sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Las palabras

"Durante milenios las palabras encerraban los secretos del nacimiento y de la muerte, del éxito y del fracaso, de la vida y de todas sus posibilidades. Los problemas, sin embargo, aparecen cuando comienza a cuestionarse la representación de los hechos desde el universo del lenguaje. Llegamos así a una primera e inquietante conclusión: las palabras nunca son inocentes o cristalinas, constituyen una realidad compleja. Están sumergidas en un conjunto de relaciones que si son guiadas por la mala fe o por una intención torcida desvían su sentido, alteran su contenido y pervierten su significado.

Surge así el lenguaje como arma política, que en vez de incluir, excluye; en vez de aglutinar, separa; en vez de sumar, resta; en vez de agrupar, dispersa; en vez de permitir, censura, y en vez de ayudar, traiciona.

El poder de las palabras, en su lado oscuro, se desarrolla a través de un entramado expansivo y totalitario que pretende imponer el dominio del significante sobre el significado. De esta manera, el primero, en manos de un poder interesado y corporativo, borra el sentido de lo real, deforma el orden social y político y facilita la manipulación y el engaño.

Si nos detenemos a observar esa realidad veremos con estupor de qué manera las palabras pronunciadas desde el poder, dueño del capital lingüístico y simbólico, traicionan y derriban lo que decimos y hasta lo que pensamos. El sentido de la responsabilidad y del compromiso, de la seriedad, de la firmeza, se han perdido irremediablemente.

En este mercado lingüístico, las reglas del discurso gobiernan lo que se dice y queda sin decir e identifican a los que pueden hablar con autoridad y a los que sólo deben escuchar y callar. El discurso verbal dominante en la clase política determina lo que cuenta como verdadero y relevante, lo que se debe hablar y lo que debe ser disimulado u ocultado. Así, el poder protege la forma de pensar y actuar de los ciudadanos al informar y modelar nuestra psique.

El truco es de sobra conocido: un ejército de lexicógrafos al servicio del poder nos vende, "desplazados" por deportados o expulsados, "daños colaterales" por víctimas civiles, "valla de seguridad" por muro de la vergüenza, "ayuda humanitaria" por ocupación militar en toda regla o "movimiento de liberación nacional" por terrorismo. Y esto ocurre para acomodar armoniosamente la realidad a la visión de cada una de las partes dentro de lo que se entiende como políticamente correcto. Las palabras, así utilizadas, esconden la realidad o en el peor de los casos consuman su muerte, y se convierten en mera incoherencia o sonido que ni siquiera llega a tener una clara articulación de significados. Con toda razón decía Adamov: "Gastadas, raídas, vacías, las palabras se han vuelto fantasmas en las que nadie cree".

Los nuevos lingüistas de la política se preparan para hacer del idioma un arma efectiva de dominio y para degradar con él la dignidad del habla humana y reducirla a retórica irresponsable. No debemos engañarnos. Las palabras no son ajenas al horror. Cuando se habla entre la niebla y la obscenidad, se favorece la vuelta de botas implacables de corte totalitario. Cuando el lenguaje se utiliza para entrar sin pudor y con impunidad en el infierno de los oprimidos, las palabras pierden su significado y adquieren tintes de pesadilla. Cuando la lluvia de mentiras verbales se convierte en estrepitoso diluvio, hemos de temer lo peor.

Que Hitler Y Goebbels hablaran en público con entusiasmo no fue pura casualidad. En su tratado Cinco dificultades con que se tropieza cuando se escribe la verdad, Bertolt Brecht soñaba con un nuevo idioma capaz de enfrentar vitalmente la palabra y el hecho, el hecho y la dignidad humana, de forma que ésta recuperara el lugar perdido por la degradación de los hombres en sus comportamientos y relaciones basadas en la mentira y la manipulación.

Devolver al lenguaje su musculatura moral, su pureza originaria, su condición de don supremo del hombre, rehabilitar el sentido y la verdad de las palabras debe ser nuestro compromiso. La mentira lingüística también es violencia, violencia simbólica. La más insidiosa de todas.

Retornar a las palabras esenciales significa decretar una guerra incruenta al lenguaje parasitario, frívolo y truculento, propio de algunos medios de comunicación, repleto de pontificaciones enlatadas y de lugares comunes que mantienen y propagan la bulimia consumista. Frente a éstos, la intransigencia ética debe ser la norma.

Frente a un lenguaje prostituido se debe luchar por otro que defienda los valores básicos de la dignidad, la libertad, la tolerancia y la democracia."
Baltasar Garzón - Juez español

Manif.

"Verifico aqui gente que critica os professores o que é lamentável, sou pai e acho que esta classe como todas as outras que trabalham, têm o direito à manifestação, além disso penso que quem critica deve dar boas sugestões ou fazer com que o país ande para a frente, não é com criticas que vamos lá, ou se calhar são pessoas que lhe interessam só criticar (política, inveja, trauma,....interesse). Sem dúvida que os professores são das classes que mais querem de melhor para os jovens portugueses."

anónimo de Viseu

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Ceiroquinho


Ceiroquinho, Concelho de Pampilhosa da Serra, Distrito de Coimbra, terra dos meus avós paternos.

O rei lagarto

As Portas da minha percepção.

da lenda que vou contar

Apesar de existirem provas documentais de que até ao século XV foi conhecida por Dornas, um velho manuscrito existente na Biblioteca Nacional de Lisboa explica que a etimologia da povoação proveio da lenda que vou contar.

Há muitos séculos atrás, as terras desta região pertenciam à Rainha Santa Isabel, mulher de el-rei D. Dinis. Era feitor da Rainha, na região, um cavaleiro chamado Guilherme de Paiva, ao qual atribuíam proezas milagrosas.

Conta-se deste homem que, certa vez, passou a pé enxuto o rio Zêzere, caminhando de uma margem para a outra sobre a sua capa, que lançara sobre as águas.

Um dia, andava Guilherme de Paiva atrás de um veado na banda de além do Zêzere, onde só havia brenhas e matos espessos, quando ouviu uns gemidos muito dolorosos. Tentou saber de que sítio provinham e, apesar de perder algumas horas nesta busca, nada conseguiu achar, pois os gemidos pareciam provir dos mais diversos locais. No dia seguinte voltou ali e de novo os gemidos se espalharam à sua volta, vindo agora de um tufo espesso de mato, depois de um rochedo, numa ciranda sem fim. Guilherme de Paiva sofria espantado, partilhando a dor daquele alguém que parecia fazer parte do universo. Ao terceiro dia tudo se repetiu como antes.

Tomou, pois, a decisão de partir para Coimbra onde estava a sua senhora, a fim de lhe relatar aqueles estranhos factos. Assim que chegou à cidade dirigiu-se imediatamente à pousada real e solicitou a sua visita a D. Isabel.

Esta, mal o viu, e depois das saudações devidas, disse-lhe:
-Vindes por via dos gemidos, Guilherme?
-…!
-Não precisais espantar-vos! Três noites a fio sonhei com eles e sei do que se trata.
-O que é então, Senhora? Procurei por todo o lado e nada vi!...
- Bem sei. Deus contou-me tudo nos sonhos. Agora vais voltar ao local e procurar onde te vou dizer: aí acharás uma imagem santa de Nossa Senhora, com o Filho morto em seus braços.
-Assim farei, minha senhora Dona Isabel! Mas, e depois, que faço eu dessa imagem?
-Guardá-la-ás contigo até me veres chegar junto a ti!

Despediu-se Guilherme de Paiva da Rainha Santa, levando na memória a localização exacta da moita onde a imagem de Nossa Senhora o aguardava gemendo, e partiu de Coimbra.

Já de volta a terras do Zêzere, o cavaleiro dirigiu-se à serra de Vermelha, como lhe dissera D. Isabel, e foi milagrosamente direito a determinada moita onde achou enrodilhada em urzes a imagem da Virgem pranteando a morte de seu Filho.

Durante algum tempo manteve-a consigo, na sua própria casa. Os gemidos haviam cessado e assim Guilherme de Paiva tinha a Santa Imagem na sua câmara, com um archote aceso de cada lado.

Um dia, a Rainha Santa foi, finalmente, às suas terras do Zêzere resolver o caso da imagem. Assim, junto a uma velha torre pentagonal que já aí existia, mandou erigir uma ermida para a Virgem achada nas moitas. E nessa torre - que provavelmente foi construída pelos Templários -, ordenou que se instalassem os sinos da ermida.

Em breve o povo começou a construir casas em redor da capela e da torre e, diz a lenda, a Rainha Santa deu a essa vila nascente o nome de Vila das Dores, nome que com o tempo se teria corrompido até dar Dornes.

É isto o que conta a lenda transcrita no velho manuscrito.

A capela com a sua torre sineira ainda hoje existem, e a imagem achada há muitos séculos atrás é venerada sob a designação de Nossa Senhora do Pranto.

in Frazão, Fernanda. "Lendas Portuguesas", vol. IV, pág. 75-79. Ed. Multilar. Lisboa: 1988

Uma visita a Dornes

Quanto à origem desta aldeia, não faltam lendas de que alguns autores têm feito eco. Sabemos que já nos primeiros anos do séc. XII havia uma povoação chamada " Dornas" e que mais tarde se tornou sede de uma das comendas da Ordem de Cristo.
Conta a tradição mais antiga que, sendo esta terra dote da Rainha Santa Isabel, na altura em que a corte se instalou em Coimbra, nela habitava o feitor Guilherme de Paiva, de quem o pai grande temente a Deus , em criança o educou com todos os bons costumes e "santos exercícios". Sendo este ainda jovem, e não o podendo obrigar a jejuar e para que forçosamente o fizesse, obrigava-o a passar o dia num barco no meio do Zêzere.
Habitavam junto da ermida de S. Guilherme, a qual era contígua à estrada de Dornes e ribeira do mesmo nome. Sucedeu que durante alguns dias, na outra banda do rio ( na freguesia de Sernache), se ouvia gemidos "muy dolorosos", que se fizeram ouvir durante alguns dias a fio. Guilherme de Paiva foi a Coimbra dar conta do sucedido à Rainha Santa desta novidade. Esta que "por revelação divina já sabia", disse-lhe que procurasse o lugar dos gemidos e que ali acharia uma imagem da Virgem Maria com outra do Santíssimo Filho Morto em seus braços. Tal facto confirmou-se e a Rainha mandou construir sobre um penhasco e junto a uma torre antiga que aí também se encontrava, uma pequena igreja onde a admirável imagem foi colocada , a quem deram a invocação de "Nossa Senhora das Dores", e a qual ainda hoje, pode ser apreciada por todos quantos a visitem, sob o nome de "Nossa Senhora do Pranto" como é mais conhecida.

Segundo a narração , é esta Igreja que tem influenciado o desenvolvimento e até assegurado o que por ali se faz. O misticismo que envolve a Senhora do Pranto chegou a ser motivo de disputas entre Dornes e Sernache. Segundo os habitantes do outro lado do Rio (Sernache), a santa pertencia-lhes, porque fora ali que ela aparecera. Posição não compartilhada pelos deste lado (Dornes), que contrapunham com o facto de ser ali a sua Igreja. A verdade é que durante muito tempo a santa era repartida, estava uns tempos em Sernache e outros em Dornes, situação que viria a terminar, segundo a lenda, quando pela vontade própria da Santa quando desapareceu de dentro de uma dorna que era transportada por uma junta de bois, indo aparecer na capela que deu lugar à Igreja.

E ainda hoje essa crença faz correr a Dornes alguns milhares de pessoas durante o ano, para cumprirem as suas promessas e venerarem a Santa.

São várias as romarias que ali se fazem em honra da Senhora do Pranto. Mas a maior, aquela que para os cristãos envolve mais significado, é a festa do Espírito Santo.

Alguns meses antes, toda a população do concelho começa a trabalhar à volta do seu círio para levarem à festa nos carros maravilhosamente engalanados as fogaças, as bandeiras alusivas e também o maior número de pessoas.

O colorido multicolor dos trajes civis e das irmandades, os acordes das bandas, a procissão em volta da Igreja e dos cruzeiros da via-sacra, que se estendem até ao lagar de S. Guilherme.

Diz-se que aquela Igreja é uma das sete construídas no cume de outros tantos cabeços com a finalidade de recolher no seu silêncio os reis e suas cortes.
terravista/nazare/documento

A avaliação dos professores


http://educar.files.wordpress.com/2008/10/pub.jpg

Ranking escolas vs MLR

http://www.profblog.org/

Finalmente, a SIC começa a perceber os malefícios das medidas tomadas por MLR. A publicação dos rankings desfez todos os mitos e revelou muitas verdades que o ME queria manter escondidas.

A SIC tem vindo a dar um enorme destaque ao longo do dia ao ranking de escolas e aos efeitos negativos do estatuto do aluno.
1. No ranking da SIC, nas 30 escolas com melhores resultados, só há 8 escolas públicas.
2. Todas as escolas públicas desceram no ranking em relação ao ano passado.
3. Nenhuma escola pública do interior aparece nas 30 com melhores resultados.
As políticas educativas de MLR estão em julgamento com a publicação destes rankings. Se as medidas tomadas fossem correctas, não teríamos assistido ao decréscimo de todas as escolas públicas na lista das 30 escolas com melhores resultados. No ano passado, a escola Infanta D. Maria de Coimbra ficou entre as 10 primeiras (4º lugar). Este ano recuou para 14º. As razões estão à vista. A responsável por este descalabro tem nome: chama-se Maria de Lurdes Rodrigues. É ela que está a ser julgada bem como a sua política. O descalabro desta política e das medidas insensatas da ministra da educação tem de ter consequências. A demissão de MLR, VL e JP impõe-se. Uma nova política educativa exige-se. Uma política que valorize e dê autoridade aos professores, que os liberte da papelada e das grelhas e que lhes dê tempo para ensinar! O país pode perder-se se esta política educativa continuar. Urge que se crie um movimento nacional que junte professores, alunos e pais responsáveis. Antes que seja tarde demais!
A SIC pela voz do jornalista José Manuel Mestre ensaiou uma explicação para o decréscimo de todas as escolas públicas no ranking:
i. excesso de burocracia imposta às escolas públicas por efeito do novo modelo de avaliação de desempenho.
2. redução da motivação dos professores por efeito do agravamento das condições e horários de trabalho dos professores.
3. Ataque público aos melhores professores, obrigando muitos à reforma antecipada.
4. Defesa do facilitismo e das progressões automáticas por parte do ME.
Quanto ao novo estatuto do aluno, a SIC te vindo a passar algumas reportagens que expressam a enorme injustiça que ele introduz:
1. Crianças e jovens com tratamentos hospitalares prolongados, obrigados a faltar às aulas, recebem o mesmo tratamento que os alunos que não justificam as faltas.
2. Só os alunos que têm o estatuto de alta competição desportiva têm as faltas automaticamente justificadas e beneficiam de um regime à parte.
Os pais dos alunos que têm de receber tratamentos hospitalares, alguns no IPO, sentem-se ultrajados com o novo Estatuto do Aluno. Para essas crianças e adolescentes, serem obrigadas a fazer provas de recuperação e serem colocadas na mesma posição dos alunos absentistas constitui um facto adicional de stresse e ansiedade.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Chocolate


enoit Tessier / Reuters
Parisinas de chocolate. La actriz Sarah Marshall durante uno de los desfiles del Salón del Chocolate en París.
Las 28 mejores fotos del día

NGC 7331

La galaxia espiral NGC 7331 se puede distinguir con telescopios pequeños bajo cielos oscuros como un débil manchón difuso, ha explicado el astrónomo. "Se trata de un universo isla semejante a nuestra propia galaxia, o quizá algo mayor, y situado a 50 millones de años-luz de distancia", ha precisado.

Una galaxia a 50 millones de años-luz

Mirach


Foto: Anthony Ayiomamitis(TWAN)
Mirach es una gigante roja, más fría que nuestro Sol.

El fantasma de Mirach

Magalhães dos Pobres

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Fotos

Peter Frischmuth / EFE
Antes y después de la caída del Muro. Una tienda del barrio berlinés de Kreuzberg tomadas por el fotógrafo Peter Frischmuth y que forma parte de una exposición organizada por la German House de Nueva York sobre la historia de este barrio antes y después de la caída del Muro.

Jason Reed / Reuters
Barack Obama, candidato demócrata a la presidencia estadounidense, en su sede de campaña en Pittsburgh, Pennsylvania.

Robin Utrecht / EFE
Los mejores culos holandeses. Charisa (en el centro), la ganadora del concurso para elegir a la chica con el mejor trasero de Holanda, posa con otras participantes en Amsterdam.
Las 20 mejores fotos del día

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

A barca de JC

Arquivo Fotográfico do Fundão

Minas da Panasqueira

Diz-se que nenhuma viagem é definitiva e que todas elas, pela surpresa da descoberta, podem sugerir bons regressos. Se o viajante vai à procura de encher a memória de instantes surpreendentes, aqueles momentos que às vezes, no caminhar dos dias, nos assaltam como referências que o tempo não apagou de todo, então as Minas da Panasqueira são o destino certo.
É um mundo à parte.
Minas da Panasqueira

O Couto Mineiro

"A Beiralt Tin and Wolfram Portugal, S.A. é a empresa que explora as Minas da Panasqueira, que se situam na Serra de Açor, concelho da Covilhã.
A exploração remonta a finais do século XIX, mais precisamente a 1886, quando Pescão de Casegas, carvoeiro, encontrou, numa das covas onde fazia o carvão, uma pedra negra de invulgar peso para o seu tamanho. Ofereceu este achado a Manuel dos Santos, natural da Barrroca Grande e homem de negócios. E foram estes homens que começaram a história das minas que hoje sustentam uma população.
A primeira localidade do couto mineiro foi a da Panasqueira. Nos últimos anos, a tendência da população é aproximar-se da Barrroca Grande, local da actual exploração. Deste couto fazem ainda parte S. Jorge da Beira, a Aldeia de S, Francisco de Assis e a povoação do Rio"

urbi et orbi - Jornal on-line da ubi


À descoberta da serra do Açor

À DESCOBERTA DO AÇOR I

À DESCOBERTA DO AÇOR II

À DESCOBERTA DO AÇOR III

À DESCOBERTA DO AÇOR IV

domingo, 26 de outubro de 2008

António Castanheira

..."Olhem, nem é preciso ir muito longe: o António Castanheira teve um companheiro morto nos braços, mais de quatro horas, no cimo dum buraco escuro com cinquenta e cinco metros de altura. Nem um anunciozinho pequenino... Pois foi no dia 21 de Dezembro, lembro-me bem. Ano?
Deixem ver... 1954".

"O ti' Manel Duarte Vaz e o António Castanheira foram mandados entivar uma chaminé abandonada. Chaminé, sim. É um furo que a gente abre de baixo para cima, um metro e oitenta de comprido por um e vinte de largura. Altura, a que é precisa. Aquela era a D4 poente, tinha sessenta metros, sem saída para a superfície.. Um buraco daqueles, escuro como o diabo, é coisa de respeito. Eram ambos entivadores de 1ª. Eu explico: entivador é o que segura o terreno. Com tábuas e escoras põe um tecto de pedras soltas tão seguro como um salão. Ofício ruim, digo e repito. E quando se trata de chaminés então o caso é sério. Um pequeno descuido e aí vem um homem a esmigalhar-se cá no fundo. Vida dum raio...".

o Romance de António Castanheira, escrito em 1963 por António Paulouro.

Manif dos Profs

..."Mas, afinal, por que protestam tanto os professores? A pergunta não é de resposta fácil, mas há uma justificação, avançada pelo antigo ministro Couto dos Santos, que pode muito bem ser o ponto de partida para outras análises. "Após o 25 de Abril, o sistema educativo em Portugal não se conseguiu libertar do anátema de politizar as questões relacionadas com a educação." Depois, vêm as razões mais directas, enumeradas pelos próprios docentes, por quem os representa, por quem está do outro lado e mesmo por quem assiste de fora: desrespeito por parte da tutela; adopção de medidas que alteram os fundamentos da escola pública; mudança de regras e introdução de normas de rigor e exigência; e ausência de constrangimentos de natureza contratual que os [professores] possam fazer sentir em perigo.

Independentemente da validade de cada uma ou de todas elas, é difícil pôr de lado a ideia de uma certa vulgarização da manifestação. É a "coreografia ou ritualização da contestação sindical", nas palavras do professor e bloguista Paulo Guinote.

Por que protestam os professores?

Jorge Pinto JN


"Estradas digitais"

pendura. Pedir boleia à beira da estrada é uma acto em franco declínio. Mas arranjar boleia na Internet, para o trabalho, concertos ou viagens longas, é uma alternativa com cada vez mais adeptos. Partilhar as viagens permite poupar dinheiro e tirar carros da estrada. A ideia parece boa, mas será que funciona? A solução era usar o meu 'rato' para tentar descobrir como se safa um pendura do século XXI

Victor Galore

Por ello Lists Galore ha elaborado una lista con los diez monumentos menos conocidos que también proporcionan suerte con tocarlos o besarlos.

  • Victor Noir Galore no es uno de los habitantes más famosos del cementerio de Père Lachaise en Paris, donde se encuentran también Oscar Wilde y Jimmy Hendrix, por ejemplo. Sin embargo, su tumba es visita ineludible de mujeres que desean quedarse embarazadas, porque dicen que acariciar el bulto que se marca en su entrepierna aumenta la fertilidad.

sábado, 25 de outubro de 2008

Ceiroquinho


Ceiroquinho, aldeia comunitária, plantada num profundo vale, agasalhada por altos montes que a rodeiam, é uma aldeia presépio a espreguiçar-se pela encosta acima virada ao sul, recebendo a luz e o calor do sol acariciador.
António Jesus Fernandes

C.M.C.

Homenagem da Comissão de Melhoramentos de Ceiroquinho às suas gentes.

Livros

Ceiroquinho e a alma da sua gente.

História da Comissão de Melhoramentos 1993.

Saudades da minha serra 1997.

Quadras Líricas e Satíricas 1998 .

Contos da minha terra 1999.

Contos da serra verde 1999.

Serra em flor 2000.

Entardecer 2002.

Grito de revolta 2002.

Novas Quadras Líricas e Satíricas 2004.

Lágrimas 2005.

As Cantigas Que O Povo Canta 2007.

As Canções do Meu Sofrer 2007.

Obras de António de Jesus Fernandes

Lobo mau!

Tudo tão frágil e brilhante...

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Fotos


Duane Michals / Distribuida por EFE
Nude Observed, de Duane Michals, una de las obras de la exposición Diana y Acteón: La mirada prohibida a la desnudez en el Kunst Palast de Düsseldorf, Alemania.

Alessandra Tarantino / AP
Monica Bellucci en la presentación de su película L'uomo che ama en el Festival de Roma.

Jorge Silva / Reuters
Gigantes. Una torre de alta tensión en un barrio de Caracas.
Las 28 mejores fotos del día

Super carro

Llega el coche supersónico. Irá más rápido que una bala al salir del revólver. Alcanzará los 1.689 kilómetros por hora.

Se llama Bloodhound SSC y su maqueta se presenta este jueves en el Museo de Ciencias de Londres. Según sus diseñadores, tendrá unas medidas de 12,8 metros de largo, tres metros de alto y pesará 6,4 toneladas.

Llega el coche supersónico: 1.600 km/h

Sapatos

Zapatos de de Penélope Cruz y Blanca Portillo en la nueva película de Pedro Almodóvar, Los abrazos rotos.

Los zapatos míticos de las películas

Leitura electrónica

Las ventas de dispositivos para la lectura electrónica como el Kindle de Amazon y el Reader de Sony han crecido rápido. Según la firma tecnológica iSuppli, los beneficios de los libros electrónicos crecerán desde los 3,5 millones de dólares (2,6 millones euros) en 2007 hasta alcanzar los 291 millones de dólares en 2012. Pero no sólo las obras literarias tendrán salida en formato digital, los periódicos también tienen su sitio en el mundo del papel sin papel.

El periódico electrónico estará hecho de plástico


Censos

El ministro del Interior italiano, Roberto Maroni, anunció hoy que según los primeros datos extraídos de los censos de los asentamientos gitanos de Nápoles, Milán y Roma, éstos acogían a 12.346 personas, mientras que calcula que cerca de otras 12.000 se marcharon a España, Francia y Suiza.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Louvado sejas, ó Magalhães!

A Única Oposição de Jeito que se Faz Neste País AQUI

John Peel

Este viernes se cumplen cuatro años de la muerte de todo un icono de la música contemporánea, el inolvidable locutor de la BBC John Peel.

Vencer os catorze 8.000

¿Qué le preguntarías a la alpinista Edurne Pasaban?

Esta alpinista guipuzcoana de 35 años afronta el mayor reto de su vida deportiva al intentar convertirse en la primera mujer que corone los catorce "ochomiles" del planeta. Ya lleva once, aunque tuvo que abandonar en el duodécimo por las adversas condiciones meteorológicas que le impidieron continuar con su travesía.


Blogosfera

Hace tiempo que los blogs no son la última expresión de la vanguardia de Internet, no han desaparecido del mapa, ni mucho menos, pero hay quien ya les está cavando una bonita tumba pese a que existen más de 77 millones de ellos. La edición digital de Wired, revista de culto entre los tecnófilos, dice que son un fenómeno de 2004 superado por el exceso de publicidad y la huída de las estrellas, castigado por Google y falto de originalidad.

¿Los blogs están en peligro de muerte?


terça-feira, 21 de outubro de 2008

No dia 8 de Novembro seremos todos

MANIFESTAÇÕES, COMBATES E ATENTADOS...

Tem sido visível uma campanha, enorme, movida contra os sindicatos e os sindicalistas, principalmente os dos professores e, em especial, a FENPROF.

Foi o Governo que a lançou: limitando os direitos sindicais, limitando a participação dos professores em reuniões sindicais, penalizando profissionalmente os sindicalistas... Não resultou!


Depois, foi o discurso, que Lurdes Rodrigues e Valter Lemos tanto repetiram (e, até, o Sócrates, em 5 de Outubro do ano passado), de que uma coisa eram os sindicatos outra os professores, para criar rupturas dentro da classe e isolar os sindicatos... Não resultou de novo!


Desvalorizaram as grandiosas manifestações convocadas pelos Sindicatos de Professores. Em 5 de Outubro foram mais de 25.000 e Lurdes Rodrigues disse que não viu. Em 8 de Março foram 100.000 e a mesma senhora disse que 100.000 ou 1.000 eram, para ela, a mesma coisa. Apesar dessa desvalorização... continuou sem resultar!

Lançaram campanhas difamatórias sobre os dirigentes sindicais. Os autores de tais campanhas eram anónimos ou simples desconhecidos, referiam sempre ter fontes bem informadas e nunca diziam exactamente o que se passava, mas apenas que que os sindicalistas teriam obtido, do ministério, privilégios imorais... Ainda assim, não resultou!

Passaram a concretizar a acusação, passando a mentir: os sindicalistas iam para titulares "à borla", houve um concurso a titular (para professores que tinham estado doentes no anterior) e logo disseram que era para os sindicalistas, fez-se passar que estes não seriam avaliados... e tudo o que de mais a criatividade permitiu... e mesmo assim não resultou!

Veio o Memorando de Entendimento, que parou a avaliação no ano passado, impediu que os professores fossem prejudicados nestes dois anos, salvou a Escola Pública de, no seu momento mais importante, entrar em ruptura, já prevê a alteração do modelo de avaliação e transferiu para este ano a continuação da luta (com outras condições, por ser ano eleitoral e ser mais penalizador para o governo de Sócrates e para o PS), e logo os do costume fizeram passar a ideia de que foi o memorando que impôs a avaliação, que foram os sindicatos a aprovar a avaliação e que teriam sido estes a aceitarem-na para este ano (ideia que Lurdes Rodrigues e Valter Lemos logo aproveitaram para as suas verborreias)...

São extraordinários e inesgotáveis os recursos do poder para parar a contestação, ainda mais em ano eleitoral que se quer tranquilo... não terão ainda percebido que a sua estratégia continuará sem resultar, pois os professores compreendem que enfraquecer ou abater os sindicatos - como pretende o governo - só serve a quem tanto os tem atacado e quer continuar a fazê-lo, tentando dividir, para poder matar a luta dos professores que tem sido e continuará a ser organizada pelos seus Sindicatos.

Esta é a minha reflexão que, se estiver de acordo, poderá reenviar. Apenas decidi escrever estas linhas por já não conseguir manter o silêncio perante a canalhice que está em marcha. Carlos Silva (Professor).


Para continuar a luta pela dignificação da profissão docente, todos, mas mesmo todos os que se sentem lesados por este Me e por esta campanha de descridibilização
vamos dar rosto à nossa revolta e desencantamento e participar no
PLENÁRIO E MANIFESTAÇÃO NACIONAL
DIA 8 DE NOVEMBRO
EM LISBOA.

HÁ 6 MESES ATRÁS FOMOS 100000 PROFESSORES NA RUA, NO DIA 8 DE NOVEMBRO SEREMOS TODOS.

Uma nova revolução?

Resistência interna contra a avaliação burocrática alastra por todo o país

O movimento de resistência interna à avaliação burocrática de desempenho não pára de alastrar. Sem querer ser exaustivo, deixo aqui uma lista de escolas e agrupamentos que, nos últimos dias, aprovaram moções ou fizeram circular um abaixo-assinado a exigirem a suspensão do processo. Se carregar nos links, poderá ler as moções aprovadas.
1. Agrupamento de escolas de Vouzela
2. Agrupamento de escolas de Ourique
3. Agrupamento de escolas Clara de Resende, no Porto
4. Agrupamento de escolas de Ovar
5. Agrupamento de escolas de Vila Nova de Poiares
6. Escola Secundária D. João II, em Setúbal
7. Agrupamento de escolas de Armação de Pêra
8. Escola Eugénio de Castro, em Coimbra
Apelo aos colegas para enviarem para o meu email as moções aprovadas nas escolas e agrupamentos. O direito à reunião e à aprovação de moções é um direito protegido pela Constituição. Nada há a temer. Os pedidos de suspensão do processo de avaliação estão a alastrar por todo o lado. Nada há a recear. Não pode haver processos disciplinares em consequência da simples aprovação de moções a exigirem a suspensão do processo.
Publicada por ProfAvaliação

Italia vs Espanha


LUCA VUERICH / EFE
Techo del mundo. La montañera italiana Nives Meroi camina hacia la cima de la montaña Manaslu, en Nepal. Meroi, de 46 años, comparte con la española Edurne Pasabán la meta de ser la primera mujer en ascender los catorce 'ochomiles' del planeta y ambas sólo les quedan tres cumbres.
Las 20 mejores fotos del día

Um olhar

La cara amarga de la inmigración

©Dorothea Lange Collection, Oakland Museum of California
Un clásico de la fotografía del siglo XX. Madre inmigrante, California, 1936, de Dorothea Lange.




Nepal Sarnakar

Este blog se centra principalmente en presentar reportajes tanto sobre las consecuencias de la guerra como de la miseria. Intenta dar voz a las víctimas de los atropellos del poder.



segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Auto Avaliação

FICHA PREENCHIDA (PARA COPY-PASTE) – AUTO AVALIAÇÃO

Nome do avaliado PROFESSORA

Categoria - Titular do seu nariz

Departamento Curricular - Língua Portuguesa e Literaturas

1. Como avalia o cumprimento do serviço lectivo e dos seus objectivos individuais estabelecidos neste âmbito?

Avalio com um EXCELENTE. Cá vou vindo todos os dias, como faço há quatro décadas… com a pasta recheada de manuais, livros, dicionários, prontuários, gramáticas, fichas, cadernos, lápis e canetas, uma pen de 4 GB e caneta felpuda para o quadro branco que há nos contentores. Trago a lancheira, uns maços de tabaco, PROZAC e, às vezes, o PC portátil. E trago uns óculos para ver perto (para longe não uso, apesar das cataratas, sou vaidosa…), trago sempre a cabeça entre as orelhas, mãos, braços, pernas e tudo o mais que me faz falta neste domínio. Excelente.

2. Como avalia o seu trabalho no âmbito da preparação e organização das actividades lectivas? Identifique sumariamente os recursos e instrumentos utilizados e os respectivos objectivos.

Avalio com um excelente. Utilizo todos os recursos supracitados com grande mestria, inclusive as TIC, PPS, PPT, PDFs, Scribd, Word, Excel, Moodle, blogues, data-show, Dvds, Cds de todos os tamanhos e Bics de todas as cores. Só me falta usar mais o quadro interactivo e comprar um Migalhões para guardar o lanche que trago de casa, pois ainda não sou de ferro e na minha idade preciso alimentar-me de forma mais saudável do que engolir cafés em todos os intervalos.

3. Como avalia a concretização das actividades lectivas e o cumprimento dos objectivos de aprendizagem dos seus alunos? Identifique as principais dificuldades e as estratégias que usou para as superar.

As actividades lectivas concretizam-se de modo excelente. Entramos e saímos vivos e contentes, apesar da falta de espaço, das obras, da poeira, das salas de aula em contentores, da falta de ar circulante, do amianto em cima das cabeças. E segue o baile. Dos objectivos de aprendizagem dos meus alunos, pois eles que falem! Às vezes doem-me as "cruzes" pois já me custa carregar com a tralha toda já referida, mas os alunos, por enquanto, vão ajudando. Excelente.

4. Como avalia a relação pedagógica que estabeleceu com os seus alunos e o conhecimento que tem de cada um deles?

Excelente. Apesar de me terem trocado as voltas, de me terem tirado turmas e alunos de continuidade e de me terem dado sessenta e dois novos (ôps… será que foi uma homenagem à minha idade?), para lá dos que já tinha, conhecemo-nos excelentemente. E, quanto à nossa relação, os meus alunos riem-se, muito mais do que choram, à minha beira. E estou certa de que aprendem comigo - ainda há dias, no intervalo, a fumar fora de portas os meus cigarros, uma aluna de doze anos correu para o meu lado e puxou ela também de um cigarro para me acompanhar no gesto. Até esta aprendizagem definida pela ASAE é integralmente cumprida.

5. Como avalia o apoio que prestou à aprendizagem dos seus alunos?

Excelente, também. E vou tendo sempre clientes nas aulas de reforço, apoio, substituições, salas de estudo... até no jardim em frente à escola a avaliar com os alunos os galhos das árvores que podem aguentar que se trepe, apoiando-os no exercício, ou a tentar apoiar e compreender a linguagem utilizada pelos jovens casais de alunos, sob as mesmas árvores, a exercitar experiências de natureza físico-química aprendidas nas aulas práticas …

6. Como avalia o trabalho que realizou no âmbito da avaliação das aprendizagens dos alunos? Identifique sumariamente os instrumentos que utilizou para essa avaliação e os respectivos objectivos.

Excelente. Estou sempre de olho neles e de ouvido alerta, memória de elefante e caderno mágico para anotações. Consegui preencher todas as grelhas das turmas do ensino regular e recorrente, conforme a legislação específica que muda a cada semana e que já tenho decorada, preenchi cuidadosamente o PIAV das oito turmas com todas as cruzes e percentagens, os cronogramas e as configurações da avaliação de todas as turmas, produzi planificações, relatórios disto e daquilo, consegui fazer todos os diagnósticos, reflexões e análises do APA, dos NEE, dos AOPES, do PEE, do PAA, de todos os PCP (planos curriculares de turma), do PQP (isto não sei bem o que é, mas preenchi…) conforme descrito nas actas de todos os Conselhos de Turma e reuniões de Departamento, Grupos, Minigrupos, etc. E, mais difícil ainda, consegui distribuí-los por níveis, só quatros e cincos no básico, assim como nas turmas do secundário, dezoitos e dezanoves pois o vinte é pra mim, que o mereço por ter contribuído com eficácia para as estatísticas ministeriais referentes ao sucesso educativo. Excelente.

7. Identifique a evolução dos resultados escolares dos seus alunos. Avalie o seu contributo para a sua melhoria e o cumprimento dos objectivos individuais estabelecidos neste âmbito.

Excelente. Este ponto descreverei detalhadamente apenas no final do ano, mas atendendo a que esta escola não costuma ficar bem colocada nos rankings, posso contribuir para essa melhoria e ir dizendo antecipadamente, com alguma alegria, que a maior parte dos alunos do 11º e 12º anos já consegue ler, e quase todos já escrevem frases utilizando a letra maiúscula no início, apesar das enormes dificuldades com a pontuação e a troca dos B pelo V e bice-bersa.

Apesar de nunca lerem as obras obrigatórias, é notável a ampliação vocabular que revelam devido aos hábitos de aprendizagem adquiridos através dos “Morangos com Açúcar”, obra-prima que pode servir como exemplo de prática inovadora e motivadora, ao invés da leitura de “Os Lusíadas” ou do “Memorial do Convento”, obras impostas pelo M.E. e que são a verdadeira causa dos maus resultados desta escola nos exames. Caso esse factor seja objecto de alteração pelo M.E., posso afirmar desde já que os resultados serão excelentes, assim como eu. Excelente.

domingo, 19 de outubro de 2008

"Nailin Paylin"


La candidata republicana a la vicepresidencia de Estados Unidos, Sarah Palin ya tiene su versión pornográfica, Sarah Paylin.

La actriz porno Lisa Ann protagoniza 'Nailin Paylin' (Tirándose a Paylin), un proyecto de la productora Hustler que homenajea de esta forma a la actual gobernadora de Alaska.


aspecto & decote gracioso

Christina Aguilera luce nuevo 'look' y escotazo en Londres

..."más segura y muy sexy siendo madre" ha sido vista (y fotografiada) con nuevo look en la noche londinense, como recoge The Sun.

Obama


El ex secretario de Estado y general de cuatro estrellas Colin Powell se ha manifestado a favor del candidato demócrata a la presidencia, Barack Obama, y está dispuesto a hacer campaña a su favor.

El ex secretario de Estado de Bush apoya a Barack Obama


listas de graduação em perigo

Colegas, o Ministério de Educação prepara-se para outro grande golpe, não
bastava já o novo estatuto da carreira docente, como agora também pretender
adulterar a graduação profissional dos professores através da introdução de
uma nova variável na graduação, ou seja a nossa avaliação de desempenho
passará a entrar na dita graduação. Vejamos, um professor que tenha
Excelente vai ter mais 3 valores na graduação, um que tenha Muito Bom terá
mais 2 valores e os restantes: Bom, Regular e Insuficiente não terão
qualquer bonificação. Inacreditável! Tanto faz ter tido Bom como
Insuficiente como regular levam todos zero.Esta medida deve ser para salvar
alguns familiares de 2º ou 3º grau de alguns ministros, talvez até alguns
filhos fora do casamento, porque filhos legitimos não dá para acreditar,
esses têm todos lugar em altos cargos públicos a ganhar balúrdios. Como é
que é possível que os professores que não foram avaliados sejam penalizados
por tal lei? Um professor tem culpa de ter partido uma perna e ter ficado
doente e não ter sido avaliado? Ou esteja destacado noutras funções ligadas
ao ensino? Uma professora tem culpa de ter tido uma gravidez de risco e ter
estado todo o ano em casa? Não foram só os professores contratados que foram
avaliados, sugiram casos de professores dos quadros que tiveram que ser
avaliados porque estavam prestes a mudar de escalão, estes professores caso
tenham tido Muito Bom ou Excelente ficam em vantagem em relação aos
professores que não necessitaram de ser avaliados, caso tenham tido Muito
Bom ou Excelente ficarão com mais 2 ou 3 valores na graduação, isto é mesmo
uma autêntica vigarice. Há casos de colegas que ameaçaram os Conselhos
Executivos para obter Muito Bom ou Excelente e conseguiram, e até há um caso
de alguém que se dirigiu ao Conselho Executivo a chorar alegando ter estado
doente e não ter conseguido dar o máximo de si próprio, portanto não poderia
ter menos de Muito Bom porque não podia ser penalizado pela sua doença, que
quanto a mim era preguiça. Peço que reenviem este mail a todos os vosso
contactos, esta grande golpada tem que ser denunciada. Para terem acesso ao
projecto de alteração dos concursos cliquem no link abaixo indicado e leiam
com atenção o artigo 14:
http://www.spgl.pt/cache/bin/XPQ3jTwXX4461eV28FetSMaZKU.pdf

de JC para a aldeia global

A aldeia de xisto

"No recanto puro da memória"

"A gente se quiser até com os olhos vê."
Sr. André, Aldeia Velha

Na serra todos os relógios pararam, mas o mecanismo das horas não se deteve. A espiral do tempo arrastou-nos até ao fim do milénio.
Olhemos para trás antes de começar uma nova era.

O Passado
Do passado restam-nos apenas velhos objectos com as suas histórias cruzadas e algumas recordações numa gaveta qualquer. E no entanto, no recanto puro da memória, guardamos saudade a esses tempos que foram difíceis.
Alguém sabe que lembrança guardarão os nossos filhos destes dias desvairados que lhes damos a viver?
A nossa civilização chegou à sua última encruzilhada: agora, ou consumimos o que resta do planeta ou reciclamos quase todos os nossos hábitos e atitudes.
Olhemos de novo para trás, a colher os últimos ensinamentos, antes de nos aventurarmos para lá da curva da estrada.
O passado não é uma história de encantar. Houve miséria, por vezes fome; e aos filhos da Serra sempre coube, nas alturas da crise, o ingrato papel de espelho onde se reflectiam, ampliadas, as agruras e injustiças do Mundo
Mas a vida simples das gentes serranas encerra uma lição de harmonia, sóbria dignidade e utilização comedida dos recursos, que pode ser o ponto de partida para uma reflexão sobre as características mais perversas da nossa própria Sociedade de Consumo.
Reparemos, por exemplo, no modo como todos os utensílios eram remendados, reaproveitados ou reutilizados em novos contextos. Nada se desperdiçava ou deitava fora; não havia tanto lixo nem se acumulavam objectos supérfluos.

A Arte de Remendar
Cada utensílio era um bem raro, feito com suor do rosto ou comprado à custa de grandes sacrifícios; seria por isso normal que durasse uma vida.
Os sarrões, as gamelas e os funis remendados, a louça quebrada e depois reparada com gatos - estes objectos, depois de passarem de mão em mão, falam-nos agora de um tempo em que poupar era tão normal quanto, hoje em dia, gastar e consumir indiscriminadamente.

A Arte de Improvisar
Por vezes havia que improvisar, com grande dose de imaginação, os utensílios que faltavam ou as ferramentas a que a bolsa não chegava - um serrote, uma escumadeira, um fumigador, um funil, etc.
Assim se cumpria, com bastante mais eficiência do que nos dias de hoje, uma das principais leis do universo.

Objectos com Múltiplas Utilizações
A alenterna de ir regar o milho à noite era a mesma com que se aluminavam as casas; na panela de ferro em que se fazia comida do porco, coziam-se depois as farinheiras; o balde de transportar a vianda do animal também servia para tirar a água do poço; no banco onde se matava o bicho, se mandava sentar o padre pela Páscoa; a cesta onde se acartava esterco servia às vezes de berço a um filho recém-nascido; com a sertã de fritar as filhós faziam-se candeias de quatro torcidas, nos lagares; a gaveta da broa era usada como assento na cozinha; um garfo de ferreiro fazia também as vezes de palito e de arpão para as enguias; com uma bilha de carvoeiro se aquecia a cama no Inverno; numa mala de carpinteiro se guardavam os tarecos para emigrar; os gasómetros das minas também aluminavam as casas dos mineiros; no "cesto de romaria" se enviavam encomendas para Lisboa; a gamela da broa era a mesma da migadura para a sopa ou para as galinhas.

O Futuro
Terras de pão que só dão silvas; levadas atulhadas de cascalho; muros derrubados; portas que dão para casas vazias; telhados que caem para dentro; varandas que apodrecem, debruçadas sobre ruas desertas; pinheiros onde antes havia mato para gado; fogos; eucaliptos depois dos fogos; ribeiras secas; erosão - cresceu um enorme deserto nos escombros da nossa memória colectiva e paira sobre ele a recordação de tempos que foram difíceis.

Mas a Serra é um segredo bem guardado pelas suas gentes. O seu coração ainda bate em todos estes objectos e fotografias que balançam em frente aos nossos olhos. Há neles uma lógica que se esconde e revela, um jogo contraditório de sombras e de luzes; há, já não miséria, mas beleza e harmonia à espera do novo século que se aproxima.

Saberemos nós construir os alicerces desses dias futuros sobre as raízes sãs dos dias passados? As próximas gerações comerão o pão que nós amassarmos.

Dr.Paulo Ramalho, "Tempos Difíceis - Tradição e Mudança na Serra do Açor"