As putas ao poder,
porque
com os filhos não
chegamos a lado nenhum.
“Se um dia disserem que o seu trabalho não é de um profissional, lembre-se: A Arca de Noé foi construída por amadores; profissionais construíram o Titanic…“
sábado, 30 de setembro de 2006
O futuro do jornalismo
WHAT'S NEXT: INNOVATIONS IN NEWSPAPERS
NEWS, TIPS & OPINIONS FROM THE INNOVATION INTERNATIONAL MEDIA CONSULTING GROUP
NEWS, TIPS & OPINIONS FROM THE INNOVATION INTERNATIONAL MEDIA CONSULTING GROUP
sexta-feira, 29 de setembro de 2006
a própria vida que via III
Estarei a assistir ao aparecimento duma lógica desviante, de toda a minha vida, mais poderosa que a própria ideia de razão?
quinta-feira, 28 de setembro de 2006
quarta-feira, 27 de setembro de 2006
terça-feira, 26 de setembro de 2006
segunda-feira, 25 de setembro de 2006
As cinco filhas do encadernador
NO OUTRO dia cheguei à Covilhã com um livro muito usado. Era o meu Os lusíadas. Sabia que a Encadernação Cassapo continuava a existir e para lá me dirigi a suar para salvar o meu livro. Entrei na porta verde por onde tantas vezes entrou o Cassapo, o homem que encadernava a nossa alma covilhanense, e dei de caras com as filhas dele que fazem tudo para que o ofício do pai nunca morra. Nesta nobre profissão não se enriquece: só se fazem amigos. Foi o que sempre fez o Cassapo com as suas velhas máquinas: uma Heidelberg de tipografia, outra Wohlemburg de cortar livros, uma Pernuma de picotar e vincar com pedal... Em 1960, vejo-o de Vespa, na recolha e na entrega de trabalhos encadernados e com as filhas, quatro, a caminho da Serra aos domingos. Nem só de livros vive o homem. As duas gémeas iam de pé à frente contra o seu peito, a mulher sentada no assento de trás com uma outra filha ao colo e na roda sobresselente ia a filha mais velha com o cesto da merenda. Não podia ir nessa altura a quinta filha porque ainda não nascera mas faltava pouco... O velho salvador de livros, que começou a trabalhar aos dez anos morreu há dois anos, mas o seu mester continua graças à perseverança das suas formidáveis filhas... Um dos seus títulos de glória eram os mitológicos calendários de bolso, verdadeiros oráculos, que traziam à nossa cidade turistas e forasteiros: “Faça Montanhismo“, “Escola Portuguesa de Esqui“... A sua sombra paira no alto da velha cidade e hoje quando se encaderna aí um livro é um acto de memória...Era uma vez um homem que gostava de livros...
Manuel da Silva Ramos - Jornal do Fundão
Manuel da Silva Ramos - Jornal do Fundão
domingo, 24 de setembro de 2006
Palavras
História das Palavras
Tal como as pessoas, as palavras também têm vida e história própria. Aqui irei contando a história, masi ou menos curiosa, de algumas palavras e expressões usuais, principalmente portuguesas ou usadas em Portugal.
Tal como as pessoas, as palavras também têm vida e história própria. Aqui irei contando a história, masi ou menos curiosa, de algumas palavras e expressões usuais, principalmente portuguesas ou usadas em Portugal.
sábado, 23 de setembro de 2006
Ben Laden mort
Ben Laden serait mortLes services secrets saoudiens auraient acquis la conviction que le fondateur d'Al-Qaïda est mort. Si elle était prochainement confirmée, l'information tomberait à pic pour le président américain Georges ...
Oussama Ben Laden serait mort
Oussama Ben Laden serait mort
eventual morte de Bin Laden
...Um responsável dos serviços secretos norte-americanos, que falou à Reuters sob condição de anonimato, garantiu que os EUA não têm qualquer dado que comprove a eventual morte de Bin Laden. “Já ouvimos coisas deste tipo no passado e não temos nenhuma razão para acreditar que desta vez será diferente”, afirmou o responsável.
A Reuters adianta que os serviços secretos norte-americanos estão convictos de que a morte de Bin Laden será seguida de um grande fluxo de contactos entre os principais dirigentes da Al-Qaeda, senão mesmo de um comunicado oficial da rede terrorista – o que não aconteceu nas últimas semanas.
Uma dos motivos que tem aumentado a especulação sobre a morte de Bin Laden é o facto de ele não surgir há quase um ano nos ecrãs de televisão. Contudo, nos últimos meses foram divulgados registos áudio do líder da Al-Qaeda, o último dos quais, datado de Julho, alertava a maioria xiita iraquiana para os riscos de uma onda de violência contra a minoria sunita.
Arábia Saudita acredita que líder da Al-Qaeda morreu de febre tifóide
Chirac não confirma informações sobre eventual morte de Bin Laden
23.09.2006 - 17h23 AFP, Reuters
A Reuters adianta que os serviços secretos norte-americanos estão convictos de que a morte de Bin Laden será seguida de um grande fluxo de contactos entre os principais dirigentes da Al-Qaeda, senão mesmo de um comunicado oficial da rede terrorista – o que não aconteceu nas últimas semanas.
Uma dos motivos que tem aumentado a especulação sobre a morte de Bin Laden é o facto de ele não surgir há quase um ano nos ecrãs de televisão. Contudo, nos últimos meses foram divulgados registos áudio do líder da Al-Qaeda, o último dos quais, datado de Julho, alertava a maioria xiita iraquiana para os riscos de uma onda de violência contra a minoria sunita.
Arábia Saudita acredita que líder da Al-Qaeda morreu de febre tifóide
Chirac não confirma informações sobre eventual morte de Bin Laden
23.09.2006 - 17h23 AFP, Reuters
CORRUPÇÃO...FELGUEIRAS...sinónimos ou pura coincidência?
FÁTIMA FELGUEIRAS Autarca «tranquila» com acusação em caso de futebol
Fátima Felgueiras espera com «tranquilidade» a acusação sobre um caso em que a Câmara Municipal de Felgueiras terá financiado ilegalmente o clube da cidade. O advogado Artur Marques está indignado com a notícia publicada pelo jornal «Público».
O inquérito policial às relações entre a Câmara Municipal local e o clube de futebol indicia Fátima Felgueiras e 11 outros arguidos, ex-vereadores (do PS e PSD) e ex-membros da Direcção da colectividade.
A acusação do Ministério Público responsabiliza o antigo presidente Júlio Faria e mais cinco antigos vereadores da autarquia pelo esquema de transferência de verbas para o FC Felgueiras, que terá chegado ao montante de 3,25 milhões de euros, indica o jornal «Público».
Confrontado com esta notícia, Artur Marques garante que não conhece o processo e «estranha» a divulgação do teor da acusação, sem que este tenha chegado aos arguidos.
«É completamente destituído de fundamento que quer eu quer a senhora doutora Fátima Felgueiras tenhamos sido notificados de qualquer acusação. Portanto, das duas uma: ou esta notícia é completamente falsa ou tem fundamento e estamos mais uma vez perante uma violação gravíssima do segredo de justiça», adiantou.
Os arguidos em causa são acusados de peculato, fraude na obtenção ou desvio de subsídios e/ou participação económica em negócio.
Os problemas surgem relacionados com as verbas dadas pela Câmara entre 1995 e 2002, provenientes em maioria de cinco subsídios ou contratos-programas, para obras e para a compra do Estádio do clube.
A PJ concluiu que este dinheiro foi utilizado para outros fins. Fátima Felgueiras e os restantes arguidos teriam conhecimento que as verbas foram usadas para pagamento de despesas e dívidas ao clube, o que é ilegal.
Fátima Felgueiras espera com «tranquilidade» a acusação sobre um caso em que a Câmara Municipal de Felgueiras terá financiado ilegalmente o clube da cidade. O advogado Artur Marques está indignado com a notícia publicada pelo jornal «Público».
O inquérito policial às relações entre a Câmara Municipal local e o clube de futebol indicia Fátima Felgueiras e 11 outros arguidos, ex-vereadores (do PS e PSD) e ex-membros da Direcção da colectividade.
A acusação do Ministério Público responsabiliza o antigo presidente Júlio Faria e mais cinco antigos vereadores da autarquia pelo esquema de transferência de verbas para o FC Felgueiras, que terá chegado ao montante de 3,25 milhões de euros, indica o jornal «Público».
Confrontado com esta notícia, Artur Marques garante que não conhece o processo e «estranha» a divulgação do teor da acusação, sem que este tenha chegado aos arguidos.
«É completamente destituído de fundamento que quer eu quer a senhora doutora Fátima Felgueiras tenhamos sido notificados de qualquer acusação. Portanto, das duas uma: ou esta notícia é completamente falsa ou tem fundamento e estamos mais uma vez perante uma violação gravíssima do segredo de justiça», adiantou.
Os arguidos em causa são acusados de peculato, fraude na obtenção ou desvio de subsídios e/ou participação económica em negócio.
Os problemas surgem relacionados com as verbas dadas pela Câmara entre 1995 e 2002, provenientes em maioria de cinco subsídios ou contratos-programas, para obras e para a compra do Estádio do clube.
A PJ concluiu que este dinheiro foi utilizado para outros fins. Fátima Felgueiras e os restantes arguidos teriam conhecimento que as verbas foram usadas para pagamento de despesas e dívidas ao clube, o que é ilegal.
Carta Aberta
Carta Aberta do Eng. António Ruas a Todos os Professores
Professores
A propósito das avaliações e do processo continuado de desacreditação dos Professores que a Ministra quer impor à opinião pública, gostaria que os Professores pensassem no seguinte:
Em vez de fazerem greves inócuas, que ainda por cima cheiram a férias desapropriadas entre feriados, os professores deviam pensar seriamente em cumprir integralmente nas suas escolas o seu horário de trabalho.
Passo a explicar:
Pela manhã, TODOS os professores se apresentavam nas suas escolas para iniciarem o seu dia de trabalho. Agora vai ser necessário um pouco de aritmética, mas da mais básica. Se um professor tem 3 horas de aulas num dia, cumpre mais quatro horas de permanência na escola. Nessas quatro horas é suposto corrigir testes, preparar aulas, elaborar enunciados das provas, etc., etc. tudo o que se relacione com a sua profissão e que normalmente está habituado (mal) a fazer em casa.
É também suposto utilizar as secretárias, as cadeiras, os computadores e as impressoras da escola para o seu trabalho. É que também é suposto que, antes de , exigir resultados, a escola lhe forneça condições de trabalho. No final das sete horas de trabalho diário (7 x 5 = 35) saíam da escola para casa, deixando na escola o trabalho que ficou por fazer.
Facilmente os Conselhos Executivos chegarão à conclusão que a escola não oferece condições aos professores para que estes trabalhem, e terão que o comunicar ao Ministério, ou não há seriedade dos Conselhos Executivos.
Ou tentarão os Conselhos Executivos agir de forma a convencerem os professores de que como estes se acotovelam na escola o melhor será irem para casa?
Mas poderão os professores ser penalizados por quererem exercer o seu trabalho no local de trabalho que lhes está por natureza determinado?
Deixem de ser um bando e passem a actuar como um grupo. TODOS para as escolas desde manhã a cumprir o horário de trabalho na escola, o local de trabalho natural.
Atasquem completamente as escolas com a vossa presença e deixem que a ausência de condições de trabalho faça o resto.
Deixem-se de greves inócuas e atrapalhem verdadeiramente o sistema de forma legal.
Provem de uma vez por todas que querem trabalhar e que este patrão não vos dá condições de trabalho apesar de vos exigir resultados, e ainda por cima enxovalhando-vos continuamente.
Substituam os sindicalistas que vos representam tão mal e que já não sabem o que é dar uma aula há mais de 20 anos por Professores que saibam discutir os assuntos de forma séria. Sejam de uma vez por todos PROFESSORES UNIDOS.
Se assim não for, rendam-se às evidências e façam o trabalho dos auxiliares educativos como se passa na Guarda ao tirar faltas, ao levar livros de ponto para as salas, ao levar meios áudio pessoais por a escola não ter, que ajudam o ministério a poupar uns cobres.
E NÃO SE QUEIXEM.
Para quem não sabe, não sou professor.
Sou um reles engenheiro que às vezes pensa nestas coisas, muitas delas
quando às quatro ou cinco da manhã grito para a minha mulher que está no escritório a
corrigir testes e pergunto se não se vem deitar.
Agora façam a vossa parte. Façam forward deste email para todos os vossos amigos, especialmente os professores. Comecem a divulgar esta ideia e pode ser que tenham um futuro melhor.
A. Ruas
Professores
A propósito das avaliações e do processo continuado de desacreditação dos Professores que a Ministra quer impor à opinião pública, gostaria que os Professores pensassem no seguinte:
Em vez de fazerem greves inócuas, que ainda por cima cheiram a férias desapropriadas entre feriados, os professores deviam pensar seriamente em cumprir integralmente nas suas escolas o seu horário de trabalho.
Passo a explicar:
Pela manhã, TODOS os professores se apresentavam nas suas escolas para iniciarem o seu dia de trabalho. Agora vai ser necessário um pouco de aritmética, mas da mais básica. Se um professor tem 3 horas de aulas num dia, cumpre mais quatro horas de permanência na escola. Nessas quatro horas é suposto corrigir testes, preparar aulas, elaborar enunciados das provas, etc., etc. tudo o que se relacione com a sua profissão e que normalmente está habituado (mal) a fazer em casa.
É também suposto utilizar as secretárias, as cadeiras, os computadores e as impressoras da escola para o seu trabalho. É que também é suposto que, antes de , exigir resultados, a escola lhe forneça condições de trabalho. No final das sete horas de trabalho diário (7 x 5 = 35) saíam da escola para casa, deixando na escola o trabalho que ficou por fazer.
Facilmente os Conselhos Executivos chegarão à conclusão que a escola não oferece condições aos professores para que estes trabalhem, e terão que o comunicar ao Ministério, ou não há seriedade dos Conselhos Executivos.
Ou tentarão os Conselhos Executivos agir de forma a convencerem os professores de que como estes se acotovelam na escola o melhor será irem para casa?
Mas poderão os professores ser penalizados por quererem exercer o seu trabalho no local de trabalho que lhes está por natureza determinado?
Deixem de ser um bando e passem a actuar como um grupo. TODOS para as escolas desde manhã a cumprir o horário de trabalho na escola, o local de trabalho natural.
Atasquem completamente as escolas com a vossa presença e deixem que a ausência de condições de trabalho faça o resto.
Deixem-se de greves inócuas e atrapalhem verdadeiramente o sistema de forma legal.
Provem de uma vez por todas que querem trabalhar e que este patrão não vos dá condições de trabalho apesar de vos exigir resultados, e ainda por cima enxovalhando-vos continuamente.
Substituam os sindicalistas que vos representam tão mal e que já não sabem o que é dar uma aula há mais de 20 anos por Professores que saibam discutir os assuntos de forma séria. Sejam de uma vez por todos PROFESSORES UNIDOS.
Se assim não for, rendam-se às evidências e façam o trabalho dos auxiliares educativos como se passa na Guarda ao tirar faltas, ao levar livros de ponto para as salas, ao levar meios áudio pessoais por a escola não ter, que ajudam o ministério a poupar uns cobres.
E NÃO SE QUEIXEM.
Para quem não sabe, não sou professor.
Sou um reles engenheiro que às vezes pensa nestas coisas, muitas delas
quando às quatro ou cinco da manhã grito para a minha mulher que está no escritório a
corrigir testes e pergunto se não se vem deitar.
Agora façam a vossa parte. Façam forward deste email para todos os vossos amigos, especialmente os professores. Comecem a divulgar esta ideia e pode ser que tenham um futuro melhor.
A. Ruas
Global Position System
Eu Já Estive Aqui / José Carlos Dias
Eu Já Estive Aqui's Photos
Antes de partir. Curvímetro e Contaquilómetros. Durante a expedição a Bússola. Depois os Binóculos. Mapas, Escalas, e Curvas de nível.
Eu Já Estive Aqui pode ser acompanhada pelo Ensign GPS que indicará a posição do viajante 24 horas por dia em qualquer lugar do mundo. Vai receber o sinal a partir de 3 satélites.
Documentação - pessoal e do veículo.
Segurança - cartões de crédito.
Saúde - pulseira com os dados clínicos.
Água - purificadores químicos.
Navegação - mapas, curvímetro e GPS.
Sinalização - frascos de fumo.
Alimentação - comida liofilizada.
Descanso - mantas (hipotérmicas ou de alumínio).
Higiene - duche solar.
Equipamento - Mochilas.
Calçado - sapatos de lona.
Roupa - Polos.
Utensílios - navalha multiuso.
E Também...PC portátil e equipamento fotográfico.
O viajante dos anos 90 leva o GPS ( Global Position System ), que lhe permite situar qualquer ponto do planeta em apenas um minuto. 20 satélites fazem parte desta rede que emite ondas de localização durante todo o dia. O GPS mede o tempo que demora um sinal a chegar ao satélite. A latitude e a longitude são mostradas no ecrã do GPS em graus , minutos e segundos. Também a altitude pode ser determinada.
A margem de erro é de apenas 20 metros. Pode ser utilizado, em quaisquer condições atmosféricas.
O viajante vai ter oportunidade de o utilizar. Pesa apenas 397 gramas.
Eu Já Estive Aqui's Photos
Antes de partir. Curvímetro e Contaquilómetros. Durante a expedição a Bússola. Depois os Binóculos. Mapas, Escalas, e Curvas de nível.
Eu Já Estive Aqui pode ser acompanhada pelo Ensign GPS que indicará a posição do viajante 24 horas por dia em qualquer lugar do mundo. Vai receber o sinal a partir de 3 satélites.
Documentação - pessoal e do veículo.
Segurança - cartões de crédito.
Saúde - pulseira com os dados clínicos.
Água - purificadores químicos.
Navegação - mapas, curvímetro e GPS.
Sinalização - frascos de fumo.
Alimentação - comida liofilizada.
Descanso - mantas (hipotérmicas ou de alumínio).
Higiene - duche solar.
Equipamento - Mochilas.
Calçado - sapatos de lona.
Roupa - Polos.
Utensílios - navalha multiuso.
E Também...PC portátil e equipamento fotográfico.
O viajante dos anos 90 leva o GPS ( Global Position System ), que lhe permite situar qualquer ponto do planeta em apenas um minuto. 20 satélites fazem parte desta rede que emite ondas de localização durante todo o dia. O GPS mede o tempo que demora um sinal a chegar ao satélite. A latitude e a longitude são mostradas no ecrã do GPS em graus , minutos e segundos. Também a altitude pode ser determinada.
A margem de erro é de apenas 20 metros. Pode ser utilizado, em quaisquer condições atmosféricas.
O viajante vai ter oportunidade de o utilizar. Pesa apenas 397 gramas.
sexta-feira, 22 de setembro de 2006
Comunicado
Contra o ofício de julgar e contra os juízes deste país nada ou quase nada ou pouco podemos de facto...Também eu. Mas é a pista que temos. Não podemos ignorá-la.
quinta-feira, 21 de setembro de 2006
quarta-feira, 20 de setembro de 2006
terça-feira, 19 de setembro de 2006
segunda-feira, 18 de setembro de 2006
Grande Monstro
Pelas mãos do Grande Monstro, fotos na brancura da neve, de conquistadores da montanha...
sábado, 16 de setembro de 2006
sexta-feira, 15 de setembro de 2006
quinta-feira, 14 de setembro de 2006
quarta-feira, 13 de setembro de 2006
terça-feira, 12 de setembro de 2006
segunda-feira, 11 de setembro de 2006
domingo, 10 de setembro de 2006
de Viagem 2
Novas do viageiro, em passeio por estradas e caminhos da Serra, a partir do dia 11 de Setembro...
sábado, 9 de setembro de 2006
sexta-feira, 8 de setembro de 2006
"A obra da rua"
O Padre Américo pode ser considerado um “educador social que não fez formação pedagógica nem filosófica, mas que tinha uma grande capacidade intuitiva, e que desenvolve uma filosofia de acção muito própria; acarreta ideais, valores religiosos e morais, que depois vai canalizando para a prática”.
A sua obra, embora se lhe reconheça valor e impacto, não traria hoje nada de novo às pedagogias e conceitos teóricos vigentes. Mas o interesse passa por analisar a acção do educador no tempo preciso que vai dos anos 30 aos anos 50. Isto, em Portugal, porque na África lusófona actual, procura-se a integração social para superar bolsas de pobreza.
“Em Moçambique, as casa do Gaiato têm a função de ajudar as populações a integrar-se, não só pelo trabalho e pela cooperação, mas também proporcionando uma interajuda e uma solidariedade entre as pessoas. Uma padaria comunitária, por exemplo, pode produzir pão para sete ou 10 povoações”.
Por cá, há 50 e 60 anos atrás, o Padre Américo tentou desenvolver, ainda que de forma diferente, a integração. Considerava que cada paróquia se devia responsabilizar pelos seus pobres. “Isso é uma revolução no seu tempo. É por isso que digo que o Padre Américo, no seu tempo, foi um revolucionário de forma pacífica”.
Investigação - ATACAR AS CAUSAS DA POBREZA - A obra da rua
Ernesto Candeias Martins
RVJ - Arquivo
A RAZÃO DE SER PADRE
Tendência desde cedo
JOSÉ CRISANTO, PROFESSOR NA FIGUEIRA DA FOZ
Da Casa do Gaiato para a vida
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
O rumo de uma obra
A sua obra, embora se lhe reconheça valor e impacto, não traria hoje nada de novo às pedagogias e conceitos teóricos vigentes. Mas o interesse passa por analisar a acção do educador no tempo preciso que vai dos anos 30 aos anos 50. Isto, em Portugal, porque na África lusófona actual, procura-se a integração social para superar bolsas de pobreza.
“Em Moçambique, as casa do Gaiato têm a função de ajudar as populações a integrar-se, não só pelo trabalho e pela cooperação, mas também proporcionando uma interajuda e uma solidariedade entre as pessoas. Uma padaria comunitária, por exemplo, pode produzir pão para sete ou 10 povoações”.
Por cá, há 50 e 60 anos atrás, o Padre Américo tentou desenvolver, ainda que de forma diferente, a integração. Considerava que cada paróquia se devia responsabilizar pelos seus pobres. “Isso é uma revolução no seu tempo. É por isso que digo que o Padre Américo, no seu tempo, foi um revolucionário de forma pacífica”.
Investigação - ATACAR AS CAUSAS DA POBREZA - A obra da rua
Ernesto Candeias Martins
RVJ - Arquivo
A RAZÃO DE SER PADRE
Tendência desde cedo
JOSÉ CRISANTO, PROFESSOR NA FIGUEIRA DA FOZ
Da Casa do Gaiato para a vida
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
O rumo de uma obra
quinta-feira, 7 de setembro de 2006
quarta-feira, 6 de setembro de 2006
"Educação, uma doença crónica"
(...)"Paralelamente ao imenso, devastador e pavoroso currículo oficial ministrado pelos agentes educativos, irrompe subrepticiamente um outro "currículo oculto" que interpreta, altera, subverte, distorce os objectivos do primeiro de acordo com a focalização dos professores, muitos deles desprovidos de tecnologia adequada, sem capacidade de excentração ou transcendência em relação ao âmbito teórico, processos metodológicos e instrumentos do seu próprio trabalho: imersos inconscientemente nos condicionamentos que operam sobre a sua competência e performance, tornan-se ingenuamente a "carne para canhão" e ao mesmo tempo e paradoxalmente, os agentes secretos do sistema oculto - vítimas desprovidas e simultaneamente carrascos desprevenidos e desavisados.
Existem pois dois sistemas... Duas escolas... Dois tipo de objectivos... Dois tipos de currículos... Dois tipos de professores: os primeiros explícitos; os segundos ocultos. Os agentes educativos lúcidos vivem uma situação trágica e paradoxal porque não podem sobreviver moralmente sem acreditar na Educação, mas porque são lúcidos, também não podem acreditar neste Sistema Educativo.
A escola actual esquizofrenizou-se em isotopias horizontais e verticais irredutíveis..."(...)
(...) "A acrescentar ao desalento dos docentes, as escolas estão a ser invadidas por uma horda de novos bárbaros desordeiros, egoístas, hedonistas, ambiciosos, perturbados, sem ideal nem projecto de vida que não seja o privilégio - são os alunos. Os professores demasiado molestados já por uma profissão desgastante, sem reforços, mortos pelas rotinas repetitivas, cristalizados pelas velhas tradições escolares, privados de prestígio pessoal e realização profissional, feridos de desalento, perdem todo o sentido da sua profissão."(...)
Educação, uma doença crónica
António M. Correia / Terras da Beira
Existem pois dois sistemas... Duas escolas... Dois tipo de objectivos... Dois tipos de currículos... Dois tipos de professores: os primeiros explícitos; os segundos ocultos. Os agentes educativos lúcidos vivem uma situação trágica e paradoxal porque não podem sobreviver moralmente sem acreditar na Educação, mas porque são lúcidos, também não podem acreditar neste Sistema Educativo.
A escola actual esquizofrenizou-se em isotopias horizontais e verticais irredutíveis..."(...)
(...) "A acrescentar ao desalento dos docentes, as escolas estão a ser invadidas por uma horda de novos bárbaros desordeiros, egoístas, hedonistas, ambiciosos, perturbados, sem ideal nem projecto de vida que não seja o privilégio - são os alunos. Os professores demasiado molestados já por uma profissão desgastante, sem reforços, mortos pelas rotinas repetitivas, cristalizados pelas velhas tradições escolares, privados de prestígio pessoal e realização profissional, feridos de desalento, perdem todo o sentido da sua profissão."(...)
Educação, uma doença crónica
António M. Correia / Terras da Beira
terça-feira, 5 de setembro de 2006
A saga de José
José Cortes, que é natural de Janeiro de Cima, Fundão, é um padre que fez da sua missão um compromisso solidário e comprometido com o seu tempo. Missionário do Verbo Divino, foi para o Brasil onde a sua vida é uma saga notável de coragem em defesa de comunidades locais e contra os poderosos interesses económicos...
O Padre militante da causa da Amazónia
QUANDO escutamos a palavra Amazónia, vem-nos logo à imaginação o mundo exuberante de água e mata virgem, povoado de toda a espécie de animais terrestres e aquáticos, além de um sem fim de horizontes encantados, mães de água, curupira, matinta-perera...
Travar a desertificação da Amazónia para salvar o planeta
ESTA multinacional alicia agricultores do sul e centro oeste com grandes somas de dinheiro para investimento. Ela financia estes agricultores que se deslocam com toda uma infra-estrutura financiada por esta multinacional, que tem um único objectivo: destruir. O processo é o seguinte:
Um dos nomes do crime sobre a Amazónia chama-se «Cargil»
O Padre militante da causa da Amazónia
QUANDO escutamos a palavra Amazónia, vem-nos logo à imaginação o mundo exuberante de água e mata virgem, povoado de toda a espécie de animais terrestres e aquáticos, além de um sem fim de horizontes encantados, mães de água, curupira, matinta-perera...
Travar a desertificação da Amazónia para salvar o planeta
ESTA multinacional alicia agricultores do sul e centro oeste com grandes somas de dinheiro para investimento. Ela financia estes agricultores que se deslocam com toda uma infra-estrutura financiada por esta multinacional, que tem um único objectivo: destruir. O processo é o seguinte:
Um dos nomes do crime sobre a Amazónia chama-se «Cargil»
segunda-feira, 4 de setembro de 2006
domingo, 3 de setembro de 2006
"Volta ao mundo para ir às aulas"
De Almaceda a São Vicente da Beira são duas horas de curvas e contracurvas. A Lúcia será uma das crianças que farão o percurso todos os dias, transportadas numa camioneta sem cintos de segurança
LÚCIA tem oito anos, feitos na quarta-feira, e no próximo Verão terá percorrido dez mil quilómetros para frequentar a escola, mais do que ir a Pequim. Como é pequenina, não sabe onde fica a China, mas já aprendeu que no seu mundo de curvas no meio da serra não pode beber leite porque fica maldisposta. A amiga Maria, com sete anos, tem mais sorte: «Eu como de manhã e não tenho de tomar o comprimido para o enjoo».
As duas meninas fazem parte do grupo de nove crianças que vivem junto a Almaceda. No mapa, o local é sede de freguesia do concelho de Castelo Branco, mas na realidade é apenas mais uma aldeia do centro montanhoso do país. Tem uma igreja, um centro paroquial - repleto de idosos -, um café, pouco comércio e uma junta de freguesia com dois funcionários. Contava também com uma escola do ensino básico, que a política do Ministério da Educação obrigou a fechar.
Mais uma criança na aldeia e teria evitado perto de duas horas diárias de sucessivas curvas em gancho até à Escola EBI (da primeira classe até ao 9º ano) de São Vicente da Beira. A mudança até começou por ser bem-vinda: «Lá há outras crianças, vão ter mais inglês e ginástica e isso é bom. Eu tenho 45 anos e a minha quarta classe já não dá para ensinar o meu filho, de oito anos», diz António Faustino.
Uma promessa não cumprida pela Câmara de Castelo Branco - que não encontrou um responsável disponível para falar ao EXPRESSO - revoltou a aldeia, que agora luta por manter a escola de Almaceda. Albino Gomes - pai da Maria, dono do café, taxista e tesoureiro da junta de freguesia - garante que «estava prometido um transporte escolar diferenciado, com auxiliares, para evitar que as crianças acordassem de madrugada e chegassem já de noite. Agora, algumas vão levantar-se às seis da manhã».
Carreira sem cintos.
Quando as aulas começarem, as crianças e os jovens das várias aldeias da freguesia vão ser recolhidos por um táxi que as levará até ao centro de Almaceda para apanharem a carreira. «É um transporte comunitário, ou seja, entra quem pagar bilhete e não tem cintos de segurança nem auxiliares», lembra Albino Gomes. Domingos Morgado tem uma neta que frequenta a nova escola há três anos e conta que, «várias vezes, o motorista teve de parar a camioneta e chamar a GNR devido a desacatos com os mais velhos».
O irmão da Lúcia é um desses alunos mais velhos e já avisou a irmã que a comida na cantina é má. Ele e Lúcia são os únicos estudantes em Paiagua - depois de Martim Branco, é a segunda aldeia mais distante - e vão passar 12 horas fora de casa. Diz o pai que ela come mal e que na nova escola vai ser um problema, pois terá de servir-se sozinha. E «vai ter de subir uma parede com 15 ou 20 quilos às costas».
Nos rostos dos pais e de um avô - Manuel Domingos tem os dois netos pequenos a seu cargo enquanto os pais continuam emigrados em França - há tristeza e o desabafo é sempre o mesmo: «É muito fácil tomar decisões num gabinete com ar condicionado em Lisboa. O mal é para quem é pobre», ou não tem influências. A antiga professora das crianças, colocada em Proença, denuncia que «há escolas noutros concelhos com cinco alunos e que vão manter-se». Como exemplos, fala em estabelecimentos perto de Mação e de Idanha. «As crianças não vão ter o mesmo rendimento», alerta a docente.
Também para São Vicente da Beira vai a auxiliar que nos últimos 23 anos trabalhou na pequena escola de Almaceda. Maria do Carmo, desde ontem colocada na nova escola, vive um drama: voltar a guiar após 20 anos. «Para não ir tão cedo, comprei cinco lições para ver se consigo levar o carro. Ando cheia de nervos por causa do caminho». Numa viagem de treino que fez, durante o dia e sem gelo na estrada, as coisas não correram bem: «Estraguei logo os olhos ao carro. A estrada é muito apertada e não tem traços».
Além do percurso, Maria do Carmo tem outra preocupação em mente. Na antiga escola, uma das duas salas de aula era usada como estufa de plantas, que agora tem de deixar para trás. O material escolar já está todo empacotado para ser transferido e o futuro das instalações está por decidir. «Há dois anos gastaram rios de dinheiro a arranjar a escola e agora fecham-na. Das últimas vezes que aqui vim - para regar as plantas - o pátio já servia de garagem».
Vera Lúcia Arreigoso
EXPRESSO Edição Semanal paga
LÚCIA tem oito anos, feitos na quarta-feira, e no próximo Verão terá percorrido dez mil quilómetros para frequentar a escola, mais do que ir a Pequim. Como é pequenina, não sabe onde fica a China, mas já aprendeu que no seu mundo de curvas no meio da serra não pode beber leite porque fica maldisposta. A amiga Maria, com sete anos, tem mais sorte: «Eu como de manhã e não tenho de tomar o comprimido para o enjoo».
As duas meninas fazem parte do grupo de nove crianças que vivem junto a Almaceda. No mapa, o local é sede de freguesia do concelho de Castelo Branco, mas na realidade é apenas mais uma aldeia do centro montanhoso do país. Tem uma igreja, um centro paroquial - repleto de idosos -, um café, pouco comércio e uma junta de freguesia com dois funcionários. Contava também com uma escola do ensino básico, que a política do Ministério da Educação obrigou a fechar.
Mais uma criança na aldeia e teria evitado perto de duas horas diárias de sucessivas curvas em gancho até à Escola EBI (da primeira classe até ao 9º ano) de São Vicente da Beira. A mudança até começou por ser bem-vinda: «Lá há outras crianças, vão ter mais inglês e ginástica e isso é bom. Eu tenho 45 anos e a minha quarta classe já não dá para ensinar o meu filho, de oito anos», diz António Faustino.
Uma promessa não cumprida pela Câmara de Castelo Branco - que não encontrou um responsável disponível para falar ao EXPRESSO - revoltou a aldeia, que agora luta por manter a escola de Almaceda. Albino Gomes - pai da Maria, dono do café, taxista e tesoureiro da junta de freguesia - garante que «estava prometido um transporte escolar diferenciado, com auxiliares, para evitar que as crianças acordassem de madrugada e chegassem já de noite. Agora, algumas vão levantar-se às seis da manhã».
Carreira sem cintos.
Quando as aulas começarem, as crianças e os jovens das várias aldeias da freguesia vão ser recolhidos por um táxi que as levará até ao centro de Almaceda para apanharem a carreira. «É um transporte comunitário, ou seja, entra quem pagar bilhete e não tem cintos de segurança nem auxiliares», lembra Albino Gomes. Domingos Morgado tem uma neta que frequenta a nova escola há três anos e conta que, «várias vezes, o motorista teve de parar a camioneta e chamar a GNR devido a desacatos com os mais velhos».
O irmão da Lúcia é um desses alunos mais velhos e já avisou a irmã que a comida na cantina é má. Ele e Lúcia são os únicos estudantes em Paiagua - depois de Martim Branco, é a segunda aldeia mais distante - e vão passar 12 horas fora de casa. Diz o pai que ela come mal e que na nova escola vai ser um problema, pois terá de servir-se sozinha. E «vai ter de subir uma parede com 15 ou 20 quilos às costas».
Nos rostos dos pais e de um avô - Manuel Domingos tem os dois netos pequenos a seu cargo enquanto os pais continuam emigrados em França - há tristeza e o desabafo é sempre o mesmo: «É muito fácil tomar decisões num gabinete com ar condicionado em Lisboa. O mal é para quem é pobre», ou não tem influências. A antiga professora das crianças, colocada em Proença, denuncia que «há escolas noutros concelhos com cinco alunos e que vão manter-se». Como exemplos, fala em estabelecimentos perto de Mação e de Idanha. «As crianças não vão ter o mesmo rendimento», alerta a docente.
Também para São Vicente da Beira vai a auxiliar que nos últimos 23 anos trabalhou na pequena escola de Almaceda. Maria do Carmo, desde ontem colocada na nova escola, vive um drama: voltar a guiar após 20 anos. «Para não ir tão cedo, comprei cinco lições para ver se consigo levar o carro. Ando cheia de nervos por causa do caminho». Numa viagem de treino que fez, durante o dia e sem gelo na estrada, as coisas não correram bem: «Estraguei logo os olhos ao carro. A estrada é muito apertada e não tem traços».
Além do percurso, Maria do Carmo tem outra preocupação em mente. Na antiga escola, uma das duas salas de aula era usada como estufa de plantas, que agora tem de deixar para trás. O material escolar já está todo empacotado para ser transferido e o futuro das instalações está por decidir. «Há dois anos gastaram rios de dinheiro a arranjar a escola e agora fecham-na. Das últimas vezes que aqui vim - para regar as plantas - o pátio já servia de garagem».
Vera Lúcia Arreigoso
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sábado, 2 de setembro de 2006
"Brasil, país adiado"
O BRASIL é sobretudo conhecido pelo seu lado lúdico (futebol, Carnaval, praia, novela), que espalha pelo mundo uma imagem do Brasil como um país alegre, espontâneo, bonito, festeiro... Mas esta imagem esconde o lado mais sombrio deste imenso país: a cara da violência.
Muitos perguntam: como é possível que um país com tantos lados bonitos, artísticos, com tanta ginga e alegria, possa ser um dos países mais violentos do mundo? Muitas respostas já se deram a esta pergunta que todos os dias é feita por uma grande parte de nós que vivemos aqui e nos deparamos com todo o tipo de violência ao virar da esquina.
Temos que nos lembrar que o Brasil (e todo o continente americano) é um país em formação. Tem 500 anos de história sangrenta de colonização e tentativa de consolidação de uma sociedade mais justa, e solidária. Quando dizemos que o Brasil é um país em formação isto implica sobretudo, que valores já consolidados em outros mundos aqui ainda não estão consolidados.
O Brasil é um país que fez uma passagem do mundo rural para o urbano, num curto espaço de tempo. Por exemplo, quando cheguei no Estado do Pará, na região onde vivo, setenta por cento da população vivia no espaço rural e só trinta por cento no urbano. Em apenas vinte anos houve uma inversão. Hoje setenta e cinco por cento vive nas cidades e só uma ínfima parte vive no mundo rural. Este fenómeno aconteceu em todo o Brasil e trouxe consequências dramáticas:
1 – As cidades brasileiras não estavam conseguindo responder aos problemas já existentes por falta de verdadeiras políticas públicas viradas para os problemas urbanos. A chegada de verdadeiras multidões vindas do mundo rural, exacerbaram este problema.
2 – Os “neo-urbanos” acabaram por ir para periferias onde as condições de vida era diferente do que haviam sonhado e bem pior que no campo. Encontraram uma falta total de infra-estruturas e condições mínimas de sobrevivência: sem água, sem energia, sem emprego, sem ruas... O sonho totalmente destroçado. Esta situação atinge de maneira exacerbada a juventude que se sentiu traída.
3 – Muita gente dirá: esse problema encontramos em todo o lugar. No entanto no Brasil ele é bem pior, por um outro motivo. O Brasil é um país em construção também nos seus valores. Vir para a cidade fez perder, principalmente na juventude, muito da sua sensibilidade, tornando o “novo brasileiro” frio e calculista, incapaz de comover-se e sentir compaixão, inclusive incapaz de socorrer um amigo que está sendo assaltado. Perdeu-se não só a qualidade de vida que se tinha no campo, mas perderam-se sobretudo aquelas qualidades e sentimentos que nos fazem humanos: a capacidade de nos emocionarmos e nos tornarmos solidários diante do sofrimento do outro.
4 – A raiz da violência está directamente ligada a este novo Brasil, urbano, injusto, abandonado totalmente pelo poder público, dominado por gangues e Comandos Vermelhos. Um Brasil desprovido dos valores essenciais da compaixão, da solidariedade, do compromisso pelo bem de todos.
5 – E este Brasil sombrio, violento, calculista, frio, cruel... está substituindo o Brasil luminoso, alegre e lúdico. Este Brasil está sendo construído a partir de políticas públicas erradas que privilegiam as exportações, a balança de pagamentos, o crescimento do PIB, em detrimento de verdadeiras políticas públicas que coloquem de novo o Brasil nas mãos de um Estado brasileiro verdadeiramente interessado pelo seu povo. Urgentemente precisa-se devolver ao povo brasileiro o direito de sonhar um sonho possível: O PAÍS DA TERRA SEM MALES, de que fala o mito guarany.
6 – Aproximam-se as eleições no Brasil e os políticos, candidatos a dirigentes deste imenso país, devem assumir este compromisso com urgência. No entanto eu já não tenho muita esperança na classe política, já que a história brasileira, antiga e recente, mostra como essa classe está muito mais interessada em aumentar seu património do que fomentar políticas públicas que minimizem esta problemática.
7 – Lula mais uma vez aparece como candidato. Nestes quase quatro anos de governo Lula repetiu, quase na sua totalidade, as políticas neo-liberais de seu antecessor. Priorizou o agro-negócio, as exportações, controle das contas, aumento das reservas em moeda estrangeira... Criou algumas políticas sociais compensatórias, que não passaram de programas assistencialistas. Ainda estamos esperando o início de verdadeiras políticas públicas que ataquem frontalmente os endémicos problemas brasileiros: desigualdades sociais, perversa distribuição de renda, analfabetismo funcional crónico, total inexistência de infra-estrutura básica nas periferias da maioria das cidades brasileiras e no interior do país, ineficiência no sistema de saúde, insuficiência do salário mínimo, segurança pública.
8 – O Brasil não precisa de mais polícia ou repressão, mas precisa de mais políticos idóneos e solidários com aqueles que os elegeram e a quem eles representam.
José Cortes - Professor e Missionário do Verbo Divino, com notável trabalho em defesa da Amazónia
Jornal do Fundão - Edição online paga
Muitos perguntam: como é possível que um país com tantos lados bonitos, artísticos, com tanta ginga e alegria, possa ser um dos países mais violentos do mundo? Muitas respostas já se deram a esta pergunta que todos os dias é feita por uma grande parte de nós que vivemos aqui e nos deparamos com todo o tipo de violência ao virar da esquina.
Temos que nos lembrar que o Brasil (e todo o continente americano) é um país em formação. Tem 500 anos de história sangrenta de colonização e tentativa de consolidação de uma sociedade mais justa, e solidária. Quando dizemos que o Brasil é um país em formação isto implica sobretudo, que valores já consolidados em outros mundos aqui ainda não estão consolidados.
O Brasil é um país que fez uma passagem do mundo rural para o urbano, num curto espaço de tempo. Por exemplo, quando cheguei no Estado do Pará, na região onde vivo, setenta por cento da população vivia no espaço rural e só trinta por cento no urbano. Em apenas vinte anos houve uma inversão. Hoje setenta e cinco por cento vive nas cidades e só uma ínfima parte vive no mundo rural. Este fenómeno aconteceu em todo o Brasil e trouxe consequências dramáticas:
1 – As cidades brasileiras não estavam conseguindo responder aos problemas já existentes por falta de verdadeiras políticas públicas viradas para os problemas urbanos. A chegada de verdadeiras multidões vindas do mundo rural, exacerbaram este problema.
2 – Os “neo-urbanos” acabaram por ir para periferias onde as condições de vida era diferente do que haviam sonhado e bem pior que no campo. Encontraram uma falta total de infra-estruturas e condições mínimas de sobrevivência: sem água, sem energia, sem emprego, sem ruas... O sonho totalmente destroçado. Esta situação atinge de maneira exacerbada a juventude que se sentiu traída.
3 – Muita gente dirá: esse problema encontramos em todo o lugar. No entanto no Brasil ele é bem pior, por um outro motivo. O Brasil é um país em construção também nos seus valores. Vir para a cidade fez perder, principalmente na juventude, muito da sua sensibilidade, tornando o “novo brasileiro” frio e calculista, incapaz de comover-se e sentir compaixão, inclusive incapaz de socorrer um amigo que está sendo assaltado. Perdeu-se não só a qualidade de vida que se tinha no campo, mas perderam-se sobretudo aquelas qualidades e sentimentos que nos fazem humanos: a capacidade de nos emocionarmos e nos tornarmos solidários diante do sofrimento do outro.
4 – A raiz da violência está directamente ligada a este novo Brasil, urbano, injusto, abandonado totalmente pelo poder público, dominado por gangues e Comandos Vermelhos. Um Brasil desprovido dos valores essenciais da compaixão, da solidariedade, do compromisso pelo bem de todos.
5 – E este Brasil sombrio, violento, calculista, frio, cruel... está substituindo o Brasil luminoso, alegre e lúdico. Este Brasil está sendo construído a partir de políticas públicas erradas que privilegiam as exportações, a balança de pagamentos, o crescimento do PIB, em detrimento de verdadeiras políticas públicas que coloquem de novo o Brasil nas mãos de um Estado brasileiro verdadeiramente interessado pelo seu povo. Urgentemente precisa-se devolver ao povo brasileiro o direito de sonhar um sonho possível: O PAÍS DA TERRA SEM MALES, de que fala o mito guarany.
6 – Aproximam-se as eleições no Brasil e os políticos, candidatos a dirigentes deste imenso país, devem assumir este compromisso com urgência. No entanto eu já não tenho muita esperança na classe política, já que a história brasileira, antiga e recente, mostra como essa classe está muito mais interessada em aumentar seu património do que fomentar políticas públicas que minimizem esta problemática.
7 – Lula mais uma vez aparece como candidato. Nestes quase quatro anos de governo Lula repetiu, quase na sua totalidade, as políticas neo-liberais de seu antecessor. Priorizou o agro-negócio, as exportações, controle das contas, aumento das reservas em moeda estrangeira... Criou algumas políticas sociais compensatórias, que não passaram de programas assistencialistas. Ainda estamos esperando o início de verdadeiras políticas públicas que ataquem frontalmente os endémicos problemas brasileiros: desigualdades sociais, perversa distribuição de renda, analfabetismo funcional crónico, total inexistência de infra-estrutura básica nas periferias da maioria das cidades brasileiras e no interior do país, ineficiência no sistema de saúde, insuficiência do salário mínimo, segurança pública.
8 – O Brasil não precisa de mais polícia ou repressão, mas precisa de mais políticos idóneos e solidários com aqueles que os elegeram e a quem eles representam.
José Cortes - Professor e Missionário do Verbo Divino, com notável trabalho em defesa da Amazónia
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josé sócrates
secretário-geral do PS, primeiro-ministro de um país de brincadeira chamado portugal, deve-me o reembolso do IRS.
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sexta-feira, 1 de setembro de 2006
de panegírico III
...enquanto prosseguem vagos estudos de Direito ou de Economia. Começam, depois disso, a fazer valer o cartão de sócio: estão à vista os primeiros cargos...
de Viagem do Sul
"Um homem percorre o Mundo em busca do que precisa e volta a casa para encontrá-lo."
George Moore
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