porque não há regras.
Que tipo de adultos serão?
Isto traz consequências a nível da frustração e a nível moral. A educação deve ter uma dimensão de frustração, que é "tu não podes ter tudo quanto queres". Qualquer aprendizagem exige esforço. Não se deve desistir à mínima coisa. Aprendi isso com os meus pais, que não admitiam que faltássemos à escola, a não ser que estivéssemos mesmo doentes. Era o nosso dever. E depois é importante a chamada educação para os valores: aquilo que eu pai e eu mãe achamos que é importante para ti nesta família.
A conduta dos pais é responsável pela conduta dos filhos?
Não. Os pais são determinantes, mas não são os únicos responsáveis. Devemos dizer às crianças e aos adolescentes que eles são responsáveis pelos próprios actos de acordo com a sua idade. Uma criança de um ano não pode decidir a sua vida, mas pode arrumar os brinquedos.
Há regras infalíveis para ser um bom pai ou uma boa mãe?
Há duas coisas. Primeira, falar com outros pais. "Como é que o meu vizinho que tem um filho adolescente resolveu a questão de a namorada dormir lá em casa?" Posso ter dificuldade em resolver questões de sexualidade, mas ser competente em questões de segurança. Então troco experiências. Depois, reconhecer aquilo que os meus pais e avós fizeram. A nossa identidade é feita da nossa genética. Por exemplo, o meu avô paterno, quando o meu pai teve uma má nota, achou que ele devia deixar de estudar e ir trabalhar. Houve um tio, que por acaso era padre, que achou que o meu pai devia continuar a estudar. O meu pai veio a ser um médico de algum destaque. Qual é a lição? Quando tenho uma dúvida com os meus filhos devo ouvir outras pessoas. A história da nossa família dá-nos pistas para as soluções que temos de encontrar para os problemas.
Fez isso com os seus filhos?
Fiz isso, mas devia ter feito mais. Só quando escrevi "A Razão dos Avós", em 2008, percebi a verdadeira importância disso.
Teria mudado a sua forma de decidir?
Sim. Não lhe quero dar exemplos concretos dos meus filhos, mas houve tomei decisões dominado pelas minhas emoções e não por estratégias pensadas. Os pais devem ter contacto com as suas emoções, mas ser racionais. Quando não sabem o que fazer, podem pedir aos filhos que esperem dez minutos ou um dia. E vão falar com outros pais e pensar como resolveriam os pais e os avós uma dificuldade semelhante. Uma família isolada é uma família com problemas.
Tendemos a olhar para si como autor de livros, pessoa que não tem dúvidas.
Tenho imensas dúvidas. A comunicação na família é a coisa mais importante. A reflexão funciona. Muito mais do que ler um livro do Daniel Sampaio. Eu tive uma avó que foi muito importante para mim.
De que forma foi a sua avó importante?
Tinha uma grande suavidade na maneira de dizer as coisas. Nunca se zangava. Apontava-me caminhos, dando-me uma enorme liberdade. Eu com dez anos andava muito sozinho em Sintra e em Lisboa. Hoje já não é possível, porque os pais estão aterrorizados com a insegurança. Tenho imensa pena dos meninos que vêem a cidade pelos vidros dos carros dos pais, como os meus netos. A minha avó foi decisiva na minha formação. Mais que os meus pais. Vivi com ela três anos fundamentais da minha vida, dos dez aos 13 anos.
De facto as crianças não podem andar sozinhas ou os pais exageram?
Essa é a pergunta mais difícil que fez até agora. As cidades não são seguras. Na altura eram. Mas acho que os pais exageram. Têm uma paranóia securitária, estão sempre a pensar em coisas horríveis que podem acontecer e não deixam as crianças com dez e 11 anos atravessar a rua. E depois, extraordinariamente, aos 15 anos deixam-nos sair à noite até às seis da manhã. Quer dizer, não as prepararam para vencer as dificuldades do dia-a-dia. Depois, de repente, entram na adolescência, consomem álcool e drogas e não há nenhum controlo. Tenho um exemplo de um rapaz que sigo. Trabalho ao pé da escola secundária onde anda. Fiquei de lhe arranjar uns apontamentos. E esse menino, que tem 15 anos e sai à noite para as discotecas, não atravessou duas ruas para os ir buscar a minha casa. O pai teve de largar o emprego para ir a minha casa buscá-los. Os pais não têm firmeza para dizer "tu não deves sair antes dos 16 anos".
Os 16 anos são a altura certa?
Estou completamente de acordo com o limite legal, que não é cumprido por ninguém. É uma hipocrisia.
E para o início da actividade sexual, também há uma idade indicada?
Não existe, mas sabe-se que não deve ser cedo sobretudo nas raparigas porque a maturação do útero depois da primeira menstruação demora algum tempo. Não há uma idade certa. Os adolescentes são muito diferentes, mas eu diria que antes dos 15, 16 anos não faz sentido. A sexualidade é uma coisa boa, mas deve ser associada à responsabilidade.
O interesse profissional pela área da adolescência teve a ver com a sua?
Não. Fui para Psiquiatria influenciado por uma professora de Filosofia do Pedro Nunes. Quando andava no secundário não sabia o que seguir. Gostava muito de Letras. Já na altura tinha a mania de escrever. Ainda pensei seguir Línguas e ser professor. Político acho que só deve haver um por família. Depois tive como professora de Filosofia a Dr.a Maria Luísa Guerra, que me deu Filosofia de uma maneira muito especial e disse que eu devia ir para Psicologia. Ainda hoje converso com ela. Tem 80 anos. Aí contou um bocadinho ter um pai médico. O curso de Psicologia estava no início.
E ela tinha razão?
Gosto muito do que faço. Não penso reformar-me. Acho que é coisa péssima... Ainda não falámos do Sporting! É um mito, não lhe dou assim tanta importância.
Não diz isso só este ano, que o campeonato não está a correr bem?
Não. Tenho muita simpatia pelo Sporting. Sou sócio de lugar cativo. Vibro quando ganha. Mas, muito sinceramente, não fico triste quando perde.
Pode ser uma questão de habituação...
Talvez. Talvez contribua. Mas acho que se dá demasiada importância ao futebol e à discussão do pormenor. Gosto mais de gatos que de futebol.
Gosta tanto de brincar com gatos que até diz isso no seu site. Porquê?
Fascinam-me. Sempre tive gatos. A minha avó adorava gatos. A minha mãe também. Na casa de Sintra tínhamos um pequeno jardim onde sempre houve gatos. Agora não tenho porque há muito pouco tempo morreu um que eu adorava e fiquei um bocado mal. Era o Gonçalo.
O que o fascina neles?
Conhecem o dono que os trata bem. Não são submissos - detesto a submissão do cão, que lambe a mão ao dono que lhe bate. Depois têm uma agilidade muito grande. Gosto mesmo muito de brincar com gatos. E pode escrever que gosto mais de gatos que do Sporting, embora goste muito do Sporting, e, como a maior parte dos sportinguistas, não goste muito do Benfica.
Acha que há um perfil psicológico do adepto de cada um dos grandes?
O Sporting tem tido objectivamente muito azar. Depois, é um clube um bocadinho elitista, foi fundado por um visconde. Por isso percebo que o Benfica exerça mais fascínio sobre as pessoas. O Sporting é um clube onde se cultiva a frustração, o que é uma coisa boa. As pessoas são muito amigas umas das outras, habituam-se a comentar as frustrações. Acho que é educativo. Mas é difícil explicar aos meus netos, que são todos sportinguistas, que não se deve mudar de clube porque ele perde ou ganha poucas vezes. É a escola da vida.
Se tivesse filhos pequenos agora, educá-los-ia de uma forma diferente?
Sim, claro. Uma das coisas é o tempo que lhe dediquei. Sou casado com uma médica e nós tínhamos muitíssimo trabalho, estava quase sempre um de urgência. Depois, na adolescência deles, acho que foi uma época extraordinária, porque eu gostei muito. Foi muito difícil...
Para si ou para os seus filhos?
Essa é outra crença falsa. A adolescência é uma época difícil para os pais.
Também é difícil para os adolescentes.
Para alguns. Se observar um grupo, vê que eles se divertem imenso. Os problemáticos são uma minoria.
Porque é difícil para os pais?
Porque exige uma grande dose de equilíbrio entre a autonomia que temos de dar ao adolescente e o controlo que temos de exercer. Acho que de forma geral consegui fazê-lo, mas nem sempre. Precisaria de ter estado mais disponível em momentos importantes da vida dos meus filhos. A nossa vida organiza-se demasiado à volta do trabalho.
Numa entrevista dizia que tinha tido o privilégio de se dar com crianças de todos os estratos sociais.
Porque andei numa escola pública.
Hoje punha os seus filhos numa?
Os meus filhos andaram na escola pública a partir do 7.o ano. Antes andaram no Colégio Moderno. Agora faria a mudança um pouco mais cedo, no 5.o ano. Apesar de tudo, a escola privada dá maior protecção às crianças muito pequenas. A escola pública é uma escola de vida. Na escola, em Sintra, sendo eu filho de médico, era considerado um menino bem. Fui gozado porque era o filho do médico. Havia o filho do médico de clínica geral, que era o meu pai, e o filho do médico dentista. Depois havia o filho do sapateiro, do electricista. Isso foi muito importante para perceber as diferenças que havia e para me desembaraçar.
Entre a experiência de vida que uma escola pública dará e a suposta qualidade de ensino de um colégio, o que é mais importante?
A qualidade de ensino é altamente contestável. Já há escolas privadas com muitos problemas de indisciplina e turmas muito grandes. Os estudos estão por fazer. E há escolas públicas com muita qualidade. Sou um grande defensor da escola pública, justamente pela diversidade. O meu filho mais velho, quando mudou do colégio para a Escola Secundária de Benfica, disse, "eu era dos mais pobres e agora sou dos mais ricos". Foi muito importante para ele. A heterogeneidade da escola pública é uma riqueza.
Que tipo de adolescente foi?
Muito contemplativo. Tinha a mania que ia ser escritor. Pertencia a uma coisa que se chamava Comissão para a Associação dos Liceus, um movimento liceal que era proibido, onde estavam pessoas como o Fernando Rosas, o Roberto Carneiro. Contestámos o regime, fizemos um jornal proibido. Era um adolescente muito sério. Mas também namorei...
Era muito namoradeiro?
Não muito. Tive várias namoradas. Mas era muito interventivo. Isso é um traço da minha família. Vem dos meus pais. Os serões eram passados a discutir temas. Apesar dos sete anos de diferença em relação ao meu irmão [o ex-Presidente da República Jorge Sampaio], a minha opinião era muito reconhecida. Os meus pais perguntavam-me o que pensava sobre como se devia organizar a família, o que achava da situação política...
Era um privilégio.
Um enorme privilégio. Fomentavam a educação livre. E não foi por a minha mãe ter estado em Inglaterra, como se dizia nos jornais na altura em que o meu irmão foi Presidente. Era tradição dos meus pais terem grande respeito pela opinião das pessoas. Cultivavam a polémica. Mesmo quando iam lá amigos deles. Nós estávamos habituados a isso. A certa altura a minha mãe dizia, "good night, 'till tomorrow" e eu ia para a cama.
Havia muitas regras?
Havia muitas regras, mas havia uma autoridade natural. Tive uma época em que era muito contestatário e chegava a casa tarde. Ficava em casa do Ruben de Carvalho a cantar canções revolucionárias até às tantas. Tinha 17 anos. Eles achavam péssimo.
Cresceu com pessoas que são figuras de relevo na nossa sociedade: Ruben de Carvalho, Roberto Carneiro...
Mega Ferreira, que é um bocadinho mais novo, mas a quem guardava lugar no comboio. Eu morava em Sintra, ele no Algueirão. E eu e o José Luís Pinto Ramalho, que é o actual chefe do Estado-Maior do Exército, entrávamos em Sintra, pegávamos nas nossas pastas e púnhamo-las em cima do lugar para o Mega Ferreira. Tínhamos 11, 12 anos. As pessoas ficavam furiosas. E nós dizíamos, "está ocupado, está ocupado". Quando chegávamos ao Algueirão, o Mega, que era pequenino, vinha a correr e sentava-se nesse lugar. Conhecemo-nos no Pedro Nunes.
Também cresceu com António Lobo Antunes.
Isso foi mais tarde. As nossas famílias eram conhecidas. Passávamos férias na Praia das Maçãs. Ele descreve isso nos livros dele. Encontrávamo-nos na praia. Estava sempre frio, por isso às vezes ficávamos sentados na areia com as cartas ou a conversar. O meu irmão montava exércitos e fazia guerras com soldados de chumbo. O António ficava a observar. Mas só ficamos íntimos no internato de psiquiatria. Ele veio da Guerra Colonial e foi fazer o internato ao mesmo tempo que eu.
Com o seu irmão, como se dava?
Por causa dos sete anos de diferença nunca tivemos uma relação muito íntima. É mais íntima agora.
É verdade que ao sábado tomam sempre o pequeno-almoço juntos?
Ao qual se junta agora o Francisco George, o director-geral da Saúde, nosso vizinho. Eu e o meu irmão moramos na Rua Padre António Vieira, um ao lado do outro, com um prédio de intervalo. Há muito tempo que temos o hábito de tomar o pequeno-almoço na Pastelaria Ritz, ao pé do [Liceu] Maria Amália. Normalmente entre as 10h e as 11h30 estamos ali a conversar. Fazemos a revisão da semana. As vezes as nossas mulheres vão lá ter, mas só mais tarde. Aquele momento é de nós os três.
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Kusturica revisita a guerra da Bósnia
Bósnia, 1992.
Luka, um engenheiro sérvio de Belgrado, vai com a mulher, Jadranka, cantora de ópera, e o filho, Milos, para uma aldeia no meio do nada, para ajudar a construir uma linha de caminhos-de-ferro que transformará a região num local de turismo.
Cego pelo seu optimismo natural, não presta atenção aos rumores sobre a guerra que se avizinha, cada vez mais persistentes.
Mas quando eclode o conflito, a sua vida desmorona-se. Jadranka desaparece com um músico, Milos é chamado para combate.
Sempre optimista, Luka espera o regresso da mulher e do filho, mas Jadranka não volta e Milos é feito prisioneiro. Os sérvios confiam então a guarda de Sabaha, uma refém muçulmana, a Luka, que deverá servir de moeda de troca para recuperar Milos.
Mas Luka rapidamente se apaixona por Sabaha.
Luka, um engenheiro sérvio de Belgrado, vai com a mulher, Jadranka, cantora de ópera, e o filho, Milos, para uma aldeia no meio do nada, para ajudar a construir uma linha de caminhos-de-ferro que transformará a região num local de turismo.
Cego pelo seu optimismo natural, não presta atenção aos rumores sobre a guerra que se avizinha, cada vez mais persistentes.
Mas quando eclode o conflito, a sua vida desmorona-se. Jadranka desaparece com um músico, Milos é chamado para combate.
Sempre optimista, Luka espera o regresso da mulher e do filho, mas Jadranka não volta e Milos é feito prisioneiro. Os sérvios confiam então a guarda de Sabaha, uma refém muçulmana, a Luka, que deverá servir de moeda de troca para recuperar Milos.
Mas Luka rapidamente se apaixona por Sabaha.
A Vida é um Milagre, de E. Kusturica
recebido por electrónic mail ou mais simplesmente e-mail
domingo, 11 de abril de 2010
sábado, 10 de abril de 2010
junto ao Mekong
¿Es posible que quede un rincón civilizado del planeta que no tenga grandes centros comerciales, 7-Elevens, Mc Donald’s o Starbucks? Bienvenido a Vientiane, capital de Laos. Si existiera un título que se adjudicara a la capital más tranquila del mundo, Vientiane ganaría por goleada. Con una población cercana al medio millón de habitantes, aquí el tiempo parece transcurrir a un ritmo más lento.
sexta-feira, 9 de abril de 2010
O Amador de Livros
..."Uma regra, com fundamento na minha experiência, diz-me que a partir de mil livros a biblioteca não contém só livros mas a identidade do seu "autor". São estas bibliotecas que me interessam, muitas vezes mais do que os livros em si, mesmo quando não contém raridades bibliográficas. Bibliotecas que são parte de uma vida, livros que foram escolhidos por uma razão qualquer, que foram lidos pelo menos em parte, e que serviam mais de espelho do seu dono do que de fachada de estantes. E são essas bibliotecas que, na morte, são tão trágicas como é a morte de alguém."...
quinta-feira, 8 de abril de 2010
À procura de Carriça
Às sete da manhã já estava acordado, pois quem me emprestou o sofá não estava de férias e tinha que sair cedo. Já com 665 Km percorridos, recomeço a viagem em direcção ao Gerês. Perdi-me na bonita cidade de Braga mas depressa encontrei a primeira placa a indicar Gerês. As paisagens começavam a compor-se à medida que me aproximava do Gerês. Tudo à volta era verde. Se para trás só se viam Outdoors das eleições, à medida que me aproximava de Terras de Bouro já só via anúncios a Moto-serras.
do DIÁRIO DE UM VIAJANTE Blog Três Toques
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Conhal do Arneiro
O Conhal do Arneiro encontra-se a jusante das famosas Portas do Ródão. As Portas do Ródão são o testemunho da persistência do rio Tejo sobre a poderosa crista quartzítica, que o tentou parar. É aqui que o Tejo tem a sua maior profundidade (aproximadamente 50 metros) provocada pela enorme queda da água que ali existia, já que a crista funcionava como uma parede de uma represa. Antes de se recorrer a dinamite, para libertar de vez o rio deste poderoso estrangulamento, este local era o limite de navegabilidade do Tejo.
Do Conhal conseguimos ver também: o castelo de Ródão, a ilha (que mais parece uma península) da Fonte das Virtudes, a foz do Enxarrique, a Serra de S. Miguel e a Serra das Talhadas. No ar dominam os grifos (Gyps fulvus) e na terra o zimbro (Juniperus sp.) e a oliveira (Olea europaeae), completando assim uma paisagem deslumbrante. No Verão pode-se sentir o aroma adocicado da esteva (Cistus ladanifer) e funcho (Foeniculum vulgare).
Do Conhal conseguimos ver também: o castelo de Ródão, a ilha (que mais parece uma península) da Fonte das Virtudes, a foz do Enxarrique, a Serra de S. Miguel e a Serra das Talhadas. No ar dominam os grifos (Gyps fulvus) e na terra o zimbro (Juniperus sp.) e a oliveira (Olea europaeae), completando assim uma paisagem deslumbrante. No Verão pode-se sentir o aroma adocicado da esteva (Cistus ladanifer) e funcho (Foeniculum vulgare).
Viagem a Lado Nenhum
O Tren del Fin del Mundo foi construído para levar os prisioneiros de Ushuaia a cortar lenha para manter as suas celas a temperaturas suportáveis. Hoje, devido à paisagem circundante, é uma das linhas de comboio mais fascinantes e libertadoras.
Planeta B
terça-feira, 6 de abril de 2010
Cerro Fitz Roy
Cem alpinistas podem vencer o Everest num certo dia, mas só uns poucos conquistam o Fitz Roy por ano.
Cerro Fitz Roy : A Montanha Difícil
segunda-feira, 5 de abril de 2010
glaciar Perito Moreno
En los Campos de Hielo de la Patagonia, 300 glaciares descienden a ambos lados de los Andes configurando uno de los territorios más salvajes e inaccesibles de la Tierra.
domingo, 4 de abril de 2010
the crucifixion of Jesus Christ
Observances vary widely around the world, often incorporating elements of local pre-Christian traditions, and range from the elaborate and fanciful to simple and reverential.
in the village of Bokapahari, India
In Bokapahari, India, thousands of people live over an inferno of raging coal fires, earning roughly $2 a day selling coal they pilfered from a government mine.
Living Amid the Fires
Living Amid the Fires
sábado, 3 de abril de 2010
Viagem pelos Ossos da Terra
Reza a lenda que num buraco aberto dos afloramentos da serra, voltado a nascente, vivia uma moura encantada...
Passei por lá numa Viagem pelos Ossos da Terra.
Passei por lá numa Viagem pelos Ossos da Terra.
sexta-feira, 2 de abril de 2010
Viagem pelos Ossos da Terra
Vale a pena partir ao encontro do maior maciço geológico do Concelho(Proença-a-Nova), numa aventura pedestre pela Serra das Talhadas.
O PR6 é um percurso pedestre circular de pequena rota marcado nos dois sentidos.
Sobral Fernando-Sobral Fernando 18 Km
Pontos de Interesse:
1-Portas do Vale do Almourão
2-Posto de Vigia
3-Buraca da Moura
4-Escorregadouro da Moura
5-Gruta
O PR6 é um percurso pedestre circular de pequena rota marcado nos dois sentidos.
Sobral Fernando-Sobral Fernando 18 Km
Pontos de Interesse:
1-Portas do Vale do Almourão
2-Posto de Vigia
3-Buraca da Moura
4-Escorregadouro da Moura
5-Gruta
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Desejo
Nunca entendi o porque das necessidades sexuais dos homens e das mulheres serem tão diferentes. Nunca entendi todas essas baboseiras que dizem, entre as quais que a mulher vem de Vénus e os homens de Marte.
E também nunca entendi porque é que os homens pensam com a cabeça e as mulheres com o coração.
No entanto, uma noite eu e a minha gaja fomos para a cama.
Claro... começamos a acariciarmo-nos, o agarranço do costume, apalpão nos traseiros, etc...
O problema é que já tava eu bem na vertical, quando ela me diz: Oh amor!.. agora não tenho vontade. Por favor abraça-me somente. E a gaja diz-me isto com uma cara de cínica do caraças!... E eu:
QUEEEEEE??????
E então virou-se para mim com aquelas palavras femininas mágicas que todas têm na ponta da língua:
'Vocês são todos iguais!!! Não sabem entender as necessidades sentimentais de uma mulher'.
ORA FOOOOOODAAAAA-SEEEEE!!!
No final de contas, não ia haver nada nessa noite.
Em brasa, guardei os óleos afrodisíacos, apaguei as velas, tirei o CD do Alejandro Sanz (nestes momento funciona quase sempre), tomei um duche de água gelada para acalmar a besta, e deitei-me a ver o 'Discovery' bem alto, para a velha da sogra não dormir.
Após alguns tempo, adormeci.....
No dia seguinte fomos às compras ao Corte Inglês;
entrámos numa loja, eu tava a ver relógios enquanto ela experimentava 3 modelos caríssimos da Cartier
Como mulher que é, não conseguia decidir-se por nenhum e então, farto de estar ali, disse-lhe: Leva os 3 amor.
Então disse-me ohando para uns sapatos de 290€, que estava mesmo a precisar de calçado. Eu respondi que me parecia bem.
Fomos de seguida à secção de roupa, de onde saímos com 2 modelos Channel, uma encharpe de plumas Fátima Lopes e mais uma mala Luis Vuiton .
Ela estava tão emocionada.
Eu penso que ela achava que eu tinha enlouquecido, mas lá ia trazendo as compras todas atrás dela.
Penso também que me estava a pôr à prova quando me pediu uma saia curtíssima para jogar ténis... (nem correr sabe... quanto mais jogar ténis)
Entrou em choque quando lhe disse: compra tudo o que quiseres, meu amor.
Eu acho que ela estava quase sexualmente excitada depois de tudo isto.
E virou-se para mim: vem carinho, vem meu doce, meu sol, minha vida (e outras lamechices mágicas de todas as mulheres): Vamos à caixa pagar.
Foi aí que, estando apenas uma pessoa à nossa frente para pagar, lhe disse:
Oh amor!.. agora não tenho vontade de comprar tudo isto...
Bem, a cara dela só visto. Ficou pálida então quando lhe disse. 'Abraça-me somente!'
Ficou como quem ia desmaiar a qualquer momento. Ficou com a parte esquerda do corpo e o tique da sobrancelha direita a vir ao de cima. Balbuciou:
QUEEEEE??????
Respondi-lhe, magoado:
''Vocês são todas iguais!! Não sabem entender as necessidades financeiras de um homem''...
E também nunca entendi porque é que os homens pensam com a cabeça e as mulheres com o coração.
No entanto, uma noite eu e a minha gaja fomos para a cama.
Claro... começamos a acariciarmo-nos, o agarranço do costume, apalpão nos traseiros, etc...
O problema é que já tava eu bem na vertical, quando ela me diz: Oh amor!.. agora não tenho vontade. Por favor abraça-me somente. E a gaja diz-me isto com uma cara de cínica do caraças!... E eu:
QUEEEEEE??????
E então virou-se para mim com aquelas palavras femininas mágicas que todas têm na ponta da língua:
'Vocês são todos iguais!!! Não sabem entender as necessidades sentimentais de uma mulher'.
ORA FOOOOOODAAAAA-SEEEEE!!!
No final de contas, não ia haver nada nessa noite.
Em brasa, guardei os óleos afrodisíacos, apaguei as velas, tirei o CD do Alejandro Sanz (nestes momento funciona quase sempre), tomei um duche de água gelada para acalmar a besta, e deitei-me a ver o 'Discovery' bem alto, para a velha da sogra não dormir.
Após alguns tempo, adormeci.....
No dia seguinte fomos às compras ao Corte Inglês;
entrámos numa loja, eu tava a ver relógios enquanto ela experimentava 3 modelos caríssimos da Cartier
Como mulher que é, não conseguia decidir-se por nenhum e então, farto de estar ali, disse-lhe: Leva os 3 amor.
Então disse-me ohando para uns sapatos de 290€, que estava mesmo a precisar de calçado. Eu respondi que me parecia bem.
Fomos de seguida à secção de roupa, de onde saímos com 2 modelos Channel, uma encharpe de plumas Fátima Lopes e mais uma mala Luis Vuiton .
Ela estava tão emocionada.
Eu penso que ela achava que eu tinha enlouquecido, mas lá ia trazendo as compras todas atrás dela.
Penso também que me estava a pôr à prova quando me pediu uma saia curtíssima para jogar ténis... (nem correr sabe... quanto mais jogar ténis)
Entrou em choque quando lhe disse: compra tudo o que quiseres, meu amor.
Eu acho que ela estava quase sexualmente excitada depois de tudo isto.
E virou-se para mim: vem carinho, vem meu doce, meu sol, minha vida (e outras lamechices mágicas de todas as mulheres): Vamos à caixa pagar.
Foi aí que, estando apenas uma pessoa à nossa frente para pagar, lhe disse:
Oh amor!.. agora não tenho vontade de comprar tudo isto...
Bem, a cara dela só visto. Ficou pálida então quando lhe disse. 'Abraça-me somente!'
Ficou como quem ia desmaiar a qualquer momento. Ficou com a parte esquerda do corpo e o tique da sobrancelha direita a vir ao de cima. Balbuciou:
QUEEEEE??????
Respondi-lhe, magoado:
''Vocês são todas iguais!! Não sabem entender as necessidades financeiras de um homem''...
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